• Nenhum resultado encontrado

SF-1788/2011 ESCOLA POLITÉCNICA DA USP

VII PROCESSOS DE ORDEM SF

SF-1788/2011 ESCOLA POLITÉCNICA DA USP

Este processo visa à MANUTENÇÃO ou CANCELAMENTO do AUTO DE INFRAÇÃO n.º 33.962/2017 lavrado em 19 de Julho de 2017 (fl. 126, em nome da Universidade de São Paulo – Escola Politécnica, com referência a Divisão de Ensaios de Calibração – Laboratório de Engenharia Biomédica da Escola da USP (DED-LEB/EPEUSP).

II - HISTÓRICO

Este Processo de Apuração de Irregularidades foi aberto em 06/12/2011 (Capa);

Trata o presente processo de apuração de DENÚNCIA formulada e registrada On-line no Sistema CreaNet em 05/10/2011 pelo Sr. Alessandro Cavina Marroni o qual cita em sua mensagem eletrônica de fls. 02 que a Divisão de Ensaios e Calibração da Escola Politécnica da USP realiza ensaios e emite laudos em equipamentos eletrônicos sem possuir registro junto ao CREA.

Diante dos Fatos foi realizado a diligência da Divisão de Ensaios de Calibração – Laboratório de

Engenharia Biomédica da Escola da USP (DED-LEB/EPEUSP) em 06/11/2011, por agente fiscal da UGI – Oeste/CREA/SP, afim de apuração da DENUNCIA, o qual foi constatado a prestação de serviço de ensaios de verificação de conformidade de equipamentos médicos de acordo com especificações prescritas em Normas Técnicas, além de serviços de calibração e caracterização de produtos para saúde, também foi verificado a situação Cadastral da Equipe do Laboratório com Profissionais Habilitados e outros que não foram localizado registro, onde ainda foi esclarecido por representante da Instituição, que só poderia prestar explicações, bem como, apresentação da documentação pertinente por meio de solicitação deste Conselho através de Ofício, e assim foi feito através do Ofício n.º 4104/2011 – UGI Oeste de 14/02/2012. Diante do exposto, foi apresentado pela Instituição documento com referência a Decisão Judicial proferida nos Autos da Ação Pública – Processo 0018401-12.2010.403.6100 – 9ª Vara Federal de São Paulo/SP, que concedeu antecipação de Tutela para que o CREA e o CONFEA se abstenham de exigir dos professores universitários que lecionam disciplinas ligadas às profissões regulamentadas a inscrição em seus quadros, sob pena de multa diária... .

Percebe-se neste momento uma tentativa de confundir os “FATOS LEVANTADOS” com defesas e

argumentações tempestivas que não estão no mérito deste Processo Administrativo, que é: “existe ou não a PRESTAÇÃO DE SERVIÇO AO MERCADO (Setor Produtivo, Órgão e Instituições Governamentais e a Sociedade como um TODO)” pela Instituição, que são atividades técnicas dissociadas de atividades acadêmicas ou de pesquisa?

Diante do exposto e até o momento, este assunto foi discutido e exaurido na Câmara Especializada de Engenharia Elétrica com as seguintes DECISÕES:

- Reunião Ordinária n.º 543, de 07/08/2015 – Decisão CEEE/SP nº 764/2015: “I - Que seja exigido o registro da Instituição neste Conselho, para a realização de trabalhos técnicos de prestação de serviços pela Divisão de Ensaios e Calibração do Laboratório de Engenharia Biomédica da Escola Politécnica – USP ao setor produtivo, órgão e instituições governamentais e à sociedade como um todo, que não tem caráter acadêmico ou de pesquisa; II – Que seja exigida a indicação de responsável técnico pelos mesmos, a emissão da respectiva “ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART”, com o recolhimento das taxas devidas, para a realização de trabalhos técnicos de prestação de serviços pela Divisão de Ensaios e Calibração do Laboratório de Engenharia Biomédica da Escola Politécnica – USP ao setor produtivo, órgão e instituições governamentais e à sociedade como um todo, que não tem caráter acadêmico ou de

pesquisa.”

