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TÍTULO II – DO SISTEMA FEDERAL DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

No documento Mara Isa Battisti Raulino.pdf - Univali (páginas 87-100)

CAPÍTULO III AS TRÊS VERSÕES DO ANTEPROJETO DE REFORMA UNIVERSITÁRIA

3.2 TÍTULO II – DO SISTEMA FEDERAL DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

A segunda e terceira versões do Anteprojeto de Reforma Universitária, em seu Artigo 8°, § 2° esclarecem sobre o aproveitamento nos estudos por parte dos alunos e salienta a forma como os mesmos poderão abreviar seus cursos. A primeira versão do Anteprojeto não trata do referido tema:

Artigo 8°. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, que no mínimo duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais.

§ 1°...

§ 2° os estudantes que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrando por meio de prova e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas da respectiva instituição de educação superior.

§ 3° ...

Artigo 64. As entidades mantenedoras de instituições de educação superior terão personalidade jurídica própria e serão instituídas, na forma de seus atos constitutivos, como associações, sociedades ou fundações, cuja finalidade principal deverá ser a oferta de educação.

§ 1° - ...

§ 2° - As entidades mantenedoras de instituições de ensino superior deverão contar, em seus conselhos, órgãos colegiados ou de gestão superior, com a participação de pelo menos 30% (trinta por cento) de doutores ou profissionais de comprovada experiência educacional.

§ 3° - ...

§ 4° - ...

§ 5° - ...

§ 6° - Em qualquer caso, pelo menos 70% (setenta por cento) do capital total e capital votante das entidades mantenedoras de instituição de ensino superior, quando constituídas sob a forma de sociedade com finalidades lucrativas, deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão de suas atividades.

O Artigo 30, § 1°, da primeira versão do Anteprojeto da Reforma Universitária estabelece que o Conselho Nacional de Educação será órgão normativo e o Ministério da Educação, órgão executivo. Atualmente o CNE integra o MEC, mas uma interpretação aprofundada da redação do texto identifica que o CNE deixará de ser um setor do MEC, para se tornar uma outra esfera político- administrativa. A segunda e terceira versões não tratam de assunto nestes moldes.

Artigo 30. O Sistema Federal de Educação Superior compreende as instituições de educação superior, públicas federais e privadas, e os órgãos, entidades e serviços públicos de caráter normativo, administrativo e de apoio técnico existentes no âmbito da União.

§ 1° - O Sistema Federal de Educação Superior tem como órgão normativo o Conselho Nacional de Educação, na forma da lei, e como órgão executivo o Ministério da Educação.

§ 2° - O Sistema Federal de Educação Superior contará com o Fórum Nacional da Educação Superior, órgão consultivo da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, como instância de articulação com a sociedade.

§ 3° - O Fórum Nacional da Educação Superior se reunirá periodicamente, por convocação da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, a quem cabe a sua coordenação, e será obrigatoriamente ouvido durante a elaboração dos Planos Nacionais de Educação.

§ 4° - ...

Consoante o Artigo 30, § 2° da primeira versão do Anteprojeto de Reforma Universitária será criado um Fórum Nacional de Educação como órgão consultivo da Câmara de Educação Superior do CNE, já citado anteriormente. Na segunda e terceira versões não há tal argumento.

Os cursos da área da saúde, definidos segundo o Artigo 32, § 2°, perfazendo um total de dez, terão seus projetos analisados pelo Conselho Nacional de Saúde e este organismo terá cento e vinte dias de prazo para se manifestar sobre os mesmos, de acordo com a primeira versão do Anteprojeto em seu Artigo 32, § 1° e § 2°. A segunda e terceira versões não tratam do tema.

Artigo 32. O Sistema Federal da Educação Superior será articulado com o Sistema Único de Saúde – SUS, de modo a garantir orientação intersetorial ao ensino e à prestação de serviços de saúde, mediante decisão compartilhada quanto às normas regulatórias aplicáveis, resguardados os âmbitos de competência do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde.

