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Filariose linfática: doença potencialmente eliminável.

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Academic year: 2017

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Filariose linfát ica:

doença pot encialment e eliminável

Lymp hatic filariasis:

a p o te ntially e rad icab le d ise ase

1 Dep artam en to d e Pa ra sit ologia , Cen t ro d e Pesq u isa s Aggeu M a ga lh ã es, Fu n d a çã o Osw a ld o Cru z . Av. M ora es Rego s/no, Cid a d e Un iv ersit á ria , Recife, PE 50670- 420, Bra sil. 2 Fu n d ação Nacion al d e Sa ú d e, Set or d e Au t a rq u ia s Su l. Qu a d ra 4, Bloco N , 7oa n d a r, Bra sília , DF 70058- 902, Bra sil. Geru sa Dreyer 1 Giov a n in i Coelh o 2

Abst ract Th e recen t d em on st rat ion t h at sin gled ose iv erm ect in , d iet h ylcarbam az in e, or a com -bin at ion of t h ese d ru gs can p rofou n d ly su p p ress Wu ch ereria ban croft i an d Bru gia m alayi m icro-fila rem ia for p eriod s of six m on t h s t o t w o yea rs h a s led t o ren ew ed h op e t h a t t ra n sm ission ca n be in t erru p t ed an d lym p h at ic filariasis erad icat ed . Based in p art on t h e av ailabilit y of t h ese n ew ch em ot h era p eu t ic t ools, t h e In t ern a t ion a l Ta sk Force for Disea se Era d ica t ion recen t ly id en t ified lym p h a t ic fila ria sis a s on e of t h e few d isea ses t h a t cou ld p ot en t ia lly be era d ica t ed . Th u s, con t rol p rogra m s ba sed on m a ss t rea t m en t (w h et h er su p p lem en t ed or n ot b y vect or con t rol) h a v e begu n t o b e im p lem en t ed in som e en d em ic a rea s. W e p rov id e a b rief rev iew of a v a ila b le a n t i- fila ria l d ru gs for u se in h u m an s, in clu d in g t h eir t oleran ce an d efficacy.

Key words Lym p h a t ic Fila riosis; Con t rol; Iv erm ect in ; D iet h ylca rb a m a z in e;Wu ch e re ria b a n

-crofti

Resumo Os resu lt a d os ob t id os com o u so d e esq u em a s t era p êu t icos sim p les, com o d ose ú n ica a n u a l ou b ia n u a l d e Iv erm ect in a (IV ), Diet ilca rb a m a z in a (DEC) soz in h a s ou com b in a d a s, t êm sid o su rp reen d en t em en t e p rom issores n a red u ção d a in fecção lin fát ica cau sad a p ela Wu ch ereria b a n croftie Bru gia m a la yi.Assim , p ersp ect iv a s ex ist em d e elim in a r a d oen ça d os p a íses en d êm i cos, se p rogram as d e con t role forem em p regad os u san d ose o t rat am en t o em m assa, com p lem en -t a d o ou n ã o p elo con -t role d o v e-t or. Um a b rev e rev isã o é fei-t a sob re ca d a d roga em rela çã o à eficá cia e à s rea ções a d v ersa s ca u sa d a s p ela m ort e d os d iv ersos est á gios d o p a ra sit a n o h om em in -fect ad o.

Palavras-chave Fi la ri o se Li n f á t i ca ; Co n t ro le; Iv erm ect i n a ; D i et i lca rb a m a z i n a ;Wu ch e re r ia

