• Nenhum resultado encontrado

7 EXPERIÊNCIAS BRASILEIRAS E MODELOS ADOTADOS

9 SISTEMA PRISONAL PRIVATIZADO: UMA PROPOSTA TOTALIZANTE

A complexidade do tema não permite conclusões simples nem definitivas. Proposições categóricas seriam temerárias e sem a seriedade científica que o assunto merece.

A crise no sistema prisional brasileiro vem se acentuando com o decorrer do tempo. A mídia divulga eventos e fatos desumanos; a velocidade e a facilidade de acesso à informação dificulta aos governos camuflarem a degradante situação dos estabelecimentos prisionais em todo o país.

Cada vez mais, há exposição sobre a superlotação nas penitenciárias e as condições degradantes pelas quais os detentos são submetidos. São poucos os casos na realidade prisional brasileira nos quais o número de vagas supre, de forma adequada, a quantidade de presos. Segundo os últimos dados do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), de 2008, os únicos Estados- membros que possuem uma situação superavitária na relação vagas estimadas/presos sentenciados são o Paraná e o Rio de Janeiro.

A superpopulação carcerária no Brasil fica ainda mais grave em função da incapacidade e das inaptidão do sistema penitenciário em promover os prestigiados fins da ressocialização e da reabilitação.

Encontramos, ainda na atualidade, resquícios de aplicabilidade do pensamento arcaico, em que o preso pagava pelo crime com o próprio corpo. Esse pensamento evoluiu, principalmente, com a promoção da dignidade humana.

Há a necessidade de readaptar e readequar as penitenciárias e os tratamentos oferecidos aos detentos para que estejam em convergência com a própria evolução da finalidade da pena, qual seja, reintegrar o detento à sociedade em vez de excluí-lo do meio para o qual, após o cumprimento da pena, ele retornará.

A necessidade de reintegrar o preso à sociedade é tão necessária que julgamos ser o índice de reincidência um dos indicadores mais importantes para a avaliação das unidades prisionais privadas.

A deficiência do atual sistema penitenciário em promover a socialização adequada dos presos transforma as prisões em verdadeiras recrutadoras de indivíduos que passam a vivenciar a criminalidade habitual de maneira irreversível.

O Estado Democrático de Direito brasileiro, fundamentado na dignidade humana, não admite a continuidade dessa situação deplorável em que se encontram as nossas prisões.385

Demonstramos que as unidades prisionais que operam em regime de gestão compartilhada apresentam melhores indicadores de custos e qualidade de serviços prestados aos internos.386

Assim, com base nos elementos constitucionais, situação política e socioeconômica do Brasil, o cenário compatível com a ordem constitucional vigente é o da adoção desse modelo compartilhado de gestão (público e privado) em todo o sistema penitenciário brasileiro.

Atualmente, o Brasil opera nos dois modelos de gestão de unidades prisionais: compartilhada e integralmente pública.

A opção por uma delas depende da discricionariedade do governo de cada estado, o que torna o sistema penitenciário heterogêneo. Isto porque, na ausência de uma sistematização de cunho nacional, cada estado pode privatizar em maior ou menor grau, segundo suas escolhas político-estratégicas.

Para generalizar a adoção do modelo de cogestão prisional, propomos a criação de uma lei geral387 do sistema penitenciário brasileiro.

A lei deverá estabelecer os serviços que serão terceirizados, os parâmetros de controle de qualidade dessa prestação, mecanismos de incentivo e punição (multa, intervenção, retomada etc.) do parceiro privado, e a adoção da PPP para as novas unidades.

385 Ver item 2.5, no qual foi afirmada a inconstitucionalidade do sistema penitenciário brasileiro, diante dos princípios orientadores do direito de punir e dos valores do Estado Democrático de Direito fundado na dignidade humana como seu pressuposto de existência.

386 Ver comparativo exposto no item 5.

387 O direito penitenciário, nos termos do art. 24, inciso I, da CF/88, é de competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal, cabendo à União legislar sobre normas gerais.