§ 1° A criação de cursos de graduação em medicina, odontologia, psicologia, enfermagem, farmácia, fonoaudiologia, nutrição, terapia ocupacional, fisioterapia e

biomedicina por universidades e por demais instituições de ensino superior, deverá ser submetida à manifestação do Conselho Nacional de Saúde.

§ 2° O Conselho Nacional de Saúde deverá manifestar-se no prazo máximo de cento e vinte dias, contados da data do recebimento do processo remetido pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação.

Outro fator interessante a ser ressaltado é que a União poderá delegar aos Estados a competência para a autorização e a supervisão das Instituições de Ensino Superior privadas não universitárias (faculdades). De acordo com o Artigo 33, caput, há o subentendimento de que são entidades universitárias as Universidades e Centros Universitários. A segunda e terceira versões não esclarecem o referido tema:

Artigo 33. A União, mediante convênios, poderá delegar aos Estados competência para autorização e supervisão do funcionamento de instituições privadas de educação superior não-universitárias, cabendo a definição de diretrizes complementares ao sistema de ensino estadual correspondente.

Quanto ao financiamento das IES da rede federal de ensino, a primeira versão do Anteprojeto salienta em seu Artigo 41, que pelo menos, 75% (setenta e cinco por cento) dos recursos orçamentários (excluídos os originários do FUNDEB - Fundos de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, pois este é voltado ao ensino básico), serão gastos com o ensino superior. Na segunda versão do Anteprojeto, tal assunto encontra amparo no Artigo 52, bem como na terceira versão do Anteprojeto no Artigo 49, ambos tratando da mesma forma:

Artigo 41. A União aplicará, anualmente, nas instituições federais de educação superior, nunca menos de 75% (setenta e cinco por cento) da receita constitucionalmente vinculada à manutenção e desenvolvimento do ensino.

Parágrafo único. Fica deduzida da base de cálculo a que se refere o caput a complementação da União aos Fundos de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, nos termos do art. 60, incisos IV e V, das disposições transitórias da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional n°...

Artigo 52. A União aplicará, anualmente, nas instituições federais de educação superior, nunca menos de 75% (setenta e cinco por cento) da receita constitucionalmente vinculada à manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1° Excluem-se do cálculo a que se refere o caput:

I – os recursos alocados às instituições federais de educação superior pelas entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica e por suas congêneres privadas;

II – os recursos alocados às instituições federais de educação superior, por força de convênios, contratos, programas e projetos de cooperação, por órgãos e entidades públicos federais não participantes do sistema federal de educação superior, por outros órgãos e entidades públicos, federais ou não, bem como por organizações internacionais;

III -...

IV - ...

V - ...

VI - ...

VII - ...

Outro ponto interessante, é que fica inserido na Lei de Educação aspecto ligado a outras disposições governamentais, como Leis de Primeiro Emprego, Assistência Estudantil e Políticas Afirmativas, de acordo com o Artigo 41 da primeira versão, bem como o Artigo 52 da segunda versão e o Artigo 49 da terceira versão do Anteprojeto de Reforma Universitária, conforme tratado anteriormente.

A primeira versão do Anteprojeto em seu Artigo 48 trata da reserva de 50%

(cinqüenta por cento) das vagas para quem tenha cursado integralmente o ensino

médio em escolas públicas, bem como o Artigo 49 trata da proporção mínima de autodeclarados negros e indígenas. Em seguida, o Artigo 50 trata do prazo máximo para implementação das políticas públicas acima mencionadas. A segunda versão do Anteprojeto apresenta em seu Artigo 56, § 1° as medidas de democratização do acesso, mas não trata da porcentagem, não expressa a questão de negros e índios e também não esclarece a questão temporal. A terceira versão do Anteprojeto volta a mencionar a questão dos afrodescendentes e indígenas, em seu Artigo 53, § 1°, mas não ressalta o prazo máximo:

Artigo 48. As instituições federais de educação superior reservarão, a título geral, em cada concurso de seleção para ingresso nos cursos de graduação, no mínimo, cinqüenta por cento de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Artigo 49. Em cada instituição federal de educação superior, as vagas de que trata o art. 48 serão preenchidas por uma proporção mínima de autodeclarados negros e indígenas igual à proporção de pretos, pardos e indígenas na população da Unidade da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Parágrafo único. No caso do não preenchimento das vagas segundo os critérios do caput, as remanescentes deverão ser completadas por estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Artigo 50. No prazo máximo de dez anos, as instituições federais de educação superior, deverão progressivamente haver alcançado o atendimento pleno dos critérios de proporção estabelecidos nos arts. 48 e 49 desta Lei, em todos e cada um de seus cursos de graduação, segundo etapas fixadas em cronograma constante de programa de ação afirmativa promovido pela instituição com esse objetivo específico.

