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Sistema O, 2006 (BR) Universidade do Sul de Santa Catarina

LISTA DE SIGLAS

3.3 Análise histórica dos sistemas de símbolos em saúde e em farmácia

3.3.15 Sistema O, 2006 (BR) Universidade do Sul de Santa Catarina

O conjunto de 6 pictogramas, com diferentes versões, aqui ilustrado na figura 3.48, foi desenvolvido no município de Tubarão, Estado de Santa Catarina, no sul do Brasil (BR) em 2006, num estudo piloto onde estes 6 pictogramas foram pré-seleccionados. “O objetivo

principal do trabalho era o de desenvolver pictogramas adequados à realidade local.” 89 – como

tal, não tinha propósitos internacionais. Foram elaborados testes de legibilidade com 73

pessoas segundo as normas ISO 386490 e ANSI91 e os pictogramas foram posteriormente

submetidos ao real processo de dispensa numa farmácia comunitária.

Na farmácia comunitária “Os pictogramas 1a, 2a foram transformados em adesivos com as

dimensões de 18 x 12 mm; figura 3b, dimensão de 16 x 16 mm, enquanto os pictogramas 4a e 6b, corresponderam respectivamente a: 72 x 12 mm e 54 x 12 mm; já para o pictograma 5, o diâmetro correspondeu a 14mm. Estas dimensões foram adotadas para facilitar a sua utilização nas embalagens dos medicamentos durante a dispensação.” 92 (figura 3.48).

Foi mostrado conhecimento da colecção de pictogramas USP (sistema D) e do trabalho de investigação desenvolvido por Dowse e Ehlers (sistema E e I). Inclusive, o artigo que ilustra este estudo piloto sublinha que “a minuciosidade dos detalhes pode prejudicar o entendimento

dos desenhos, desta forma pode-se inferir que quanto mais detalhado for o pictograma, mais difícil a transmissão da informação” 93 . Mas o grau de iconicidade é muito reduzido, as linhas

são finas e o desenho livre muito detalhado. As legendas são parte integrante dos pictogramas e a cor parece ser sempre a p&b pois não é referida.

Figura 3.48: Sistema O, Universidade do Sul de Santa Catarina

3.3.16 Sistema P, 2004 (CA) MEPS-FIP International Pharmaceutical Federation* Em 2004, no Canadá (CA), a Military and Emergency Pharmacy Section (MEPS) da

International Pharmaceutical Federation (FIP) deu uma importante contribuição para a farmácia internacional com uma série de projectos de investigação para desenvolvimento de

pictogramas farmacêuticos com especificações culturais94.

90 (ISO 1984).

91 (ISO 2008 “Standards”); (ANSI 2008), ver ponto 7.4.1, capítulo VII, Normas e métodos de avaliação dos símbolos. 92 (Galato and Just 2006, 137).

93 (Galato and Just 2006, 136). 94 (Kassam and Vaillancourt 2004).

Associados a parceiros como a World Health Organization (WHO), a UNESCO e a World Health Professions Alliance (WHPA), o projecto desenvolvido pela MEPS visa proporcionar aos profissionais de saúde um meio de comunicação de instruções de medicação para pessoas que não falam a mesma língua e / ou pessoas com baixos níveis de literacia.

A figura 3.49 ilustra apenas alguns exemplos, e versões diferenciadas dos pictogramas desenvolvidos pela MEPS-FIP sob a orientação de um designer gráfico. Estes pictogramas visuais, que mostram ser sempre a p&b, comunicam doses, indicações e outras informações aos utentes que não são capazes de ler, e têm sido utilizados com sucesso em várias missões de assistência humanitária no Paquistão e em África. “They are unique because they are

culture-specific and include indications”95 A figura 3.50 ilustra a forma como os pictogramas

foram apresentados no Gabão em Abril de 2005, numa situação fora do âmbito do apoio ‘tradicional’ da farmácia comunitária.

No site institucional da FIP é possível observar como este sistema funciona no apoio às farmácias comunitárias. O processo passa pela integração dos pictogramas num sistema informático que permite a composição de uma storyboard (figura 3. 51) que posteriormente é impressa em formato A4, em formato horizontal ou vertical. O layout reúne 4 áreas distintas onde podem ser ilustrados até 4 pictogramas em cada área. O investigador responsável, Régis Vaillancourt, afirma “The story needs to depict the following concepts: Indication; Quantity,

Dosage form, Route; Frequency; Additional information, Alcohol restriction, Food requirement (relationship to meals), Child protection”96.