Já mencionamos que a execução penal é composta por uma parte administrativa e outra jurisdicional. O que propomos com a criação dessa lei geral é a absorção de toda a parte administrativa que atualmente compõe a execução penal.

Assim, a nova lei do sistema penitenciário regerá a prestação de assistência ao preso e ao egresso, a disciplina geral do trabalho e da educação obrigatórios, a organização e o funcionamento das unidades prisionais e os requisitos mínimos para o funcionamento desses serviços.

Permanecerão na lei de execução penal as normas relativas à execução das penas e da medida de segurança, aos incidentes de execução, os procedimentos de punição disciplinar que contenham elevada carga punitiva,388 etc. Em suma, toda matéria que diga respeito ao poder jurisdicional estatal.

A regulação, a fiscalização e o controle do poder público nesse novo sistema são imprescindíveis. Desta forma, propomos ainda, que a lei crie uma autarquia de regime especial para exercer esse papel.

Cada Estado, contudo, deverá legislar segundo as suas peculiaridades regionais, de modo a regulamentar as normas gerais estabelecidas pela União. Assim, os Estados deverão estipular a remuneração do parceiro privado, as formas de participação na sociedade, os requisitos especiais das unidades prisionais, os parâmetros nutricionais, as áreas de trabalho apropriadas à região e outros quesitos.

10 CONCLUSÃO

A crise do sistema prisional, pela sua complexidade, exige uma solução igualmente complexa. A privatização então se mostra como uma possibilidade para encontrarmos um alento à sofrível realidade carcerária.

Os ideais do Estado Democrático de Direito, implantado na atual ordem constitucional brasileira, impõem os padrões aos quais o sistema prisional deve se conformar. O respeito às leis, a participação permanente dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, a preservação dos direitos individuais, foram parâmetros de abordagem deste trabalho.

A dignidade humana, adotada como metaprincípio da ordem jurídica nacional, configura um atributo que não pode ser afastado do ser humano, fundamento de existência da sociedade e do estado brasileiro. O postulado é mais que fonte de inspiração e interpretação; é também uma norma jurídica, fonte de irradiação de efeitos próprios e concretos. Daí afirmarmos a necessidade, por imperativo constitucional, de sua concretização.

Concretizar a dignidade da pessoa presa, conforme os contornos conferidos neste estudo, significa proteger seus direitos fundamentais não atingidos pela condenação. Mais do que isso, significa também adotar prestações positivas na direção da existência digna do preso, tais como, assistência jurídica e religiosa, a formação educacional e profissional, e outras que resguardem a sua integridade física, psíquica e emocional.

Assim, a reformulação do sistema prisional brasileiro é um comando obrigatório se colidirmos a dignidade humana com a situação alarmante de nossas unidades prisionais.

Somada à falta de recursos financeiros, constantemente noticiada pelos governos estaduais e federal, a privatização de todo o sistema prisional apresenta-se como uma imposição do Estado Democrático de Direito pautado pela concretização da dignidade humana.

Demonstramos que a privatização, por meio das técnicas da parceria público-privada (PPP) e da terceirização de serviços acessórios, são

compatíveis com a Constituição, inclusive por meio das normas que asseguram o legítimo ingresso do setor privado no âmbito do sistema penitenciário.

Ademais, a privatização não apenas é constitucional e legal, mas também viável, isto é, propicia na prática os objetivos constitucionais da economia e da eficiência.

Os comparativos demonstraram que o setor privado propiciou melhores condições para consagrar os objetivos penais (finalidades da pena), apesar de, numa primeira análise e, ainda, superficialmente, os custos não serem menores quando comparados ao dispêndio público.

A privatização de algumas unidades prisionais, em especial, daquelas que carecem de investimento de vultoso orçamento é uma solução plausível aos problemas da superpopulação carcerária e da total falta de condições das unidades penitenciárias existentes.

