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10.2.

a) Resultados das operações da Companhia:

i) Descrição de quaisquer componentes importantes da receita

Os Diretores da Companhia esclarecem que a totalidade da receita da Companhia é denominada em reais e provém da atuação da Companhia no segmento rodoviário por meio das controladas Concessionária da Rodovia Osório Porto Alegre S.A. (“Concepa”), Companhia de Concessão Rodoviária de Juiz de Fora-Rio (“Concer”) e Empresa Concessionária de Rodovias do Norte S.A. (“Econorte”), que exploram, respectivamente, três rodovias estrategicamente localizadas nas regiões Sul e Sudeste do País. Para mais informações sobre as rodovias veja item 7 deste Formulário de Referência. Além disso, a Companhia detém participação nas empresas Rio Guaíba Serviços Rodoviários Ltda., Rio Bonito Serviços de Apoio Rodoviário Ltda. e Rio Tibagi Serviços de Operações e Apoio e Serviços Rodoviários Ltda., que prestam serviços gerais às suas controladas Concepa, Concer e Econorte.

A Companhia compartilha, também, o controle de uma sociedade permissionária para exploração do terminal portuário de Navegantes, localizado no estado de Santa Catarina, a Portonave S.A. – Terminais Portuários de Navegantes (“Portonave”). A Companhia é, ainda, por meio de sua controlada Rio Verde Energia S.A. (“Rio Verde”), titular de uma concessão para a exploração da Usina Hidrelétrica Salto, localizada no Estado de Goiás, com capacidade instalada de 116MW, que iniciou sua geração em maio de 2010.

Em 2011, a Companhia começou operação no segmento de cabotagem por meio da Maestra Navegação e Logistica S.A. (“Maestra”). A atuação da Maestra conta com 04 navios full contêineres, com capacidade média de 1.300 TEUs (Unidade correspondente a um contêiner de 20 pés) e opera em cinco portos, localizados em todas as regiões da costa brasileira, são eles: Manaus (AM), Suape (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP) e Navegantes (SC).

ii) Fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais

Os Diretores da Companhia entendem que os principais fatores que podem impactar os resultados operacionais da Companhia são:

(i) Redução do crescimento do PIB; (ii) Variações na renda familiar;

(iii) Retração do comercio internacional; (iv) Flutuações do câmbio;

(v) Fatores climático; (vi) Crise econômica;

Como operadora de serviços de infraestrutura em segmentos diversificados e com fluxos de caixa bastante previsíveis, os Diretores da Companhia entendem que os riscos de exposição da Companhia às conjunturas de mercado são reduzidos. Abaixo, seguem os possíveis fatores, em cada segmento, que entendemos poder afetar de alguma maneira a previsibilidade de caixa da Companhia:

Rodovias

No segmento de rodovias existem dois principais fatores que influenciam o desempenho da receita operacional bruta são o tráfego e o reajuste das tarifas de pedágio. A alteração, crescimento ou queda do volume de veículos, tem relação direta com o crescimento ou a queda da receita. As tarifas de pedágio são reguladas pelo Poder Concedente e tem seus reajustes renegociados anualmente, com a reposição de perdas pela inflação ou decorrentes de alteração na legislação tributária. Adicionalmente, os contratos de concessão prevêem a manutenção de taxas internas de retorno que garantem o seu reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos de concessão.

Terminal Portuário

A receita operacional bruta da Portonave é influenciada diretamente pelo volume de movimentação de contêineres, pelo volume e preço da carga movimentada e serviços prestados pela Iceport e pelo reajuste das tarifas praticadas. Os volumes de movimentação de contêineres e de carga são determinados basicamente pelo desempenho comercial das controladas e por condições econômicas de comércio, principalmente internacional. Aproximadamente 35,0% da receita de movimentação de contêineres é fixada em dólar. Neste caso, a variação cambial afeta diretamente a receita operacional bruta. As demais tarifas praticadas no terminal portuário são reajustadas anualmente, através de índices de inflação.

Cabotagem

A receita operacional bruta da Maestra é influenciada diretamente pelo volume de movimentação de carga movimentada e pelo reajuste das tarifas praticadas. Os volumes de movimentação de carga são determinados basicamente pelas condições econômicas de comércio interno.

b) Variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços:

A tabela abaixo indica a receita líquida da Companhia para os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009, bem com para o período de 3 meses encerrado em 31 de março de 2012:

Período de 3 meses encerrado em 31 de

março de Exercício social encerrado em 31 de dezembro de

2012 2011 2010 2009

205.364 695.417 545.873 451.174

Os Diretores da Companhia informam que as variações nas receitas durante os anos de 2009 a 2011 e o período de 3 meses encerrado em 31 de março de 2012 deveram-se, principalmente,

O tráfego nas rodovias administradas pela Companhia;

O reajuste das tarifas de pedágio das rodovias administradas pela Companhia; As operações com carga própria na Portonave, realizadas através da Iceport; A operação de movimentação de contêineres da Portonave;

Em 2011 e no primeiro trimestre de 2012, a operação de cabotagem da Maestra;

c) Impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro do emissor:

Resultado Operacional

Os custos operacionais da Companhia são compostos por gastos de operação e manutenção das rodovias, a depreciação das obras de melhoria e ampliação realizadas nas rodovias e nas instalações portuárias, na operação de cabotagem e os gastos com pessoal em todas as operações. Esses custos são reajustados principalmente por índices de inflação.