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Introdução

A p revalên cia d a filariose lin fática vem au m en -ta n d o em p a íses d e clim a tro p ica l e su b tro p ca l, p rin cip a lm en te p ela exp a n sã o d e u rb a n zação n ão p lan ejad a em m u itas áreas en d êm i-ca s. Estim a -se q u e ceri-ca d e 120 m ilh õ es d e p esso a s esteja m in fecta d a s co m W u ch ereria b a n croft ie o ito m ilh õ es co m Bru gia m a la yi. Mu itos d esses in d ivíd u os exib em form as clín i-ca s d a d o en ça , sen d o o lin fed em a (ta n to em áreas d e W. ban crofticom o d e Bru gia m alayi) e a h id rocele (som en te em b an croftose) as m an i-festa çõ es m a is p reva len tes ( WH O, 1994). O m ais su rp reen d en te, e só recon h ecid o recen te-m en te, é qu e os in d ivíd u os in fectad os te-m as qu e n ão m ostram m orb id ad e clín ica já ap resen tam fo rm a s su b clín ica s, rep resen ta d a s p rin cip a l-m en te p ela h el-m atú ria e lin fan giectasia (Dreyer et al., 1992; Norões et al., 1996b ). Os resu ltad os o b tid o s co m o u so d e esq u em a s tera p êu tico s sim p les, com o d ose ú n ica an u al ou b ian u al d e Iverm ectin a (Iv), Dietilcarb am azin a (DEC), so-zin h a s o u co m b in a d a s ( WH O, 1994), o u m es-m o o co n su es-m o d iá rio d o sa l d e cozin h a en ri-q u ecid o co m a DEC têm sid o su rp reen d en te-m en te p ro te-m isso res n a red u çã o d a in fecçã o (Gelb an d , 1994). Essa ú ltim a estratégia d e con -tro le n ã o se rá a b o rd a d a n e ste tra b a lh o, p e la s p ecu liarid ad es d e ad esão d e seu u so em trata-m en to etrata-m trata-m assa, restritas a p ou cas regiões d o m u n d o.

A d isp o n ib ilid a d e d e n ova s estra tégia s d e co n tro le, em co n ju n to co m o b ser va çã o feita em 1993 p ela Fo rça Ta refa In tern a cio n a l p a ra Errad icação d e Doen ças (CDC, 1993) d e q u e a fila rio se lin fá tica seria u m a d a s seis d o en ça s in feccio sa s co n sid era d a s erra d icá veis o u p o ten cia lm en te erra d icá veis, fez d este u m m o -m en to í-m p ar p ara se p rop or e se in iciar p rogrm as d e con trole, corogrm u rogrm p oten cial d e elirogrm in a-ção d a d oen ça n os p aíses en d êm icos.

Ratifican d o e torn an d o ain d a m ais realísti-co o q u e fo i d ito a cim a , a n u n cia -se em 1996 (TDR, 1996) q u e q u atro d as oitos d oen ças q u e receb em su p o rte d o “Sp ecia l Progra m m e for Resea rch a n d Tra in in g in Trop ica l Disea se – TDR” seriam alvo d e elim in ação a p artir d as se-gu in tes estratégias:

1) Han sen íase: u san do-se a m u ltidrogaterap ia. 2) On cocercose: u san d o-se a iverm ectin a. 3) Filariose lin fática: u san d o-se a d ietilcarb a-m azin a e/ ou a ivera-m ectin a.

4) Doen ça d e Ch agas: u so racion al d e in setici-d a e con trole em b an co setici-d e san gu e.

Considerações gerais

O tra ta m en to em m a ssa , p reco n iza d o a tu a l-m en te p a ra co n tro le/ elil-m in a çã o d a in fecçã o, exclu i o d iagn óstico p arasitológico, im p ed in d o a ssim a id en tifica çã o d o (s) p a ra sito (s) d o (s) qu al (qu ais) o in d ivíd u o é p ortad or. Existem n a África m u itas áreas en d êm icas on d e On ch ocer -ca volvu lu sou Loa loaco-existem com W. ban -croftin o m esm o in d ivíd u o. A d ietilcarb am azi-n a (DEC) está p ro scrita em á rea s d e o azi-n co cercose e tem seu u so m u ito lim itad o, em n ível in -d ivi-d u al, em loíase (WHO, 1994). Assim , a iver-m ectin a, qu e é a d roga d e escolh a p ara o trata-m en to d a on cocercose e tetrata-m u trata-m a p oten te ação m icro fila ricid a n a b a n cro fto se (Ch o d a kewitz, 1995), p od erá ser u sad a com o d roga d e eleição sem restrições geográficas; u n iversaliza-se as-sim , u m esq u em a p o so ló gico p a ra o co n tro le d a fila rio se lin fá tica . Po r o u tro la d o, o u so d a DEC, sozin h a ou em associação com a Iv, fica-ria en tão a critério d e cad a região em q u e n ão co-existisse a on cocercose ou a loíase.

