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Verdade central: Qualquer que for a nossa necessidade é nosso privilégio em Cristo exigir que ela seja suprida.

Olhemos mais uma vez o Evangelho segundo João para ver o que Jesus tinha para dizer a respeito da oração.

escritores dos evangelhos, no tocante a oração. Os demais não incluíram nos relatos deles aquilo que João escreveu. João disse que, se tudo quanto Jesus disse e fez fosse escrito, nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos. Disse que escreveu para que crêssemos que Jesus é o filho de Deus.

Nem todos os escritores dos evangelhos registraram a mesma coisa. Lucas registrou parte daquilo que Mateus disse. Marcos registrou um único exemplo de ensino de Jesus sobre a oração, conforme vimos em nossa lição anterior sobre Marcos 11.12-24, quando foi amaldiçoada a figueira. Mateus contou a história em Mateus 21.

Mateus também escreveu a respeito da oração do mútuo acordo, que nenhum dos outros escritores mencionou:...Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de

qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus (Mateus 18.19). O fato é que precisamos ajuntar todos os relatos para termos um

quadro completo dos ensinamentos de Jesus a respeito da oração.

João aborda o assunto da oração de um ponto de vista inteiramente diferente. Examinemos dois trechos das escrituras que parecem semelhantes, mas que realmente são bem diferentes.

JOÃO 14.10-14

10.Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai que permanece em mim, faz as suas obras. 11.Crede-me que estou no Pai, e o pai em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.

12.Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.

13.E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o pai seja glorificado no filho.

14.Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.

Muitos pensam que esse trecho bíblico se refere à oração, mas Jesus não está fazendo nenhuma alusão à oração aqui. Comparemos, agora, dois versículos em João 16.

JOÃO 16.23,24

23.Naquele dia nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo, se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome.

24.Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.

Nesse trecho bíblico, Jesus estava falando a respeito de alguma coisa totalmente diferente daquilo a que Ele Se aludia no capítulo 14. Em João 16 Ele disse: Se pedirdes

alguma coisa ao Pai, ELE vo-la concederá em meu nome. Mas em João 14 Ele diz: Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. Ele está falando a respeito de duas coisas

diferentes.

Reivindicar Como Nosso Direito

Examinemos esses textos bíblicos no Novo Testamento grego. A palavra grega, aqui traduzida como “pedir” significa “exigir”. Ou: “Se exigirdes alguma coisa em meu nome,

eu o farei”.

Não estamos exigindo de Deus. Quando oramos, pedimos a Deus em Nome de Jesus. Mas estamos exigindo isso do diabo.

O texto grego, na realidade, fica mais claro do que as traduções. O grego diz: “Se exigirdes alguma coisa como seu direito...” (não pedir como um favor).

Tudo quanto pedimos ou reivindicamos como nosso direito, Jesus disse: “Eu o farei”. Temos o direito de exigir que satanás tire a mão de cima das nossas finanças, se estamos tendo dificuldade em cobrir o orçamento. Seja qual for a nossa necessidade, é nosso privilégio, nosso direito em Cristo, pedir e exigir que essa necessidade seja atendida.

Vemos um exemplo disso no Livro de Atos. Pedro e João viram um coxo pedindo esmolas à porta formosa. Pedro parou e disse: “Olhe para nós”. O homem olhou para eles, esperando que recebesse uma moeda. Pedro disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o

que tenho, isso te dou: em Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! (Atos 3.6).

Pedro exigiu em Nome de Jesus que o coxo se levantasse e andasse. Não orou para que Deus o fizesse. Sabia que Jesus tinha dito que tudo quanto exigíssemos, ou pedíssemos, em Seu Nome, Ele o faria.

Imediatamente antes, Jesus dissera: E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso

farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho (João 14.13). Ele disse: Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai (João 14.12). Pedro estava fazendo as obras

que Jesus fazia, quando curou o coxo.

Embora oremos pelos enfermos hoje em dia – e isso é certamente bíblico (Tiago 5.14-16) – Jesus nunca orou pelos enfermos.

Jesus disse: Fará também as obras que eu faço... Se apenas orássemos pelos enfermos e obtivéssemos resultados, não estaríamos fazendo as obras que Jesus fez. Jesus

impunha as mãos sobre os enfermos, mas nunca orou por eles. Ele ordenava que o

demônio saísse, ou dizia, simplesmente: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé (Mateus 8.13).

