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Resumo e palavras-chave

No documento DE A N Á L I S E DO COMPORTAMENTO (páginas 184-188)

Apesar de ser o segundo item do relatório (ele vem após a capa), o resum o cor­ responde à últim a etapa de sua confecção: só é possível resum ir um texto que já foi escrito. O resum o deve inform ar ao leitor sobre todo o seu trabalho em, no mínimo, 15 e, no máximo, 20 linhas. O resumo, portanto, deve conter de forma

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sucinta o a ssu n to , os objetivos do trabalho, o m éto d o , os resultados e a conclu­ são do estudo. O resum o deve ter um a página só para ele. Deve ser feito em um único parágrafo. Veja o exemplo:

Um dos grandes desafios, históricos e atuais, da A nálise E xperim ental do C om portam ento con siste em explorar conceituai e m etodologicam ente com o estím u los ou relações entre estím u los p assam a controlar um determ inado com portam ento, sobretudo o com portam ento hum ano. Os trabalhos inicia­ dos por Sidm an (1971) alargaram os horizontes da A nálise do C om portam en­ to n e ste cam po de estu d os, em especial o com portam ento sim bólico. Suas ex ten sõ es, ram ificações e derivações tê m gerado d esd e en tão incontáveis trabalhos em píricos e teóricos. A n atureza do operante discrim inado tom ou vultos b astan te com plexos. O presente trabalho teve como objetivo propor um procedimento de treino discriminativo alternativo às propostas atuais sobre responder relacional e emergência de relações entre estímulos, b aseando-se em discrim ina­ ções sim ples sim ultâneas e utilizando-se de estím ulos com postos. Os resulta­ dos obtidos mostram ser o procedimento viável para o estudo do responder relacional e da emergência de estímulos. Os resultados sugerem ainda uma reflexão sobre as ca­ racterísticas definidoras do responder relacional e da emergência de relações entre es­ tímulos. Indicam também que o repertório comportamental dos participantes é uma variável bastante relevante e que deve ser considerada e estudada com mais atenção. Palavras-chave: Responder relacional; Discriminações simples; Discriminações sim ultâneas.

Lembre-se de que o resum o deve parecer um "quadradinho": não h á parágra­ fos, e o espaçam ento entre as linhas é simples. O resum o deve estar em um a página só para ele e para as palavras-chave.

As palavras-chave devem vir logo após o resumo (saltar um a linha). Você deve colocar pelo menos três palavras-chave, separadas por ponto e vírgula (;). A primeira letra de cada palavra deve ser maiúscula. Note que um a palavra-chave pode ser composta por mais de um a palavra (por exemplo, Responder relacional).

OBS: O negrito foi utilizado apenas para facilitar a identificação dos componentes do resumo: a ssu n to , objetivo do experimento, m éto d o e resultados. Não recorra a tal distinção - negrito - no seu trabalho.

Sumário

O Sumário deve estar em um a página só para ele e conter os seguintes itens, da forma como se apresentam :

R e su m o ...i

Sumário ... ii

In tro d u ç ã o ...01

A lgum as normas e dicas para se redigir um relatório cientifico R esultados... D iscussão... Referências bibliográficas Anexos ... 99 99 99 99

Introdução

Na introdução, deve ser apresentado ao leitor o assunto referente a seu trabalho, especificando termos e conceitos utilizados, bem como citando trabalhos de outros autores relevantes para o assunto de que você está tratando. Pense na introdução como um funil (de informações): parte-se do assunto geral para o específico. Uma boa introdução geralm ente contém os seguintes itens:

1. U m parágrafo (ou a lg u n s p arágrafos) in tro d u tó rio q u e fa le d o a s­ su n to estu d a d o d e form a b a sta n te clara e a tra e n te (u m b om in ício p o d e encorajar o le ito r a co n tin u a r a leitu ra). S u g estã o: le ia com a ten çã o os p arágrafos in tro d u tório s d os te x to s q u e v o cê te m em m ã os sobre o a ssu n to q ue d eseja estu d a r e, e m seg u id a , form u le o in ício d e su a in trod u çã o . N e ste parágrafo, vo cê d everá ju stificar a im p o rtâ n cia do te m a d e su a p esq u isa para a área d e in v estig a çã o , para a p sico lo g ia, o u m esm o para a h u m a n id a d e se for o caso. 2. A p resen ta çã o do co n te x to teó rico n o qual o tra b a lh o se d e se n v o l­

