Tolerância à aplicação de megadoses
de vit amina A associada à vacinação
em crianças no N ordest e do Brasil
To le rance o f vitamin A ap p licatio n
asso ciate d with mass immunizatio n
o f child re n in No rthe ast Brazil
1 Escola d e Nu trição, Un iv ersid a d e Fed era l d a Ba h ia .
Ru a Ara ú jo Pin h o 32, Ca n ela , Sa lv a d or, BA 40110- 170, Bra sil. a m os@u fb a .b r 2 Secretaria d e Saú d e d o Est a d o d a Ba h ia . Cen t ro Ad m in ist ra t iv o d a Ba h ia , Sa lv a d or, BA 41746- 900, Bra sil. 3 In stitu to d e Saú d e Colet iv a , Un iv ersid a d e Fed era l d a Ba h ia .
Ru a Pa d re Feijó 29, 4oa n d a r, Ca n ela , Sa lv a d or, BA 40110- 170, Bra sil.
An a M a rlú cia Oliv eira Assis 1 Leon or M a ria Pa ch eco Sa n t os 1 M a t ild es d a Silv a Pra d o 1 M a ísa Cru z M a rt in s 2 M a u rício Lim a Ba rret o 3
Abst ract A follow -u p st u d y w as carried ou t in t w o localit ies in t h e sem i-arid region of t h e St at e o f Ba h i a , N o rt h ea st Bra z i l, w i t h t h e a i m o f i d en t i f yi n g t h e o ccu rren ce a n d n a t u re o f p o ssi b le a cu t e sid e effect s su b seq u en t t o v it a m in A m ega d ose su p p lem en t given t oget h er w it h m a ss im -m u n i z a t i o n i n ch i ld ren 6- 59 -m o n t h s o ld . T h e sa -m p le co n si st ed o f 852 ch i ld ren , 416 f ro -m t h e cou n t y of Teofila n d ia w h o receiv ed v it a m in A t oget h er w it h v a ccin es a n d 436 from Sa n t a Ba r-bara, w h o receiv ed on ly v accin e. In t h e 24 h ou rs before im m u n iz at ion , ch ild ren from bot h grou p s h a d sim ila r in cid en ces of d ia rrh ea , fev er, a n d v om it in g. An orex ia w a s m ore p rev a len t in Teofi-la n d ia a n d rem a in ed so t h rou gh ou t t h e st u d y p eriod . Th e resu lt s su ggest t h a t a cu t e sid e effect s lik e d ia rrh ea , v om it in g, fev er, or a n orex ia w ere n ot a ssocia t ed w it h t h e v it a m in A d osa ge giv en w it h m ass OPV, DPT, an d m easles im m u n iz at ion .
Key words Vit am in A; Su p p lem en t ary Feed in g; Im m u n iz at ion Program
Resumo Um est u d o d e segu im en t o foi d esen v olv id o em d u as localid ad es d o sem iárid o d o est a -d o -d a Bah ia, N or-d est e -d o Brasil, com o objet iv o -d e i-d en t ificar a ocorrên cia e a n at u rez a -d e p ossí-v eis efeit os a d ossí-v ersos a gu d os em con seq ü ên cia d a su p lem en t a çã o com m ega d oses d e ossí-v it a m in a A (100.000 e 200.000 U I) oferecid a ju n t o com im u n iz a çã o em m a ssa , a cria n ça s d e seis a 59 m eses d e id a d e. A a m ost ra d o est u d o foi com p ost a p or 852 cria n ça s; 416 d o m u n icíp io d e Teofilâ n d ia in t egra ra m o gru p o q u e receb eu a v it a m in a A com a s v a cin a s e 436 cria n ça s d e Sa n t a Bá rb a ra fora m in clu íd a s n o gru p o q u e receb eu som en t e a v a cin a . N a s 24 h ora s q u e a n t eced era m a v a ci-n a çã o, a s cri a ci-n ça s d os d oi s gru p os referi ra m si m i la r freq ü êci-n ci a d e d i a rréi a , feb re e v ôm i t o; a a n orex ia foi m a is p rev a len t e em Teofilâ n d ia e p ersist iu d u ra n t e t od o o p eríod o d e segu im en t o. Os resu lt a d os su gerem q u e n en h u m efeit o a d v erso a gu d o, em esp ecia l d ia rréia , v ôm it o, feb re ou an orex ia, est ev e associad o à in gest ão d a v it am in a A com bin ad a à v acin ação em m assa, p art icu -larm en t e à Sabin , DPT e an t i-saram p o.
