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SF-1069/2019 FABIO HENRIQUE DOS REIS

VII PROCESSOS DE ORDEM SF

SF-1069/2019 FABIO HENRIQUE DOS REIS

Trata o presente processo de análise preliminar de denuncia tendo como interessado o Engenheiro FABIO HENRIQUE DOS REIS, os autos se iniciam com cópias do processo SF-249/2019, onde consta sugestão da SUPFIS onde no item 05 se recomenda ”de inteiro teor deste, iniciar processo de natureza SF, tendo como interessado Fabio Henrique dos Reis, assunto: “análise preliminar de denúncia”, direcionar à Câmara Especializada de Engenharia Elétrica para exame e deliberação quanto a conduta do profissional, conforme o previsto no artigo 7º da Instrução nº 2559”.

De folhas 02 a 70 constam cópias do processo SF-249/2019, referente a obras de reforma na Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Jose do Rio Preto, a fiscalização esteve no local conforme relatório de folhas 02, e após notificada houve apresentação de documentação referentes as obras.

RRT de folhas 08 e 09 referente ao projeto arquitetônico (projetos estruturais, hidráulico e elétrico), ART de Engenheiro Civil referente a execução de alvenaria folhas 11 e 12, e ART de Engenheiro Eletricista de direção de serviços técnico e de projeto de instalações elétricas folhas 14 e 15.

A informação da fiscalização na folha 35 destaca que o Engenheiro Eletricista Fábio Henrique dos Reis recolheu a ART apenas após o início da obra.

Em sua defesa de fl. 79 o profissional cita que a ART foi emitida a partir do momento em que houve sua participação técnica.

Nas folhas 84 e 85 o mesmo solicita que deve ser retificada a sua ART para corrigir a data de sua efetiva participação na referida obra, e alteração das responsabilidades técnicas.

O processo foi encaminhado a CEEE para exame e deliberação quanto a conduta do profissional. II – DISPOSITIVOS LEGAIS:

II.1 Lei nº 5.194/66, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, e dá outras providencias, da qual destacamos:

Art. 6º- Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro agrônomo:

a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais:

b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas;

d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;

e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8ºdesta Lei.

Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.

Art. 46 - São atribuições das Câmaras Especializadas:

a) julgar os casos de infração da presente Lei, no âmbito de sua competência profissional específica; (...)

Art. 77 - São competentes para lavrar autos de infração das disposições a que se refere a presente Lei os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia nas respectivas Regiões.

II.2 Resolução nº 1008/04 do CONFEA, que dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades, da qual destacamos:

Art. 2º Os procedimentos para instauração do processo têm início no Crea em cuja jurisdição for verificada

MÁRCIO ROBERTO GONÇALVES VIEIRA

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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Julgamento de Processos

a infração, por meio dos seguintes instrumentos:

I – denúncia apresentada por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; II - denúncia apresentada por entidade de classe ou por instituição de ensino;

III - relatório de fiscalização; e

IV – iniciativa do Crea, quando constatados, por qualquer meio à sua disposição, indícios de infração à legislação profissional.

Parágrafo único. No caso dos indícios citados no inciso IV, o Crea deve verificá-los por meio de fiscalização ao local de ocorrência da pressuposta infração.

Art. 5º O relatório de fiscalização deve conter, pelo menos, as seguintes informações: I – data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

II – nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ;

III - identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e endereço do executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação;

IV – nome completo, título profissional e número de registro no Crea do responsável técnico, quando for o caso;

V – identificação das Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs relativas às atividades desenvolvidas, se houver;

VI – informações acerca da participação efetiva do responsável técnico na execução da obra, serviço ou empreendimento, quando for o caso;

VII - descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação profissional; e

VIII – identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.

Parágrafo único. O agente fiscal deve recorrer ao banco de dados do Crea para complementar as informações do relatório de fiscalização.

Art. 9º Compete ao agente fiscal a lavratura do auto de infração, indicando a capitulação da infração e da penalidade.

(...)

§ 2º Em caso de dúvida na análise da situação apresentada, o relatório de fiscalização deverá ser submetido à camara especializada relacionada à atividade desenvolvida que determinará se cabível, a lavratura do auto de infração e a capitulação da infração e da penalidade.

II.3 – ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 1004 DE 27 DE JUNHO DE 2003, DA QUAL DESTACAMOS: CAPÍTULO III

DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 7º O processo será instaurado após ser protocolado pelo setor competente doCrea em cuja jurisdição ocorreu a infração, decorrente de denúncia formulada por escrito e apresentada por:

I – instituições de ensino que ministrem cursos nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; II – qualquer cidadão, individual ou coletivamente, mediante requerimento fundamentado;

III – associações ou entidades de classe, representativas da sociedade ou de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea; ou

IV – pessoas jurídicas titulares de interesses individuais ou coletivos.

§ 1º O processo poderá iniciar-se a partir de relatório apresentado pelo setor de fiscalização do Crea, após a análise da câmara especializada da modalidade do profissional, desde que seja verificado indício da veracidade dos fatos.

§ 2º A denúncia somente será recebida quando contiver o nome, assinatura e endereço do denunciante, número do CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, se pessoa jurídica, CPF – Cadastro de Pessoas Físicas, número do RG – Registro Geral, se pessoa física, e estiver acompanhada de elementos ou indícios comprobatórios do fato alegado.

Art. 8º Caberá à câmara especializada da modalidade do denunciado proceder a análise preliminar da denúncia, no prazo máximo de trinta dias, encaminhando cópia ao denunciado, para conhecimento e informando-lhe da remessa do processo à Comissão de Ética Profissional.

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Analisando os dispositivos legais elencados, a legislação acima destaca e principalmente o destacado acima, VOTO pelo Arquivamento do referido processo.

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