veu. Por ex e m p lo (trab alh o sobre R esp on d er R ela cion al em A n á li­ se E xp erim en tal d o C om p ortam en to): Um dos grandes desafios, histó­ ricos e atuais, da Análise Experimental do Com portam ento (AEC) consiste em explorar conceituai e metodologicam ente como estímulos ou relações entre estímulos passam a controlar um determ inado com portam ento, ou seja, como se estabelecem as discriminações. Para m elhor compreensão do assunto, será discutido brevemente a seguir como o conceito de operante discriminado evoluiu até os tempos atuais. Tal discussão se faz necessária para situar m elhor o leitor no contexto em que o trabalho foi elaborado. 3. A p resen ta çã o d os ter m o s e co n ceito s relev a n tes para o seu trab a­ lh o. E xem plo: Nesta definição de operante, há um im portante avanço: o operante é entendido não como um a resposta única, m as como um conjun­ to de respostas semelhantes (classe de respostas) cuja semelhança é defini­ da por suas conseqüências no am biente, ou seja, o operante deve ser defi­ nido por sua função, e não por sua topografia. Um segundo tipo de classe de estímulos são as classes funcionais. Estímulos que não possuem sim ila­ ridade física ou atributos comuns, mas que ocasionam a ocorrência de um a resposta comum, podem tornar-se funcionalm ente equivalentes (Ca­ tania, 1999; de Rose, 1993; Tonneau, 2001).

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4. D escriçã o d e form a resu m id a d e trab alh os an terio res ao se u q u e tra ta m do m e sm o a ssu n to , a p resen ta d o m éto d o , resu lta d o s e d is­ cu ssã o d e sse s trab alh os. Por exem p lo: Reynolds (1961) realizou um interessante experim ento sobre o com portam ento de atentar em pombos, em que fica evidente o controle do com portam ento por propriedades espe­ cíficas dos estímulos. Reynolds subm eteu dois pombos a um treino dis­ criminativo para respostas de bicar em um disco transilum inado utilizando dois estímulos, cada um com duas características físicas bem distintas: um triângulo sobre um fundo vermelho (AR) e u m círculo sob u m fundo verde (OG). O experim ento de Reynolds propõe um a reflexão sobre o pri­ meiro term o de um a contingência tríplice (estímulo discriminativo): neste experim ento, o que de fato controlava o com portam ento do pombo só poderia ser identificado via experimentação, pois não havia como estabele­ cer a propriedade saliente do estím ulo a priori. A apresentação de pesqui­ sas similares tam bém tem o objetivo de sustentar teórica e em piricam ente as hipóteses de sua pesquisa.

5. P rob lem as q u e ain d a n ã o foram reso lvid os n a área, relacio n a n d o - o s às co n trib u içõ es q u e seu trab alh o proverá para o d ese n v o lv i­ m e n to d a p sicolo gia . Por exem p lo: Apesar dos inúm eros experimentos já realizados com hum anos e não-hum anos para a verificação da em ergên­ cia de relações entre estímulos, m uitas questões im portantes ainda não foram resolvidas. Não há tam bém consenso sobre a capacidade de não- hum anos ou de organismos sem linguagem poderem formar classes de equivalência. Não há nem mesmo consenso sobre o que vem a ser o proces­ so denom inado responder relacional. Como sugere Hineline (1997), dife­ rentes pesquisadores da equivalência têm abrangido apenas partes do pro­ cesso, muito embora considerem que estejam estudando o fenômeno como um todo. Há poucos dados n a literatura que evidenciam o uso de procedi­ m entos de treino discriminativo com discriminações simples na investiga­ ção do responder relacional e da emergência de relações entre estímulos (por exemplo, Debert, 2003; Moreira e Coelho, 2003). Uma maior atenção deve ser dada às discriminações simples na investigação desses fenômenos, já que tais discriminações podem estar diretam ente relacionadas à efeti­ vidade dos procedimentos de treino, ao desenvolvimento do processo e aos resultados utilizados e verificados nas pesquisas sobre responder rela­ cional e em ergência de relações entre estímulos.

6. Finalizar a in trodu ção com o objetivo do trabalho, exp licitan d o-se as variáveis in d ep en d en te e d ep en d en te estu d ad as. Por exem plo: O objetivo deste trabalho foi verificar se é possível a emergência de relações condicionais arbitrárias entre estímulos, não-treinadas diretamente, utilizan­ do-se um procedimento de treino de discriminação simples sim ultânea com estímulos compostos (duas classes com três estímulos cada classe).

Algumas normas e dicas para se redigir um relatório científico

IMPORTANTE: N a in tro d u ção , v o cê n ã o a p resen ta rá d eta lh e s d e co ­ m o fo i fe ito o seu ex p er im en to n e m sobre o s re su lta d o s q u e en con trou .

No documento DE A N Á L I S E DO COMPORTAMENTO (páginas 184-188)