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SF-905/2018 ANTONIO FREDERICO SIMION

VII PROCESSOS DE ORDEM SF

SF-905/2018 ANTONIO FREDERICO SIMION

O presenta processo é iniciado com solicitação de apuração endereçada ao CREA-SP, regional de Piracicaba, formulada pelo Sr. Ronaldo Aparecido Samuel, com escopo de elaborar nova delação, atinente a elaboração de SPDA e ART de adequação para vistoria e expedição de AVCB.

O denunciante junta alguns anexos:

ANEXO I – Ata de Reunião entre o denunciante e o Sr. Marco Antônio Tonim, para tratar de assuntos referentes à denúncia do CREA sobre instalação de ar condicionado e respectivos laudos no Residencial Novitá (folhas 07 a 16);

ANEXO IA – Laudo Técnico de Instalações Elétricas SPDA e aterramento do Residencial Novitá (folhas 17 a 52);

ANEXO II – Comprovante de inscrição e de situação cadastral CNPJ; ANEXO III – Currículo do Sr. Antônio Frederico Simioni;

ANEXO IV – Cartão CNPJ Antônio Frederico Simioni; ANEXO V – Contato da Empresa Looking.

O Sr. Antônio Frederico Simioni foi oficiado em 21/04/2018 para “apresentar as contrarrazões que julgar necessárias, bem como outros documentos que possam ajudar a elucidar os fatos apresentados na denúncia”.

Em 08/06/2018 o Sr. Antônio Frederico Simioni responde o oficio, destacando que a ART “tem como único e exclusivamente atender as exigências do Corpo de Bombeiros para a obtenção do AVCB”.

Em 24/07/2018 foi oficiado o Sindico Sr. Fábio Roberto de Andrade para “apresentar as contrarrazões que julgar necessárias, bem como outros documentos que possam ajudar a elucidar os fatos apresentados na denúncia”.

O mesmo apresenta em 27/07/2018 suas considerações e protocola diversos documentos para subsidio, de (folhas 78 a 122).

Em folha 64 temos o resumo do profissional onde consta como título profissional: ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO – MECÂNIA.

DECISÃO NORMATIVA Nº 070, DE 26 DE OUTUBRO DE 2001

Dispõe sobre a fiscalização dos serviços técnicos referentes aos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (pára–raios).

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA–CONFEA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do art. 10 do Regimento do CONFEA, aprovado pela Resolução nº 373, de 16 de dezembro de 1992, e

Considerando a Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, que discrimina as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

Considerando o que estabelece a Lei nº 5.524 de 5 de novembro de 1968 e o Decreto nº 90.922 de 6 de fevereiro de 1985 que regulamentam a profissão dos técnicos industriais e agrícolas;

Considerando a Resolução nº 288, de 7 de dezembro de 1983, que designa o título e fixa as atribuições das novas habilitações em Engenharia de Produção e Engenharia Industrial;

Considerando a Resolução nº 313, de 26 de setembro de 1986, que dispõe sobre o exercício profissional dos tecnólogos das áreas pertinentes ao Sistema Confea/Creas;

Considerando a Resolução nº 336, de 27 de outubro de 1989, que dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia-Creas;

Considerando a Resolução nº 380, de 17 de dezembro de 1993, que discrimina as atribuições provisórias dos engenheiros de computação ou engenheiros eletricistas com ênfase em computação;

Considerando Resolução nº 425, de 18 de dezembro de 1998, que dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica-ART;

MÁRCIO ROBERTO GONÇALVES VIEIRA

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

Considerando o estabelecido nas Normas Técnicas da ABNT, sobre os Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas, aqui denominados SPDA, em especial as Normas NBR-5410/90 e NBR-5419/93, que visam dar segurança às pessoas, estruturas, equipamentos e instalações internas e externas;

Considerando, também, a necessidade de fixar procedimentos visando a uniformidade de ação por parte dos Creas quanto ao registro de ART de projetos, fabricação, instalação e manutenção de SPDA, face às peculiaridades e o desenvolvimento tecnológico desses sistemas que, quando instalados de forma incorreta, podem causar acidentes, inclusive com vítimas fatais, e sérios danos a bens móveis e imóveis, DECIDE:

Art. 1º As atividades de projeto, instalação e manutenção, vistoria, laudo, perícia e parecer referentes a Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas-SPDA, deverão ser executadas por pessoas físicas ou jurídicas devidamente registradas nos Creas.

Parágrafo único. O projeto de SPDA envolve levantamento das condições locais do solo, da estrutura a ser protegida e demais elementos sujeitos a sofrer os efeitos diretos e indiretos de descargas atmosféricas, os cálculos de parâmetros elétricos para a sua execução, em especial para os sistemas de aterramento e ligações eqüipotenciais, seleção e especificação de equipamentos e materiais, tudo em rigorosa obediência às normas vigentes.

