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Transporte coletivo estável e oscilação de veículos particulares

Mobilidade Metropolitana – São Paulo e Paris

6. Região Metropolitana de Paris (IDF)

6.6 O padrão de deslocamentos em IDF análise das médias

6.6.4. Transporte coletivo estável e oscilação de veículos particulares

Gráfico 6.14 Evolução dos deslocamentos em IDF,

por velocidade (em km/h) Transporte coletivo

Automóvel Duas-rodas (moto e bicicleta) Outros mecanizados A pé Média total Deslocamentos por dia e por pessoa de seis anos e mais, um dia da semana.

Fonte: INSEE Paris Periferia interior Periferia exterior urbanizada Franjas da aglomeração Cidades novas Aglom. secundárias em eixos e vales Aglomerações secundárias isoladas Comunas rurais 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Trabalho Atividades Profissionais Estudos Lazer Outros

Em Ile-de-France, a proporção modal para os deslocamentos em automóvel é alta, sendo 43% do total verificado em 2001(incluindo-se no total também as viagens a pé e de bicicleta). O deslocamento com automóvel chega a 69% do total quando se considera apenas as viagens em meio mecanizado.

20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 1976 1983 1991 1997 2001 136

Mobilidade urbana e utilização energética

Gráfico 6.15 Evolução dos deslocamentos em IDF,

por modo (em milhões) Transporte coletivo

Automóvel Duas-rodas (moto e bicicleta) Outros mecanizados A pé Total Deslocamentos por dia e por pessoa de seis anos e mais, um dia da semana.

Fonte: INSEE Gráfico 6.16 Evolução dos deslocamentos em IDF,

por modo (porcentagem em relação ao total de deslocamentos)

Transporte coletivo Automóvel Duas-rodas (moto e bicicleta) Outros mecanizados A pé Deslocamentos por dia e por pessoa de seis anos e mais, um dia da semana

. Fonte: INSEE

zam o automóvel individual somente em 12% dos deslocamentos cotidianos. Na Pequena Coroa, esta proporção sobe para 38%, e na Grande Coroa, o automóvel representa 61% das viagens. O automóvel é representativo prin- cipalmente nos deslocamentos efetuados entre os dois anéis metropolitanos, pequena coroa e grande coroa (6% do total dos deslocamentos metropolita- nos). Na Pequena Coroa, o automóvel representa 38% dos deslocamentos internos à ela. Entre a Pequena Coroa e Paris, os deslocamentos feitos em automóvel representam apenas 6%. Já entre a pequena coroa e a grande coroa os deslocamentos em automóvel representam 60%.

Os transportes coletivos são o modo predominante nas ligações entre Paris e

100% 80% 60% 40% 20% 0 1976 1983 1991 1997 2001 Gráfico 6.17 Distribuição percentual dos deslocamentos segundo o modo (%)

Transporte coletivo Automóvel Duas-rodas (moto e bicicleta) Outros mecanizados A pé Deslocamentos por dia e por pessoa de seis anos e mais, um dia da semana.

Fonte: INSEE-SOeS, ENTD 2008.

100% 80% 60% 40% 20% 0

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6. Região Metropolitana de Paris

a Pequena Coroa, Mais de 2/3 destes deslocamentos são feitos em transporte coletivo. Com menor proporção, mas igualmente representativo, o desloca- mento por transporte coletivo é predominante também nas ligações entre a região central de paris e a grande coroa.

Ao mesmo tempo em que a proporção de deslocamentos em transporte cole- tivo se mantém estável, desde a década de 1970 a proporção de deslocamen- tos em automóvel assume cifras significativas de crescimento proporcional em relação aos demais modos. Passa de 32% em 1976 para 43% em 1991. As décadas seguintes mantêm a proporção estável. Em 2001 já significava 44% dos deslocamentos totais de Ile-de-France. No entanto, os deslocamentos dos modos suaves - a pé e em duas rodas - são os que têm maior queda proporcio- nal em relação ao total. No entanto, a porcentagem de viagens em automóvel mostra uma possível reversão de tendência, diminuindo de sua parcela no total na última década pesquisada, passando de 45,1% das viagens em 1997 para 43,9% em 2001.

