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Agrupamento das espécies madeireiras ocorrentes em pequenas áreas sob manejo florestal...

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Academic year: 2017

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PEQUEN AS ÁREAS SOB M AN EJO FLORESTAL D O PROJETO D E

COLON I ZAÇÃO PED RO PEI XOTO ( AC) POR SI M I LARI D AD E D AS

PROPRI ED AD ES FÍ SI CAS E M ECÂN I CAS

H EN RI QUE JOSÉ BORGES DE ARAUJO

Disser t ação apr esent ada à Escola Super ior de Agr icult ur a “ Luiz de Queir oz” , Univ er sidade de São Paulo, par a obt enção do t ít ulo de Mest r e em Recursos Florest ais, com opção em Tecnologia de Pr odut os Flor est ais.

PI RACI CABA

(2)

AGRUPAM EN TO DAS ESPÉCI ES M ADEI REI RAS OCORREN TES EM

PEQUEN AS ÁREAS SOB M AN EJO FLORESTAL D O PROJETO D E

COLON I ZAÇÃO PED RO PEI XOTO ( AC) POR SI M I LARI D AD E D AS

PROPRI ED AD ES FÍ SI CAS E M ECÂN I CAS

H EN RI QUE JOSÉ BORGES DE ARAUJO

Engenheir o Flor est al

Orient ador: Prof. Dr. M ARCI O AUGUSTO RABELO N AH UZ

Disser t ação apr esent ada à Escola Super ior de Agr icult ur a “ Luiz de Queir oz” , Univ er sidade de São Paulo, par a obt enção do t ít ulo de Mest r e em Recursos Florest ais, com opção em Tecnologia de Pr odut os Flor est ais.

PI RACI CABA

(3)

DadosInternacionais de Catalogação na Publicação (CIP) DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/ USP

Ara ujo , He nriq ue Jo sé Bo rg e s d e

Ag rup a me nto d a s e sp é c ie s ma d e ire ira s o c o rre nte s e m p e q ue na s á re a s so b ma ne jo flo re sta l d o Pro je to d e C o lo niza ç ã o Pe d ro Pe ixo to (AC ) p o r simila rid a d e d a s p ro p rie d a d e s físic a s e me c â nic a s / He nriq ue Jo sé Bo rg e s d e Ara ujo . - - Pira c ic a b a , 2002.

168 p . : il.

Disse rta ç ã o (me stra d o ) - - Esc o la Sup e rio r d e Ag ric ultura Luiz d e Q ue iro z, 2002.

Bib lio g ra fia .

1. Inve ntá rio flo re sta l 2. Ma d e ira – Pro p rie d a d e s físic a s 3. Ma d e ira – Pro p rie d a d e s me c â nic a s 4. Ma ne jo flo re sta l 5. Te c no lo g ia d e ma d e ira I. Título

C DD 674.8

(4)

Aos m eus baix inhos

(5)

Ag r a d e cim e n t os

À Em pr esa Br asileir a de Pesquisa Agr opecuár ia - EMBRAPA pela opor t unidade de aper feiçoam ent o pr ofissional e pelo aux ílio financeir o concedido.

À Escola Super ior de Agr icult ur a “ Luiz de Queir oz” da Univ er sidade de São Paulo - ESALQ/ USP pelo cur so r ealizado.

Ao Pr of. Dr . Mar cio August o Rabelo Nahuz pelos v aliosos conhecim ent os t r an sfer idos n a qu alidade de or ien t ador , sem pr e com com pan h eir ism o, bom h u m or , er udição e senso m et iculoso e cr it er ioso das quest ões concer nent es.

Ao Pr of. Dr . I v aldo Pont es Jank ow sk y pelo diálogo fr anco, incent iv os, ensinam ent os e lider ança.

Ao Pr of. Dr . José Niv aldo Gar cia pelo apoio ofer ecido, sobr et udo no per íodo inicial do cur so.

A t odos os pr ofessor es do cur so de m est r ado em Recur sos Flor est ais da ESALQ/ USP pelos conhecim ent os t r ansm it idos.

Aos funcionár ios dos set or es de apoio ( bibliot eca, secr e t aria, labor at ór ios, et c. ) do Depar t am ent o de Ciências Flor est ais - LCF da ESALQ/ USP.

Ao t écnico em infor m át ica I v o Rosa Filho, do LCF/ ESALQ/ USP, por sua incansáv el assist ência no decor r er do cur so.

Ao Pr of. Mar celo Cor r êa Alv es pelo apoio no uso do pr ogr a m a est at íst ico SAS, especialm ent e quant o à análise m ult iv ar iada.

Aos com ponent es da banca do Ex am e de Qualificação Pr of. Dr . I v aldo Pont es Jank ow sk y e pesquisador es do I nst it ut o de Pesquisas Tecnológicas do Est ado de São Paulo - I PT, Dr. Nilson Franco e Dr. Tak ashi Yoj o, pelas im por t ant es cont r ibuições ofer ecidas.

Aos colegas do cur so, par t icular m ent e o pessoal da ár ea de t ecnologia da m adeir a ingr essant e em 2000, pela am izade.

(6)

“ A m adeira é um produt o da nat ureza que vem sendo ut ilizado desde o

início da civilização. Quando o hom em com eçou a surgir na face da Terra, há

cerca de 2 m ilhões de anos, j á encont rou árvores, pois est as exist iam há 225

m ilhões de anos. Há várias conj ect uras sobre quais as prim eiras ut ilizações da

m adeira, m as é de se supor que o hom em a em pregou com o arm a e t ão logo

aprendeu a fazer fogo, há cerca de 16.000 anos, com o com bust ível. É t am bém

provável que assim que invent ou o m achado de pedra, há uns 8.000 anos,

com eçou a t rabalhar a m adeira com ele. A peça m ais ant iga j á encont rada é de

cerca de 300.000 anos. Adm it e - se que ant es da I dade da Pedra t enha havido

um a I dade da Madeira” .

(7)

SU M ÁRI O

Página

LI STA DE SI GLAS E ABREVI ATURAS . . . x

RESUMO . . . xii

SUMMARY . . . xiv

1 I NTRODUÇÃO . . . 1

2 REVI SÃO DE LI TERATURA . . . 5

2.1 Pot encial m er cadológico da flor est a am azônica no cenár io m undial . . . 5

2. 2 Consum o da pr odução m adeir eir a am azônica ... . . . 6

2. 3 Ut ilização sust ent ada dos r ecur sos flor est ais . . . 9

2. 4 A busca por nov as espécies de m adeir a . . . 11

2. 5 Est udo de nov as m adeir as at r av és de suas pr opr iedades t ecn ológicas . . . 12

2.6 Car act er ização do m at er ial Madeir a . . . 13

2.6.1 Tax onom ia das m adeir as . . . 14

2. 6. 2 Est r u t u r a an at ôm ica . . . 15

2.6.3 Com posição quím ica e m icr o - est r ut ur a . . . 17

2. 6. 4 Pr opr iedades físicas e m ecânicas . . . 19

2. 6. 5 Pr opr iedades or ganolépt icas . . . 21

2. 6. 6 Out r as pr opr iedades . . . 23

2. 6.6.1 Poder calor ífico . . . 23

2.6.6.2 Dur abilidade nat ur al . . . 23

2. 6. 6. 3 Tr abalhabilidade . . . 24

2. 6. 6. 4 Pr opr iedades acúst icas . . . 25

(8)

2. 6. 7 Tr at am ent os e pr ocessos indust r iais . . . 25

2.6.7.1 Secagem . . . 25

2. 6. 7. 2 Pr eser v ação . . . 26

2.6.7.3 Colagem . . . 27

2.6.7.4 Fabr icação de polpa e papel . . . 27

2. 7 Análise est at íst ica m ult iv ar iada . . . 28

2.7.1 Definições . . . 28

2.7.2 Just ificat iv as de uso . . . 28

2.7.3 Técnicas de análise . . . 29

2.7.4 Ex em plos de aplicações . . . 30

3 MATERI AL E MÉTODOS . . . 32

3.1 Ár ea do est udo . . . 32

3.2 Plano de m anej o flor est al . . . 33

3.3 I nv ent ár io flor est al a 100% . . . 35

3. 4 Det er m inação das espéc ies do est udo . . . 39

3. 5 Lev ant am ent o das pr opr iedades t ecnológicas das espécies . . . 40

3. 6 Pr opr iedades físicas e m ecânicas ut ilizadas . . . 43

3.6.1 Den sidade básica . . . 45

3.6.2 Cont r ação t angencial . . . 45

3.6.3 Cont r ação r adial . . . 46

3.6.4 Módu lo de r u pt u r a à flex ão est át ica . . . 46

3.6.5 Módulo de elast icidade à flex ão est át ica ... . . . 47

3.6.6 Resist ên cia à r u pt u r a à com pr essão par alela às fibr as . . . 47

3.6.7 Resist ência no lim it e pr opor cional à com pr essão per pendicular às fibr as . . . 48

3.6.8 Dur eza Jank a par alela às fibr as . . . 48

3.6.9 Dur eza Jank a t r ansv er sal às fibr as . . . 49

3.6.10 Resist ência à r upt ur a à t r ação per pendicular às fibr as . . . 50

3.6.11 Resist ência à r upt ur a ao fendilham ent o . . . 50

3.6.12 Resist ência à r upt ur a ao cisalham ent o . . . 51

3. 7 Av aliação das r elações ent r e as pr opr iedades físicas e m ecânicas . . . 51

(9)

lit er at ur a . . . 53

3. 8 Agr upam ent os das espécies . . . 54

3. 8. 1 Agr upam ent o pela densidade básica . . . 55

3. 8. 2 Agr upam ent o pelo conj unt o das pr opr iedades físicas e m ecânicas . . . . 56