O metaprincípio da dignidade humana deve integrar a construção semântica de toda e qualquer norma que componha o direito positivo brasileiro. Assim, mesmo que as privatizações não apresentassem melhor economia (se comparada à frágil atuação negocial do Estado), em favor do prestígio à dignidade humana, o Estado ainda assim estaria obrigado constitucionalmente a permitir ao ente privado construir e gerir parcialmente o sistema prisional, mesmo com custo mais alto, mas sempre pautado pelos princípios da razoabilidade e da eficiência.

A privatização não se torna, neste discurso, uma palavra irracional e irrefletida a validar todo e qualquer fenômeno que se pretenda adotá-la, a pretexto de permitir a ausência estatal no setor penitenciário (modelo de privatização integral). Seria, além da patente inconformidade com a ordem constitucional, o mesmo equívoco – assim por nós considerado – que alguns países389 têm cometido, sob a forte influência estadunidense.

Temos , então, que esta tese concebeu duas premissas importantes:

(1) o Estado Democrático de Direito brasileiro, fundamentado na dignidade humana, não admite a continuidade dessa situação deplorável em que se encontram as nossas prisões.

(2) as unidades prisionais que operam em regime de gestão compartilhada apresentam melhores indicadores de custos e qualidade de serviços prestados aos internos.390

Diante dessas premissas concebeu-se uma proposta para o novo sistema penitenciário brasileiro391. Isso porque a privatização é o único cenário compatível com a ordem constitucional vigente.

Propomos, assim, um processo gradual de inserção de todas as unidades prisionais no modelo privatizado, trazendo uniformidade ao sistema penitenciário. A cogestão seria um padrão a ser adotado pelo sistema prisional estadual e federal.

Dessa forma haverá a conformação do sistema prisional aos valores democráticos e sociais do Estado brasileiro. Um modelo de gestão prisional que se propõe a desenvolver prisões dignas e aptas à ressocialização das pessoas presas; um modelo que convoque à participação da sociedade; um modelo democrático, constitucional, eficiente e, principalmente, humano.

390 Ver comparativo exposto no item 5.

REFERÊNCIAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução: Alfredo BOSI e Ivone Castilho BENEDETTI. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

ALEXY, Robert. Teoría de los derechos fundamentales. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 2001.

ALVES, Alexandre Ferreira de Assumpção, Eliane Costa dos SANTOS, e Rosângela Maria BORGES. “O modelo de privatização francês.” In: Privatização

de Prisões, por João Marcello de ARAUJO JUNIOR, 67-88. São Paulo: RT,

1995.

ALVES, Cleber Francisco. O Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa

Humana: o enfoque da doutrina social da igreja. Rio de Janeiro: Renovar,

2001.

ARAUJO JUNIOR, João Marcello de. Privatização de prisões. São Paulo: RT, 1995.

ÁSSALY, Alfredo Issa. O trabalho penitenciário. São Paulo: Martins, 1944. AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. Porto Alegre: Globo, 1976. BARCELLOS, Ana Paula de. A eficácia jurídica dos princípios: o princípio da

dignidade da pessoa humana. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.

BARROSO, Luís Roberto. A Dignidade da Pessoa Humana no Direito

Constitucional Contemporâneo: a construção de um conceito jurídico à luz da jurisprudência mundial. Belo Horizonte: Fórum, 2013.

BARROSO, Luís Roberto. Fundamentos teóricos e filosóficos do novo direito constitucional brasileiro: pós-modernidade, teoria crítica e pós-positivismo.

Revista da Academia Brasileira de Direito Constitucional, 2001.

______.Neoconstitucionalismo e constitucinalização do direito (o triunfo tardio do direito constitucional no Brasil). Revista Forense. v.384. mar-abr.2007. BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Tradução: Nélson Jahr Garcia. Ridendo Castigat Mores, 2001.

BENDA, Ernest. Manual de derecho constitucional. Madrid: Marcial Pons, 2001.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão. São Paulo: Saraiva, 2001.

______. Tratado de Direito Penal. Vol. I. São Paulo: Saraiva, 2006.

BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Brasília: UNB, 1999. BOBBIO, Norberto, e Michelangelo BOVERO. Sociedade e Estado na Filosofia

Política Moderna. Tradução: Carlos Nelson COUTINHO. Brasília: Brasiliense,

1994.