Em á rea s d e tra n sm issã o p o ten cia l o u n a-qu elas em a-qu e a p revalên cia d a in fecção é d es-con h ecid a, a p esq u isa d o p arasita n o h u m an o (Zh o n g et a l., 1996) e/ o u n o m o sq u ito (Ch a n -teau et al., 1994) d eve con stitu ir-se com o u m a etap a n ecessária p ara se sab er se u m con trole d eve ser in iciad o. Em áreas sab id am en te en d ê-m icas, o con h eciê-m en to d a situ ação real eê-m ter-m os d e tran ster-m issib ilid ad e, p rin cip alter-m en te d a p re va lê n cia e d a e xte n sã o d a e n d e m ia , é u m p arâm etro q u e d eve estar igu alm en te d isp on í-vel. Assim , p od erá ser d eterm in ad a a área a ser co b erta , q u ã o efetivo o co n tro le está sen d o e q u a n d o este d eve ser d esco n tin u a d o. A in ter-ru p çã o p reco ce d a s ca m p a n h a s d e co n tro le tem sid o a p rin cip al cau sa d o fracasso n o con -trole d a filariose lin fática, assim com o d e m u i-ta s ou tra s d oen ça s, p rin cip a lm en te a s p a ra si-tárias.

In q u érito s “clín ico s rá p id o s” ta m b ém se -riam op ções p ara se d eterm in ar a ocorrên cia e talvez até se estim ar a p revalên cia d a in fecção em u m a d a d a regiã o. Pro ced im en to s, ta is co m o : leva n ta m en to retro sp ectivo d e p ro n tu á -rios clín icos d e h osp itais d e referên cia ou exa-m e físico, n a coexa-m u n id ad e, d e in d ivíd u os d o se-xo m a scu lin o, id en tifica n d o -se o p o r ta d o r d e h id ro cele, e o u so d a u ltra -so n o gra fia p a ra se d etectar o p ortad or d e verm es ad u ltos vivos d e W. ban crofti(Norões et al., 1996a, 1996b ) p od e-riam ser op ções factíveis p ara m u itas regiões.

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d u ra n te o d ia em a m o stra s d e sa n gu e ca p ila r tem se m o stra d o co m o u m a a lter n a tiva p a ra su b stitu ir os in qu éritos n otu rn os (WHO, 1994). O d ia gn ó stico d a in feçã o n o m o sq u ito veto r com son d as d e DNA tem tam b ém se m ostrad o m u ito p rom issor (Ch an teau et al., 1994) .

Mo d elo s m a tem á tico s têm fo r n ecid o a d i-cion alm en te u m a aju d a p ara se p rever e avaliar estratégias d e con trole em ou tras d oen ças p a-rasitárias (Ch an , 1995; Plaisier et al., 1990). Tais m od elos p od em ser d e valor p articu lar em fila-rio se lin fá tica p o r ca u sa d a co m p lexid a d e d e in terações en tre o vetor, o h u m an o e o p arasi-to. É im p o rta n te ressa lta r q u e o cu sto eco n ô-m ico d e cad a estratégia está sen d o in corp ora-d o à sim u la çã o m a tem á tica , o q u e p er m ite u m a estim ativa d o cu sto, ad equ ad a p ara a rea-lid ad e d e cad a região.