- Reunião Ordinária n.º 555, de 08/08/2016 – Decisão CEEE/SP nº 668/2016: MANTER A Decisão CEEE/SP nº 764/2015: “I - Que seja exigido o registro da Instituição neste Conselho, para a realização de trabalhos técnicos de prestação de serviços pela Divisão de Ensaios e Calibração do Laboratório de

Engenharia Biomédica da Escola Politécnica – USP ao setor produtivo, órgão e instituições governamentais

CÉSAR AUGUSTO SABINO MARIANO

91

Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

193

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

e à sociedade como um todo, que não tem caráter acadêmico ou de pesquisa; II – Que seja exigida a indicação de responsável técnico pelos mesmos, a emissão da respectiva “ANOTAÇÃO DE

RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART”, com o recolhimento das taxas devidas, para a realização de trabalhos técnicos de prestação de serviços pela Divisão de Ensaios e Calibração do Laboratório de

Engenharia Biomédica da Escola Politécnica – USP ao setor produtivo, órgão e instituições governamentais e à sociedade como um todo, que não tem caráter acadêmico ou de pesquisa.”

Em 19/07/2017 a Universidade de São Paulo – Escola Politécnica foi autuada pelo CREA/SP através do AUTO DE INFRAÇÃO n.º 33962/2017 pela falta de atendimento a Decisão CEEE/SP nº 668/2016, após o cumprimento dos requisitos legais com destaque ao “ARTIGO 59 DA LEI FEDERAL 5194/66, sujeitando-se ao pagamento da multa estipulada no artigo 73 da Lei Federal 5194/66 falta que originou a presente infração, sob pena de eventual nova autuação.

O interessado novamente apresenta defesa tempestiva ao Auto de Infração de fls.122 a 140, mantendo a defesa sem nenhuma nova consideração, argumentação ou fato que sustente a mesma.

Portanto, o boleto n.º 29202690170911782 (fl. 141) com vencimento em 21/08/2017 continua em aberto, e não houve a regularização da interessada face a continuidade de PRESTAÇÃO DE SERVIÇO AO

MERCADO (Setor Produtivo, Órgão e Instituições Governamentais e a Sociedade como um TODO)”, que são atividades técnicas dissociadas de atividades acadêmicas ou de pesquisa.

III – DISPOSITIVOS LEGAIS DESTACADOS

- Lei n.º 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências, da qual destacamos:

Art. 6º- Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro agrônomo:

a)a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais:

(...)

e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8ºdesta Lei.

Art. 7º - As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem em:

a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;

b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária; c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica; d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios;

e) fiscalização de obras e serviços técnicos; f) direção de obras e serviços técnicos; g) execução de obras e serviços técnicos;

h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.

Parágrafo único - Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos poderão exercer qualquer outra atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de suas profissões.

Art. 8º - As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas "a", "b", "c", "d", "e" e "f" do artigo anterior são da competência de pessoas físicas, para tanto legalmente habilitadas.

Parágrafo único - As pessoas jurídicas e organizações estatais só poderão exercer as atividades discriminadas no Art. 7º, com exceção das contidas na alínea "a", com a participação efetiva e autoria declarada de profissional legalmente habilitado e registrado pelo Conselho Regional, assegurados os direitos que esta Lei lhe confere.

Art. 13 - Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de Engenharia, de Arquitetura e de Agronomia, quer público, quer particular, somente poderão ser submetidos ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico quando seus autores forem profissionais habilitados de acordo com esta Lei.

Art. 14 - Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos, é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituição

194

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

ou firma a que interessarem, a menção explícita do título do profissional que os subscrever e do número da carteira referida no Art. 56.

Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.

Art. 46. São atribuições das Câmaras Especializadas:

a) julgar os casos de infração da presente lei, no âmbito de sua competência profissional específica; (...)

Art. 59. As firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na forma estabelecida nesta lei, só poderão iniciar suas atividades depois de promoverem o competente registro nos Conselhos Regionais, bem como o dos profissionais do seu quadro técnico.

§ 1º- O registro de firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral só será concedido se sua denominação for realmente condizente com sua finalidade e qualificação de seus componentes.

§ 2º- As entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista que tenham atividade na engenharia, na arquitetura ou na agronomia, ou se utilizem dos trabalhos de profissionais dessas categorias, são obrigadas, sem qualquer ônus, a fornecer aos Conselhos Regionais todos os elementos necessários à verificação e fiscalização da presente Lei.

§ 3º- O Conselho Federal estabelecerá, em resoluções, os requisitos que as firmas ou demais organizações previstas neste Artigo deverão preencher para o seu registro.

Art. 60 - Toda e qualquer firma ou organização que, embora não enquadrada no artigo anterior, tenha alguma seção ligada ao exercício profissional da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, na forma estabelecida nesta Lei, é obrigada a requerer o seu registro e a anotação dos profissionais, legalmente habilitados, delas encarregados.

- LEI Nº 6.496 - DE 7 DE DEZ 1977, que institui a "Anotação de Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de Engenharia, de Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências, da qual destacamos:

Art. 1º- Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à "Anotação de

Responsabilidade Técnica" (ART).