3. 8. 3 Agr upam ent o consider ando apenas as pr incipais pr opr iedades físicas e m ecânicas par a difer ent es usos finais . . . 59

4 RESULTADOS E DI SCUSSÃO . . . 61

4.1 I nv ent ár io flor est al a 100% . . . 61

4. 1. 1 Par âm et r os dendr om ét r icos . . . 61

4. 1. 2 Espécies ocor r ent es . . . 64

4. 1. 3 Í ndice de I m por t ância das Espécies ( I ND’s) . . . 72

4. 2 Espécies efet iv as par a o est udo de agr upam ent os . . . 73

4.3 Lev ant am ent o bibliogr áfico das pr opr iedades físicas e m e cân icas das espécies do est udo . . . 74

4. 4 Relações ent r e as pr opr iedades físicas e m ecânicas . . . 76

4. 4. 1 Cor r elações . . . 76

4. 4. 1. 1 Tam anho, or igem e est at íst icas da am ost r a . . . 76

4. 4. 1. 2 Análise das cor r elações . . . 78

4. 4. 2 Equações de r egr essão par a est im at iv as das pr opr iedades falt ant es na lit er at ur a . . . 83

4. 4. 2. 1 Tam anho, or igem e est at íst icas da am ost r a ... . . . 83

4. 4. 2. 2 Análise das suposições est at íst icas dos dados da am ost r a . . . 83

4. 4. 3. 3 Equações de r egr essão aj ust adas . . . 86

4 . 5 Agr upam ent os das espécies do est udo . . . 91

4. 5. 1 Agr upam ent o pela densidade básica . . . 91

4. 5. 2 Agr upam ent o pelo con j u n t o das pr opr iedades físicas e m ecânicas . . . 95

4. 5. 2. 1 Par âm et r os est at íst icos sim ples da am ost r a . . . 95

4. 5. 2. 2 Cor r elações ent r e as pr opr iedades . . . 96

4. 5. 2. 3 For m ação dos gr upos das espécies . . . 98

4.5.2.4 Par âm et r os est at íst icos sim ples dos gr upos . . . 103

4. 5. 2. 5 I m por t ância est at íst ica das pr opr iedades par a o agr upam ent o . . . 105

4. 5. 2. 6 Análise dos gr upos quant o ao uso final das m adeir as . . . 107

(10)

4. 5. 3 Agr upam ent os consider ando apenas as pr incipais pr opr iedades

físicas e m ecânicas par a difer e nt es usos finais . . . 118

4. 5. 4 Consider ações sobr e os agr upam ent os pela densidade básica e pelas pr opr iedades físicas e m ecânicas . . . 125

5 CONCLUSÕES ... . . . 129

ANEXOS . . . 135

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS . . . ... 150

(11)

LI STA D E SI GLAS E ABREV I ATU RAS

AB - Abundância ( ár v or es. ha- 1)

ABNT - Associação Br asileir a de Nor m as Técnicas ABs - Ár ea basal por hect ar e

ABsT - Ár ea basal t ot al

ASTM - Am er ican Societ y for Test ing and Mat er ials BSI - Br it ish St andar d I nst it ut ion

CAP - Cir cunfer ência à alt ur a do peit o CCORR - Coeficient e de cor r elação

CCORR m édio – Coeficient e de cor r elação m édio

CCparcial - Coeficient e de cor r elação canônica par cial

CI r - Resist ência à r upt ur a ao cisalham ent o

CNPF/ Em br apa - Cent r o Nacional de Pesquisa de Flor est as da Em pr esa Br asileir a de Pesquisa Agr opecuár ia

COPANT - Com ision Panam erican a de Nor m as Técn icas

CPAF - Acr e/ Em br apa - Cent r o de Pesquisa Agr oflor est al do Acr e da Em pr esa Br asileir a de Pesquisa Agr opecuár ia

CPpar - Resist ência à r upt ur a à com pr essão par alela às fibr as

CPpel - Resist ência no lim it e pr opor cional à com pr essão per pen dicu lar às fibr as CTFT - Cent r e Technique For est ier Tr opical

CTr - Cont r ação r adial CTt - Cont r ação t angencial CTV - Cont r ação v olum ét r ica DAP - Diâm et r o à alt u r a do peit o DEb - Den sidade básica

DUpa - Dur eza Jank a par alela às fibr as DUt r - Dur eza Jank a t r ansv er sal às fibr as

(12)

FEe - Módu lo de elast icidade à flex ão est át ica FEr - Módu lo de r u pt u r a à flex ão est át ica

FUNTAC - Fundação de Tecnologia do Est ado do Acr e I BDF - I nst it ut o Br asileir o de Desenv olv im ent o Flor est al

I BDF/ DPq- LPF - Labor at ór io de Pr odut os Flor est ais do Depar t am ent o de Pesquisa do I nst it ut o Br asileir o de Desenv olv im ent o Flor est al

I MAZON - I nst it ut o do Hom em e Meio Am bient e da Am azônia I NCRA - I nst it ut o Nacional de Colonização e Refor m a Agr ár ia I ND - Í ndice de I m por t ância da Espécie

I NPA - I nst it ut o Nacional de Pesquisas da Am azônia I NPE - I nst it ut o Nacional de Pesquisas Espaciais

I PT - I nst it ut o de Pesquisas Tecnológicas do Est ado de São Paulo I R% - I m por t ância r elat iv a per cent ual

I SO - I nt er nat ional Or ganizat ion for St andar dizat ion

LAMEM/ EESC/ USP - Labor at ór io de Madeir as da Escola de Engenhar ia de São Car los da Univ er sidade de São Paulo

LPF/ I BAMA - Labor at ór io de Pr odut os Flor est ais do I nst it ut o Br asileir o do Meio Am bient e e dos Recur sos Nat ur ais Renov áv eis

NBR - Nor m a Técnica Br asileir a NT - Núm er o t ot al de ár v or es

OI MT - Or ganización I nt er nacional de las Mader as Tr opicales P. C. – Pr oj et o de Colonização

PSF - Pont o de Sat ur ação das Fibr as QT – Qualidade da Tora

R2 - Coeficient e de det er m inação SAS - St at ist ical Analy sis Sy st em

SBS - Sociedade Br asileir a de Silv icult ur a

SUDAM - Super int endência do Desenv olv im ent o da Am azônia TRper - Resist ência à r upt ur a à t r ação per pendicular às fibr as V - Volum e por hect ar e

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AGRU PAM EN TO D AS ESPÉCI ES M AD EI REI RAS O CO RREN TES EM PEQ U EN AS

ÁREAS SOB M AN EJO FLORESTAL D O PROJETO D E COLON I Z AÇÃO PED RO

PEI X OTO ( AC) POR SI M I LARI D AD E D AS PROPRI ED AD ES FÍ SI CAS E

M ECÂN I CAS

Aut or : HENRI QUE JOSÉ BORGES DE ARAUJO Or ient ador : Pr of. Dr . MARCI O AUGUSTO RABELO NAHUZ

RESU M O

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de ár v or es ( N) , v olum e ( V) , ár ea basal ( ABs) e Í ndice de I m por t ância da Espécie ( I ND) . Nest e est udo for am ut ilizadas t r ês pr opr iedades físicas e nov e m ecânicas, e os dados for am obt idos por m eio de consult as bibliogr áficas. Às pr opr iedades físicas e m ecânicas das m adeir as for am r ealizadas análises de cor r elações e aj ust adas equações de r egr essão par a est im at iv as a par t ir da densidade básica ( DEb) . For am t r ês os agr upam ent os das espécies: o pr im eir o com base em DEb; o segund o com base em t odas as pr opr iedades; e, o t er ceir o com base apenas nas pr incipais pr opr iedades par a difer ent es usos finais . O segundo e o t er ceir o agr upam ent o for am por m eio da análise m ult iv ar iada. Os cálculos est at íst icos for am no pr ogr am a SAS. O segundo agr upam ent o foi analisado em t er m os de im por t ância est at íst ica das pr opr iedades, com posição e uso final das m adeir as e im por t ância pelo par âm et r o I ND ( Í ndice de I m por t ância da Espécie) . Os r esult ados do inv ent ár io for am : N t ot al de 3. 871; AB ( abundância) de 18, 7 ár v or es. ha- 1; V t ot al de 22. 244, 44 m3; V h ect ar e de 1 0 7 , 5 6 m3; ABs t ot al de 1 . 4 6 1 , 9 6 m2; e, ABs hect ar e de 7 , 0 7 m2. For am r econhecidas na ár ea do est udo 2 0 4 espécies, per t encent es a 1 3 6 gêner os e a 4 3 fam ílias. O t ot al das espécies par a os agr upam e nt os foi 187, sendo que 113 ( 60, 4% ) for am localizadas na lit er at ur a por coincidência de gêner o e 74 ( 39, 6% ) for am localizadas ao nív el de espécie. Houv e ex pr essiv a cor r elação ent r e as pr opr iedades, sendo que os m aior es CCORR m édios for am CPpar, DUt r e DEb. As

(15)

GROU PI N G OF TH E W OOD SPECI ES OCCU RRI N G I N SM ALL FARM S U N D ER

FOREST M AN AGEM EN T ON TH E PED RO PEI X OTO COLON I Z ATI ON PROJECT

( AC) , BY SI M I LARI TY OF TH E PH YSI CAL AN D M ECH AN I CAL PROPERTI ES

Aut hor : HENRI QUE JOSÉ BORGES OF ARAUJO Adviser : Pr of. Dr . MARCI O AUGUSTO RABELO NAHUZ, Ph D