§ 1° ...

§ 2° A implantação de programas de ação afirmativa, direcionados a cursos de graduação específicos, e hipótese alguma servirão para restringir a reserva geral de vagas fixadas nos arts. 48 e 49 desta Lei.

Artigo 56. As medidas de democratização do acesso devem considerar as seguintes premissas, sem prejuízos de outras:

I – condições históricas, culturais e educacionais dos diversos seguimentos étnico-raciais e sociais;

II – importância da diversidade social, étnico-racial e cultural no ambiente acadêmico;

III – condições acadêmicas dos estudantes ao ingressarem, face às exigências dos respectivos cursos de graduação.

§ 1° Os programas de ação afirmativa e inclusão social deverão considerar a promoção das condições acadêmicas de estudantes egressos do ensino médio público oriundos de segmentos sociais e étnico-raciais historicamente prejudicados.

§ 2° ...

§ 3° ...

Artigo 53. As medidas de democratização do acesso devem considerar as seguintes premissas, sem prejuízos de outras:

I – condições históricas, culturais e educacionais dos diversos segmentos sociais;

II – importância da diversidade social e cultural no ambiente acadêmico;

III – condições acadêmicas dos estudantes ao ingressarem, face às exigências dos respectivos cursos de graduação.

§ 1° Os programas de ação afirmativa e inclusão social deverão considerar a promoção das condições acadêmicas de estudantes egressos do ensino médio público especialmente afrodescendentes e indígenas.

Outro ponto interessante é no que se refere à assistência estudantil. A Caixa Econômica Federal realizará concurso anual com destinação de renda líquida para os estudantes de baixa renda do sistema federal da educação superior, observando a proporção mínima de autodeclarados negros e indígenas segundo o Artigo 52, parágrafo único da primeira versão do Anteprojeto. A segunda versão trata do referido tema em seu Artigo 63, mas não expressa a proporção mínima para negros e índios, bem como o Artigo 59 da terceira versão do Anteprojeto de Reforma Universitária:

Artigo 52. A Caixa Econômica Federal fica autorizada a realizar concurso anual especial com destinação da renda líquida exclusivamente para o financiamento de programas de assistência estudantil a estudantes de baixa renda do sistema federal da educação superior, referente a todas as modalidades de Loterias Federais existentes, regidas pelo Decreto-Lei n° 204, de 27 de fevereiro de 1967, e pelas demais normas aplicáveis, e mediante aprovação das respectivas regras pelo Ministério da Fazenda.

Parágrafo único. Na seleção dos estudantes beneficiários a que se refere o caput deverá ser observada proporção mínima de autodeclarados negros e indígenas igual a proporção de preto, pardos e indígenas na população, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Artigo 63. A Caixa Econômica Federal fica autorizada a realizar extração anual especial com destinação da renda líquida exclusivamente para o financiamento da educação superior pública federal, referente a todas as modalidades de Loterias Federais existentes, regidas pelo Decreto-Lei n° 204, de 27 de fevereiro de 1967, e pelas demais normas aplicáveis, e mediante aprovação das respectivas regras pelo Ministério da Fazenda.

As Universidades Federais poderão contratar seus alunos com idade entre 16 e 24 anos para atividades de extensão e programas que tenham ligação com a graduação do estudante, respeitando certos requisitos, conforme Artigo 57, I, II e III da primeira versão. A segunda versão do Anteprojeto não trata do assunto nestes

moldes, e a terceira, apresenta as medidas de assistência estudantil, mas não indica a idade.