Int rodução
A d eficiên cia d e vita m in a A é u m a d a s im p o rtan tes d eficiên cias n u tricion ais n o m u n d o su b -d esen volvi-d o (FAO, 1992). No Brasil, até o m o-m en to, os estad os d o Nord este têo-m registrad o su a o co rrên cia , p rin cip a lm en te em cria n ça s p ré-escolares (Prad o et al., 1995; San tos et al., 1996).
A d eficiên cia d esse m icron u trien te está p o-sitivam en te associad a à m orb im ortalid ad e em p ré-escolares. A su p lem en tação d e vitam in a A oferecid a a esse gru p o p op u lacion al d im in u i a m o rta lid a d e p o r to d a s a s ca u sa s n a o rd em d e 23% a 34%, con form e estim ativas d e m eta-an á-lises (Ton ascia, 1992; Beaton et al., 1993; Fawzi et al., 1993; Glasziou & MacKerras, 1993), e tam -b ém a m o r-b id a d e, a tra vés d a d im in u içã o d a severid a d e d e en ferm id a d es in feccio sa s, em esp ecia l a d ia rréia (Ba rreto et a l., 1994; Bh a n -d ari et al., 1994).
Ap ós os resu ltad os d os estu d os d e in terven -ção com vitam in a A, q u e com p rovaram a rela-çã o d e ca u sa e efeito en tre a su p lem en ta rela-çã o co m esse m icro n u trien te e a red u çã o n a ta xa d a m ortalid ad e n a in fân cia e a severid ad e d as d oen ças in fecciosas, o Fu n d o d as Nações Un i-d a s p a ra a In fâ n cia (UNICEF), a Orga n iza çã o Mu n d ia l d e Sa ú d e (OMS) e a Orga n iza çã o d a s Nações Un id as p ara a Agricu ltu ra e a Alim en ta-çã o (FAO) têm p reco n iza d o a n ecessid a d e d e in stitu ir p rogram as d e p reven ção d a d eficiên -cia d esse m icron u trien te. A p rop osta d e “elim i -n a çã o v irt u a l d a d eficiê-n cia d e v it a m i-n a A e su as con seqü ên cias” foi referen d ad a n a Con fe-rên cia In tern a cio n a l d e Nu triçã o, em 1992, e p a sso u a co n stitu ir, ta m b ém , o b jeto d e co m -p rom isso d e ch efes d e Estad o d e -p aíses on d e a d eficiên cia d esse m icron u trien te é en d êm ica, in clu sive o Brasil (FAO, 1992). Essa p rop osta in -clu i ações a lon go p razo, qu e se su sten tam n os p rogram as d e d iversificação d ietética e d e saúd e p ú b lica , e a çõ es a cu rto p ra zo, rep resen ta d a s, esp ecia lm en te, p elo p ro gra m a d e su p le -m en tação e-m -m assa co-m a vita-m in a A p ara as crian ças m en ores d e cin co an os d e id ad e su jei-tas aos riscos d a d eficiên cia. A d istrib u ição d a vitam in a A in tegrad a ao p rogram a d e im u n iza-ção é u m d os m ecan ism os p rop ostos p ela OMS e p elo In t ern at ion a l Vit am in A Con su lt at iv e Grou p(IVACG) p ara torn ar eficien te o com b ate à d eficiên cia d a vita m in a A ( WH O/ IVACG, 1993).
Algu n s estu d o s têm d etecta d o q u e a d ia r-réia (Hath cock et al., 1990), n áu seas, d or d e ca-b eça, vôm ito (Floren tin o et al., 1990) e aca-b au la-m en to d e fon tan ela ela-m crian ças (Agoestin a et a l., 1994) co n stitu em efeito s a d verso s a gu d o s
associad os à in gestão d e altas ou m egad oses d e vitam in a A. Ou tras in vestigações n ão d etecta -ra m efeito s tó xico s a gu d o s, ta is co m o d o r d e cab eça e n áu seas (Batista et al., 1974) ou d iarréia e feb re (West et al., 1992) face à su p lem en -ta çã o. No en -ta n to, esses estu d o s n ã o a sso cia-ram a su p lem en tação d a vitam in a A com vaci-n as, d escovaci-n h ecevaci-n d o-se, assim , a existêvaci-n cia d e u m efeito sin érgico en tre a vita m in a A e o s com p on en tes d as vacin as, tam p ou co a p oten -cialização d esses efeitos, e, ain d a, se estes efei-tos são sem elh an tes p ara aqu elas crian ças qu e estã o to m a n d o a p rim eira d o se o u a s d o ses su b sequ en tes d a vacin a.
