Symposium, realizado em Amã em Abril de 2014, que reuniu mais de três centenas de participantes de todo o mundo, entre os quais inúmeros potenciais investidores internacionais, com a atenção redobrada nas potencialidades da Jordânia no âmbito do Oil Shale.
Sendo que a percentagem da energia nuclear na matriz energética prevista para 2020 será nula, para atingir os objectivos proposto e em consequência reduzir a dependência energética da Jordânia nos níveis esperados, as entidades oficiais ver-‐se-‐ ão obrigadas a compensar o peso relativo daquela fonte, pelas alternativas disponíveis que não impliquem a sua importação do exterior. O mesmo é dizer que o sector do Shale Oil e o das Energias Renováveis, em conjunto, necessitam de compensar os 6% não realizáveis através do nuclear, acrescido ao crescimento previsto de, respectivamente 14% e 10%.
Embora havendo a consciência de que o processo de implementação de programas nacionais desta dimensão, seja inicialmente muito lento, dada a inexperiência, a necessidade de criar de raiz quer o know-‐how como os meios e o ultrapassar de resistências, tendendo posteriormente a processar-‐se com maior rapidez, verificamos que a inércia dos primeiros sete anos após a entrada em vigor do plano estratégico, dificilmente será compensada na meia década que resta até à data de referência em 2020.
Não há porém dúvidas que o governo jordano tem feito o máximo ao seu alcance para não se desviar do percurso traçado, independentemente de uma conjuntura regional e internacional desfavorável, que muito tem dificultado o processo.
4.2. “Wild Cards” -‐ Imprevistos que podem comprometer a evolução
O impulso dado à implementação do plano estratégico para o sector energético nos anos mais recentes levanta algum optimismo quanto à prossecução dos objectivos traçados, pese embora não seja o suficiente para que sejam atingidos dentro dos prazos previstos.
A experiência mostra que todos os programas têm de ter planos de contingência que permitam lidar com imprevistos que surgem inevitavelmente ao longo do percurso. No caso da Jordânia, têm sido vários, facto que obriga constantemente o governo a reagir de imediato aos acontecimentos, como vimos ao longo desta tese.
Pese embora, por definição, os imprevistos sejam difíceis senão impossíveis de prever, não poderíamos terminar a abordagem do tema sem enumerar um conjunto de elementos, com probabilidade real de ocorrência e que podem comprometer, não a total concretização dos objectivos da Jordânia para o seu sector energético, mas a sua operacionalização tal como foi planeada e estruturada no tempo.
Estes elementos podem ser divididos em dois grandes tipos e podem ter consequências de impacto variável:
A -‐ Imprevistos de ordem interna
-‐ Erros nas estimativas das reservas de Oil Shale
O subsector energético com maior potencial de desenvolvimento e o único capaz de compensar a médio prazo as perdas derivadas do significativo atraso no projecto nuclear jordano, assenta nas optimistas estimativas das reservas de Oil Shale. A possibilidade muito real de 70% do território jordano conter óleo de xisto no seu subsolo, colocando o país entre os cinco maiores possuidores de reservas inshore, impulsionou as entidades oficiais a desenvolver um complexo projecto de desenvolvimento, a estabelecer negociações a nível internacional para a sua exploração e a encetar os maiores esforços no sentido de atrair o investimento necessário. Cabe aqui relatar a experiência americana, em concreto a situação ocorrida no corrente ano. Em 2011, a EIA divulga um relatório com sobre a chamada formação de Monterey, na Califórnia, contendo reservas estimadas em 15,4 mil milhões de barris de Oil Shale, representando 2/3 do total existente no país. Esta publicação suscita de imediato a rápida movimentação da indústria do xisto, com a elaboração de estudos de viabilidade, atracção de investimento, competindo entre si para a obtenção das licenças de fracturação. Em 2014, com o processo em andamento, a EIA, revê as estimativas, apontando agora para um valor de 0,6 mil milhões de barris, ou seja 4% do valor inicialmente estimado. A revelação, provocou uma onda de revolta e descrédito nas fontes supostamente confiáveis. Os menos cépticos revêem as
estimativas em alta, alegando que as reservas existem e possuem grandes quantidades de Oil Shale, não sendo contudo fontes tecnicamente produtivas no presente “It may not be largely recoverable with today’s technology, but the oil will still be there when the technology catches up.”52 Esta situação deve constituir um alerta para a Jordânia, que embora tenha já estudos suficientes a confirmar as estimativas iniciais, ou mesmo a ultrapassá-‐las, deve ter presentes alterações de estimativas que possam vir a ocorrer durante o processo de extracção do Shale Oil em larga escala e em quantidades muito superiores às utilizadas nos testes e prospecções já efectuadas.
