• Nenhum resultado encontrado

VII PROCESSOS DE ORDEM SF

SF-812/2019 RAUL SPIGUEL

O presente processo trata de denúncia apresentada pelo Engenheiro Eletricista Nelson Alexandre Galeazzi, em desfavor do Engenheiro Mecânico Raul Spiguel, nos seguintes termos “tratava-se de uma perícia de ordem ELETRICA-ELETRÔNICA de telecomunicações, consoante documentos anexos. Assim, constatou- se que o mesmo não era especialista nem habilitado na área a que foi designado para elaborar o laudo pericial em comento”.

O mesmo apresentou também de folha 22 a 33 o laudo entregue pelo perito denunciado.

Nas folhas de 116 a 122 o Engenheiro Mecânico Raul Spiguel apresenta seus argumentos, nos seguintes termos “o trabalho pericial foi realizado no âmbito das competências da área de conhecimento de

Tecnologia da Informação, através da constatação da infraestrutura da rede de computadores e suas conexões ethernet com os demais periféricos, não se configurando nem remotamente a uma perícia especializada em engenharia eletroeletrônica, muito menos em telecomunicações ou em qualquer outra modalidade profissional cujas atividades estejam eventualmente discriminadas na Resolução nº 218 de 29 de julho de 1973 do CONFEA”.

Conforme consulta de folha 175, o profissional Raul Spiguel é Engenheiro Mecânico com atribuições do artigo 12 da Resolução 218 do CONFEA.

O processo, foi então encaminhado a CEEE para “análise e deliberações” ,quanto ao que segue:

- Caso a CEEE defina que as atividades indicadas são vinculadas ao Sistema CONFEA\CREA, com responsabilidade de profissional da área de Engenharia Elétrica, identificamos as seguintes providencias: - Analise e Parecer fundamentado, decidindo sobre o acatamento da denuncia apresentada;

- Analise e Parecer fundamentado, decidindo se o Engenheiro Mecânico Raul Spiguel, possui atribuições profissionais para se responsabilizar pelos serviços prestados;

- Determinação da autuação do denunciado Engenheiro Mecânico Raul Spiguel (e possuir atribuições para os serviços prestados ), por falta da emissão de ART pelo Laudo Pericial;

- Determinação de autuação do Eng. Alisson Henrique Arvani, por prestação de serviços sem possuir registro no CREA- SP ( já estava formado, porem não havia requerido o registro neste Conselho); - Demais providencias que a Câmara entender pertinente.

II - LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

II.1 – Lei 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências, da qual destacamos:

Art. 6º - Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:

a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais:

b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas;

d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;

e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8º desta Lei.

Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.

Art. 46 - São atribuições das Câmaras Especializadas:

a) julgar os casos de infração da presente Lei, no âmbito de sua competência profissional específica; (...)

AGUINALDO BIZZO DE ALMEIDA

63

Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

108

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

Art. 77. São competentes para lavrar autos de infração das disposições a que se refere a presente lei, os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia nas respectivas Regiões.

II.2 – Resolução Nº 1008/04 do CONFEA, que dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades, da qual destacamos:

Art. 2º Os procedimentos para instauração do processo têm início no Crea em cuja jurisdição for verificada a infração, por meio dos seguintes instrumentos:

I – denúncia apresentada por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; II - denúncia apresentada por entidade de classe ou por instituição de ensino;

III - relatório de fiscalização; e

IV – iniciativa do Crea, quando constatados, por qualquer meio à sua disposição, indícios de infração à legislação profissional.

Parágrafo único. No caso dos indícios citados no inciso IV, o Crea deve verificá-los por meio de fiscalização ao local de ocorrência da pressuposta infração.

Art. 5º O relatório de fiscalização deve conter, pelo menos, as seguintes informações: I – data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

II – nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ;

III - identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e endereço do executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação;

IV – nome completo, título profissional e número de registro no Crea do responsável técnico, quando for o caso;

V – identificação das Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs relativas às atividades desenvolvidas, se houver;

VI – informações acerca da participação efetiva do responsável técnico na execução da obra, serviço ou empreendimento, quando for o caso;

VII - descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação profissional; e

VIII – identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.