As despesas operacionais são compostas pelas despesas com instalações e serviços administrativos e de consultoria, pelas despesas com pessoal, que incluem a remuneração da administração e do pessoal de apoio, pela depreciação de itens alocados no departamento administrativo, pelo ágio, pelo resultado de equivalência sobre investimentos não consolidados e pelo resultado da alienação de itens do permanente e dos saldos contábeis dos itens baixados do imobilizado, diferido e intangível. Essas despesas são reajustadas principalmente por índices de inflação.

10.2 - Resultado operacional e financeiro

Os custos e despesas operacionais e os resultados financeiros da Companhia são principalmente influenciados pelo IGP-M e CDI, conforme explicado nos parágrafos abaixo:

Inflação (IGP-M e IPCA): a maior parte dos custos e despesas operacionais da Companhia está atrelada principalmente a indicadores de inflação, tais como IGP-M e IPCA. As rubricas com maior correlação com estes índices de inflação são (i) pessoal, (ii) principais insumos utilizados nas nossas operações e (iii) obrigações com as concessões.

CDI: A variação da taxa Selic afeta diretamente as despesas financeiras da Companhia, visto que 47% do passivo da Companhia está atrelado a esse índice.

Apesar dos custos e das despesas operacionais sofrerem os impactos da inflação, nossas tarifas e preços também são reajustados por índices de inflação, o que minimiza os efeitos da inflação e da variação de preços dos principais insumos e produtos.

Resultado Financeiro

As dívidas da Companhia são indexadas aos seguintes índices: Certificados de Depósitos Interbancários (“CDI”), Taxa de Juro de Longo Prazo (“TJLP”), Índice Geral de Preços do Mercado (“IGPM”), variação cambial e Unidade Monetária BNDES (“UM BNDES”). A variação, positiva ou negativa desses índices, tem impacto direto no resultado financeiro da Companhia.

Com a finalidade de verificar a sensibilidade do indexador nas dívidas ao qual a Companhia está exposta na data base de 31 de março de 2012, foram definidos 3 cenários diferentes. Com base nos valores da TJLP, CDI e IGPM vigentes em 31 de março de 2012, foram definidos os cenários prováveis para o ano de 2012 e a partir deste calculadas variações positivas de 25% e 50%.

Para cada cenário foi calculada a despesa financeira bruta não levando em consideração incidência de tributos e o fluxo de vencimentos de cada contrato programado para 2012. A data base utilizada para os financiamentos e debêntures foi 31 de março de 2012 projetando os índices para um ano e verificando a sensibilidade dos mesmos em cada cenário.

Os cenários são elaborados considerando o provável fluxo de caixa de pagamentos desses empréstimos:

Em Reais Mil

Operação Risco

Cenário

Provável (I) Cenário II Cenário III

Arrendamento mercantil –

Controladora CDI 14 17 20

Capital Giro – Concepa CDI 6 8 10

CCB – Concepa IGP-M 927 1.159 1.391

BNDES – Concer TJLP 581 727 872

Capital Giro – Concer CDI 2.510 3.138 3.766

Financiamento GE – Portonave VC (dólar) (153) 9.170 18.414

Capital Giro – Iceport CDI 46 58 69

Capital Giro – Maestra TJLP 662 827 992

Finame – Rio Bonito TJLP 43 54 64

BNDES – NTL CDI 638 798 957

CCB – Vessel CDI 3.082 3.852 4.622

CCB – Rio Canoas CDI 1.332 1.665 1.998

CCB – Rio Canoas TJLP 196 245 294

Finame – Rio Canoas TJLP 247 309 371

R$205.980 (*) 10.131 22.027 33.840

Controladora

2ª Emissão Debêntures -

Controladora TJLP 8.129 10.162 12.194

3ª Emissão Debêntures -

Controladora IPCA 10.724 13.405 16.086

Debêntures – Econorte CDI 11.824 14.780 17.736

Debêntures - Concepa IGP-M 8.909 11.137 13.364

Debêntures - Maestra CDI 5.039 6.299 7.558

Debêntures – Rio Canoas CDI 15.671 19.589 23.506

R$862.265 (*) 61.606 77.010 92.409

Taxa/Índice sujeitos às variações CDI 10,00% 12,50% 15,00%

Taxa/Índice sujeitos às variações Taxa/Índice sujeitos às variações

IGP-M 4,95% 6,19% 7,43%

TJLP 6,00% 7,50% 9,00%

Taxa/Índice sujeitos às variações VC (dólar) 1,80 2,25 2,70

Taxa/Índice sujeitos às variações IPCA 5,50% 6,88% 8,25%

Essas análises têm por objetivo ilustrar a sensibilidade a mudanças em variáveis de mercado nos instrumentos financeiros da Companhia. As análises de sensibilidade acima demonstradas são estabelecidas com o uso de premissas e pressupostos em relação a eventos futuros.

10.3 - Eventos com efeitos relevantes, ocorridos e esperados, nas demonstrações