-‐ Ameaças ambientais/eliminação dos resíduos tóxicos
Outro imprevisto que poderá comprometer a execução do plano estratégico e que não vimos suficientemente abordado a nível oficial, prende-‐se com as medidas de segurança ambiental fundamentais em projectos de desenvolvimento de energia nuclear e de extracção e produção de Shale Oil. Relativamente ao primeiro, sabemos que os atrasos na implantação do projecto global, são também imputáveis à acurada reunião de condições que minimizem os riscos de um acidente, aliás como referido anteriormente e em concreto face à decisão da alteração do local projectado inicialmente para a central nuclear. Porém são ainda pouco claras as medidas a implementar para a eliminação dos resíduos tóxicos, resultantes da operação. No que diz respeito à extracção do Oil Shale e sua transformação, devem ser equacionadas várias questões susceptíveis de causar elevados estragos ambientais. Por um lado quer o processo de extracção, como a combustão do Oil Shale nas centrais gera uma quantidade enorme de resíduos nocivos por conterem cinzas, sulfuretos e fenóis voláteis extremamente instáveis que podem entrar em combustão espontânea, aumentando a degradação dos solos, por outro lado, como já referido, a produção de energia através do óleo de xisto é responsável por emissões de carbono que agravam o aquecimento global do planeta. Pese embora a Jordânia não tenha legislação ambiental com os níveis de rigor da União Europeia, num mundo globalizado aumentam as pressões internacionais sobre os países mais poluentes, podendo no futuro ser implementadas sanções para os incumpridores. Nestes campos a expertise da Estónia, poderá ter um papel fundamental, dado que o país do Báltico tem alterado
52
Oil & Gas Monitor, disponível online em http://www.oilgasmonitor.com/new-‐eia-‐estimate-‐monterey-‐ dashed-‐dreams-‐nightmare-‐deferred/7277/ (consultado em 18 de Outubro de 2014)
significativamente as medidas de protecção ambiental, quer em função das imposições de Bruxelas, como pela necessidade de encontrar uma solução para a contaminação dos solos pelos resíduos da água bombeada das minas, bem como pelo depósito destas grandes quantidades de água contaminada em local seguro.
Estas preocupações ambientais podem ser agravadas pela ocorrência de um acidente capaz de determinar não só a interrupção, mas mesmo o encerramento dos projectos na área afectada.
-‐ Destabilização da situação financeira do reino
Vimos no ponto 2.5 a fragilidade da economia jordana, agravada pelo inevitável peso das importações e pela incapacidade de gerar receitas para cobrir as despesas, situação que já obrigou o país a solicitar ajuda financeira internacional por duas vezes. Este tipo de realidade não deixa ao reino margem para lidar com algum imprevisto de ordem financeira que ocorra quer a nível interno, quer por contaminação de um acontecimento externo. A extrema volatilidade dos mercados internacionais, é uma variável de risco agravado para a Jordânia, incapaz de enfrentar um desvio, mesmo ligeiro na frágil linha de conduta económica que a sustém. A História tem revelado demasiados casos de países que entram em bancarrota quase repentinamente. A Argentina, prestes a colapsar financeiramente pela segunda vez na mesma década, não é um caso único. A agência de rating Moody’s divulgou este Verão uma lista com 10 países em elevado risco de falência, aos quais atribui uma classificação igual ou inferior a Caa1 e na qual está incluído o Egipto, que (ainda) tem um peso significativo nas importações energéticas da Jordânia.
