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SAÚDE DO TRABALHADOR E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE

No documento Anais... (páginas 172-176)

Carla T. A. Dallago1, Heloisa S. Dzickanski², Luciana M. Mazon3 e Renata Campos4

1Graduanda em Fisioterapia pela Universidade do Contestado, Campus Mafra 2Graduanda em Psicologia pela Universidade do Contestado, Campus Mafra

3Pesquisadora do NUPESC, docente do curso de Enfermagem da Universidade do Contestado 4Pesquisadora Líder do NUPESC, Docentes dos cursos de saúde da Universidade do Contestado

Palavras-chave: saúde do trabalhador, condições de trabalho, fluxo, contra fluxo. INTRODUÇÃO

A saúde do trabalhador é definida como um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação daqueles submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho (2). A saúde do trabalhador no estado de Santa Catarina, segundo as estatísticas, tem demonstrado um diagnóstico preocupante (1), o que alerta para a efetivação de um modelo de atenção integral à saúde dos trabalhadores baseada na identificação de fatores intervenientes relacionadas à saúde do trabalhador. Tendo em vista que esta rede é tão escassa de informações, este trabalho buscou gerar indicadores relacionados à saúde do trabalhador, para o fortalecimento das ações de saúde direcionadas a este setor, e como subsídio para o fortalecimento da rede de saúde.

MATERIAL E MÉTODOS

Esta pesquisa tem natureza prospectiva, transversal, quali-quantitativa e foi realizada nas micro áreas pertencentes as Estratégias de Saúde da Família (ESF’s), nos municípios de Itaiópolis, Mafra e Papanduva pertencentes a 25° Secretaria de Desenvolvimento Regional de Santa Catarina. Foram pesquisados 2.965 trabalhadores, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos, que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os trabalhadores foram recrutados com o auxílio de Agentes Comunitários de Saúde (ACS). As principais variáveis investigadas foram coletadas por um questionário semiestruturado elaborado pela pesquisadora responsável, com 51 questões fechadas, referentes ao perfil socioeconômico, risco ocupacional e assistência recebida pelos trabalhadores destes municípios.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram avaliados 2.965 trabalhadores, nas cidades de Itaiópolis (n= 2457), Mafra (n= 219) e Papanduva (n=289). Destes trabalhadores, 63,8% eram do sexo feminino e 33,1% do sexo masculino, 3,1% não respondeu à essa questão, 46,3% com idade entre 21 e 40 anos, sendo 58,8% da amostra casados, 64,4% possuíam um filho menor de 16 anos e em 63,8% dos casos o casal auxiliava no sustendo da casa. Quanto às ocupações, 29,2% são agricultores, 36,7% são autônomos e 55,1% cursaram até o ensino fundamental. A questão ocupação foi subdividida em 5 questões, das quais foram selecionadas as ocupações com maior percentual. Em se tratando das condições de trabalho, 26% da amostra trabalhavam de 31 a 40 horas semanais, 73,8% realizava dois intervalos, de 10 minutos cada, durante a jornada diária, 56,2% morava perto do trabalho e almoçava em casa, dos trabalhadores que almoçavam na empresa, 40,6% afirmaram que a empresa possuía a estrutura necessária. Em 46,2% dos locais de trabalho dos entrevistados, havia banheiros. Ao analisar estes dados percebemos que a estrutura de aproximadamente 60% das empresas pesquisadas não está de acordo com a NR24, dado relacionado ao numero de trabalhadores rurais contidos nesta pesquisa. Em relação à empresa realizar exames ao menos uma vez ao ano, 44,3% não realizava. Ao ingressar na empresa 35,3% receberam algum treinamento e 36,2% das empresas não realizavam capacitações periódicas. Para 42,9% dos entrevistados era necessário o uso de EPI para a sua função, 29% afirmaram ter recebido orientações sobre sua utilização e importância e em 46,4% dos casos o empregador fornecia os EPI’s. Porem 21,4% utilizam apenas parcialmente os EPI’s durante toda jornada de trabalho. Quanto à associação a um sindicato de trabalhadores 64,1% não eram associados, porem 46,9% sabia como o sindicato atua e ou recebia algum amparo. Dos trabalhadores 55,3% estavam registrados na função que realmente exerciam e 41,2% sabia o que são as normas regulamentadoras. Dos entrevistados 12,9% já sofreram danos ou agravos relacionados ao trabalho. Em relação às condutas adotadas após os acidentes ou agravos relacionados ao trabalho, 8,8% da amostra, após o acidente, recebia o atendimento pelo médico da empresa e, foi encaminhado ao pronto atendimento (PA) ou à unidade básica de saúde (UBS). Já, 3,5% dos trabalhadores, foram direcionados à UBS, enquanto, 3,9% da amostra ao PA, ambos sem encaminhamento posterior. A empresa não prestou assistência em 2,3% dos casos. Em contrapartida, observa-se que 14,1% da amostra, optou por outros procedimentos que não são considerados padrão. Possivelmente por falta de conhecimento, 67,4% dos entrevistados, não responderam a essa questão.