Quando, pois, Jesus disse em João 14.13: E tudo quanto pedirdes em meu nome,

isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho (João 14.13), Ele não Se referia a

orar a Deus Pai; referia-Se a fazer as mesmas obras que Ele fazia.

Maiores Obras

Não somente Jesus disse que faríamos as mesmas obras que Ele fazia, como também, disse:... E outras MAIORES fará...(João 14.12). Depois, Ele passou a nos dizer

porque faríamos obras maiores:...Porque eu vou para junto do Pai. As obras maiores que a

Igreja pode fazer hoje, e está fazendo, são resultado do fato de Jesus ter ido para junto do Pai.

JOÃO 16.7-11

7.Mas eu vos digo a verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. 8.Quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; 9.Do pecado, porque não crêem em mim;

10. Da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 11.Do juízo, porque o príncipe deste mundo está julgado.

Quais são essas maiores obras? Mostramos aos homens e mulheres como nascerem de novo. “Mas as pessoas não eram salvas, ou nascidas de novo, no ministério de Jesus?” Alguém pode perguntar. Eram salvas no mesmo sentido em que as pessoas no Antigo Testamento eram salvas, mas não eram “nascidas de novo”. A obra do Espírito Santo é necessária no Novo nascimento, mas enquanto Jesus estava na terra, o Espírito Santo ainda não tinha sido dado. É por isso que Jesus disse: Convém-vos que eu vá, porque se eu não

for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei (João

16.7).

“Mas Jesus não perdoava os pecados das pessoas quando Ele estava aqui na terra?” Alguém pode dizer. Sim, mas há uma diferença entre recebermos o perdão dos nossos pecados e nascermos de novo.

Depois de uma pessoa nascer de novo, pode obter perdão no caso de pecar, mas não se trata de ela nascer uma segunda vez (Se acontecesse assim, talvez teríamos de nascer de novo milhares de vezes). O novo nascimento é uma obra maior do que uma cura ou um milagre.

Sendo assim, as pessoas não nasciam de novo enquanto Jesus estava na terra. Em segundo lugar, nunca lemos nos quatro evangelhos: E o Senhor acrescentava diariamente à

Igreja o número dos que iam sendo salvos. No livro de Atos, porém, vemos repetidas vezes

essa declaração. Isso porque nem havia Igreja nos dias de Jesus, no sentido do que conhecemos como a Igreja do Novo Testamento.

O único Corpo de Cristo que havia na terra era Seu corpo físico. Havia aqueles que criam nEle e que tinham a promessa daquilo que estava para vir, mas suas crenças somente poderiam ser consumadas, quando o Espírito Santo viesse batizar a todos eles num só Corpo. O Corpo tinha que ser formado.

Hoje, somos o corpo espiritual de Cristo. O único Corpo de Cristo no mundo hoje é a igreja.

Não somente ninguém nasceu de novo ou foi acrescentado à Igreja no ministério de Jesus, como também ninguém recebeu a plenitude do Espírito Santo no Seu ministério. Essas são as “maiores obras” que fazemos porque Ele foi para junto do Pai.

Orando em Nome de Jesus

Comparemos agora aquilo que Jesus disse em João 16 a respeito da oração: Naquele

dia nada me perguntareis... (v.23). Quando Ele disse: “Naquele dia”, referia-se ao dia em

que vivemos agora – o dia da Nova Aliança, o dia do Novo Testamento.

Certa tradução desse versículo diz: “Naquele dia não orareis a mim”. Ele nos mandou não orar a Ele, mas orar ao Pai em Nome de Jesus (Ver lição 3). ...se pedirdes

alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu Nome.

Ele continuou, dizendo: Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi, e

recebereis, para que a vossa alegria seja completa (v.24).

Ele estava explicando aos Seus discípulos que, enquanto Ele estava na terra com eles, não oravam ao Pai em Nome de Jesus; “naquele dia”, porém, quando Ele já não estaria na Terra, pediriam ao Pai em Nome de Jesus:... E recebereis, para que a vossa alegria seja

completa.

Nosso Pai celestial anseia por satisfazer todas as nossas necessidades – se tão somente pedíssemos a Ele – para que a nossa alegria seja completa!

Texto Para memorizar:

Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (João 14.14).

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A LIÇÃO EM AÇÃO:Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes...(Tg 1.22)

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LIÇÃO 20

O Que Paulo Disse a Respeito da Oração (Parte 1)

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