-‐ Tentativas de deposição do poder instalado
Apesar de a Jordânia ter conseguido conter as manifestações de revolta que assolaram o mundo árabe nos últimos três anos, nenhum país está isento da probabilidade de ocorrência de uma reviravolta política no seu território. Pese embora a população jordana tenha o exemplo da Síria, razão que pode refrear manifestações de oposição ao governo, é um facto que a heterogeneidade dessa população derivada da presença de uma elevada percentagem de palestinianos e agravada com a chegada de inúmeros refugiados do país vizinho em guerra, pode potenciar o agravamento de conflitos internos. As manifestações de protesto contra as condições de vida dos
refugiados no campo de Zaatari ocorrem quase diariamente e no corrente ano houve dois casos graves de conflitos que impuseram o uso da força policial.
Acresce o facto da presença de forças terroristas do Estado Islâmico na zona da fronteira entre o Iraque e a Jordânia, obrigando ao reforço militar da zona. Perante o agravamento das tentativas de incursão no território, o governo jordano em resultado da crescente ameaça terrorista à estabilidade do reino, aprovou em Junho do corrente ano, uma controversa lei anti-‐terrorista que confere poderes especiais às autoridades para prender quaisquer cidadãos que prestem apoio ideológico ou suportem acções de recrutamento a organizações terroristas.
B -‐ Imprevistos de ordem externa
-‐ Variações significativas no preço mundial do petróleo
No primeiro capítulo referimos a quantidade de variáveis que têm contribuído para as oscilações do preço do crude nas últimas décadas, para além da mera relação entre a oferta e a procura. Vimos o forte impacto dos conflitos regionais, das crises financeiras globais, dos ataques terroristas e mesmo das catástrofes naturais como o tsunami do Japão e consequente acidente nuclear de Fukushima, determinando uma resposta imediata por parte dos cartéis de produtores no respectivo exercício de controle dos preços.
As constantes oscilações dos preços das matérias primas energéticas associadas à própria evolução dos mercados financeiros determinaram o lançamento dos contratos de derivados nos anos 80 na NYMEX -‐ New York Mercantile Exchange, dando origem a uma engenharia financeira moderna dos mercados de commodities53
sustentada na especulação sobre a compra e venda de activos a prazo (os derivados). Sendo um tema complexo cuja análise não cabe aqui ser desenvolvida, a sua referencia é fundamental pois, como refere o economista Frederick William Engdahl membro associado do Centre for Research on Globalization54, “The price of crude oil today is not made according to any traditional relation of supply to demand. It’s controlled by an elaborate financial market system as well as by the four major Anglo-‐American oil
53
Matérias primas e mercadorias
54 Frederick W. Engdahl Perhaps 60% of today’s oil price is pure speculation (2008) disponível online em http://www.globalresearch.ca/perhaps-‐60-‐of-‐today-‐s-‐oil-‐price-‐is-‐pure-‐speculation/8878 (consultado em 19 de Outubro de 2014)
companies. As much as 60% of today’s crude oil price is pure speculation driven by large trader banks and hedge funds. It has nothing to do with the convenient myths of Peak Oil. It has to do with control of oil and its price”. Salienta assim o facto do controle, ou a manipulação sobre os preços do petróleo e derivados ser agora efectuado pelos mercados financeiros e não pela OPEP, movidos pela pretensão dos investidores em gerar lucros rápidos, em economias estagnadas ou em declínio, (como estava a americana na altura deste artigo).