Artigo 57. Serão empregados os estudantes com idade entre dezesseis e vinte e quatro anos, em situação de desemprego involuntário, que atendam cumulativamente aos seguintes requisitos:

I – não tenham tido vínculo empregatício anterior;

II – sejam membros de famílias com renda mensal per capita de até um salário mínimo e meio, incluídas nessa média eventuais subvenções econômicas de programas congêneres e similares, nos termos do disposto pelo art. 11 da Lei n°

10.748, de 2003.

III – estejam matriculados e freqüentando regularmente curso de graduação e programas de pós-graduação em estabelecimento de instituição de educação superior pública do sistema federal de ensino ou do sistema de ensino dos Estados e do Distrito Federal, ou cursos de educação de jovens e adultos, nos termos dos arts. 37 e 38 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

As Universidades e Centros Universitários Privados deverão contar com pelo menos um dirigente eleito pela comunidade, que pode ser um Pró-Reitor ou alguém equivalente, de acordo com o Artigo 73 da primeira versão do Anteprojeto de Reforma Universitária. A segunda e terceira versões não tratam do referido tema:

Artigo 73. As universidades e centros universitários privados devem contar com pelo menos um dirigente, no nível de pró-reitor ou equivalente, escolhido mediante eleição direta pela comunidade.

As Instituições de Ensino Superior deverão adaptar seus estatutos e regimento no prazo de um ano contado de primeiro de janeiro do primeiro ano subseqüente à aprovação da Lei, de acordo com o Artigo 86 da primeira versão do Anteprojeto de Reforma Universitária. O Artigo 58 da segunda versão do Anteprojeto de Reforma

Universitária salienta que o prazo para adaptação de estatutos e regimentos será de cinco anos e o Artigo 55 da terceira versão fala em dois anos:

Artigo 86. As instituições de educação superior adaptarão seus estatutos e regimentos aos dispositivos desta Lei no prazo de um ano, contado de primeiro de janeiro do primeiro ano subseqüente ao de vigência desta Lei.

Artigo 58. As instituições de educação superior deverão adaptar seus estatutos e regimentos ao disposto nesta Lei no prazo de cinco anos, contatos a partir de primeiro de janeiro do ano subseqüente ao de sua publicação.

Artigo 55. As instituições de educação superior deverão adaptar seus estatutos e regimentos ao disposto nesta Lei no prazo de dois anos, contados de primeiro de janeiro do primeiro ano subseqüente ao da publicação desta Lei.

Os estudantes dos atuais cursos seqüenciais terão assegurado a expedição dos diplomas, desde que naturalmente matriculados antes da entrada em vigor do novo texto legal, conforme Artigo 95 da primeira versão e Artigo 61 da segunda versão. A terceira versão não trata do tema:

Artigo 95. Aos estudantes matriculados em cursos seqüências de formação específica até a data da publicação desta Lei, fica assegurada a expedição de diploma desta modalidade.

Importante frisar que as Universidades terão de oferecer, obrigatoriamente, doze cursos de, no mínimo, três áreas diferentes com avaliação positiva do SINAES, conforme Artigo 13, I, da primeira versão do Anteprojeto, bem como Artigo 18, I, da segunda versão e o Artigo 18, I, da terceira versão, tratando do referido tema de forma diferente, sob pena de perder o título e se transformarem em Centros Universitários, de acordo com o Artigo 25, I, da primeira versão do Anteprojeto. A

segunda versão do Anteprojeto trata dos requisitos em seu Artigo 23, I, de forma diferente, bem como a terceira versão em seu Artigo 22, I. Estes terão de oferecer seis cursos, em pelo menos duas áreas. Caso a avaliação seja negativa, estes passam a ser faculdades.

Artigo 13. Considera-se universidade, para os efeitos desta Lei, a instituição de educação superior que atenda, no mínimo, os seguintes requisitos:

I – estrutura pluridisciplinar, com oferta regular de no mínimo doze cursos de graduação em pelo menos três campos do saber, todos reconhecidos e avaliação positiva pelo Ministério da Educação.

II -...

III -...

IV -...

Parágrafo único - ...