De fo rm a sin tética , sã o o s segu in tes a lvo s q u e d evem ser con sid erad os n o con trole d a fi-lariose lin fática:

Con trole d a in fecção(tran sm issib ilid ad e) São d u as as estratégias gerais (as q u ais n ão p recisa m ser m u tu a m en te exclu siva s), co n si-d erasi-d as p ara resi-d u zir a tran sm issão si-d a in fecção filarial:

a) tratar a p op u lação h u m an a, o qu e fará d es-crescer a m icrofilarem ia;

b ) d im in u ir o co n ta to h o m em -veto r, u su a l-m en te p ela red u ção d a d en sid ad e d e

m osqu itos tran sm issores.

Con trole d a d oen ça(m orb id ad e)

Recen tes avan ços n o en ten d im en to d a p a -togên ese d a filariose lin fática trou xeram à ton a o recon h ecim en to d a im p ortân cia d a in fecção secu n d ária n a gên ese d a elefan tíase (Dreyer et al., n o p relo). O ep isódio agu do bacterian o, exa-cerb aria a d isfu n ção lin fática, p or su a vez p vocad a d iretam en te p elo p arasita filarial, p ro-m oven d o a evolu ção p ara ed ero-m as p ersisten tes e severos até a form a m ais grave, con h ecid a com o elefan tíase (WHO, 1994). Foi p ossível tacom -b ém se d etecta r a existên cia e a exten sã o d e d o en ça su b clín ica fila ria l n o s p o rta d o res “a s-sin tom áticos” d e m icrofilarem ia (Dreyer et al., 1992; Norões et a l., 1996b ), p od en d o-se d essa m an eira criar u m p rogram a p reven tivo e evitar a evolu ção p ara algu m as d as form as crôn icas.

Q uimiot erapia

Ivermect ina (Iv)

A Iv é u m co m p o n en te d o s p a ra siticid a s co -n h ecid os com o averm ecti-n a/ m ilb e-n ci-n i-n a. Foi registra d a em 1981 e tem sid o a p rova d a p a ra u so em m ais d e 60 p aíses p ara con trolar p

arasitoses em an im ais e, m ais recen tem en te, tam -bém para seres hum an os. Para o uso hum an o es-tá dispon ível em form a de com prim idos de 6 m g e tem o n om e com ercial d e Mectizan ‚ (Merck, Sh a rp & Dh o m e). O em p rego d essa d ro ga em p op u lações h u m an as foi u m m arco sem p rece-d en tes n o con trole rece-d a on cocercose (ou rece-d oen ça d a cegu eira d os rios, com o tam b ém é con h eci-d a). Vem sen eci-d o u saeci-d a em tratam en to em m as-sa p a ra esas-sa d o en ça d esd e 1987, n a d o se d e 150-200 m icrogra m a s/ kg, em esq u em a a n u a l. Ap ós a in gesta d a d roga ob serva-se u m a ráp id a elim in ação d a m icrofilária d eOn cocerca volvu -lu sd a p ele, assim com o a su a red u ção grad u al em região ocu lar. As reações ad versas cau sad as p ela m orte d as m icrofilárias são geralm en te le-ves.

