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O REPOSITÓRIO DE CONHECIMENTO PROPOSTO

No documento WWW/INTERNET 2012 (páginas 163-166)

UMA PROPOSTA PARA O INSTITUTO SUPERIOR TUPY – SOCIESC

5. O REPOSITÓRIO DE CONHECIMENTO PROPOSTO

Esta pesquisa é desenvolvida no ambiente acadêmico do IST/SOCIESC que contém aproximadamente 36 cursos de graduação e 59 cursos de pós graduação, que dentre eles 2 cursos são Strictu Sensu. Em um ambiente acadêmico como esse, Sabbag (2007) apontou a rotatividade de alunos em uma instituição de

ensino como um dos fatores impeditivos para o aprendizado. As teorias de Nonaka e Takeuchi (1997) convergem para o mesmo pensamento e demonstram o conhecimento como uma espiral cíclica.

Diante das teorias apresentadas, a espiral do conhecimento criada dentro da instituição não possui fluência, o que pode oprimir o aprendizado dos alunos. Isso acontece porque atualmente o conhecimento é gerado, externalizado por meio de trabalhos, artigos ou apresentações e não é compartilhado com outras pessoas, grupos ou organização. Isso impede o aproveitamento desse conhecimento prévio para alavancar outros conhecimentos.

Perante essa dificuldade de obter uma espiral do conhecimento e torná-la contínua, apresentou-se o conceito de repositório de conhecimento eletrônico. Por meio de um repositório de conhecimento é possível armazenar as produções dos alunos e torná-la acessível a qualquer outro aluno interessado. Vislumbra-se um ambiente que permita interagir entre as quatro dimensões (Socialização, Externalização, Combinação, Internalização) exploradas por Nonaka e Takeuchi (1997) em seu modelo de gestão do conhecimento. A base para essa gestão está relacionada à interação entre indivíduos dentro de uma organização e para construir um repositório baseado no modelo oriental apresentado, é necessário que exista essa interação. A socialização relaciona a criação de novos conhecimentos a partir de modelos mentais ou habilidades pessoais. Com isso, pode-se citar a utilização de ferramentas como plataformas e-learning, banco de idéias, chats e micro blogs como o twitter com características de interação entre usuários para auxiliar este processo.

A próxima dimensão menciona a externalização, que caracteriza a transformação do conhecimento tácito em explicito. Pode-se utilizar ferramentas como wikis e fóruns para o compartilhamento e construção do conhecimento explicito. A combinação é descrita como a fusão de diferentes conhecimentos para a criação de algo novo. Nesta dimensão podem-se utilizar ferramentas como os repositórios de dissertações, TCC’s, artigos e Teses, bem como eventos e congressos realizados na instituição, e também sistemas de pesquisa e mecanismos infométricos e bibliométricos para estatísticas das publicações, que fazem uso de diferentes conhecimentos para gerar outro novo.

Por fim, tem-se a internalização, que é a conversão do conhecimento explicito para o tácito. Nesta seção, relaciona-se com a experimentação, a prova de algum conceito, então, podem-se desenvolver páginas web para os projetos de pesquisa que são desenvolvidos na instituição ou projetos de extensão que retenham o conhecimento de uma experimentação desenvolvida. Este desenvolvimento entra em concordância com as teorias de gestão do conhecimento, que prevêem que a interação entre as pessoas é o principal insumo para a troca de conhecimento (PRASHANT et. al., 2010).

O repositório de conhecimento deverá ser o local, onde alunos e professores irão interagir uns com os outros, e expressar seus conhecimentos, por meio de tecnologias computacionais. Esse repositório precisa garantir as características de acessibilidade, disponibilidade e interação entre seus usuários. Com as ferramentas citadas, baseando-se no modelo de Nonaka e Takeuchi (1997), é possível criar interação entre as pessoas digitalmente, priorizar o compartilhamento e formar um movimento cíclico de criação e desenvolvimento do conhecimento.

6. CONCLUSÃO

Nesse estudo apresentou-se o ambiente acadêmico do IST/SOCIESC, e as teorias de gestão do conhecimento apresentadas por Nonaka e Takeuchi (1997) e Sabbag (2007) que se relacionam com espirais de conhecimento. Diante, disso verificou-se que além de um modelo de gestão do conhecimento é preciso de ferramentas que auxiliem nos processos de retenção e compartilhamento do conhecimento, para viabilizar prática e tecnicamente o modelo de Nonaka e Takeuchi (1997).

Perante as teorias e ferramentas disponíveis propôs-se um repositório de conhecimento para essa comunidade, que possibilite a retenção, o compartilhamento do conhecimento e a interação entre os usuários.

Diante das características básicas de um repositório de conhecimento, que prevê alta disponibilidade, acessibilidade e interatividade. Diante disso, os recursos planejados para esse ambiente atendem essas expectativas e otimizam a retenção de conhecimentos explícitos e tácitos.

Essa pesquisa fundamentou-se em outros estudos para comprovar que o repositório de conhecimento e a web semântica trazem benefícios para os projetos de gestão do conhecimento. Como exibem Faleh, Hani e Khale (2011) os repositórios de conhecimento são importantes para as instituições de ensino, e diante da colaboração coletiva é possível desenvolver conhecimentos. Ainda se tratando de bases de conhecimento,

Serafini e Homola (2011), Packer et. al. (2008), Pearson (2010), Pérez-Pérez, Benito e Bonet (2012) relacionam a web semântica e ontologia como auxilio para a construção de repositórios de conhecimento que facilitem o compartilhamento das informações de forma mais facilitada.

Diante dos estudos apresentados e das teorias de gestão do conhecimento, justifica-se a implementação do repositório de conhecimento e o estudo de ferramentas baseando-se no modelo de gestão de conhecimento empregado por Nonaka e Takeuchi (1997). Juntamente com ferramentas computacionais interconectadas com conceitos da web semântica para a retenção do conhecimento e o compartilhamento entre alunos e professores será possível disponibilizar um ambiente que facilite o aprendizado, baseado nas teorias da gestão do conhecimento.

REFERÊNCIAS

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Faleh, A. A.; Hani, J. I.; Khaled, B. H. 2011. International Journal of Business and Management. Building a knowledge repository: Linking Jourdanian Universities E-library in an Integrated Database System. Vol. 6, No 4.

Fialho, F. A. P. et al. 2006. Gestão do conhecimento e aprendizagem: As estratégias competitivas da sociedade Pós-indústrial. Visual Books, Florianópolis.

Figueiredo, S. P. 2006. Gestão do conhecimento: Estratégias competitivas para a criação e mobilização do conhecimento na empresa. Qualitymark, Rio de Janeiro.

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ARQUITECTURA DE UN REPOSITORIO RDF BASADO EN

No documento WWW/INTERNET 2012 (páginas 163-166)