Esta questão de fundo incrementa a probabilidade da ocorrência de novas e frequentes oscilações do preço do petróleo a nível mundial, facto que constitui mais uma “wild card” no processo de reforma energética na Jordânia. Basta referir os recentes desenvolvimentos no preço do crude nos mercados internacionais que verifica a mais íngreme queda após a crise financeira global, a cair 18% desde meados de Junho, contrariando as estimativas e previsões quer da BP como da EIA. Facto derivado segundo certos analistas, do declínio da procura por via da estagnação económica da Europa, abrandamento dos índices de desenvolvimento da China e retrocesso no consumo americano, em paralelo com um excedente na produção. Numa tentativa de repor os preços, a Arábia Saudita reduz substancialmente a sua produção, acção que não foi seguida por outros países membros da OPEP que mantêm as suas produções no intuito de assegurar as suas quotas de mercado. Esta situação agravará inevitavelmente a queda dos preços, que poderá ou não ser compensada através dos mercados especulativos.
Em que é que este factor contribui negativamente para a Jordânia? Se é verdade que a baixa dos preços contribui para o desagravamento do valor das importações de petróleo, a manter-‐se ou agravar-‐se a tendência, o seu baixo custo pode comprometer financeiramente o desenvolvimento dos projectos previstos no âmbito do Shale Oil, inviabilizando as estimativas económicas dos estudos efectuados.
-‐ Agravamento dos conflitos regionais
Não obstante a relativa estabilidade social e política do reino, a Jordânia insere-‐ se por um lado, numa zona regional marcada pela conflitualidade latente fruto de disputas territoriais e lutas pelo poder hegemónico e por outro lado no seio de uma contenda religiosa com longas raízes no mundo muçulmano, dois fenómenos com forte ligação entre si. A instabilidade do Médio Oriente está longe de ser resolvida num
futuro próximo, não obstante inúmeras rondas de negociações entre países, esforços diplomáticos e mediações internacionais e apesar da aparente solidez dos regimes instalados. Selvik e Stensile, na sua obra Stability and Change in the Modern Middle East atribuem a contínua permanência dos regimes nos países desta região a um conjunto de factores que incluem o jogo de interesses das elites dominantes em manter o status quo a qualquer custo, legitimado pela ausência de limites constitucionais e apoiado pelo clientelismo empresarial, a sociedades dominadas e enfraquecidas que não enfrentam os poderes instituídos com receio que a sua queda leve à guerra civil, caos e colapso dos países e ainda à extrema influência de interesses externos que ao promoverem a estabilidade regional garantem o acesso ao petróleo e segurança para Israel.55 Nem mesmo as revoltas da chamada Primavera Árabe, que embora tenham conduzido à deposição de ditadores, determinaram a transformação radical dos seus sistemas políticos, ou contribuíram para uma melhoria significativa do nível de vida das populações, senão veja-‐se os casos do Egipto com o regresso a uma ditadura militar, o Iémen e a Líbia, ambos em acelerado processo de fragmentação e colapso e a Síria em guerra civil. Se as monarquias e repúblicas do Médio Oriente se mantêm de pedra e cal no poder, o relacionamento entre elas é pautado por um jogo de alianças voláteis constantemente reversível e uma agenda marcada pela conflitualidade alimentada quer por divergências religiosas como pelos interesses ocidentais na região.
O Médio Oriente continua a ser o palco de duas grandes questões de fundo, ambas sem resolução à vista, que a qualquer momento podem despoletar um grave conflito regional: a contenda Islão versus Ocidente e o conflito israelo-‐árabe. Temas complexos que marcam as agendas políticas internacionais e condicionam os investimentos estrangeiros na região. A agravar a situação, permanece o assunto quente do programa nuclear do Irão, feito de avanços e recuos, mas igualmente sem solução pacífica no horizonte, prejudicando as iniciativas de outros desenvolvimentos no âmbito do nuclear na região.
Pese embora os grandes analistas especialistas em política do Médio Oriente não antevejam conflitos militares de grande dimensão na região, a imprevisibilidade da
sua ocorrência não pode ser minimizada num local determinante para a economia mundial e fértil em acontecimentos capazes de constituir o rastilho para uma guerra.
Todos os factores acima descritos, entre outros impossíveis de prever, podem comprometer as intenções do governo jordano em atingir os objectivos propostos. São sem dúvida, situações extremas cuja probabilidade de ocorrência é reduzida à luz dos dados que temos hoje, contudo o seu elencar constituí um exercício de reflexão sobre os riscos à concretização que um programa destes comporta.