BOBBIO, Norberto, Nicola MATTEUCCI, e Gianfranco PASQUINO.

Dicionário de Política. Tradução: João (coord.) FERREIRA. Brasília: UnB,

1998.

BONAVIDES, Paulo. Ciência política. São Paulo: Malheiros, 2011. ______. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2011. ______. Do Estado Liberal ao Estado Social. São Paulo: Malheiros, 2009. BOULAN, F. Les prisons dites « privées »: une solution à la crise pénitentiaire?

Actes du colloque d’Aix-en-Provence. Marseille: Presses Universitaires d’Aix,

1987.

BRANCO, Luiz Carlos. Equidade, proporcionalidade e razoabilidade. São Paulo: RCS, 2006.

BRASIL. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. CPI do sistema

carcerário. Brasília: Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados, 2009.

BUENO, José Antônio Pimenta. Direito publico brazileiro e analyse da

constituicao do imperio. Rio de Janeiro: Typ. Imperial e Constitucional de J.

Villeneuve & Cia, 1957.

CABRAL, Sandro. Além das Grades: Uma análise comparada das

modalidades de gestão do sistema prisional. Originalmente apresentada como

tese de doutorado. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2006.

CABRAL, Sandro, e Sergio G Lazzarini. Impactos da participação privada no Sistema Prisional: evidências a partir da Terceirização de prisões no Paraná.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da

Constituição. Coimbra: Almedina, 2003.

CAPEZ, Fernando. Código Penal Comentado. 3.ed.São Paulo: Saraiva, 2012. ______. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2013.

CARNEIRO, Augusto Accioly. Os Penitenciários. Rio de Janeiro: Henrique Velho & Cia. Ltda., 1930.

CARVALHO, Aurora Tomazini de. Curso de Teoria Geral do Direito. 2 ed. São Paulo: Noeses, 2010.

CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.

CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário, linguagem e método. São Paulo: Noeses, 2009.

COLNAGO, Rodrigo Henrique. Crime e Política Penal: crise do sistema

prisional e alternativas às prisões. São Paulo: Dissertação defendida em Direito

Processual Penal. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2006.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2011.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2007.

______. Parcerias na administração pública. São Paulo: Atlas, 2006.

DOTTI, René. Bases alternativas para o sistema de penas. São Paulo: Saraiva, 1998.

FALCONI, Romeu. Sistema presidial: reinserção social? São Paulo: Ícone, 1998.

FERGUSON, Adam. An Essay on the History of Civil Society. s.d.

FERNANDES, Antonio Scarance. Processo Penal Constitucional. São Paulo: RT, 2000.

FERREIRA, Gilberto. Aplicação da pena. Rio de Janeiro: Forense, 1998. FERRI, Enrico. Sociologia criminal. Vol. II. Madrid: Reus, 1908.

FLEINER, Thomas. O que são Direitos Humanos? São Paulo: Max Limonad, 2003.

FOUCAULT, Michel. A história da loucura: na idade clássica. Tradução: José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2009.

______. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1999.

FRAGOSO, Heleno Cláudio. Sistema do duplo binário: vida e morte. Vol. III,

em Studi in memoria di Giacomo Delitala. , A., 1984.

FRAGOSO, Heleno Cláudio; Yolanda CATÃO, e Elisabeth SUSSEKIND.

Direito dos presos. Rio de Janeiro: Forense, 1980.

FRANCO, Alberto Silva. Crimes hediondos. São Paulo: RT, 2005.

FREIRE, Marcelo de Figueiredo. Privatização de presídios: uma análise comparada. In: Privatização de prisões, por João Marcello (coord.) ARAUJO JUNIOR. São Paulo: RT, 1995.

GILLIN, John Lewis. Criminology and penology. New York London: D. Appleton-Century company, inc, 1945.

GOULART, Henny. A individualização da pena no direito brasileiro. São Paulo: Editora Brasileira de Direito, 1975.