SUM M ARY

(16)

nine m echanical pr oper t ies w er e used, t he dat a being obt ained fr om bibliogr aphic consult at ions. Cor r elat ion analy ses am ong t he w ood pr oper t ies w er e car r ied out and t he r egr ession equat ions w er e adj ust ed for est im at es st ar t ing fr om t he basic densit y ( DEb) . Th r ee w er e t h e gr ou pin gs of species obt ain ed: t h e fir st based on DEb; t he second based on all ot her pr oper t ies; and t he t hir d based on t he m ain pr oper t ies for differ ent final uses. The second and t hir d gr oupings w er e by m ult iv ar iat e analy sis. Th e st at ist ical calcu lat ion s w er e don e by t h e SAS pr ogr am . Th e secon d gr oupin g w as analy zed in t er m s of st at ist ical im por t ance of t he pr oper t ies, by com posit ion and final use of t he w ood, and im por t ance by t he par am et er I ND ( I ndex of I m por t ance of t he Species) . The r esult s of t he inv ent or y w er e: N t ot al 3, 871; AB ( abundance) 18. 7 t r ees. hect ar e- 1; V t ot al 22, 244. 44 m3; V h ect ar e 1 0 7 . 5 6 m3; ABs t ot al 1 , 4 6 1 . 9 6 m2; and, ABs hect ar e 7 . 0 7 m2. I n t he ar ea of t he st udy 204 species w er e r ecognized, belonging t o 136 bot anical gener a and 43 fam iliae. The t ot al species for gr ouping w er e 187; 113 ( 60. 4% ) w er e locat ed in t he lit er at ur e by coincidence of gener a and 7 4 ( 3 9 . 6 % ) species lev el. High cor r elat ion am ong pr oper t ies w as det ect ed, w it h t h e h igh est av er age CCORR being CPpar , DUt r e DEb.

(17)

1 I N TROD U ÇÃO

O baix o gr au de desenv olv im ent o da r egião am azônica ( infer ior à m édia nacional) é ex plicado, em par t e, pela falt a de t ecnologias adequadas à sua r ealidade. Essa r egião possui car act er íst icas que a difer enciam das dem ais r egiões do Br asil, pr incipalm ent e com r elação ao clim a e apt idão par a o uso da t er r a. Tais difer enças im põem sev er as lim it ações às nov as t ecnologias, ou t écnicas, desen v olv idas par a ou t r as r egiões do país ou for a dele, e dev em ser con sider adas quando se pr et ende adot á- las, sob pena de não se logr ar êx it o. Par a a r egião am azônica, a v ist a disso, faz- se necessár io a ofer t a de soluções t ecnológicas com pat ív eis com suas peculiar idades.

São ex em plos de t ecnologias im pr ópr ias ou inadequadas par a a r egião: 1) a agr icult ur a em lar ga escala, dado que, em r azão dos solos fér t eis ocor r er em som ent e em pequenas m anchas descont ínuas, t or na- se im pr at icáv el a m ecanização com m oder nos equipam ent os agr ícolas, além de que não há est r ut ur a de assist ência t écnica, disponibilidade de sem ent es, v ar iedades m elhor adas/ adapt adas, et c. ; e, 2) a pecuár ia ex t ensiv a m ost r a - se insust ent áv el, pois as past agens t endem a esgot ar sua capacidade pr odut iv a em cur t o espaço de t em po, const it uindo- se em um a im por t ant e c au sa de desm at am en t o e degr adação de ex t en sas ár eas. Adicionalm ent e, obser v a- se qu e, dev ido aos fr acos ín dices sócio - econôm icos ( gr au de inst r ução e poder aquisit iv o) , associados a quest ões cult ur ais, o elem ent o hum ano do cam po é incapaz de adapt ar- se a essas t ecnologias, o que ger a pr oblem as de or dem social, pois ele fica ex cluído do cont ex t o.

(18)

fungos e bact ér ias) , e gr ande div er sidade de or ganism os x ilófagos, além de que a m aior par t e das m adeir as dur as é pouco per m eáv el e, por t ant o, de difícil t r at am en t o pr eser v at iv o; e, c) dev ido às alt as f lu t u ações da u m idade do ar , pain éis de m adeir a ( chapas de aglom er ados, com pensados, et c. ) t êm gr ande inst abilidade dim ensional, o que r eduz significat iv am ent e sua v ida út il.

Face ao im enso pot encial dos r ecur sos flor est ais ( m adeir eir os e não m adeir eir os) am azôn icos, aliado ao rest r it o u so da t er r a par a at iv idades agr ícolas e pecu ár ias, é n ecessár io im plem en t ar ações n o sen t ido de u t ilizar esses r ecu r sos em bases sust ent áv eis.

Ent r e as t ecnologias que se m ost r am adequadas par a a r egião, est á o apr ov eit am ent o r acional e sust ent ado de seus r ecur sos m adeir eir os por m eio de t écnicas de m anej o flor est al. O m anej o flor est al sust ent ado apr esent a- se at ualm ent e com o um a das pr incipais dem andas t ecnológicas par a a Am azônia br asileir a, ent r et ant o, é ainda m uit o incipient e, lim it ando- se a r aras iniciat iv as de em pr esas pr iv adas ou pr oj et os ex per im ent ais ainda não conclusiv os.

En t r e as v an t agen s do m an ej o f lor est al cit am- se: a) r edução das t ax as de desm at am ent o; b) ger ação de nov os em pr egos; c) r edução das t ax as de em igr ação r u r al; d) div er sificação da r enda no m eio r ur al; e) aber t ur a de nov os m er cados ( r efer indo- se à aceit ação de pr odu t os flor est ais cer t ificados com “ selo v er de” , especialm ent e pelo m er cado eur opeu) ; f) m anut enção dos ser v iços am bient ais da flor est a ( equilíbr io clim át ico e hídr ico, conser v ação da biodiv er sidade e pr ot eção ao solo) ; e, g) legit im ação da indúst r ia de base flor est al.

(19)

Desenv olv im ent o da Am azônia - SUDAM, 1 9 8 1 ; Souza, 1997; FAO, 2 0 0 0 ; Sm er aldi & Ver íssim o, 1999; Viana, 2000) . Assim , diant e desse baix o apr ov eit am ent o em t er m os de espécies, são necessár ios est udos que indiquem e com pr ov em a ex ist ência de nov as espécies capazes de ingr essar , ou m esm o subst it uir , aquelas em v ias de escassez no m er cado de m adeir as.

No caso do est ado do Acr e, são v ár ios os fat or es que o colocam com o de apt idão em inent em ent e flor est al.

Dados do I nst it ut o Nacional de Pesquisas Espac iais – I NPE ( 1 9 9 7 ) , r ev elam que o Acr e ainda possui m ais de 90% de seu t er r it ór io cober t o por flor est as pr im ár ias. Seus habit ant es, ao longo da hist ór ia do est ado, sem pr e t iv er am um a gr ande ident ificação e dependência econôm ica em r elação às suas flor est as. O ex t r at iv ism o de pr odut os flor est ais apr esent a- se, desde a época da ocupação, no f in al do sécu lo passado, com o u m a das bases da su a econ om ia, sen do ain da as at iv idades de ex t r ação da bor r acha e da colet a de cast anha as pr incipais r esponsáv eis pela per m a nência de gr ande par t e da população no int er ior das flor est as ( Ar auj o, 1991) . A indúst r ia m adeir eir a ocupa lugar de dest aque na econom ia acr eana, em bor a t enha um pot encial m uit o m aior à m edida que passem a ex plor ar a flor est a com cr it ér ios de sust ent abilidade.

Par a o t er r it ór io acr eano, est udos r ev elam um t ot al de 6 0 7 espécies flor est ais lenhosas pot encialm ent e apt as ao uso par a fins de const r ução civ il, indúst r ia de m óv eis, uso r ur al, lam inados, faqueados, ar t esanat o, br inquedos, cabos de fer r am ent a, inst r um ent os m usicais, et c. ( Ar auj o & Silv a, 2000) . Con t u do, apen as 10 espécies r espondem por cer ca de 8 4 % de t odo o v olum e de m adeir a pr ocessado pelas indúst r ias de ser r ar ia, sendo basicam ent e as m esm as encont r adas em est udos do final da década de 80 ( Gov er no do Est ado do Acr e, 1999) .

(20)

O pr esent e t r abalho se pr opõe a ofer ecer elem ent os t écnicos e cient íficos qu e com pr ov em a v iabilidade de u t ilização de v ár ias espécies de m adeir a am azôn icas con sider adas pou co con h ecidas, por ém , apr opr iadas à pr odu ção e pr ocessam ent o, est im ulando assim o ingr esso no m er cado consum idor e cont r ibuindo par a incluí- las em sist em as de ex plor ação flor est al com t écnicas de m anej o sust ent ado no Acr e e r egião.

O obj et iv o ger al dest e t r abalho é agr upar , por sim ilar idade de suas pr opr iedades físicas e m ecânicas, as espécies m adeir eir as ocor r ent es em 1 2 pequenas ár eas sob m anej o flor est al localizadas no Pr oj et o de Colonização Pedr o Peix ot o, est ado do Acr e, possibilit ando ident ificar aquelas com car act er íst icas t ecnológicas que indiquem m aior pot encial de uso e de com er cialização.