No Bra sil, a p a rtir d e 1983, o Min istério d a Sa ú d e, a tra vés d o In stitu to Na cio n a l d e Alim en tação e Nu trição (INAN), d istrib u iu cáp su -las d e vitam in a A associad as à vacin a an tip ólio p ara p ré-escolares. No en tan to, n a ocasião, n ão fo ra m a va lia d o s o s p o ssíveis efeito s a d verso s d essa in terven ção. Através d a Portaria no2.160, d e 29 d e d ezem b ro d e 1994, d o Min istério d a Saú d e, foi in stitu íd o o Program a d e Com b ate à Deficiên cia d e Vita m in a A (Bra sil, 1994) e, a p artir d e en tão, a d istrib u ição d e m egad oses a p ré-escolares in ten sificou -se.
A su p lem en ta çã o em m a ssa d e vita m in a A em regiõ es o n d e a d eficiên cia é en d êm ica fa-vo rece a red u çã o d a ta xa d e m o r ta lid a d e em crian ças m en ores d e cin co an os d e id ad e (Bea-ton et al., 1993) e rep resen ta, tam b ém , a p ossi-b ilid a d e d e red u zir a severid a d e d a s d o en ça s d iarréicas (Barreto et al., 1994). Con sid eran d o o efeito p ro teto r q u e a su p lem en ta çã o d esse m icro n u trien te exerce so b re a sa ú d e in fa n til, esfo rço s d evem ser co n d u zid o s n o sen tid o d e elu cid ar a relação en tre d oses m aciças d e vita-m in a A e efeitos in d esejá veis evita-m cria n ça s, evita-m esp ecia l q u a n d o a vita m in a A é o ferecid a em con ju n to com a vacin a.
Assim , o ob jetivo d este estu d o foi id en tifi-car a ocorrên cia e a n atu reza d e p ossíveis efeitos ad versos agu d os com o con seqü ên cia d a su -p lem en ta çã o co m vita m in a A o ferecid a ju n to com vacin as em cam p an h as d e im u n ização em m a ssa , em cria n ça s d e seis a 59 m eses d e id a-d e.
População e mét odo
San tos et al., 1996). Em u m a d as cid ad es, Teofi-lân d ia, foi oferecid a a su p lem en tação d e vita-m in a A, ju n to covita-m as vacin as d o Progravita-m a Nacion al d e Im u n ização (gru p o in terven ção), en -q u an to n a cid ad e d e San ta Bárb ara foram ofe-recid a s so m en te a s va cin a s (gru p o co n tro le). As crian ças d e seis a 12 m eses e as m aiores d e u m an o d e id ad e receb eram , resp ectivam en te, 100.000 e 200.000 UI d e vita m in a A o leo sa , n a fo rm a d e xa ro p e. Ao fin a l d o segu im en to, fo i d istrib u íd a a vitam in a A às crian ças d a cid ad e qu e fu n cion ou com o con trole n esse estu d o.
A d istân cia en tre as d u as cid ad es é d e ap rxim a d a m en te 40 km . Segu n d o o cen so d em o-grá fico d e 1991, o s m en o res d e cin co a n o s d e id ad e totalizavam 651 em Teofilân d ia e 578 em Sa n ta Bá rb a ra . Os ch efes d e fa m ília tin h a m ren d im en to m éd io d e a té u m sa lá r io m ín im o em 37,8% d os casos n o m u n icíp io d e Teofilân -d ia e, em San ta Bárb ara, esse p ercen tu al era -d e 55,6% (IBGE, 1991).
Tipo de est udo
Este é u m estu d o d e in terven ção d esen volvid o em d u as com u n id ad es. Em u m a com u n id ad e a cam p an h a d e vacin ação ocorreu n orm alm en te (co m u n id a d e co n tro le) e n a o u tra à im u n iza -ção m in istrad a associou -se u m a m egad ose d e vitam in a A (com u n id ad e in ter ven ção). A ad o -ção d esse m od elo d e in vestiga-ção ocorreu em virtu d e d a n ecessid ad e d e ad equ ar os ob jetivos d o estu d o à estru tu ra op era cion a l d e u m p ro-gra m a govern a m en ta l ro tin eiro d e va cin a çã o ao qu al se associa u m a in terven ção.