95 (CPHA 2006, 25). 96 (FIP 2008).

Figura 3.49: Sistema P, Sistema MEPS-FIP International Pharmaceutical Federation. Copyright © Sylvain Grenier, 2006

Figura 3.50: Sistema P, MEPS-FIP International Pharmaceutical Federation

Figura 3.51: Sistema P, MEPS-FIP International Pharmaceutical Federation. Copyright © Sylvain Grenier, 2006

3.3.17 Sistema Q, 1987/2005 (CA) PharmaGlyph Corporation*

Também no Canadá (CA), em 2005 a Pharmaglyph Corporation adquiriu os direitos de autor do sistema de pictogramas denominado "PharmaGlyph" (que deriva da palavra ‘pharmacy’ e ‘hieroglyphics’). A Pharmaglyph Corporation, estabelecida primeiramente em 1987 (e aqui não existem certezas se o sistema de pictogramas já existia) como Ezon International Inc.

apontava para a missão de desenvolver, testar e aplicar um sistema de rótulos com pictogramas farmacêuticos.

O objectivo estava em criar um conceito não-verbal de medicação para pessoas iletradas que incluía uma colecção de pictogramas sobre a informação essencial, de forma a reduzir os erros comuns e a confusão dos nomes97 (figura 3.52).

A colecção de pictogramas da PharmaGlyph reúne 111 formas básicas a p&b que são integradas em 4 molduras externas de cores simbolicamente diferentes (figura 3.53). A moldura quadrada assume a cor preta e destina-se a descrições e / ou informação sobre o medicamento; a moldura em losango assume a cor amarela e comunica ‘cuidado’ ou ‘precaução’; a moldura em círculo com barra diagonal assume a cor vermelha e significa ‘pare’, ‘evite’ e/ou não faça as acções indicadas; a moldura em círculo assume a cor verde para uma acção ‘ok’ ou para tomar as medidas indicadas 98.

97 (Pharmaglyph 2010 “About Pharmaglyph...”). 98 (Pharmaglyph 2010 “Colors”).

Figura 3.52: Sistema Q, PharmaGlyph Corporation, Copyright © Pharmaglyph Corporation, 2005

Figura 3.53: Sistema Q, PharmaGlyph Corporation, Copyright © Pharmaglyph Corporation, 2005

3.3.18 Sistema R, 2004 (JP) RCJ Pictograms

Em 2004 o Risk-Benefit Assessment of Drugs – Risk & Analysis (RAD-AR), uma Associação de várias empresas farmacêuticas do Japão (JP) com sede em Tóquio, elaborou uma série de 28 pictogramas, série posteriormente expandida a 51 pictogramas (figura 3.54) que denominou RCJ Pictograms99. A colecção pretende comunicar com todas as pessoas e por isso

compreende legendas em 7 idiomas (inicialmente em 4)100 – versões em inglês, espanhol,

português, japonês, e versões provisórias de coreano, chinês (simplificado) e chinês (tradicional) (figura 3.55).

A iniciativa teve como objectivo facilitar a leitura dos folhetos informativos por pessoas que não dominam o idioma japonês. Os pictogramas transmitem informação sobre as formas de aplicação, horários e o que jamais deve ser feito, para além de alertar para possíveis efeitos colaterais nocivos e para cuidados necessários.

Itaro Matsuda, director da Associação para o Uso Correcto dos Remédios, disse “o nosso

objetivo é transformar esses pictogramas em desenhos tão comuns como os sinais de trânsito. Por isso foi tomado um cuidado especial para não exagerar no número de ilustrações e

sintetizá-los o máximo possível” 101.

Os pictogramas criados traduzem mensagens associados a 3 categorias. Inseridos numa moldura quadrada e na cor azul, para acções de ‘como’, ‘quando’ e ‘no dia-a-dia’; numa moldura circular com cruz e na cor vermelha, para acções ‘perigo’; a moldura em losango amarelo com o pictograma a preto, para atenções especiais (figuras 3.54 e 3.55).

99 (RAD_AR 2010).

100 (RAD-AR 2006 “Dissemination of Pictograms...”).

Figura 3.55: Sistema R, RCJ Pictograms, Copyright © RAD-AR

3.3.19 Sistema S, 2006? (PT) Indústrias Farmacêuticas Portuguesas e Indústrias