Par a o alcance de t al obj et iv o, o t r abalho com pr eende basicam ent e as segu in t es et apas:

a. lev an t am en t o, por m eio de inv ent ár io flor est al, da ocor r ência das m adeir as na ár ea do est udo, em t er m os de espécies e r espect iv os par âm et r os ( t ot ais e por hect ar e) de núm er o de ár v or es, v olum e, ár ea basal, índice de im por t ância da espécie e condição de apr ov eit am ent o da t or a;

b. in v est igação e colet a de dados n a lit er at u r a dispon ív el, e/ ou in st it u ições de pesquisa de m adeir as, das pr opr iedades físicas, m ecânicas e t ecnológicas das espécies de m adeir a ocor r ent es na ár ea do est udo;

c . est udo das r elações ex ist ent es ent r e as pr o pr iedades físicas e m ecânicas de um a am ost r a de 1 6 3 espécies de m adeir as am azônicas, no que se r efer e a cor r elações e est im at iv as de dados; e,

(21)

2 REV I SÃO D E LI TERATU RA

2 . 1 Po t e n cia l m e r ca d o ló g ico d a f lo r e st a a m a z ô n ica n o ce n á r io m u n d ia l

A par t e br asileir a da flor est a am azônica cobr e um a ár ea de cer ca de 2 9 0 m ilhões de hect ar es ( Har cour t & Say er , 1996) . I nv ent ár ios flor est ais r ealizados na r egião r egist r am um v olum e m édio de m adeir a em t or no de 200 m3.ha- 1 ( Pandolfo, 1 9 7 8 ) . Segundo a FAO ( 2 0 0 0 ) , quase 5 0 % das r eser v as m undiais de flor est a t r opical se encont r am na r egião am azônica. É a m ais ex t ensa e het er ogênea de t odas as flor est as t r opicais do globo, são m ilhar es de espécies de m adeir a cat alogadas, com u m a v ar iabilidade de at é 3 0 0 difer en t es espécies de plan t as pr odut or as de m adeir a por hect ar e ( Souza, 1997) . Xilot ecas br asileir as guar dam m ais de 2300 r egist r o s de espécies len h osas, dist r ibu ídas em cer ca de 7 0 0 gên er os e 1 2 0 fam ílias, sendo que boa par t e dessas espécies é pr odut or a de m adeir a ( Lisboa, 1991) .

De acor do com Viana ( 2000) , o set or flor est al br asileir o ger a cer ca de 1,5 m ilhões de em pr egos dir et os, por ém seu pot encial é m uit o m aior . O cust o de um em pr ego flor est al é cer ca de 7 0 0 v ezes m enor do que, por ex em plo, out r o na indúst r ia aut om obilíst ica. A cont r ibuição do set or flor est al par a a balança de pagam ent os do Br asil t em sido posit iv a desde 1980, m esm o no per íodo de 1995 a 1998, quando o saldo da balança com er cial br asileir a passou a ser negat iv o.

(22)

da Áfr ica Cent r al e a r egião da Am azônia br asileir a) . Essas t endências se confir m ar am e at ualm ent e, o m er cado m undial t em suas at enções v olt adas par a a Am azônia br asileir a, com o a gr ande font e for necedor a de m adeir as e pr odut os flor est ais t r opicais.

Segundo Souza ( 1997) , a r edução da ofer t a no sudest e asiát ico abr ir á nov as per spect iv as par a o Br asil, m as é fundam ent al m elhor ar a pr odut iv idade das oper ações da indúst r ia m adeir eir a e aj ust ar a qualidade aos r equer im ent os int er nacionais. É indiscut ív el o papel da indúst r ia m adeir eir a na ger ação de em pr egos e r iqueza par a o país, m as est a indúst r ia pr ecisa com ur gência se m oder nizar e se enquadr ar nos nov os padr ões am bient ais int er nacionais.

O m er cado m undial de pr odut os flor est ais, em 1997 e 1998, m ov im ent ou cer ca de US$ 1 4 0 bilhões ao ano, sendo que a ex por t ação de pr odu t os flor est ais br asileir os at ingiu cer ca de US$ 2,4 bilhões ao ano ( FAO, 2000) . A m adeir a ser r ada e aplainada de flor est as nat iv as t ot alizou US$ 79, 6 m ilhões em 1997 e US$ 85, 9 m ilhões em 1998, m adeir a sólida US$ 251, 3 m ilhões e US$ 182, 9 m ilh ões, r espect iv am ent e ( Sociedade Br asileir a de Silv icult ur a - SBS, 2000) .

Os países indust r ializados consom em 70% de t oda m adeir a ut ilizada em pr ocessam ent o indust r ial, enquant o os países em desenv olv im ent o concent r am o consum o da m adeir a de out r as for m as, incluindo a ut ilização com o ener gia. Nos pr óx im os anos a ut ilização de m adeir a pela indúst r ia dev e apr esent ar um cr escim en t o m édio de 1 , 7 % ao an o, en qu an t o a de u so en er gét ico dev e t er u m acr éscim o de cer ca de 1, 1% ao ano ( FAO, 1999) . Est ados Unidos e Eur opa são os maior es m er cados globais par a os pr odut os flor est ais ( UN/ ECE- FAO, 2000) .

2 . 2 Co n su m o d a p r o d u çã o m a d e ir e ir a a m a z ô n ica

O Br asil é, ao m esm o t em po, o m aior pr odut or e o m aior consum idor m undial de m adeir a t r opical ( Viana, 2 0 0 0 ) .

De acor do com Souza ( 199 7) , apesar de ser o Br asil o m aior pr odut or m undial de m adeir a ser r ada, sua par t icipação no m er cado int er nacional é insignificant e, pois o país consom e quase t udo que pr oduz.

(23)

est ados de Par á e Mat o Gr osso, enquant o Rondônia se dest aca com o o t er ceir o m aior pr odut or . Esses aut or es obser v a m qu e en t r e os est ados com u m a pr odu ção ainda r elat iv am ent e lim it ada, o Acr e t ende a aum ent ar sua par t icipação nos pr óx im os anos, em r azão da ex pansão de at iv idades ilegais ( ex t r ações clandest inas, sem as dev idas au t or izações) ao lon go de n ov os t r ech os r odov iár ios e, t am bém , at r av és do m anej o de flor est as públicas. A par t icipação por est ado da pr odução de m adeir a é m ost r ada na Figur a 1.

27, 8

(Região Amazônica)

11, 9

(Pará)

9 , 8

( M a t o G r o s s o )

3 , 9

(Rondônia)

0 , 7

(Maranhão)

0 , 7

(Amazonas)

0 , 3

(Acre)

0 , 2

(Roraima)

0 , 2

(Amapá)

0 , 1

(Tocantins) 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0

TO AP RR AC AM MA RO MT PA TOTAL

M a d e ir a e m t o r a ( 1 0

6 m 3)

Fon t e: Sm er ald i & Ver íssim o/ I MAZ ON, 1 9 9 9 .

Figur a 1 - Par t icipação dos est ados da r egião am azônica na pr odução de m adeir a em t or as em 1997.

(24)

pelos 1 5 países da União Eur opéia ( Sm er aldi & Ver íssimo, 1 9 9 9 ) . Em 1 9 9 7 , o Su l e o Su dest e br asileir os con su m ir am cer ca de dois t er ços do t ot al da pr odu ção m adeir eir a am azônica ( Figur a 3) . A r egião Sul, além de um a par t icipação bast ant e ex pr essiv a em t er m os absolu t os, dest aca- se com o a m aior consum idor a do Br asil pr opor cionalm ent e à sua população.

Re st a n t e d o Br a si l

( 5 6 % )

A m a z ô n i a ( 1 0 % ) M e r ca d o

Ex t e r n o ( 1 4 % )

Sã o P a u l o ( 2 0 % )

Fon t e: Sm er ald i & Ver íssim o/ I MAZ ON, 1 9 9 9 .

Figur a 2 - Dist r ibuição per cent ual dos pr incipais m er cados consum idor es da pr odução m adeir eir a am azônica em t or as de 1997.

8 9

1 7

2 2

4 4

0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0

N o r t e Ce n t r o - o e st e N o r d e st e S u l Su d e st e

(

%

)

Fon t e: Sm er ald i & Ver íssim o/ I MAZ ON, 1 9 9 9 .

(25)

2 . 3 U t iliz a çã o su st e n t a d a d os r e cu r sos f lor e st a is

Ao com ér cio int er nacional de pr odut os flor est ais apr esent a- se at ualm ent e um nov o e im por t ant e com ponent e r egulador : as ex igências im post as pela sociedade con su m idor a de u m m odo ger al, qu an t o à or igem su st en t ada desses pr odut os.

O Br asil, no cont ex t o int er nacional, ocupa um a posição est r at égica: possu i a m aior r eser v a de flor est as t r opicais, é o m aior consum idor de m adeir as t r opicais e ser á, num fut ur o pr óx im o, o m aior ex por t ador de m adeir as t r opicais do m undo. O pr oblem a é que essa pr odução v em sendo feit a em bases não sust ent áv eis, ger ando pr oblem as de acesso ao m er cado ex t er no, cada dia m ais ex igent e em t er m os de qualidade sócio - am bient al ( Viana, 2000) .

Segundo Zanet t i ( 2000) , t ant o a Eur opa com o os Est ados Unidos, est ão at ualm ent e cent r alizados na quest ão dos m er cados fut ur os par a os pr odut os flor est ais cer t ificados, os qu ais f u n dam en t am- se na sust ent abilidade na pr odução e na pr eocupação am bient al dos consum idor es.