A evolução do sector energético na Jordânia tem sido marcada por inúmeros contratempos que contribuíram para o retardar das fases previstas. Não obstante os progressos realizados nos últimos dois anos em termos de mudanças legislativas, estudos realizados e mesmo assinaturas de contratos e memorandos de entendimento, o atraso é significativo e impossível de recuperar, de forma a atingir as metas agendadas para 2020.
Contudo, o Reino Hashemita da Jordânia, traçou um percurso, que se provou ser o mais adequado à redução da dependência energética do país e mesmo a custo de se ver obrigado a repensar a sua calendarização, deve continuar a investir os seus esforços para não se desviar desse rumo, quaisquer que sejam os obstáculos que tenha de enfrentar ao longo do trajecto.
Conclusão
A Jordânia é um pequeno oásis no epicentro do barril de pólvora que constitui o Médio Oriente. Desde a sua independência do Império Britânico em 1948, tem sido liderada pela dinastia Hashemita que conta com três gerações no poder e que demonstrou uma elevada agilidade em transformar uma região tribal num estado moderno. A governação robusta do país permitiu-‐lhe resistir aos conflitos constantes nos países adjacentes e escapar incólume ao contágio da chamada Primavera Árabe.
Geograficamente inserido numa região rica em combustíveis fósseis, o território jordano revelava-‐se escasso em recursos que permitissem assegurar a sua independência do exterior, tendo baseado a sua matriz energética na importação de petróleo e gás natural provenientes dos países da região.
O acentuado desenvolvimento sócio-‐económico determinou índices de consumo energético insustentáveis para as finanças do reino, obrigando o governo a efectuar reformas constantes do sistema em vigor, sujeitas a pesados investimentos. Por outro lado, a ocorrência permanente de situações conjunturais na região com o correspondente impacto negativo no abastecimento, coagem a Jordânia à sucessiva negociação de contratos de fornecimento de combustíveis.
A emergência de recursos energéticos não convencionais a nível global, sobretudo no âmbito do Shale Oil, impele a Jordânia a fazer prospecções no seu território que revelam um potencial suficiente para transformar a realidade energética do país e em consequência, reduzir substancialmente a sua dependência do exterior, processo que pode ser acelerado pela paralela implementação do recurso a fontes alternativas como o nuclear e as energias renováveis.
As pressões sobre o sector energético levam à elaboração de um plano estratégico que consiste num conjunto de acções a ser implementadas de forma a fazer crescer o peso das fontes de energia locais até aos 40% em 2020. As medidas determinam pesados investimentos de larga escala a ser suportados essencialmente pela iniciativa privada.
Nos sete anos que se seguiram à aprovação da actualização do plano estratégico, a implementação das medidas decorreu de forma lenta, atrasada pela
incapacidade da resposta oficial aos desafios impostos pelas mesmas, pautada por três grandes tipos de obstáculos:
-‐ Dificuldade em atrair o investimento necessário à concretização dos projectos, agravada pela instabilidade regional, responsável em países vizinhos pela interrupção ou cancelamento de contratos internacionais,
-‐ Morosidade na elaboração e aprovação de legislação adequada a cada sector em desenvolvimento, provocando grandes atrasos na realização dos concursos indispensáveis para operacionalizar os projectos, associada à excessiva burocratização dos procedimentos legais inerentes à obtenção de licenças,
-‐ Oscilações significativas nos preços no mercado mundial dos combustíveis convencionais, comprometendo as estimativas quanto aos benefícios financeiros provenientes da mudança para energias não convencionais.
Juntam-‐se a estes factores a agravada instabilidade regional, marcada por graves conflitos que se alastram às regiões fronteiriças da Jordânia, nomeadamente com a guerra civil na Síria, o avanço do terrorismo fundamentalista no Iraque e ainda as manifestações violentas nos territórios ocupados por Israel.
No momento presente, o governo da Jordânia mantêm com firmeza as metas traçadas e mostra-‐se empenhado em concretizá-‐las. Tem a seu favor a crescente