______. Penologia I. São Paulo: Editora Brasileira de Direito, 197-.

GRABER, Jennifer. The Furnace of Affliction: Prisons & Religion in

Antebellum America. North Carolina: University of North Carolina Press, 2011.

GRINOVER, Ada Pellegrini. Natureza Jurídica da Execução Penal. In: Execução

Penal: mesas de processo penal, doutrina, jurisprudência e súmulas., por Ada

Pellegrini e BUSANA, Dante (coords). GRINOVER. São Paulo: Max Limonad, 1987.

GRÜNHUT, Max. Penal reform. New York: Claredon Press, 1948.

GUZMAN, Luis Garrido. Manual de Ciencia Penitenciaria. Madrid: Edersa, 1983.

HASSEMER, Winfried, e Francisco MUÑOZ CONDE. Introducción a la

HENTIG, Hans von. La pena. Vol. I. Madrid: Espasa-Calpe, 1967. HOBBES, Thomas. Do cidadão. 1642.

JUNQUEIRA, Gustavo Octaviano Diniz. Finalidades da pena. Barueri: Manole, 2004.

KANT, Immanuel. Da crítica do juízo.1790.

______. Fundamentação da metafísica dos costumes. Edição: Marilena de Souza Chauí. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

KELSEN, Hans. Teoría General del Estado. Tradução: Luis Legaz Lacambra. Barcelona: Editorial Labor, 1934.

KLOCH, Henrique, e Ivan Dias MOTTA. O sistema prisional e os direitos da

personalidade do apenado com fins de res(socialização). Maringá: Verbo

Jurídico, 2008.

LÉUTÉ, Jacques. Les prisons. Paris: Presses universitaires de France, 1989. LOPEZ-REY, Manuel. “Some Considerations on the Character and Organization of Prison Labour.” Journal of Correctional Work, 1957.

LYRA, Roberto. Comentários ao Código Penal. Rio de Janeiro: Forense, 1942. MACHIAVELLI, Niccolo. Il Principe. s.d.

MARCÃO, Renato. Curso de Execução Penal. São Paulo: Saraiva, 2006.

MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal. Vol. I. São Paulo: Millenium, 2007.

MARQUES, Oswald Henrique Duek. Fundamentos da pena. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2008.

MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. Rio de Janeiro: Forense, 1993.

McDONALD, Douglas C. Public imprisionament by private means: the re- emergence of private prisions and fails inde United States, the United Kingdom, and Australia. Prisons in Context, s.d.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2009.

MELOSSI, Dario, e Massimo PAVARINI. Cárcel y fábrica; los orígenes del

sistema penitenciario. México: Siglo XXI, 1985.

MENDES, Gilmar Ferreira. Controle de Constitucionalidade. São Paulo: Saraiva, 1990.

MINHOTO, Laurindo Dias. Privatização de presídios e criminalidade. São Paulo: Max Limonad, 2000.

MIOTTO, Armida Bergamini. Curso de Direito Penitenciário. São Paulo: Saraiva, 1975.

MIR PUIG, Santiago. El derecho penal em El Estado Social y democrático. Barcelona: Ariel Derecho, 1994.

MIR PUIG, Santiago. El sistema de Derecho Penal em La Europa actual. In:

Fundamentos de um sistema europeo del Derecho Penal: libro-homenaje a Claus Roxin, por Sánchez, Jusús-Maria (ed.). Barcelo: Bosch, 1995.

MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução Penal: comentários à Lei 7.210, de 11-

07-84. São Paulo: Atlas, 1992.

MIRANDA, Jorge; Marco Antonio Marques SILVA (Coords.). Tratado luso-

brasileiro da dignidade humana. São Paulo: Quartier Latin, 2009.

MOMMSEN, Christian Matthias Theodor. Derecho penal romano. Tradução: Pedro de Garcia Dorado Montero. Bogotá: Editorial Temias, 1976.

MONTESINOS, Manuel. Bases en las que se apoya mi sistema penal. Valencia: Imprenta del Presidio, REP, 1962.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2009.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. São Paulo: RT, 2006.