Segundo o I nst it ut o Nacional de Pesquisas da Am azônia - I NPA ( 1991) , o desm at am ent o de gr andes ár eas flor est ais na r egião am azônica, dev ido ao av anço das fr on t eir as de desen v olv im en t o, t em sido alv o de cr ít icas a n ív el n acion al e int er nacional, ger ando polêm icas sobr e a v iabilidade de ut ilização dos r ecur sos nat ur ais. A polít ica flor est al par a a Am azônia é m uit o quest ionada. Ent r e as pr opost as de alt er ação desse quadr o, r essalt a- se a necessidade de ut ilização r acional e sust ent ada dos r ecur sos flor est ais. O desenv olv im ent o r egional baseado na ut ilização de r ecur sos nat ur ais é necessár io e pode ser v iáv el, desde que, levando- se em consider ação os pr incípios da sust ent abilidade dest es r ecur sos, obj et iv e buscar alt er nat iv as que possam balancear as necessidades sociais, econôm icas e ecológicas par a a r egião.

(26)

m u dan ças do clim a. A pr in cipal v ocação da Am azôn ia é o m an ej o flor est al e a indust r ialização de pr odut os flor est ais.

De acor do com Viana ( 2000) , se bem m anej adas, cer ca de 10% das flor est as da Am azônia poder iam at ender , de for m a sust ent áv el, a dem anda int er na de m adeir a. Se out r os 10% fossem bem m anej ados e v endidos ao m er c ado ex t er no com “ selo v er de” ( cer t ificação) , poder iam ger ar dezenas de m ilhar es de em pr egos e m ais pelo m enos US$ cinco bilhões em pr odut os de m adeir a. Além disso, o m anej o flor est al pode incluir e ger ar pr odut os não m adeir eir os ( cast anha, bor r acha, fárm ac os, et c) .

Vár ios aut or es consider am que hoj e em dia ex ist e um m ar co t écnico m adur o par a o m anej o de flor est as t r opicais pr im ar ias, alem de infor m ações adequadas par a ident ificar as condições nas quais o m anej o t er á êx it o ( Higuchi & Vieir a, 1990; Silv a, 19 90) . I n v ar iav elm en t e at r ibu em- se obst ácu los do t ipo polít ico e socioeconôm ico par a ex plicar a falt a de ár eas sob m anej o. Viana & Azev edo ( 1995) afir m am que o m anej o flor est al sust ent áv el é par t e indispensáv el ao desenv olv im ent o da Am azônia br asileir a, especialm ent e pela sua apt idão e aos lim it ant es edáficos e ecológicos dos ecossist em as da r egião e pelas suas v ant agens sociais, am bient ais e econôm icas de longo pr azo. Com par ado aos dem ais sist em as de uso econôm ico da t er r a ( agr icult ur a, pecuár ia, et c.) , o m a nej o flor est al pr oduz m elhor qualidade e quant idade de ser v iços am bient ais ( conser v ação da biodiv er sidade, pr ot eção de r ecur sos hídr icos, et c. ) . Esses ser v iços am bient ais são fundam ent ais par a a m anut enção da capacidade pr odut iv a da bacia am azônica em lon go pr azo. Consider ando a hist ór ica falt a de apoio e o pot encial do m anej o flor est al par a a r egião, são necessár ias ações m ot iv ador as dessa at iv idade.

(27)

2 . 4 A b u sca p or n ov a s e sp é cie s d e m a d e ir a

A gr ande div er sidade da flor est a am azônica, espet acular do pont o de v ist a cien t íf ico- ecológico, é um fat or negat iv o par a o desenv olv im en t o su st en t ado em se pen san do essen cialm en t e na ex plor ação m adeir eir a. Par a t or nar a r elação cu st o- benefício aceit áv el, a ex plor ação m adeir eir a pr ecisa apr ov eit ar t odos os m at er iais possív eis decor r ent es dest a ex plor ação ( Souza, 1997) .

O com ér cio ut iliza hoj e em t or no de 250 espécies de m adeir a, t ant o a nív el local com o r egional e nacional ( Souza, 1997) . No ent ant o, a m aior par t e do v olum e com er cializado concent r a - se em poucas espécies. Segundo Lour eir o et al. ( 1 9 7 7 ) , das 2 . 0 0 0 espécies conhecidas, apenas algum as dezenas t êm m er cado firm ado. I st o t or na necessár io pr om ov er nos m er cados as espécies r egionais apt as aos m ais div er sos usos indust r iais. Tais espécies não são ainda com er cializadas por absolut o desconhecim ent o de suas pr opr iedades e pot encia l econôm ico.

Segundo Chichignoud et al. ( 1 9 9 0 ) , um m elhor conhecim ent o das flor est as t r opicais cont r ibui par a m elhor ar seu apr ov eit am ent o. Na m aior par t e dos casos, é r eduzido o núm er o de espécies cuj as m adeir as se apr ov eit am , o que t em com o conseqüência o ex cessiv o cust o da infr a - est r ut ur a e das oper ações de ex plor ação flor est ais, dev ido o baix o v olum e de m adeir a com er cial disponív el por unidade de ár ea. As flor est as da Am ér ica Lat ina não são ex ceção a est a r egr a. Am pliar os conhecim ent os sobr e as m adeir a s lat ino- am er icanas, at ualm ent e subut ilizadas pelos m er cados local e int er nacional, cont r ibuir á par a o apr ov eit am ent o r acional e sust ent ado desses r ecur sos.

(28)

As in dú st r ias de base flor est al n a Am azôn ia t êm dado a su a con t r ibu ição sob aspect os social e econ ôm ico. No en t an t o, fazem- se necessár ios m aior es inv est im ent os em t ecnologia, v isando elev ar o v alor agr egado dos pr odut os e o nível de ut ilização da m at ér ia - pr im a m adeir a. Par a t al, o pr im eir o passo ser ia apr im or ar os con h eciment os acer ca das espécies m adeir eir as ex ist ent es, v isando a sua ut ilização ( I NPA, 1991) .

Rocha ( 1994) , apont a duas as pr incipais causas do baix o apr ov eit am ent o das m adeir as da r egião am azônica. A pr im eir a é a ex plor ação selet iv a das m adeir as, ist o é, são ex t r aídas da flor est a som ent e as espécies t r adicionalm ent e com er cializadas. A segu n da é o descon h ecim en t o t ecn ológico em t or n o da m aior ia das m adeir as. Est udos acer ca das v ar iabilidades das m adeir as am azônicas, bem com o a obt enção das car act er íst icas e pr o pr iedades das espécies pouco conhecidas dev em ser int ensificadas cada v ez m ais, obj et iv ando a m aior e m elhor ut ilização do seu pot encial flor est al.

2 . 5 Est u d o d e n o v a s m a d e ir a s a t r a v é s d e su a s p r o p r ie d a d e s t e cn o ló g ica s

Est udos sobr e nov as m adeir as dev e m ser em basados em pr em issas cient íficas. As pr opr iedades t ecnológicas são im por t ant es par âm et r os par a a definição da qualidade da m adeir a. As m adeir as t r adicionais t iv er am sua r esist ência, t r abalhabilidade, aspect o v isual, et c, com pr ov ados de ao longo de décadas, às v ezes séculos, de ut ilização. Por t ant o, com par ar as car act er íst icas ou pr opr iedades t ecnológicas de nov as m adeir as com as das m adeir as t r adicionais, é um m ét odo bast ant e eficaz par a afer ir suas qualidades.

Con sider an do a alt a div er sidade de espécies n a Am azôn ia, as car act er íst icas t ecnológicas possibilit am agr upar m adeir as em função de suas pr opr iedades físicas, m ecânicas e t ecnológicas, ident ificando aquelas com possibilidades de subst it uir as m adeir as t r adicionais nas m ais div er sas ut ilizações.

(29)

ainda, a sua ocor r ência e disponibilidade v olum ét r ic a, a possibilidade de supr im ent os r egular es e a sua com pet it iv idade em pr eço em r elação às m adeir as j á t r adicionalm ent e est abelecidas. Há a necessidade de se pr ov er os dados t ecnológicos par a um a est r at égia de m er cado que v ise a pr om oção das espécies p ou co conhecidas nos m er cados dom ést ico e int er nacional, buscando subst it uir as espécies cuj as r eser v as est ão se ex aur indo, r eduzir a ex plor ação selet iv a, colocar no m er cado um v olum e adicional de m at ér ia - pr im a a pr eço m ais com pet it iv o e, enfim , r eduzir o despe r dício de m at ér ia - pr im a or iunda das div er sas for m as de desm at am ent o pr at icadas.

Em se t r at ando do im enso pot encial flor est al da Am azônia, sabe- se que a het er ogeneidade da flor est a é r esponsáv el pela gr ande div er sidade de espécies ar bór eas, ent r e as quais, a m aior ia apr esent a um r eduzido núm er o de ár v or es por hect ar e. Por um lado, se consider a que est a het er ogeneidade se apr esent a com o um fat or negat iv o, no que diz r espeit o à baix a quant idade v olum ét r ica de m adeir a obt ida de um a espécie por unidade de ár ea. Por out r o lado, ist o é subst ancialm ent e posit iv o, t endo- se em v ist a que a gr ande div er sidade de espécies possibilit a um adequado agr upam ent o de espécies par a as div er sas cat egor ias de usos finais. É n ecessár io, en t r et an t o, o con h ecim en t o da v ar iabilidade de su as car act er íst icas e pr opr iedades e de suas im plicações no uso final ( Rocha, 1994) .

Nascim en t o et al. ( 1 9 9 7 ) obser v am qu e n a Am azôn ia, apesar de det ent or a de um a v ast a flor est a, poucas pesquisas t em sido r ealizadas em r elação às car act er íst icas t ecn ológicas das espécies m adeir eir as ocor r ent es. Talv ez por esse m ot iv o as ser r ar ias ex ist ent es com er cializem as m esm as espécies de quinze anos at r ás, com o cedr o, angelins, m ogno, sucupir as, andir oba, lour o, et c. , ex ist indo out r as espécies com pr opr iedades equiv alen t es.