A Iv é u m a p o ten te la cto n a m o n o cíclica , p ro d u zid a p elo St rep t om yces a v erm it ilis, q u e cau sa p aralisia em m u itos n em atód eos e artró-p od es. Tem m ostrad o u m a b oa ação m icrofila-ricid a tam b ém em algu n s ou tros filaríd eos qu e in fecta m o h o m em (W. b a n croft i, B. m a la yi, Loa loae M an son ella oz z ard i), p orém é in ativa co n tra a M a n son ella p erst a n s. Po r o u tro la d o, tem sid o ap aren tem en te in eficaz con tra os ver-m es ad u ltos (Dreyer et al., 1995b, 1995c; Cou ti-n h o et al., 1994; Dreyer et al., 1996) d os su p ra-cita d o s p a ra sito s. Tem u m a b o a a çã o co n tra Stron gyloid es stercoralis, Ascaris lu m bricoid es, Trich u ris t rich iu ra , En t erob iu s v erm icu la rese La rv a m igra n s. Tem p ou ca ou n en h u m a a tivd ativd e con tra An cilostom ítivd eos. Estu tivd os p relim in a res ta m b ém iin d ica m q u e a Iv tem a p o tein -cialid ad e d e se torn ar a d roga d e escolh a p ara tratar ecto-p arasitas em seres h u m an os (Kar et al., 1994). Am p la revisão sob re essa n ova d roga foi feita p elo Ottesen & Cam p bell (1994), abran -gen d o fa rm a co lo gia e m o d o d e a çã o, estu d o s clín icos, ação n as d iversas filárias e em p arasi-tos in testin ais.

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No tra ta m en to em m a ssa o u in d ivid u a l, n e -n h u m a reação é vista a p artir d a terceira tom a-d a a-d a a-d roga, m esm o em p rogram as com in terva lo s a n u a is. Esse fa to é d esejá vel em p ro gra -m a s d e co n tro le d e lo n ga d u ra çã o, co -m o é o ca so d a fila riose b a n croftia n a . Por ou tro la d o, co m o n ã o p a rece ter efeito m a cro fila ricid a (Dreyer et a l., 1995c; Dreyer et a l., 1996) , n ã o ca u sa rea çã o lo ca liza d a n o sistem a lin fá tico (lin fan gites, ad en ites, ep id id im ites ou fu n icu li-tes). Ap esar d e p arecer u m a lim itação o fato d e a Iv n ão m atar os verm es ad u ltos, reveste-se d e gra n d e im p o rtâ n cia o se u e m p re go e m á re a s o n d e a DEC n ã o é a ce ita , e xa ta m e n te p o r d e-sen cad ear as reações ad versas d o tip o localiza-d a s (Su ta n to et a l., 1985; Ca rtel et a l., 1992). A Iv tem sid o am p lam en te estu d ad a n a filariose lin fá tica , q u er n o tra ta m en to em m a ssa q u er n o seletivo (Mou lia-Pelat et al., 1994; Zh en g et al., 1991; Cou tin h o et al., 1994), e estu d os em -p regan d o-se as d iversas d oses m ostraram q u e 400 m icrogram as/ kg foi a m elh or p osologia em term o s d e clea ra n ced e m icro filá ria s o b tid a a lon go p razo, com tolerân cia eq u ivalen te a d o-ses m a is b a ixa s (Co u tin h o et a l., 1994; Dreyer et al., 1995b ; Rich ard s et al., 1991; Ad d iss et al., 1993).

Diet ilcarmamazina (DEC)

H á q u a se cin q ü en ta a n o s, a DEC é a d ro ga d e escolh a p ara o tratam en to d a filariose b an crof-tia n a , m esm o n ã o se co n h ecen d o a sp ecto s fu n d a m en ta is, co m o p o r exem p lo seu m eca -n ism o d e ação ou m esm o a p osologia id eal p a-ra os p acien tes p ortad ores d as d iversas form as clín icas d a d oen ça. Até o m om en to, é tam b ém a ú n ica d roga a ter efeito com p rovad o sob re o verm e a d u lto d e W u ch ereria b a n croft i(Otte -sen , 1985; Dreyer et al., 1995a, 1995b ; Dreyer et al., 1994; Figu ered o-Silva et al., 1996; Norões et al., 1997). A d ose p recon izad a p ela OMS p ara o tratam en to in d ivid u al é d e 6m g/ kg/ d ia p or 12 d ias, p od en d o ser rep etid a se h ou ver p ersistên -cia d a p a ra sitem ia o u sin to m a clín ico ( WH O, 1992). En tretan to, estu d os p arasitológicos rela-tivam en te recen tes têm trazid o n ovos con h eci-m en tos sob re a eficácia d a DEC eeci-m d ose ú n ica, o qu e a faz p rom issora n ovam en te p ara u so em n ível d e com u n id ad e (Cartel et al., 1990).