CONCLUSÃO

Através deste estudo foi possível traçar o perfil epidemiológico dos trabalhadores, assim como as principais atividades laborais desenvolvidas na região. Conhecer o perfil epidemiológico da população nos permitiu identificar sérios vieses em relação à saúde do trabalhador, tais como: a desvalorização do uso dos EPI’s; desassistência do trabalhador por parte das empresas em se tratando de treinamentos e exames periódicos; o desconhecimento sobre as normas regulamentadoras e sobre a conduta a ser adotada após o acidente ou agravo. Isto nos alerta para atitudes emergenciais em relação à efetivação de um modelo de atenção integral à Saúde do Trabalhador junto ao SUS.

REFERÊNCIAS

1. Comissão Intergestores Bipartite. Deliberação 044/CIB/2007, de 22 de junho de 2007. Define a constituição dos Colegiados de Gestão Regional. Florianópolis, 2007 SANTA CATARINA. Plano

Estadual de Saúde. Florianópolis, 2010, p. 01.

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ANALISE DAS CAPACIDADES FÍSICAS BÁSICAS DE ATLETAS DE VÔLEI DE PRAIA MASCULINO DE CONCÓRDIA, SC - 2014

Itamar Schumacher

Graduando em Educação Física pela Universidade do Contestado, Campus Concórdia, bolsista Projeto de Pesquisa art. 170, titivolley13@msn.com

Palavras-chave: capacidades físicas, vôlei de praia, preparação física. INTRODUÇÃO

As capacidades físicas básicas são de suma importância para uma melhora em seu desempenho como atleta. Na atualidade o vôlei de praia encontra-se em expansão e o alto nível dos atletas em competição exige que os atletas estejam em ótima preparação física para acompanhar a evolução do esporte. Melhorando o condicionamento físico do atleta o número de erros diminui nos respectivos momentos de decisão onde vários fatores estão relacionados direta e indiretamente, como saltar mais alto depois de um rali, além disso, de minimizar a diminuição da velocidade de raciocínio causado pelo desgaste físico. Para um atleta de vôlei de praia as demandas mais comuns são deslocamentos e tiros de curta e media distância com velocidade media e de alta velocidade, saltos e mergulhos, para atletas destreinados tende apresentar um quadro de fadiga antecipado e ao atingir esta fadiga é provável que afete suas capacidades físicas e desempenho como atleta. Acredita-se que a prática de um desporto visando o treinamento, baseado em um trabalho planejado auxiliará em um melhor desempenho esportivo, desenvolvendo aspectos necessários para melhorar sua formação ou manutenção das suas capacidades físicas exigidas pela modalidade de vôlei de praia proporcionando condições de se tornar um atleta mais completo.