2 . 6 Ca r a ct e r iz a çã o d o m a t e r ia l M a d e ir a

(30)

At ualm ent e a m adeir a é um im por t ant e com ponent e da econom ia m undial, sendo ut il izada em u m a am pla gam a de for m as, in clu in do a in dú st r ia de celulose e papel, de ex t r em a im por t ância par a o m odo de v ida cont em por âneo.

Segundo Panshin & Zeeuw ( 1 9 7 0 ) , em t er m os genér icos, t odas as m adeir as possuem em com u m as segu in t es car act er íst icas: a) o t r onco da ár v or e possu i os elem en t os con st it u in t es com ar r an j os pr edom in an t em en t e v er t icais e sim ét r icos na dir eção r adial; b) os pr incipais com ponent es da est r ut ur a celular e a com posição quím ica das células são a celulose, car boidr at os não celulósicos e lign in a; c) são an isot r ópicas, ist o é, possu em difer en t es pr opr iedades físicas qu an t o às v ar iações dim en sion ais n as t r ês dir eções espaciais ( r adial, t an gen cial e ax ial) ; d) são higr oscópicas, ist o é, o t eor de um idade v ar ia de acor do com a um idade e t em per at ur a at m osfér icas; e, e) são suscept ív eis ao at aque de or ganism os x ilófagos, e t am bém são inflam áv eis, especialm ent e quando secas.

A seguir são apr esent adas, sucint am ent e, infor m ações sobr e as car act er íst icas ou pr opr iedades ger ais ( físicas, m ecânicas, quím icas, biológicas, et c. ) , bem com o de alguns t r at am ent os e pr ocessos indust r iais ( secagem , pr eser v ação, colagem e fabr icação de polpa e papel) do “ m at er ial m adeir a” , cuj o conhecim ent o é dado com o indispensáv el par a conseguir- se a int r odução de esp écies m enos conhecidas no m er cado.

2 . 6 . 1 Ta x o n o m ia d a s m a d e ir a s

De m odo m uit o r esum ido, quant o à t ax onom ia, ou classificação bot ânica, as m adeir as podem ser do gr upo das Gim nosper m as, usualm ent e cham adas de

con íf e r a s, r esinosas, não por osas ou sof t w oods, e do gr upo das Angiosper m as,

usualm ent e cham adas de f o lh o sa s, por osas ou h ar dw oods. Segundo Panshin & Zeeuw ( 1970) , am bos os t er m os t em or igem no gr ego e significam v eget ais com sem en t es “ n u as” , par a as Gim n osper m as (gim n o = nu; sper m a = sem ent e) , e v eget ais com sem en t es “ en capsu ladas” , par a as An giosper m as (angio = cápsula;

sper m a = sem ent e) .

(31)

2 . 6 . 2 Est r u t u r a a n a t ô m ica

A m adeir a, quant o à est r ut ur a anat ôm ica m acr oscópica, é um or ganism o het er ogêneo for m ado por conj unt os de células com pr opr iedades específicas par a desem pen h ar as fu n ções v it ais de cr escim en t o, con du ção de águ a, t r an sfor m ação, ar m azenam ent o e condução de subst âncias nut r it iv as, e, sust ent ação do v eget al ( Panshin & Zeeuw , 1970) .

Segundo Lisboa ( 1991) , as célu las qu e con st it u em o t ecido len h oso, a pr incípio, são m uit o sem elhant es. Com o cr escim ent o, no ent ant o, essas células adquir em for m as especializadas, passando a ser célula dos par ênquim as ax ial e r adial, de fibr as, de v asos, et c. Cada u m a delas apr esen t a at iv idade fisiológica e/ ou m ecânica específica. São ex em plos de funções específicas das células da m adeir a: as fibr as par t icipam do m ecanism o de sust ent ação da plant a; as células dos par ênquim as t êm funções div er sas, sendo que um a das pr incipais é o ar m azenam ent o de subst âncias nut r it iv as; e, os v asos do x ilem a ( lenho) t êm a função de conduzir a seiv a br ut a, a qual é for m ada por água e sais m iner ais r et ir ados do solo por m eio dos pêlos absor v ent es das r aízes.

Em u m cor t e t r an sv er sal de u m t r on co típico, as seguint es par t es se dest acam : casca ( r it idom a e floem a) , r egião cam bial, an éis de cr escim en t o ( len h o inicial e lenho t ar dio) , albur no, cer ne, r aios e m edula ( Figur a 4) .

A segu ir são apr esen t adas, com base em Rich t er & Bu r ger ( 1 9 7 8 ) e Lepage et al. ( 1 9 8 6 ) , as car act er íst icas e funções das par t es const it uint es do t r onco e do lenho da m adeir a de folhosas.

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cer ne t enha a const it uição m ais com pact a, m e nos ar ej ada e com m enos subst âncias nut r it iv as, confer indo- lhe m aior r esist ência m ecânica e ao at aque de or ganism os x ilófagos. O a lb u r n o é a par t e at iv a do t r onco, sendo que suas células possuem gr ande quant idade de água e subst âncias nut r it iv as, além de m enor quant idade de im pr egnações enr igecedor as. I st o lhe confer e m enor r esist ência m ecânica e t am bém m enor r esist ência biológica ao at aque de or ganism os x ilófagos. Os r a ios são faix as de células, dispost as hor izont alm ent e ao t r onco, que desem penham a f u n ção de ar m azen am en t o e t r an spor t e h or izon t al de águ a e su bst ân cias n u t r it iv as. A m e du la ocu pa o cen t r o do t r on co e t em com o f u n ção o ar m azen am en t o de subst âncias nut r it iv as. Por essa r azão é nor m alm ent e suscept ív el a or ganism os x ilófagos.

Fon t e: Wh it e ( 1980) .

Figur a 4 - Cor t e t r ansv er sal de um t r onco de ár v or e.

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ar m azenam ent o de subst âncias nut r it iv as; d) p a r ê n q u im a r a d ia l e r a ios, dispost os na dir eção hor izont al do câm bio par a a m edula, que t em as funções de ar m azen am en t o e de con du ção de su bst ân cias n u t r it iv as par a o albu r n o. A disposição das pr incipais par t es do lenho nos t r ês planos espaciais de obser v ação é m ost r ada na Figura 5.

Fon t e: Har t & Jay ( 1 9 6 1 ) .

Figur a 5 - Par t es do lenho de um a folhosa nos t r ês planos espaciais de obser v ação.

2 . 6 . 3 Co m p o siçã o q u ím ica e m icr o - e st r u t u r a

Quant o à com posição quím ica, segundo Lepage et al. ( 1986) , a m adeir a é um biopolím er o t r i- dim ensional com post o, pr incipalm ent e de ce lu lose ,

h e m ice lu lose s e lign in a . A celulose, o pr incipal com ponent e da m adeir a,

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for m am a par ede celular da m adeir a e são r esponsáv eis pela m aior ia das suas pr opr iedades físicas, m ecânicas e quím icas.

De for m a sim plificada pode- se dizer que a celulose for m a um esquelet o im er so num a m at r iz de hem iceluloses e lignina, que é o m at er ial aglut inant e. O m en or elem en t o con st it u in t e do esqu elet o celu lósico é con sider ado por m u it os aut or es com o sendo a f ib r ila e le m e n t a r. Est a fibr ila é for m ada por um feix e par alelo de 36 m oléculas de celulose ligadas ent r e si por m e io de pont es de h idr ogên io. As fibr ilas, t am bém ch am adas de m ice la s, são agr egadas em u n idades m aior es ch am adas m icr of ib r ila s, v isív eis em m icr oscópio elet r ônico. As m icr ofibr ilas são com binadas em m a cr of ib r ila s e la m e la s ( par edes pr im ár ia e secundár ia da célula) . Moléculas desor denadas de celulose, bem com o de lignina e hem iceluloses est ão localizadas nos espaços ent r e as m icr ofibr ilas. As hem iceluloses são consider adas am or fas, em bor a sej am apar ent em ent e or ient adas na m esm a dir eção das m icr ofibr ilas de celulose. A lignina t am bém é am or fa, além de ser isot r ópica. Esses elem ent os const it uem a par ede celular de um a fibra , ou célula, de m adeir a ( Figur a 6) .

Fon t e: Siau ( 1 9 8 4 ) .

(35)

Br it o & Bar r ichelo ( 1981) , com ent am que a com posição quím ica elem ent ar da m adeir a v ar ia pouco com a espécie, t ant o é que se pode adm it ir que a m adeir a con t en h a: 4 9 a 5 0 % de Car bon o; 6 % de Hidr ogên io; 4 4 % de Ox igên io; e, 0 , 1 a 0 , 5 % de Nit r ogênio. No ent ant o, as m adeir as podem apr esent ar t eor es m uit o v ar iáv eis de m at er iais m iner ais ( Ca, Mg, Na, K, Fe, Si, P, S, et c. ) , os quais são pr esent es em quant idades m enos ex pr essiv as. Se a com posição quím ica elem ent ar da m adeir a é sensiv elm ent e const an t e, o m esm o n ão ocor r e com seu s con st it u in t es quím icos, que são bast ant e v ar iáv eis: lignina - 22 a 40% ; celulose - 30 a 50% ; pent osanas - 9 a 28% ; m ananas e galact anas - 0 a 12% ; e, pr odut os ex t r at ív eis - 0,2 a 20% .