Parágrafo único. O agente fiscal deve recorrer ao banco de dados do Crea para complementar as informações do relatório de fiscalização.

Art. 9º Compete ao agente fiscal a lavratura do auto de infração, indicando a capitulação da infração e da penalidade.

(...)

§ 2º Em caso de dúvida na análise da situação apresentada, o relatório de fiscalização deverá ser submetido à câmara especializada relacionada à atividade desenvolvida que determinará, se cabível, a lavratura do auto de infração e a capitulação da infração e da penalidade.

II.3 – ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 1.004, DE 27 DE JUNHO DE 2003, da qual destacamos: CAPÍTULO III

DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 7º O processo será instaurado após ser protocolado pelo setor competente do Crea em cuja jurisdição ocorreu a infração, decorrente de denúncia formulada por escrito e apresentada por:

I – instituições de ensino que ministrem cursos nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; II – qualquer cidadão, individual ou coletivamente, mediante requerimento fundamentado;

III – associações ou entidades de classe, representativas da sociedade ou de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea; ou

IV – pessoas jurídicas titulares de interesses individuais ou coletivos.

§ 1º O processo poderá iniciar-se a partir de relatório apresentado pelo setor de fiscalização do Crea, após a análise da câmara especializada da modalidade do profissional, desde que seja verificado indício da veracidade dos fatos.

§ 2º A denúncia somente será recebida quando contiver o nome, assinatura e endereço do denunciante, número do CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, se pessoa jurídica, CPF – Cadastro de

109

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

Pessoas Físicas, número do RG – Registro Geral, se pessoa física, e estiver acompanhada de elementos ou indícios comprobatórios do fato alegado.

Art. 8º Caberá à câmara especializada da modalidade do denunciado proceder a análise preliminar da denúncia, no prazo máximo de trinta dias, encaminhando cópia ao denunciado, para conhecimento e informando-lhe da remessa do processo à Comissão de Ética Profissional.

III – CONSIDERACOES

A denúncia apresentada pelo Engenheiro Eletricista Nelson Alexandre Galeazzi, em desfavor do

Engenheiro Mecânico Raul Spiguel, refere-se a “ a falta de “ Competência Técnica” do mesmo para atuação em uma perícia especifica na área Elétrica –Eletrônica de telecomunicações;

Dessa forma, a analise neste processo restringe-se à Competência Técnica do Engenheiro Mecânico quanto as atribuições técnicas estabelecidas pela Legislação Aplicável do CONFEA CREA, para Elaboração de Laudo Técnico objeto da pericia em que atuou vide folhas de 126 a 133 do presente processo;

Constatou-se no processo que a pericia técnica refere-se a “constatação de causa de queima de

“equipamento eletro -eletrônico“, um Modem da Operadora TIM, mais precisamente a ‘queima da placa de rede, conjugada à placa- mãe daplotter, de equipamento de impressão em grandes formatos, vide folha 17 do presente processo;

O Engenheiro Mecânico Raul Spiguel , nomeado como perito Judicial, elaborou Laudo Técnico, vide folhas de 126 a 133 do presente processo, onde verifica-se na folha 126 deste processo, que no dia 9 de agosto de 2018 efetuou diligencia no endereço localizado à rua Vitorio Compri, n 5 – São Paul para avaliação da queima do equipamento eletro –eletrônico;

Nas folhas 129 a 131 deste processo constam os REQUISITOS DO REQUERENTE , onde destaco o que segue:

5) Esclarecer se os surtos de tensão podem também ocorrer nas linhas de telefonia e TV e dados, com efeitos danosos aos referidos equipamentos. Considerando que o equipamento da Ré queimou, e foi trocado, conforme comprovado pela OS acostada aso autos, pode o Sr. Perito afirmar que a região atingida no equipamento do Autor sofreu surto de tensão através da rede de dados?