Art. 2º- A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.

§ 1º- A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).

(...)

– Resolução Nº 1.008/04 do CONFEA, que dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades, da qual destacamos:

Art. 2º Os procedimentos para instauração do processo têm início no Crea em cuja jurisdição for verificada a infração, por meio dos seguintes instrumentos:

I – denúncia apresentada por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; (...)

Art. 3º A denúncia deve ser protocolizada no Crea e instruída, no mínimo, com as seguintes informações: I - identificação do denunciante, pessoa física ou jurídica, incluindo endereço residencial ou comercial completo e número do Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ; e

II – provas circunstanciais ou elementos comprobatórios do fato denunciado.

Art. 5º O relatório de fiscalização deve conter, pelo menos, as seguintes informações: I – data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

195

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

II – nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ;

III - identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e endereço do executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação;

IV – nome completo, título profissional e número de registro no Crea do responsável técnico, quando for o caso;

V – identificação das Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs relativas às atividades desenvolvidas, se houver;

VI – informações acerca da participação efetiva do responsável técnico na execução da obra, serviço ou empreendimento, quando for o caso;

VII - descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação profissional; e

VIII – identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.

Parágrafo único. O agente fiscal deve recorrer ao banco de dados do Crea para complementar as informações do relatório de fiscalização.

Art. 9º Compete ao agente fiscal a lavratura do auto de infração, indicando a capitulação da infração e da penalidade.

(...)

§ 2º Em caso de dúvida na análise da situação apresentada, o relatório de fiscalização deverá ser submetido à câmara especializada relacionada à atividade desenvolvida que determinará, se cabível, a lavratura do auto de infração e a capitulação da infração e da penalidade.

Art. 10. O auto de infração é o ato processual que instaura o processo administrativo, expondo os fatos ilícitos atribuídos ao autuado e indicando a legislação infringida, lavrado por agente fiscal, funcionário do Crea, designado para esse fim.

Parágrafo único. Da penalidade estabelecida no auto de infração, o autuado pode apresentar defesa à câmara especializada, que terá efeito suspensivo, no prazo de dez dias, contados da data do recebimento do auto de infração.

Art. 11. O auto de infração, grafado de forma legível, sem emendas ou rasuras, deve apresentar, no mínimo, as seguintes informações:

I – menção à competência legal do Crea para fiscalizar o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;

II – data da lavratura, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

III – nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica autuada, incluindo, obrigatoriamente, CPF ou CNPJ;

IV – identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre a sua localização, nome e endereço do contratante, indicação da natureza da atividade e sua descrição detalhada;

V – identificação da infração, mediante descrição detalhada da irregularidade, capitulação da infração e da penalidade, e valor da multa a que estará sujeito o autuado;

VI – data da verificação da ocorrência;

VII – indicação de reincidência ou nova reincidência, se for o caso; e

VIII – indicação do prazo de dez dias para efetuar o pagamento da multa e regularizar a situação ou apresentar defesa à câmara especializada

§ 1º A infração somente será capitulada, conforme o caso, nos dispositivos das Leis n.º 4.950-A e 5.194, ambas de 1966, e 6.496, de 1977, sendo vedada a capitulação com base em instrumentos normativos do Crea e do Confea.

§ 2º Lavrado o auto de infração, a regularização da situação não exime o autuado das cominações legais. § 3º Não será permitida a lavratura de novo auto de infração referente à mesma obra, serviço ou

empreendimento, antes do trânsito em julgado da decisão relativa à infração.

Art. 15. Anexada ao processo, a defesa será encaminhada à câmara especializada relacionada à atividade desenvolvida, para apreciação e julgamento.

196

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

Art. 16. Na câmara especializada, o processo será distribuído para conselheiro, que deve relatar o assunto de forma objetiva e legalmente fundamentada.

Art. 17. Após o relato do assunto, a câmara especializada deve decidir explicitando as razões da

manutenção da autuação, as disposições legais infringidas e a penalidade correspondente ou as razões do arquivamento do processo, se for o caso.

Art. 20. A câmara especializada competente julgará à revelia o autuado que não apresentar defesa, garantindo-lhe o direito de ampla defesa nas fases subsequentes.

Parágrafo único. O autuado será notificado a cumprir os prazos dos atos processuais subsequentes. IV – CONSIDERAÇÕES

Considerando os Dispositivos Legais Destacados.