2 . 6 . 4 Pr o p r ie d a d e s f ísica s e m e câ n ica s

Dent r e as pr incipais pr opr iedades físicas da m adeir a est ão a m a ssa

e spe cífica1 ( m assa por v olum e) , ou d e n sid a d e , e a e st a b ilid a d e d im e n sio n a l ( cont r ação e incham ent o em função do t eor de um idade) , e, ent r e as m ecânicas est ão a r esist ência a esfor ços de com p r e ssã o, f le x ã o, t r a çã o, cisa lh a m e n t o e

f e n d ilh a m e n t o.

As pr opr iedades físicas e m ecânicas são det er m inadas at r av és de ensaios de labor at ór io, r ealizados em equipam ent os pr ópr ios par a essa finalidade, seguindo nor m as que especificam os m ét odos, pr ocedim ent os, fór m ulas de cálculo, for m as e dim ensões de cor pos de pr ov a, et c. Em m eio às nor m as m ais ut ilizadas m u n dialm en t e est ão: a n or t e- am er ican a ASTM ( Am er ican Societ y for Test in g an d Mat er ials) ; a br it ânica BSI ( Br it ish St andar d I nst it ut ion) ; as int er nacionais da I SO ( I n t er n at ion al Or gan izat ion for St an dar dizat ion ) ; e, as da COPANT ( Com ision Pan am er ican a de Nor m as Técn icas) . No Br asil ex ist em as n or m as da ABNT ( Associação Br asileir a de Nor m as Técnicas) .

As pr opr iedades físicas e m ecânicas das m adeir as são m uit o im por t ant es no que se r efer e às aplicações a que ser ão dest inadas. Dest e m odo, aliado a out r os aspect os ( econôm icos, est ét icos, dur abilidade, t r abalhabilidade, et c. ) , de acor do com essas pr opr iedades as m adeir as podem ser classificadas e agr upadas em usos a que se m ost r am m ais adequados, por ex em plos, est r ut ur as, uso em am bient es int er nos e ex t er nos de habit ações, m óv eis, painéis, em balagens, et c.

1 NOTA EXPLI CATI VA: n est e t r ab alh o, p ar a ex p r im ir a r elação en t r e a m assa e v olu m e d a m ad eir a é u t ilizad o o t er m o

m assa esp ecíf ica, ex cet o p ar a r ef er ir - se à m assa esp ecíf ica b ásica em q u e é u t ilizad o o t er m o d en sid ad e básica ( cu j a

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Ent r e as v ár ias pr opr iedades da m adeir a, a m assa específica é aquela que m ais se dest aca. De acor do com Nahuz ( 1 9 7 4 ) , a m assa específica é um a m edida que r ev ela a quant idade do m at er ial m adeir a da par ede celular , e, conseqüent em ent e, r elaciona- se com suas pr opr iedades físicas e m ecânicas, sendo que a m assa específica de m adeir as dur as t r opicais t em im po r t ant es im plicações n os pr ocessos de ex plor ação e con v er são, m an u seio, t r an spor t e e u sos fin ais. Richt er & Bur ger ( 1 9 7 8 ) , consider am que a m assa específica, a qual t em r elação d ir et a com a com posição quím ica e o v olum e de m at ér ia lenhosa por m assa, é t alv ez a car act er íst ica t ecnológica m ais im por t ant e da m adeir a, pois a ela est ão est r eit am ent e r elacionadas às out r as pr opr iedades com o a r esist ência m ecânica, gr au de alt er ação dim ensional, et c. Dev ido à v ar iação nas dim ensões e pr opor ção dos div er sos t ecidos lenhosos, a m assa específica das m adeir as v ar ia ent r e 0, 13 e 1 , 4 0 g. cm- 3. De acor do com Kollm ann & Côt é ( 1968) , a m assa específica da m at ér ia len h osa sólida é m u it o sim ilar en t r e as m adeir as, t an t o qu e se pode adm it ir u m v alor de 1,50 g . c m- 3 par a t odas as m adeir as.

Segundo Siau ( 1984) , a água, ou um idade, na m adeir a ex ist e de duas for m as: a) água im pr egnada na par ede celular ent r e as m oléculas de celulose; e, b) água líquida em est ado liv r e nas cav idades das células, por os, elem ent os est r ut ur ais de condução, et c.

A m adeir a é um m at er ial higr oscópico e apr esent a os fenôm enos de cont r ação e incham ent o ( est abilidade dim ensional) pela per da ou absor ção de um idade. A ent r ada de água ent r e as m oléculas de celulose da par ede celular pr ov oca o afast am ent o das m es m as e com o conseqüência o incham ent o. O pr ocesso cont r ár io pr oduz a apr ox im ação das m oléculas de celulose, r esult ando na con t r ação da m adeir a ( Panshin & Zeeuw , 1970) .

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dos r aios, as quais possuem faix as de m adeir a j uv enil de baix a m assa específica int er caladas com faix as de m adeir a t ar dia de alt a m assa específica.

Aspect os an at ôm icos com o t am an h o, qu an t idade e a dist r ibu ição dos poros, além da pr esença ou não de subst âncias obst r ut or as, influem gr andem ent e sobr e o gr au de per m eabilidade da m adeir a, qu e é um a pr opr iedade física de dest aque, especialm ent e par a a secagem e a pr eser v ação de m adeir as. Em ger al m adeir as de alt a m assa específica são m ais difíceis de ser em secadas ou im pr egnadas com soluções pr eser v at iv as. A m aior penet r ação ou saída de líquidos nas m adeir as se dá, pr incipalm ent e, at r av és dos elem ent os est r ut ur ais que desem penham a função de condução no lenho ( Br ow n et al. , 1949) .

Um a das gr andes lim it ações da m adeir a é a sua het er ogeneidade e v ar iabilidade. Nem m esm o duas am ost r as de um a m esm a ár v or e apr esent am v alor es de pr opr iedades físicas e m ecânicas absolut am ent e iguais . Segu n do Br ow n et al. ( 1949) , est as difer en ças podem ser at r ibuídas à localização da am ost r a no t r onco ( alt ur a, dist ância da m edula e posição no anel de cr escim ent o) , defeit os da m adeir a, et c. Sabe- se que a com posição do lenho, a est r ut ur a e a or ganização de seus elem ent os const it uint es são fat or es det er m inant es das pr opr iedades físicas e m ecânicas da m adeir a ( Wan gaar d, 1 9 5 0 ) . Roch a ( 1 9 9 4 ) obser v a qu e a m adeir a é um m at er ial het er ogêneo por ser for m ada por div er sos t ipos de células com funções específicas, por ser const it uída de um a sér ie de com post os quím icos, or gânicos e inor gânicos, e t am bém por sofr er influência de fat or es que afet am o desenv olv im ent o das ár v or es, t ais com o clim a, solo, local de cr escim ent o e genét icos. Est e conj unt o de fat or es é r esponsáv el pelas v ar iabilidades da m adeir a.

As pr opr iedades físicas e m ecânicas ut ilizadas no pr esent e t r abalho, bem com o as suas definições e fór m ulas de cálculo, são apr esen t adas m ais à fr en t e n o capít ulo 3 ( Mat er ial e Mét odos) .

2 . 6 . 5 Pr op r ie d a d e s or g a n olé p t ica s

(38)

A cor da m a de ir a est á associada à deposição de su bst ân cias cor an t es nas par edes das células lenhosas, bem com o às r eações quím icas dessas subst âncias após a ex posição aos elem ent os at m osfér icos e à luz. Var ia do quase br anco ao negr o, e t em im por t ância do pont o de v ist a decor at iv o. Par a a descr ição da cor da m adeir a, nor m alm ent e são ut ilizadas obser v ações m acr oscópicas v isuais, onde as cor es são nom eadas a par t ir de padr ões de cor es.

Alguns inst it ut os de pesquisa ut ilizam escalas de cor es usadas na classificação de solos ( Munsell Soil Color Char t s, 1975, cit ado em I BDF, 1981) , onde cada cor possui um a codificação específica. Um m odo sofist icado par a det er m inar a cor da m adeir a é pelo m ét odo calo r im ét r ico, onde são m edidos v alor es r eflect ant es das t r ês cor es básicas ( v er m elho, v er de e azul) por m eio de um fot ôm et r o com filt r o de leit ur a de r eflet ância ( Van der Sloot en, 1993) .

O ch e ir o da m a de ir a é at r ibu ído à pr esen ça de su bst ân cias v olát eis, deposit ados pr incipalm ent e no cer ne, onde o odor é m ais pr onunciado. Dev ido a v olat ibilidade das subst âncias, o cheir o dim inui gr adat iv am ent e m ediant e a ex posição ao ar . O cheir o é um a pr opr iedade im por t ant e par a a ut ilização final da m adeir a ( por ex em plo, em b alagens par a alim ent os não dev em possuir cheir o) .

O g ost o d a m a d e ir a é associado ao ch eir o e pr ov av elm en t e é at r ibu ído às m esm as su bst ân cias v olát eis pr esen t es. Su a im por t ân cia é sem elh an t e à apont ada par a o cheir o.

A g r ã d a m a d e ir a r efer e - se ao ar r anj o, dir eção ou par alelism o, dos elem ent os celular es const it uint es do lenho em r elação ao eix o longit udinal do t r onco. A gr ã t em influência nas pr opr iedades m ecânicas e na secagem da m adeir a. Nor m alm en t e os t ipos são: gr ã dir eit a ( os elem en t os se dispõem m ais ou m enos par alelos ao eix o do t r onco) ; gr ã espir al ou helicoidal ( os elem ent os se dispõem espir aladam en t e ao lon go do eix o do t r on co) ; gr ã en t r ecr u zada ou r ev essa ( os elem ent os t êm ar r anj o ir r egular em div er sas dir eções ao eix o do t r onco) ; gr ã on du lada ou cr espa ( os elem ent os m udam const ant em ent e de dir eção ao eix o do t r on co, e su r gem , n a f ace lon git u din al, f aix as com dif er en t es t on alidades dev ido à r eflex ão da luz) ; gr ã inclinada ou oblíqua ( os elem ent os longit udinais apr esent am desv io angular ao eix o do t ron co) .