Surto de tensão, decorrente de descarga atmosférica por exemplo, podem ocorrer em qualquer ligação elétrica entre 2 pontos distintos, não importando o que trafega por essa ligação.

Fio sem blindagem que trafegam em postes nas ruas, tais como a rede elétrica e a rede de telefonia analógica são bastante susceptíveis a transientes elétricos.

A transmissão de dados com tecnologia DSl utiliza a rede de telefonia analógica para transmissão de seu sinal, sendo portanto susceptível a surtos de tensão.

Quanto ao equipamento do autor, por não estar conectado diretamente ao equipamento que recebe o sinal DSL proveniente da rua ( modem da TIM ), não pode ter sido atingido por um possível surto proveniente da linha de dados sem que os demais equipamentos entre eles também tivessem sido danificados.

6) A Ré é obrigada a manter protetor de surto em sua rede de informática ?

Resposta prejudicada. Obrigações é tema jurídico não cabendo à pericia apresentar seu entendimento. 7) Pode o Sr. Perito afirmar seguramente que o dano na placa não foi ocasionado por surto de tensão de backbone da ré?

Sim. As analises efetuadas no local indicam que o dano na placa não foi ocasionado por surto de tensão de backbone da ré.

8) A operadora Ré forneceu relatório constando se no fluxo de dados do backbone não houve alterações de tensão à época dos fatos ?

Não forneceu relatório.

Na folha 132 deste processo, consta o item VI do Laudo Pericial elaborado pelo Engenheiro Mecânico Raul Spiguel , onde destaco o que segue:

No nosso entendimento, o problema reportado no plotter do REQUERENTE não tem relação direta com a queima do modem da TIM.

Deve-se considerar que o plotter não estava conectado diretamente no modem da TIM e sim no “switch ethernet” existente na rede e este, não foi afetado. Não é possível a propagação de um eventual surto de tensão da rede de dados da TIM ao modem ASL e deste para o plotter, sem que provocasse a queima do switch, uma vez que este ultimo é o elemento principal de conexão entre o modem e o plotter.

110

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

Nas folhas 148 a 165 deste processo consta o Parecer Técnico de Contra Laudo Pericial elaborado pelo Engenheiro Eletricista Nelson Alexandre Galeazzi, onde destaco o que segue referente aos REQUISITOS DO REQUERENTE:

5) Esclarecer se os surtos de tensão podem também ocorrer nas linhas de telefonia e TV e dados, com efeitos danosos aos referidos equipamentos. Considerando que o equipamento da Ré queimou, e foi trocado, conforme comprovado pela OS acostada aso autos, pode o Sr. Perito afirmar que a região atingida no equipamento do Autor sofreu surto de tensão através da rede de dados?

Resposta assistente: Uma vez que os cabos de rede externa de responsabilidade da TIM não possuem blindagem, estão sujeitos a transientes elétricos de potencia, fenômenos com inicio, pico e declínio em períodos de tempo inferiores a 1 segundo, ou ainda cíclicos que caracterizam sinal alternado, ambos não são blindados pelos “ transformadores isoladores “, denominados erroneamente pelo perito como “ transformadores de dados”.

6) A Ré é obrigada a manter protetor de surto em sua rede de informática ?

Resposta assistente: Regulamento CP55 da ANATEL, formulado com base na Lei nº 9.472\97 – Lei Geral das Telecomunicações, estabelece critérios que a Ré deve manter Certificação de Redes Externas de Telecomunicações quanto aos aspectos de proteção elétrica, e vincula DE RESPONSABILIDADE DA TIM os quesitos de Aterramento, afastamento de rede elétrica e proteção contra raios. Portanto, a TIM é obrigada a manter protetor de surto em sua rede de dados externa ( WAN).

.7) Pode o Sr. Perito afirmar seguramente que o dano na placa não foi ocasionado por surto de tensão de backbone da ré?