MATERIAL E METODOS

Os testes foram realizados com três atletas da modalidade de voleibol de areia. Para avaliar a capacidade física de salto vertical utilizamos uma régua graduada em centímetros, fixada em uma parede a partir de 2 metros, até 3,50 metros, edificada sobre uma laje propiciando a realização dos movimentos preparatórios em um “vão livre”. Para salto horizontal, a medida é feita a partir do ponto mais próximo da linha de saída do salto. Para a flexibilidade utilizamos o Banco de Wells. Para o teste de velocidade usamos a pista de atletismo. Houve prescrição individual de treinamento específico, monitorado em treinamento da prática desportiva e treinamentos em academia de musculação para melhor obtenção dos resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em todo o período analisado podemos observar uma grande melhora nas capacidades físicas dos atletas, na flexibilidade, saltos vertical e horizontal tiveram melhoras, somente a velocidade não houve melhora. Hoje em dia, o voleibol, em seu cenário mundial, busca sempre atletas com estaturas acima da considerada normal, técnicos e preparadores físicos buscam com isso elevar o nível do esporte. O atleta grande, com certa dificuldade inicial de coordenação, pouco a pouco vai se aprimorando, assim inserindo novas práticas inovadoras de treinamentos. No caso de nossos atletas avaliados, como podemos observar na média de altura que estão acima da nacional, se observar como é o cotidiano deles, podemos ver que não possuem problemas de moradia (pobreza), já que são de famílias de classe média, não tem desnutrição por estarem inseridos em uma cultura/região onde os alimentos são fartos, em relação à diversidade deles, isso pode auxiliar em desenvolvimento. A flexibilidade pode trazer muitos benefícios, neste tempo de alongar nossos músculos e fibras nervosas se habituam a nova extensão, o reflexo deste alongamento é reduzido fazendo com que mais fibras musculares alonguem. Fazendo essas sessões melhoramos a flexibilidade dos atletas e assim a melhora nas atividades desenvolvidas no esporte.

CONCLUSÃO

Observamos uma melhora nas capacidades físicas, objetivo alcançado através uma preparação nos testes e na fase de transição.

REFERÊNCIAS

1. BABANTI, Valdir José. Teoria e Prática do treinamento Esportivo. 2º edição. São Paulo: Edgard

Blucher, 1997.

2. BOMPA, Tudor O. A Periodização no Treinamento Esportivo. Rio de janeiro. Manole Editora, 2001.

3. CUNHA, Ana Cristina P. T.. Estudo da comparação. Concórdia. 1998.

4. DANTAS, Estélio H. M.. A Prática da Preparação Física. 2º edição. Rio de Janeiro: Sprint, 1985.

5. GOBBI, Sebastião, et al. Bases Teórico-Práticas do Condicionamento Físico. Campus do Rio

Claro: Guanabara Koogan, 2005.

6. JUNIOR, Nelson Kautzner Marques. Treino de força para melhorar o salto vertical do atleta de voleibol. Revista Digital. Fevereiro de 2005. Disponível em:http://www.efdeportes.com/efd81/volei.htm. Acesso dia 23/03/2014.

7. PAOLO, Bertot et al. Treino para o Desenvolvimento da Força Explosivo‐Reactivo‐Balística no Voleibol. Disponível em:http://www.antvoleibol.org/files/Dossier%20salto.pdf>. 2007. Acesso em

18/04/2014.

8. TUBINO, Manuel José Gomes. Metodologia Cinetifica do Treinamento Desportivo. 3º edição. São

Paulo: Ibrasa, 1984.

9. ZAKHAROV, Andrei, GOMES, Antônio Carlos. Ciência do treinamento desportivo. 1º edição. Rio de Janeiro. Grupo palestra esporte, 1992.

Figura 1. Bloqueio: (unidade em cm).

Fonte: Dados da pesquisa (2014). Figura 1. Ataque: (unidade em cm) Fonte: Dados da pesquisa (2014).

Figura 3. Flexibilidade: (unidade em cm)

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PREPARAÇÃO DE DROGA VEGETAL E AVALIAÇÃO DO PROCESSO

No documento Anais... (páginas 172-176)

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