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SF-1094/2019 V2 RICARDO FERREIRA DE SOUZA LYRA

VII PROCESSOS DE ORDEM SF

SF-1094/2019 V2 RICARDO FERREIRA DE SOUZA LYRA

Os autos têm início com cópia do processo SF-001094/2019 V2, onde consta a Decisão CEEC/SP nº 584/2019, referente ao processo SF-2478/2016 que tem por interessado ATP Brasil Empreendimentos Imobiliários e Partic. – EIRELI.

Na Decisão da CEEC/SP do processo SF-2478/2016 consta o seguinte texto “com relação ao profissional Eng. Eletr. Ricardo Ferreira de Souza Lyra – CREA 0601810352 (responsável pela elaboração do Laudo de Inspeção de fols. 28/40, datado de 08/08/2016) que emitiu uma ART extemporânea (09/12/2016) em fls. 166/168 que seja encaminhado o presente processo para a Câmara Especializada de Engenharia Elétrica, para verificar se o mesmo infringiu alguma conduta antiética, prevista no Art. 8º da Resolução nº 1004/03, do Confea;”.

Foi aberto então processo SF-1094/2019 em nome do profissional Ricardo Ferreira de Souza Lyra conforme disposto na decisão citada.

A cópia da ART 28027230161338822 consta de folha 248 do processo.

O processo foi encaminhado para a CEEE/SP conforme disposto na Decisão CEEC/SP nº 584/2016 de folha 243 para análise e direcionamentos.

II – Dispositivos legais:

II.1 – Lei 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências, da qual destacamos:

Art. 6º - Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:

a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais:

b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas;

d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;

e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8º desta Lei.

Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.

Art. 46 - São atribuições das Câmaras Especializadas:

a) julgar os casos de infração da presente Lei, no âmbito de sua competência profissional específica; (...)

Art. 77. São competentes para lavrar autos de infração das disposições a que se refere a presente lei, os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia nas respectivas Regiões.

II.2 – Resolução Nº 1008/04 do CONFEA, que dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades, da qual destacamos:

Art. 2º Os procedimentos para instauração do processo têm início no Crea em cuja jurisdição for verificada a infração, por meio dos seguintes instrumentos:

I – denúncia apresentada por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; II - denúncia apresentada por entidade de classe ou por instituição de ensino;

III - relatório de fiscalização; e

IV – iniciativa do Crea, quando constatados, por qualquer meio à sua disposição, indícios de infração à legislação profissional.

JOÃO DINI PIVOTO

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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REUNIÃO N.º 598 ORDINÁRIA DE 18/12/2020

Julgamento de Processos

Parágrafo único. No caso dos indícios citados no inciso IV, o Crea deve verificá-los por meio de fiscalização ao local de ocorrência da pressuposta infração.

Art. 5º O relatório de fiscalização deve conter, pelo menos, as seguintes informações: I – data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

II – nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ;

III - identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e endereço do executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação;

IV – nome completo, título profissional e número de registro no Crea do responsável técnico, quando for o caso;

V – identificação das Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs relativas às atividades desenvolvidas, se houver;

VI – informações acerca da participação efetiva do responsável técnico na execução da obra, serviço ou empreendimento, quando for o caso;

VII - descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação profissional; e

VIII – identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.

Parágrafo único. O agente fiscal deve recorrer ao banco de dados do Crea para complementar as informações do relatório de fiscalização.

Art. 9º Compete ao agente fiscal a lavratura do auto de infração, indicando a capitulação da infração e da penalidade.

(...)

§ 2º Em caso de dúvida na análise da situação apresentada, o relatório de fiscalização deverá ser submetido à câmara especializada relacionada à atividade desenvolvida que determinará, se cabível, a lavratura do auto de infração e a capitulação da infração e da penalidade.

II.3 – ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 1.004, DE 27 DE JUNHO DE 2003, da qual destacamos: CAPÍTULO III

DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 7º O processo será instaurado após ser protocolado pelo setor competente do Crea em cuja jurisdição ocorreu a infração, decorrente de denúncia formulada por escrito e apresentada por:

I – instituições de ensino que ministrem cursos nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; II – qualquer cidadão, individual ou coletivamente, mediante requerimento fundamentado;

III – associações ou entidades de classe, representativas da sociedade ou de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea; ou

IV – pessoas jurídicas titulares de interesses individuais ou coletivos.

§ 1º O processo poderá iniciar-se a partir de relatório apresentado pelo setor de fiscalização do Crea, após a análise da câmara especializada da modalidade do profissional, desde que seja verificado indício da veracidade dos fatos.

§ 2º A denúncia somente será recebida quando contiver o nome, assinatura e endereço do denunciante, número do CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, se pessoa jurídica, CPF – Cadastro de Pessoas Físicas, número do RG – Registro Geral, se pessoa física, e estiver acompanhada de elementos ou indícios comprobatórios do fato alegado.

Art. 8º Caberá à câmara especializada da modalidade do denunciado proceder a análise preliminar da denúncia, no prazo máximo de trinta dias, encaminhando cópia ao denunciado, para conhecimento e informando-lhe da remessa do processo à Comissão de Ética Profissional.

Do exposto, e em atendimento ao despacho de fl. 247, sugerimos o encaminhamento do presente processo à Câmara Especializada de Engenharia Elétrica para análise e manifestação.

Parecer:

Analisando o presente caso no qual o engenheiro eletricista Ricardo Ferreira de Souza Lyra, registro 0601810352-SP, é citado como responsável pela elaboração do laudo de inspeção, fls 28/40 do presente processo, possuindo o mesmo atribuições dos artigos 8° e 9° da Resolução 218/73, atribuições estas que lhe permitem a execução de serviços relativos as áreas de eletricidade e telecomunicações.

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Julgamento de Processos

No laudo de inspeção elaborado por este profissional constam outras atividades não relacionadas com as atribuições deste profissional.

Voto:

Entendo que há indícios de infringência do Código de Ética aprovado pela Resolução 1002/02 do Confea, nos seus Artigo 8° incisos III e IV e Artigo 10° inciso II, devendo este processo ser encaminhado a Câmara de Ética Profissional do CREASP para as providencias que julgar necessárias.

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