Quanto mais distante da zona central, menor é esta proporção. O transporte coletivo possui maior importância na proporção de deslocamentos do De- partamento de Paris, com 34%. Da mesma forma que o modo a pé, à medida que as zonas se afastam do centro de Paris, o transporte coletivo perde sig- nificativamente seu peso na proporção modal, na ordem de 10% a menos a cada zona mais distante.

Estes valores decrescentes para os modos a pé e em transporte coletivo à medida que afastamos do centro se associa a uma crescente importância do automóvel. Enquanto ele tem uma porcentagem em torno de 12% no depar- tamento de Paris, esta proporção passa a 60% para a zona da Grande Coroa. Estes dados de distribuição modal por zona reforçam a mudança e distinção de um padrão urbano central e outro disperso e periférico, salientando pesos diferentes para os modos de deslocamentos cotidianos.

Paris Periferia interior Periferia exterior urbanizada Franjas da aglomeração Cidades novas Aglom. secundárias em eixos e vales Aglomerações secundárias isoladas Comunas rurais 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Gráfico 6.18 Porcentagem do modo no total da zona Transporte coletivo Automóvel Duas-rodas (moto e bicicleta) Outros mecanizados A pé Deslocamentos por dia e por pessoa de seis anos e mais, um dia da semana.

Fonte: EGT 2001 / tese em andamento de Irving TAPIA

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Mobilidade urbana e utilização energética

O parque de automóveis em Ile-de-France se elevou a 4,6 milhões de veículos em 2001, onde 90% são automóveis particulares das residências. Mais de 30% das residências não são equipadas e, inversamente, quase 1 residência em 4 possui 2 automóveis ou mais..

A taxa média de motorização por pessoa é de: 0,29 em Paris, 0,39 na Pequena Coroa e 0,49 na Grane Coroa, tendo esta última uma taxa 70% maior que a de Paris (2001). A taxa de residências com mais de um automóvel na Grande Coroa (39%) é próxima da taxa de residências com apenas um automóvel (46%). É interessante ressaltar ainda que a taxa de motorização está ligada ao tipo de habitação. As residências com moradia individual são sempre mais motorizadas que aquelas que moram em habitações coletivas.

Figura 6.15 Taxa de motorização das residências,

2006 menos de 50% 50 - 70% 70 - 90% mais de 90% Fonte: IAURIF

No gráfico podemos ver que o automóvel tem uma importância grande fora do distrito central, sendo representado sobretudo para deslocamentos entre os anéis periféricos. Nota-se também uma grande proporção das viagens com destino dentro das próprias comunas ou localidades periféricas.

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6. Região Metropolitana de Paris

Figura 6.16 Espacialização da demanda de deslocamentos em automóvel 15,5 milhões de deslocamentos em automóvel particular, 2001 Fonte: STIF 6.6.5. Menos deslocamentos a pé e de bicicleta

Os deslocamentos a pé na região de IDF compreendem um total de 12.000.000 de viagens diárias. Do total de 10.500.000 deslocamentos de todos os modais que partem de Paris, 6.600.000 tem destino dentro do próprio departamento e mais da metade deles são efetuados a pé.

A bicicleta é mais utilizada pelos parisienses, mas ainda apresenta uma pe- quena proporção: 3% dos deslocamentos totais do distrito central. Deve-se salientar porém que estes dados foram levantados antes da implantação do programa de bicicletas em livre serviço – Velib – no distrito de Paris. Estas políticas favoreceram e incentivaram o uso de bicicletas no distrito central e provavelmente resultarão em algum aumento a ser verificado nas próximas pesquisas.