NUNES, Adelino. A realidade das prisões brasileiras. Recife: Nossa Livraria, 2005.

ORGANIZAÇÃO das Nações Unidas. Regras mínimas de Tratamento de Presos.

1º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e Tratamento de Delinquentes. Genebra, 1955.

PEREIRA, Claudio José Langroiva, e Pedro Luiz Ricardo GAGLIARDI. Comunicação social e a tutela jurídica da dignidade humana. In: Tratado luso-

brasileiro da dignidade humana. MIRANDA, Jorge; SILVA, Marco Antonio

Marques da (coords.), p.40-54. São Paulo: Quartier Latin, 2009.

PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT, 1999. PUGH, Ralph Bernard. Imprisonment in Medieval England. Cambridge: Cambridge University Press, 1968.

RAMOS, Dora Maria de Oliveira. Terceirização na administração pública. São Paulo: LTr, 2001.

REALE, Miguel. O Estado Democrático de Direito e o Conflito das Ideologias. São Paulo: Saraiva, 1999.

RIBEIRO, Bruno de Morais. Medidas de Segurança. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris, 1998.

RIOS, Rodrigo Sanches. Prisão e Trabalho. Uma análise comparativa do

sistema penitenciário italiano e do sistema brasileiro. Curitiba: Universitária

Chapagnat, 1994.

RIZZATO NUNES, Luiz Antônio. O Princípio Constitucional da Dignidade da

Pessoa Humana. São Paulo: Saraiva, 2002.

ROCHA, Cármen Lúcia Antunes. O princípio constitucional da igualdade. Belo Horizonte: Lê, 1990.

ROCHA, Cármen Lúcia Antunes. O princípio da dignidade da pessoa humana e a exclusão social. Revista Interesse Público 1, n. 4, out-dez, 1999.

ROJAS, Francisco José Villar. Privatización de servicios públicos. Madri: Tecnos, 1992.

ROXIN, Claus. Problemas fundamentais de direito penal. Lisboa: Vega, 1986. SARLET, Ingo Wolfgang (Org.). Dimensões da Dignidade: ensaios de filosofia

do direito e direito constitucional. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.

SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos

fundamentais na Constituição Federal de 1988. Porto Alegre: Livraria do

SAVAS, Emanuel S. Privatization in the City: Successes, Failures, Lessos. Washington: CQ Press, 2005.

SCHAFER, Stephen. Introduction to criminology. USA: Reton Publishing Company, 1976.

SILVA, Antonio José da Costa e. Código penal dos Estados Unidos do Brasil:

comentado. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1938.

SILVA, Evandro Lins. Sistema penal para o terceiro milênio. Rio de Janeiro: Revan, 1991.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2005.

SILVA, José Afonso da. Cidadania e Dignidade da Pessoa Humana. Revista da

Procuradoria-Geral da República 9. jul- dez, 1996.

______. O estado democrático de direito. Revista Forense, jan-mar de 1989: 45- 50.

SILVA, Marco Antonio Marques. Cidadania e Democracia: instrumentos para a efetivação da dignidade humana. In: Tratado luso-brasileiro da dignidade

humana. MIRANDA, Jorge; SILVA, Marco Antonio Marques da. (Coords.), p.

224-236. São Paulo: Quartier Latin, 2009.

______. Trabalho escravo e dignidade humana. In:Tráfico de pessoas. MARZAGÃO JUNIOR, Laerte. p.193-217. São Paulo: Quartier Latin, 2010. SUNDFELD, Carlos Ari. Direito Administrativo Ordenador. São Paulo: Malheiros, 2003.

United States of America. U.S. Department of Justice. Emerging Issues on

Privatized Prisons. Washington DC: Bureau of Justice Assistance., 2001.

VALDÉS, Carlos García. El nacimento de la pena privativa de libertad.

Cuadernos de Política Criminal, 1977: 43-44.

VALDÉS, Carlos Garcia. Estudios de Derecho Penitenciario. Madrid: Editorial