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SF-1418/2018 V2 JOSÉ MARCELO BORDIN

VII PROCESSOS DE ORDEM SF

SF-1418/2018 V2 JOSÉ MARCELO BORDIN

Os autos se iniciam com cópias de ART’s de folhas 02 a 136, e de folha 167 consta informação da fiscalização nos seguintes termos “Em serviço rotineiro de conferência de ART’s, verificamos que o interessado registrou diversas ART’s com atividades técnicas de Avaliação, Execução de Instalação elétrica de baixa tensão; Execução de Montagem – Instalação e Manutenção de Brinquedos de parques de diversão; Fiscalização de Instalações elétricas; Execução de Projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, dentre outras atividades relacionadas às fls. 144 a 166, o que geram dúvidas quanto a compatibilidade de suas atribuições, conforme ART’s juntadas às folhas 02 a 136.

O processo foi pautado pela CEEC na Reunião de 12 de dezembro de 2018, gerando a Decisão CEEC/SP nº 2411/2018 que decidiu por “aprovar parecer do Conselheiro Relator de fls. 174 a 175, pelo arquivamento do presente processo e que seja comunicada a existência do mesmo para uso, se necessário, aos demais processos administrativos que se encontram em curso, e ou análise, e ou manifestação de outros relatores; É o que voto e apresento ao E. Colegiado.”.

De folha 178 consta despacho solicitando o levantamento das ART’s registradas pelo profissional no período de 30/08/2018 a 19/02/2019, nos mesmos parâmetros das ART’s juntadas a este processo. De folhas 181 a 220 constam as ART’s referentes a este levantamento.

À fl. 228, O processo, foi então encaminhado a CEEE para “análise e parecer fundamentado” e para manifestação sobre a procedência do Auto de Infração.

II – Dispositivos legais:

II.1 – Lei 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências, da qual destacamos:

Art. 6º - Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:

a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais:

b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas;

d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;

e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8º desta Lei.

Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.

Art. 46 - São atribuições das Câmaras Especializadas:

a) julgar os casos de infração da presente Lei, no âmbito de sua competência profissional específica; (...)

Art. 77. São competentes para lavrar autos de infração das disposições a que se refere a presente lei, os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia nas respectivas Regiões.

II.2 – Resolução Nº 1008/04 do CONFEA, que dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades, da qual destacamos:

Art. 2º Os procedimentos para instauração do processo têm início no Crea em cuja jurisdição for verificada a infração, por meio dos seguintes instrumentos:

I – denúncia apresentada por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; II - denúncia apresentada por entidade de classe ou por instituição de ensino;

LUIZ ALBERTO CHALLOUTS

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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III - relatório de fiscalização; e

IV – iniciativa do Crea, quando constatados, por qualquer meio à sua disposição, indícios de infração à legislação profissional.

Parágrafo único. No caso dos indícios citados no inciso IV, o Crea deve verificá-los por meio de fiscalização ao local de ocorrência da pressuposta infração.

Art. 5º O relatório de fiscalização deve conter, pelo menos, as seguintes informações: I – data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

II – nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ;

III - identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e endereço do executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação;

IV – nome completo, título profissional e número de registro no Crea do responsável técnico, quando for o caso;

V – identificação das Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs relativas às atividades desenvolvidas, se houver;

VI – informações acerca da participação efetiva do responsável técnico na execução da obra, serviço ou empreendimento, quando for o caso;

VII - descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação profissional; e

VIII – identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.

Parágrafo único. O agente fiscal deve recorrer ao banco de dados do Crea para complementar as informações do relatório de fiscalização.

Art. 9º Compete ao agente fiscal a lavratura do auto de infração, indicando a capitulação da infração e da penalidade.

(...)

§ 2º Em caso de dúvida na análise da situação apresentada, o relatório de fiscalização deverá ser submetido à câmara especializada relacionada à atividade desenvolvida que determinará, se cabível, a lavratura do auto de infração e a capitulação da infração e da penalidade.

II.3 – ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 1.004, DE 27 DE JUNHO DE 2003, da qual destacamos: CAPÍTULO III

DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 7º O processo será instaurado após ser protocolado pelo setor competente do Crea em cuja jurisdição ocorreu a infração, decorrente de denúncia formulada por escrito e apresentada por:

I – instituições de ensino que ministrem cursos nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; II – qualquer cidadão, individual ou coletivamente, mediante requerimento fundamentado;

III – associações ou entidades de classe, representativas da sociedade ou de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea; ou

IV – pessoas jurídicas titulares de interesses individuais ou coletivos.

§ 1º O processo poderá iniciar-se a partir de relatório apresentado pelo setor de fiscalização do Crea, após a análise da câmara especializada da modalidade do profissional, desde que seja verificado indício da veracidade dos fatos.

§ 2º A denúncia somente será recebida quando contiver o nome, assinatura e endereço do denunciante, número do CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, se pessoa jurídica, CPF – Cadastro de Pessoas Físicas, número do RG – Registro Geral, se pessoa física, e estiver acompanhada de elementos ou indícios comprobatórios do fato alegado.

Art. 8º Caberá à câmara especializada da modalidade do denunciado proceder a análise preliminar da denúncia, no prazo máximo de trinta dias, encaminhando cópia ao denunciado, para conhecimento e informando-lhe da remessa do processo à Comissão de Ética Profissional.

II – Parecer:

A-Da Nulidade da ART A RESOLUÇÃO Nº 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009, no Art. 25 A nulidade da ART ocorrerá quando:

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Art. II – for verificada incompatibilidade entre as atividades desenvolvidas e as atribuições profissionais do responsável técnico à época do registro da ART;

Anexo da Decisão Normativa Nº 85/11 do CONFEA, que aprova o manual de procedimentos operacionais para aplicação da Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009.

B – Lei 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências, da qual destacamos:

Art. 6º - Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:

Alinea “b” - o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro;

C – No Processo temos várias ART’s recolhidas referente a Execução de Instalação elétrica de baixa tensão; Execução de Montagem – Instalação e Manutenção de Brinquedos de parques de diversão; Fiscalização de Instalações elétricas; Execução de Projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, dentre outras atividades relacionadas.

D - Considerando que em instalações de Parque de Diversões , envolve além de instalações de baixa Tensão como, instalação de transformadores e geradores e também na execução de Projetos de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas.

E – Considerando que as ART’s recolhidas do profissional envolve área da Mecânica.

F - O Engenheiro Civil José Marcelo Bordim com atribuição do artigo 7º da Resolução 218, de 29 de junho de 1973 do CONFEA, exerceu ilegalmente atividades não contempladas no seu registro e baseado no artigo 25º da Resolução n.º 1025 do CONFEA (A nulidade da ART ocorrerá quando: II- for verificada incompatibilidade entre as atividades desenvolvidas e as atribuições profissionais do responsável técnico à época do registro da ART.

III-Voto:

1 -Desta forma, foi constatado que o profissional infringiu a Alínea “b” do Artigo 6º da Lei 5.194/66, que seja lavrado auto de infração, conforme estipulada na Alínea “b” do Artigo 73 da mesma lei.

2 -Recomendamos que o processo seja encaminhado para análise e manifestação da Câmara

Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica-CEEMM no sentido de esclarecer se o Engenheiro Civil José Marcelo Bordim possui atribuições na execução de Montagem – Instalação e Manutenção de Brinquedos de parques de diversão.

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