An d ra d e et a l. (1995) m o stra ra m q u e em d ose ú n ica d e 6m g/ kg o efeito m icrofilaricid a-d a a-d a DEC a lon go p razo é sim ilar ao a-d o trata-m en to d e 12 d ia s su p ra cita d o. Isso ra tifico u a in clu são d a DEC n o tratam en to em m assa p ara o con trole d a filariose em áreas on d e n ão exis-te restriçã o d e seu u so. Um estu d o cu id a d o so sob re a tolerân cia à DEC em d iversas d oses foi

feito em RecifePE (Dreyer et al., 1994), in clu in -d o in -d iví-d u os in fecta-d os assin tom áticos, estes a p resen ta n d o d o en ça clín ica , a ssim co m o in -d iví-d u os con si-d era-d os en -d êm icos n orm ais. Os resu lta d o s in d ica ra m a b o a to lera b ilid a d e d a DEC n os d iversos gru p os tratad os; vale salien -ta r a o co rrên cia d e rea çã o lo ca liza d a em u m in d ivíd u o d o gru p o con sid erad o n orm al, sin a-lizan d o qu e o m esm o estava in fectad o, em b ora n ã o a p resen ta sse m icrofila rem ia ou sin tom a s clín icos d a d oen ça . Esse fa to ra tifica a im p or-tân cia d o tratam en to em m assa, p ara id en tifi-ca r a q u eles in d ivíd u o s q u e n ã o seria m d ia g-n osticad os g-n o exam e seletivo.

Pelo fato d e ter a DEC u m efeito m icrofila-ricid a m en o s p o ten te q u e a Iv, o s in d ivíd u o s tratad os geralm en te ten d em a ap resen tar sin -tom atologia sistêm ica u m p ou co m ais leve. Por ou tro lad o, com o tem ação ad u lticid a, ao con -trário d a iverm ectin a, os efeitos localizad os d a m orte d o verm e cau sam lin fan gites, ad en ites e sin tom atologia agu d a u rológica, in clu sive a h id ro cele. Ho je, a p ó s o a id ven to id a u ltra so n o -grafia, é p ossível m on itorizar in v ivocom p re-cisã o o efeito d e d ro ga s so b re o verm e a d u lto d e W. b a n croft i (Dreyer et a l., 1995a , 1995c; Dreyer et a l., 1996; No rõ es et a l., 1997). Mo s-tro u -se q u e, em b o ra d o ses ú n ica s d e 1m g/ kg sejam tam b ém cap azes d e m atar o verm e ad u l-to (Figu ered o -Silva et a l., 1996), h á u m a d ife-ren ça sign ifica tiva q u a n d o d o ses ú n ica s d e 6 o u 12m g/ kg sã o u sa d a s (No rõ es et a l., 1997). Po r o u tro la d o, a DEC n ã o m a ta to d o s o s ver-m es a d u lto s ever-m u ver-m d eterver-m in a d o in d ivíd u o. Du as su b p op u lações p arecem existir: u m a to-lera n te e o u tra sen sível, co m in sen sib ilid a d e ap aren tem en te d e 50%. Esp erase q u e essa in -sen sib ilid ad e à DEC seja d ep en d en te d a id ad e e q u e o verm e se torn e sen sível à d roga, à m e-d ie-d a q u e en velh ece. Assim , p ara p rogram as e-d e co n tro le, o s a ch a d o s su p ra cita d o s resp a ld a m p len am en te a p recon ização feita p ela OMS p a-ra o u so d a DEC em d ose ú n ica d e 6m g/ kg em regim es sem estrais, an u ais ou b ian u ais (WHO, 1994).