(39)

folh osas esses elem en t os são os por os, v asos e par ên qu im a ax ial, e n as con ífer as pela m aior ou m enor nit idez dos anéis de cr escim ent o.

O br ilh o da m a de ir a refere - se à capacidade das par edes celular es r eflet ir em a luz. Nor m alm ent e as m adeir as são m ais br ilhant es nas faces r adiais dev ido à ex posição dos r aios. O br ilho é t am bém , em par t e, afet ado pelo ângulo de reflex ão da luz.

A figu r a da m a de ir a r elaciona- se ao desenho nat ur al das suas faces, que r esult a das v ár ias car act er íst icas m acr oscópicas ( cer ne, albur no, cor , gr ã, anéis de cr escim ent o e r aios) . Tem im por t ância no aspect o decor at iv o.

2 . 6 . 6 Ou t r a s p r op r ie d a d e s

2 . 6 . 6 . 1 Pod e r ca lor íf ico

A m adeir a é um m at er ial com bust ív el, e com o t al queim a at r av és de r eações qu ím icas de com bu st ão dos elem en t os da par ede celu lar e ou t r os m at er iais pr esent es no seu int er ior . Segundo Br it o ( 1 9 9 0 ) , a ação do calor sobr e a madeir a, qu e é u m m at er ial pr edom in an t em en t e or gân ico, im plica n a su a t ot al degr adação, su r gin do, com o con seqü ên cia, u m a pequ en a fr ação r esidu al qu e é den om in ada de “ cinzas” , e que cor r esponde aos elem ent os m iner ais quant it at iv am ent e m inor it ár ios originalm e nt e pr esent es na m adeir a.

Com o r egr a ger al, m adeir as de alt a m assa específica apr esent am m aior poder calor ífico por v olu m e do qu e m adeir as de baix a m assa específica, pois est e é est r eit am ent e r elacionado à quant idade de m at ér ia lenhosa. O poder calor ífico t am bém é influenciado pela pr esença de m at er iais ex t r at iv os inflam áv eis com o óleos, r esinas, cer as, et c. , podendo aum ent á- lo consider av elm ent e, além de ser em r esponsáv eis pelo odor ex alado pela m adeir a ao ser queim ada ( Br ow n et al. , 1949) .

2 .6 .6 .2 D u r a b ilid a d e n a t u r a l

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de alt a m assa específica, por t ant o que apr esent am um a est r ut ur a m enos por osa e fr eqüent em ent e elev ado t eor de subst âncias especiais im pr egnando as par edes de suas células, são m ais r esist ent es à ação dest es inim igos ( Richt er & Bur ger , 1978) .

Segundo est es últ im os aut or es, a gr ande quant idade de t ecido par enquim át ico ( r aios e par ênquim a ax ial) pr opor ciona baix a r esist ência nat ur al à m adeir a, um a v ez que se t r at a de t ecido m ole, de fácil penet r ação, e, sobr et udo por at r air os agent es dest r uidor es at r av és dos cont eúdos nut r it iv os ar m azenados em suas células ( am idos, açucar es, pr ot eínas, et c. ) . A pr esença de subst âncias especiais nas células ( sílica, alcalóides, t aninos) , nor m alm ent e de ocor r ência m ais acent uada no cer ne dos t r oncos, aum ent a a dur abilidade nat ur al da m adeir a dev ido à ação t óx ica qu e fr eqü en t em en t e apr esen t am sobr e os agen t es x ilófagos. A sílica conf er e acent uada r esist ência nat ur al às m adeir as ut ilizadas em cont at o com a água do m ar , consider ada com o a condição de uso m ais dr ást ica e sev er a. Usualm ent e, a pr esença de subst âncias especiais no lenho pr oduz na m adeir a um a color ação acent uada, e é por is so que m adeir as escur as são em ger al m ais dur áv eis ou, o cer ne que é a par t e m ais escur a no t r onco, apr esent a m aior r esist ência nat ur al.

2 . 6 . 6 . 3 Tr a b a lh a b ilid a d e

O t er m o t r abalhabilidade, ou usinagem , r efer e - se, pr incipalm ent e, à facilidade de se pr ocessar a m adeir a com inst r um ent os, ou m áquinas, de pr ocessam en t o secu n dár io ( aplain am en t o, acabam en t o su per ficial, et c. ) . Par a av aliar a t r abalhabilidade das m adeir as são ex ecut ados ensaios t ecnológicos específicos. De acor do com o I nst it ut o Br asileir o do Meio Am bient e e dos Recur sos Nat ur ais Renov áv eis – I BAMA (1997) , ent r e as oper ações indust r iais secundár ias m ais com uns que ut ilizam inst r um ent os de pr ocessam ent o est ão: aplainar , lix ar , t or near , fur ar ( com br ocas) e pr egar .

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espécies com m assa específica m uit o alt a são difíceis de ser em t r abalhadas por pr ov ocar em gr ande desgast e das fer r am ent as em v ist a de sua acent uada dur eza. Subst âncias com o a sílica nas células, é capaz de t or nar ant ieconôm ico, pelos danos que pr oduz nos equipam ent os, o apr ov eit am ent o da m adeir a .

2 . 6 . 6 . 4 Pr op r ie d a d e s a cú st ica s

As pr opr iedades acúst icas da m adeir a aqui m encionadas r efer em- se à sua sensibilidade em r esponder sonor am ent e a est ím ulos ou v ibr ações ener gét icas m ecânicas, pr incipalm ent e quando é ut ilizada n a con f ecção de peças de inst r um ent os m usicais. De acor do com Van der Sloot en ( 1993) , os pr incípios de r essonância e as pr opr iedades de r adiação do som na m adeir a for am aplicados dur ant e séculos na const r ução de inst r um ent os m usicais em m adeir a, ant es m esm o de ser em cient ificam ent e com pr ov ados. At ualm ent e, as pr opr iedades acúst icas da m adeir a são conhecidas e podem ser dev idam ent e inv est igadas.

2 . 6 . 6 . 5 I sola m e n t o t é r m ico, e lé t r ico e son or o

A m adeir a é con sider ada m á con du t or a de calor , de cor r en t es elét r icas e de on das son or as, o qu e lh e con fer e qu alidades adequ adas de isolam en t o a esses agen t es f ísicos. Referindo- se ao seu uso ger al pelo hom em , Lepage et al. ( 1 9 8 6 ) com ent am que a m adeir a ocupa lugar de dest aque não som ent e dev ido à sua elev ada r esist ência m ecânica em r elação à pr ópr ia m assa, facilidade de usinagem , r esist ên cia qu ím ica apr eciáv el, et c. , m as t am bém dev ido às su as boas pr opr iedades de isolam ent o t ér m ico e elét r ico.

2 . 6 . 7 Tr a t a m e n t os e p r oce ssos in d u st r ia is

A seguir são apr esent adas br ev es consider ações colhidas na lit er at ur a acer ca de alguns t r at am ent os e pr ocessos indust r iais da m adeir a.

2 . 6 . 7 . 1 Se ca g e m

(42)

indust r iais com o par a a ut ilização final da m adeir a. A secagem da m adeir a pod e ser pr om ov ida nat ur alm ent e em pr ocesso lent o, onde a m adeir a fica ex post a ao ar at é at ingir o equilíbr io com a um idade do am bient e em que se encont r a, ou ar t ificialm ent e em pr ocesso aceler ado, r ealizado em equipam ent os ( est ufas) pr ópr ios par a essa finalidade. A r edução do t eor de um idade na m adeir a env olv e gast os de en er gia v ia pr ocessos de secagem e o cu st o de secagem r epr esen t a u m a quant ia significat iv a nos pr ocessos indust r iais de m adeir a ( Silv a et al., 1998) .

As m adeir as são classificadas com r elação ao gr au de facilidade de secagem , o qual é em função do t em po de secagem e dos defeit os der iv ados do pr ocesso de secagem . Segundo Silv a et al. ( 1 9 9 8 ) , a oper ação de secagem dev e, além de r em ov er um a quant idade de água pr é - det er m inada, pr om ov er um a dist r ibu ição u n ifor m e da u m idade n o in t er ior da m adeir a. A qu an t idade de águ a a ser r em ov ida é função da finalidade a que se dest ina o pr odut o de m adeir a, assim com o da condição de ser v iço a que est ar á suj eit a.

2 . 6 . 7 . 2 Pr e se r v a çã o

É um t r at am ent o que t em por obj et iv o dot ar a m adeir a de r esist ência cont r a a ação det er ior ador a de agent es biót icos ( inset os, fungos, bact ér ias, et c. ) e abiót icos ( int em per ism o, pr odut os quím icos, fogo, et c. ) , confer indo- lhe m aior dur abilidade.

Basicam ent e, esse t r at am ent o consist e em incor por ar a m adeir a pr odut os quím icos pr eser v at iv os ou acabam ent os super ficiais pr ot et or es. Um a im por t ant e lim it ação desse t r at am ent o r efer e - se a im pr egn abilidade, ou im penet r abilidade, do cer ne da m aior ia das m adeir as dur as am azônicas a pr odut os pr eser v at iv os, no ent ant o, essa im pr egnabilidade t em , em ger al, um a r elação inv er sa com a dur abilidade nat ur al dessas m adeir as, ist o é, quant o m ais dur a e im pr egnáv el for m adeir a m aior é sua dur abilidade nat ur al.

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