Resposta assistente: NÃO, porque transitórios (surtos) são fenômenos idênticos aso fenômenos de propagação para comunicação e transitam sobre a mesma rede metálica oferecida pela TIM para prover o DSL. A diferença é que transitórios possuem potencia maior e não

controlada...

8) A operadora Ré forneceu relatório constando se no fluxo de dados do backbone não houve alterações de tensão à época dos fatos ?

Destaco o disposto nas pagina153 e 154 deste processo, item 4) diante da afirmação abaixo do nobre vistor, responder:

a)Oque são “ transformadores de dados”? b)Em qual norma aparece essa nomenclatura? c)Qual a relação entre 1500Vrms e os dados?

d)Sendo transformador, como ele reage a transitórios , ou seja, naquele instantes onde a tensão parte do zero e se eleva ate 1500v ou mais?

e)De acordo com a norma IEC60950-1, seção 5.2.2, o que significa 1500Vrms?

PERITO: Trata-se de conceitos técnicos inerentes às analises periciais efetuadas, cujas explicações teóricas deve a I. Patrona do REQUERENTE recorrer ao vosso assistente técnico indicado.

Nas folhas 48 a 65 deste processo consta o Parecer Técnico de Contra Laudo Pericial elaborado pelo sr Alison Henrique Arvani , Assistente Técnico do Autor, Técnico em Informática.

Na folha 93 deste processo consta Oficio n º9.093\20109 da UGI Leste enviado ao Engenheiro Nelson Alexandre Galeazzi solicitando apresentar ART emitida pelo sr. Alison Henrique Arvani, seu assistente técnico e repensável pelo parecer técnico apresentado no processo...

Na folha 94 deste processo consta Oficio n º9.094\20109 da UGI Leste enviado ao Engenheiro Raul Spiguel solicitando apresentar ART referente aos serviços executados.

Na folha 103 deste processo consta documento emitido e enviado a UGI Leste, pelo Engenheiro Nelson Alexandre Galeazzi ,informando que a ART do sr. Alison Henrique Arvani sera emitida logo que seu registro profissional for efetivado, estando o mesmo em processo de cadastramento conforme documentos anexos.

Nas folhas 116 a 122 deste processo consta documento emitido e enviado a UGI Leste, pelo Engenheiro Raul Spiguel, apresentando sias considerações sobre o processo, alegando que possui formação multidisciplinar, utilizando-se de seus conhecimentos técnicos adquiridos na área de Tecnologia da Informação adquiridos nos mais de 30 anos de experiência profissional em TI, resultando nas analises e conclusões apresentadas no laudos pericial...

111

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

computadores e suas conexões ethernet com os demais periféricos, não se configurando nem remotamente a uma perícia especializada em engenharia eletroeletrônica, muito menos em

telecomunicações ou qualquer outra modalidade profissional cujas atividades estejam eventualmente discriminadas na Resolução 218 de 29 de junho de 1973 do CONFEA.

Assim, pelo tudo quanto exposto, entendemos que a reclamação não procede, requerendo improcedência

da mesma. IV - PARECER

“Considerando o objeto deste processo”, as atividades desenvolvidas pelo Engenheiro Mecânico Raul Spiguel são vinculadas ao Sistema CONFEA \CREA, intrínseca a responsabilidade de Profissional da área de Engenharia Eletrica, e , dessa fora, não possui atribuições profissionais para se responsabilizar pelos serviços prestados, uma vez que as atividades realizadas requerem conhecimento e competências especificas intrínsecas à Profissional Legalmente Habilitado na Área de Engenharia Elétrica com atribuições dos Art. 8º ou 9º da Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973 do CONFEA.

IV – VOTO

- Que o Engenheiro Mecânico Raul Spiguel seja autuado por infração a alínea B do artigo 6º da Lei 5194/66 : Art. 6º - Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo: b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; - Instauração do Processo para autuação do Eng. Alisson Henrique Arvani, por prestação de serviços sem possuir registro no CREA- SP, uma vez que já estava formado, porem não havia requerido o registro neste Conselho.

112

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

Outline

Documentos relacionados