Art. 2º As atividades discriminadas no caput do art. 1º, só poderão ser executadas sob a supervisão de profissionais legalmente habilitados.

Parágrafo único. Consideram-se habilitados a exercer as atividades de projeto, instalação e manutenção de SPDA, os profissionais relacionados nos itens I a VII e as atividades de laudo, perícia e parecer os

profissionais dos itens I a VI: I – engenheiro eletricista; II – engenheiro de computação; III – engenheiro mecânico–eletricista;

IV – engenheiro de produção, modalidade eletricista; V – engenheiros de operação, modalidade eletricista; VI – tecnólogo na área de engenharia elétrica, e

VII – técnico industrial, modalidade eletrotécnica. (grifo nosso)

Art. 3º Todo contrato que envolva qualquer atividade constante do art. 1º deverá ser objeto de Anotação de Responsabilidade Técnica-ART.

§1º Deverá ser registrada uma ART para cada tipo de pára–raios projetado e/ou fabricado.

§ 2º Quando as ARTs relativas às atividades de instalação elétrica/telefônica exigirem a instalação de SPDA, esta deverá estar explícita na respectiva ART.

Art. 4º Esta Decisão Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Ficam revogadas as disposições em contrário.

Tendo em vista as informações levantadas, o processo foi encaminhado para a CEEE para análise e emissão de parecer fundamentado.

Dispositivos legais destacados:

Da Lei Federal nº 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, e dá outras providencias, da qual destacamos:

Art. 6º- Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro agrônomo:

a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais:

b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas;

d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;

e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8ºdesta Lei.

Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

Art. 46 - São atribuições das Câmaras Especializadas:

a) julgar os casos de infração da presente Lei, no âmbito de sua competência profissional específica; Art. 77 - São competentes para lavrar autos de infração das disposições a que se refere a presente Lei os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia nas respectivas Regiões.

Da Resolução nº 1008/2004 do CONFEA, que dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades, da qual destacamos:

Art. 2º Os procedimentos para instauração do processo têm início no Crea em cuja jurisdição for verificada a infração, por meio dos seguintes instrumentos:

I – denúncia apresentada por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; II - denúncia apresentada por entidade de classe ou por instituição de ensino;

III - relatório de fiscalização; e

IV – iniciativa do Crea, quando constatados, por qualquer meio à sua disposição, indícios de infração à legislação profissional.

Parágrafo único. No caso dos indícios citados no inciso IV, o Crea deve verificá-los por meio de fiscalização ao local de ocorrência da pressuposta infração.

Art. 5º O relatório de fiscalização deve conter, pelo menos, as seguintes informações: I – data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

II – nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ;

III - identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e endereço do executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação;

IV – nome completo, título profissional e número de registro no Crea do responsável técnico, quando for o caso;

V – identificação das Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs relativas às atividades desenvolvidas, se houver;

VI – informações acerca da participação efetiva do responsável técnico na execução da obra, serviço ou empreendimento, quando for o caso;

VII - descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação profissional; e

VIII – identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.

Parágrafo único. O agente fiscal deve recorrer ao banco de dados do Crea para complementar as informações do relatório de fiscalização.

Art. 9º Compete ao agente fiscal a lavratura do auto de infração, indicando a capitulação da infração e da penalidade.

(...)

§ 2º Em caso de dúvida na análise da situação apresentada, o relatório de fiscalização deverá ser submetido à camara especializada relacionada à atividade desenvolvida que determinará se cabível, a lavratura do auto de infração e a capitulação da infração e da penalidade.

ANULAÇÃO DE ART (E CAT) POR INCOMPATIBILIDADE ENTRE AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E AS ATRIBUIÇÕES DO PROFISSIONAL.

(Texto extraído do Manual de Procedimentos Operacionais – Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009 – Anexo da DN nº 85 do CONFEA).

11.1. As ART’s registradas serão anuladas pelo Crea quando: (...)

- for verificada incompatibilidade entre as atividades desenvolvidas e as atribuições profissionais do responsavel técnico à epoca do registro da ART;

(...)

11.2. Verificado um dos casos supramencionados, o CREA deve instaurar processo administrativo para anulação de ART e da CAT a ela correspondente e encaminha-lo à Câmara Especializada competente para analise e julgamento.

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Julgamento de Processos

Analisando os dispositivos legais elencados, a legislação acima destacada e principalmente o destacado acima sobre anulação de ART, VOTO pelo encaminhamento do referido processo ao CREA-SP, para que seja instaurado um processo para o Cancelamento das ART’s emitidas pelo profissional interessado.

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