Artigo 18. As instituições de educação superior poderão ser classificadas como universidade por atenderem, no mínimo, aos seguintes requisitos:

I – estrutura pluridisciplinar, com oferta regular, em diferentes campos do saber, de pelo menos de doze cursos de graduação, todos reconhecidos e com avaliação positiva pelas instâncias competentes.

Artigo 18. Classificam-se como universidades as instituições de ensino superior que atendam aos seguintes requisitos mínimos:

I - estrutura pluridisciplinar, com oferta regular, em diferentes campos do saber, de pelo menos dezesseis cursos de graduação ou de pós-graduação stricto sensu, todos reconhecidos e com avaliação positiva pelas instâncias competentes, sendo, pelo menos, oito cursos de graduação, três cursos de mestrado e um curso de doutorado.

Artigo 25. Considera-se centro universitário, para os efeitos desta Lei, a instituição de educação superior que atenda, no mínimo, aos seguintes requisitos:

I - estrutura pluridisciplinar da instituição, com oferta regular de no mínimo seis cursos de graduação, em no mínimo, dois campos do saber específicos, todos reconhecidos e avaliação positiva do Ministério da Educação.

Artigo 23. As instituições de educação superior poderão ser classificadas como centro universitário por atenderem, no mínimo, aos seguintes requisitos:

I - estrutura pluridisciplinar, com oferta regular, em diferentes campos do saber, de pelo menos, oito cursos de graduação, todos reconhecidos e com avaliação positiva pelas instâncias competentes.

Artigo 22. Classificam-se como centros universitários as instituições de ensino superior que atendam aos seguintes requisitos mínimos:

I - estrutura pluridisciplinar, com oferta regular, em diferentes campos do saber, de pelo menos, oito cursos de graduação, todos reconhecidos e com avaliação positiva pelas instâncias competentes.

O Artigo 71 da primeira versão do Anteprojeto de Reforma Universitária destaca que a organização das instituições privadas deve levar em consideração as peculiaridades locais e regionais para definirem seus estatutos e regimentos. A segunda e terceira versões não tratam do referido tema:

Artigo 71. A organização das instituições privadas de educação superior será definida na forma de seus estatutos e regimentos, considerando padrões de qualidade e as peculiaridades regionais e locais, atendido o disposto nesta Lei.

Quanto à constituição do Conselho Superior, este deverá ser composto de forma colegiada e será responsável pela elaboração das normas e novas diretrizes acadêmico-administrativas não podendo exceder um total de 10% (dez por cento) da representação total, conforme Artigo 72, III da primeira versão do Anteprojeto. A segunda versão trata do tema em seu Artigo 32, parágrafo único, salientando um

total de 20% (vinte por cento), porém não indica a exclusividade da atividade. A terceira versão do Anteprojeto salienta tal assunto em seu Artigo 31, parágrafo único:

Artigo 72. As instituições privadas de educação superior deverão constituir um conselho superior composto de forma colegiada, responsável pela elaboração das normas e diretrizes acadêmico-administrativas.

Parágrafo único. Na sua composição, as instituições deverão observar:

I - ...

II - ...

III – os integrantes da instituição de educação superior que exerçam, exclusivamente, atividade administrativa não poderão exceder a 10% (dez por cento) da representação total.

IV - ...

Artigo 32. A organização da universidade e do centro universitário será definida por seus colegiados superiores, na forma de seus estatutos e regimentos, assegurada a participação no colegiado superior de representantes dos docentes, dos estudantes do pessoal técnico e administrativo e da sociedade civil, observada a participação majoritária de docentes em efetivo exercício na instituição, sendo pelo menos cinqüenta por cento destes de mestres e doutores.

Parágrafo único. A universidade e o centro universitário, comunitário ou particular, quanto à composição do colegiado superior de que trata o caput, deverão, adicionalmente, observar que os integrantes indicados pela entidade mantenedora, independentemente do cargo ou atividade que exercem na instituição de educação superior, não poderão exceder a 20% (vinte por cento) da representação total.

No documento Mara Isa Battisti Raulino.pdf - Univali (páginas 87-100)