Considerando que este tema “PRESTAÇÃO DE SERVIÇO AO MERCADO (Setor Produtivo, Órgão e Instituições Governamentais e a Sociedade como um TODO” relacionado ao Sistema CREA/CONFEA já foi exaurido o debate sobre reponsabilidade técnica e necessidade de expertise técnica para a prestação do serviço com o entendimento desta Câmara Especializada de Engenharia Elétrica que os mesmos são considerados atividades na área tecnológica. Portanto classificam-se como um serviço técnico especializado, conforme preceitua o artigo 7º da Lei n.º 5.194/66, regulamentado pelo artigo 1º da Resolução Confea n.º 218/73, que estabelecem, respectivamente: Art. 7º - "As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem em: (...) g) execução de obras e serviços técnicos;" e portanto, existe a necessidade de Responsável Técnico e a Anotação de Responsabilidade Técnica.

Considerando que a Interessada em nenhum momento reconhece a necessidade de Regularização neste Conselho, se pautando apenas em decisões Judiciais e não no Serviço Prestado que são atividades técnicas dissociadas de atividades acadêmicas ou de pesquisa, portanto, reafirmamos que estão sendo prestados fora do Campo Acadêmico ou de pesquisa, mas que necessita expertise técnica especializada, atividades privativas de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea.

Considerando que a Interessada faz um interpretação errada sobre os “Fatos” elencados nos AUTOS deste Processo Administrativo, e que foram confirmados em diligências a Instituição.

V - VOTO:

Baseado nos fatos apresentados e considerações, este conselheiro vota pela MANUTENÇÃO do Auto de Infração n.º 33.962/2017, sendo seu valor reduzido ao valor mínimo da Tabela de Valores constantes da Decisão PL 1056/2016, e que seja atendido integralmente a Decisão CEEE/SP nº 764/2015, mantida pela Decisão CEEE/SP nº 668/2016.

197

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

SF-2169/2015 ABS

Trata o presente processo de autuação da ABS — EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA - ME, por infração ao artigo 59 da Lei Federal 5.194/66, através do auto de infração n° 12650/2015 de 25/11/2015, por “apesar de notificada e constituída para realizar atividades privativas de profissionais fiscalizados pelo sistema Confea/Crea, vem desenvolvendo as atividades de Prestação de serviços na área de Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, instrumentação, engenharia de segurança do trabalho, projetos em geral, reforma e construção civil de acordo com seu objetivo social cadastrado na JUCESP de 07/03/2015, conforme apurado em 25/11/2015”.

Consta da folha 03 do processo folder da empresa denominada Engenheiro Express, anunciando serviços de Engenharia Civil rápidos, como: -Laudo técnico de vistoria e segurança;

-Bombeiro (AVCB) e (CLCB), -Projetos arquitetônicos; -Projetos hidráulicos; -Projetos Elétricos;

-Avaliação e relatórios de imóveis; -Laudo Técnico e Reforma NBR 16280; -Convenção e especificação de condomínio; Retificação de imóveis.

O objeto social do interessado que consta do Contrato Social é “Mediação na compra, venda, hipoteca, permuta, locação, administração e avaliação de bens imóveis com assistência juridica em geral, prestação de serviços na área da Engenharia Elétrica, engenharia eletrônica, instrumentação, engenharia de

segurança do trabalho, projetos em geral, locação de veiculos em geral, reforma e construção civil”. Conforme consta do processo a empresa em 07/01/2016 alterou seu contrato social, e apresentou defesa. PARECER:

-Considerando Lei Federal n° 5.194/66, Art. 73; -Considerando a Resolução n° 1.008i04, Art. 43, V; -Considerando a Resolução n° 336/89;

-Considerando que a notificação n° 6737/2015 e o Auto de Infração n° 12650/2015, foram emitidos em 19/10/2015 e 25/11/205, respectivamente;

-Considerando que a defesa apresentada é datada de 18/01/2016. Portanto, fora do prazo determinado na notificação n° 6737/2015;

-Considerando que o requerente não era registrado neste conselho;

-Considerando que o autuado estava apto à realizar serviços em engenharia, devido ao seu comprovante de inscrição e de situação cadastral;

-Considerando que a fiscalização constatou que a empresa exercia atividades afetas fiscalização deste Conselho (pag. 15).

VOTO:

Em face do exposto e da legislação vigente do Sistema CONFEA/CREA, voto pela manutenção do Auto de Infração n° 12650/2015.

RICARDO HENRIQUE MARTINS

92

Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

198

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

VII . VII - INFRAÇÃO À ALÍNEA "E" DO ARTIGO 6º. DA LEI 5.194/66 - MANUTENÇÃO DO ANI

Outline

Documentos relacionados