Combinação Ivermect ina e Diet ilcarbamazina

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-d iss et a l., 1993), o q u e fez -d esse esq u em a u m fo rte ca n d id a to p a ra ser em p rega d o n a in ter-ru p ção d a tran sm issib ilid ad e (Mou lia-Pelat et al., 1995a, 1995b ). Ap esar d e as d u as d rogas já estarem lib erad as p ara serem ad m in istrad as si-m u ltan easi-m en te d o p on to d e vista d e in teração m ed ica m en to sa ( WH O, 1994), só se co n h ece atu alm en te o efeito p oten ciad or q u e existe n o clearan ced a m icrofilarem ia. Ain d a n ão se p od e p recisar se o efeito m acrofilaricid a d a DEC será m an tid o ou se a in teração torn a a Iv u m a d roga m acrofilaricid a. Para resolver a qu estão, u m es-tu d o u ltra -so n o grá fico, fin a n cia d o p ela OMS, já foi in icia d o em RecifeBra sil e seu s resu lta -d os estarão b revem en te -d isp on íveis.

Os con h ecim en tos acu m u lad os sob re a efi-cácia d a qu im ioterap ia n a filariose lin fática d e-verão alim en tar os m od elos m atem áticos q u e, p or su a vez, d everão ter a cap acid ad e d e p rever a d u ração d e p rogram as d e con trole. Isso se re-veste d e m u ita im p ortân cia qu an d o a totalid a-de ou p arte da p op u lação adu lta p arasitária n ão é m orta p elo tra ta m en to em p rega d o, u m a vez q u e a vid a m éd ia rep rod u tiva d o verm e ad u lto fêm ea é estim ad a em cerca d e 8 a 10 an os (Ve-n am ail et al., 1989).

Cont role do vet or

Este é u m tem a b a sta n te co m p lexo, p o is d e -p en d e n ão só d a d is-p on ib ilid ad e d e n ovas fer-ram en tas, com o p or exem p lo o con trole b ioló-gico p elo Ba cillu s sp h a ericu s(Ho u ga rd et a l., 1993; Ch eo n g & Ya p, 1985; Regis et a l., 1995), m as tam b ém d o n ú m ero d e criad ou ros e d a ve-locid ad e d e ap arecim en to d e n ovos focos, d os recu rsos fin an ceiros e d a in fraestru tu ra p ecu -liares a cad a região en d êm ica. Por ou tro lad o, o con trole d e vetor n orm alm en te p rop icia op or-tu n id ad e d e au m en to d e ad esão d a p op u lação ao con trole d a d oen ça e tem tid o u m p ap el im -p ortan te n o con trole d a filariose em m u itos lo-cais. Além d o m ais, a d im in u ição d a d en sid ad e d o veto r tem co n trib u íd o ta m b ém p a ra a m a -n u te-n çã o d a i-n terru p çã o d a tra -n sm issã o em

a lgu m a s á rea s ( WH O, 1994). En treta n to, p ro -gra m a s d e co n tro le b a sea d o s exclu siva m en te n a red u ção total ou p arcial d o vetor raram en te têm sid o m a n tid o s su ficien tem en te p a ra d e -crescer a p reva lên cia d a in fecçã o fila ria l em p o p u la çõ es h u m a n a s. A exp eriên cia m u n d ia l su gere qu e o con trole d e vetor d eve ser sem p re com p lem en tar ao tratam en to q u im ioteráp ico, p ela d ificu ld ad e d e m an u ten ção d o m esm o p or lon gos p eríod os, p rin cip alm en te p elo seu alto cu sto n o orçam en to glob al d as regiões ( WHO, 1994). In d iscu tivelm en te, o sa n ea m en to b á si-co, em áreas on d e o vetor é o Cu lex qu in qu efas-cia t u s, seria a so lu çã o p erm a n en te p a ra a in -terru p ção d a tran sm issib ilid ad e, a exem p lo d o qu e foi feito n o Jap ão (Sasa, 1976).

Coment ário final

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