Amost ra
Atra vés d e u m cen so rea liza d o n a s d u a s cid a-d es, n o a-d ia an terior à vacin ação, foram ia-d en ti-fica d a s 884 cria n ça s elegíveis p a ra o estu d o. Con tu d o, 13 d eixaram d e com p arecer à vacin a-çã o, to ta liza n d o, a ssim , 871 cria n ça s d e seis a 59 m eses d e id a d e q u e p ro cu ra ra m o s p o sto s d e va cin a çã o (421 cria n ça s em Teo filâ n d ia e 450 em San ta Bárb ara). A p erd a n o segu im en to fo i d e n ove cria n ça s (q u a tro n o m u n icíp io in terven ção e cin co n o m u n icíp io con trole): cin -co p o r n ã o ter -co m p rova d a a id a d e e q u a tro p o r m o tivo d e via gem . Co n sid era n d o q u e so-m en te d ez cria n ça s to so-m a ra so-m BCG n o s d o is m u n icíp io s, d ecid iu -se ta m b ém exclu i-la s d a a m o stra . Assim , o s resu lta d o s a p resen ta d o s sã o rela tivo s a 852 cria n ça s: 416 in tegra ra m o gru p o q u e receb eu a vita m in a A em co n ju n to com as vacin as e 436 foram in clu íd as n o gru p o
q u e receb eu so m en te a im u n iza çã o. Na o ca -sião, foram d istrib u íd as 1.029 d oses d e vacin as d e in teresse p ara este estu d o: 845 d oses d e an -tip ólio ora l (49,1% em Teofilâ n d ia e 50,9% em Sa n t a Bá rb a ra , p = 0,12), 121 d o se s d e DPT (38,8% e m Te o filâ n d ia e 61,2% e m Sa n ta Bá r-b a ra , p = 0,01) e 63 d o se s d e a n t i-sa ra m p o (66,7% e m Te o filâ n d ia e 33,3% e m Sa n ta Bá r-b ara, p = 0,003).
Colet a de dados
No cen so realizad o n o d ia an terior à vacin ação fora m id en tifica d a s a s cria n ça s p oten cia is in -tegran tes d a am ostra d essa in vestigação. Ap ós a in form a çã o sob re os ob jetivos estu d o, ob te-ve-se o co n sen tim en to in fo rm a d o d a m ã e o u resp o n sá vel p ela cria n ça p a ra a p a rticip a çã o n o estu d o. Na o p o rtu n id a d e, a s m ã es o u res-p o n sá veis fo ra m in q u irid o s so b re o esta d o d e saú d e d e su a(s) crian ça(s), em esp ecial sob re a ocorrên cia d e d ia rréia , feb re, vôm ito e a n ore-xia , n a s 24 h o ra s q u e p reced era m a d istrib u i-ção d a vitam in a A e d a vacin ai-ção. Destacou -se, co m o o b jetivo d o estu d o, co n h ecer o s p rin ci-p ais sin ais, sin tom as e q u eixas q u e as crian ças viessem a a p resen ta r d ep o is d a s va cin a s. Ne -n h u m a sp ecto rela cio -n a d o a o s p o ssíveis efei-tos d a su p lem en tação d e vitam in a A foi referi-d o p ara evitar qu e as m ães ou resp on sáveis fos-sem su gestion ad os sob re algu n s d os sin tom as p esqu isad os. Na ocasião, d estacou -se a im p or-tân cia d a vacin ação com o u m a form a eficaz n o com b ate à m orb im ortalid ad e in fan til, e a m ãe ou o resp on sável foram , m ais u m a vez, con vi-d a vi-d o s a co m p a recer, n o vi-d ia segu in te, a u m p osto d e vacin ação p róxim o d e su a resid ên cia co m a (s) su a (s) cria n ça (s). Algu m a s q u estõ es referen tes à situ a çã o só cio -eco n ô m ica fo ra m tam b ém in clu íd as n o qu estion ário.
Análise
As an álises foram realizad as con tem p lan d o os gru p os, in d ep en d en tem en te d o tip o d e vacin a (an tip ólio oral, DPT e an ti-saram p o), e, ain d a, as crian ças qu e tom aram exclu sivam en te a va-cin a a n tip ó lio o ra l. Ca lcu lo u -se a p reva lên cia d os sin ais e sin tom as in vestigad os n as 24, 48 e 72 h oras ap ós a vacin ação.
O teste d e q u i-q u a d ra d o fo i u tiliza d o p a ra com p arar os gru p os en tre si e p ara testar as h i-p ó teses d e in teresse. Qu a n d o in d ica d o, u tili-zo u -se a a n á lise estra tifica d a p a ra a va lia r o s p o ssíveis efeito s d e fa to res co n fu n d id o res. O teste exato d e Fish er foi ad otad o qu an d o ap ro-p riad o. Aceitou -se u m n ível d e sign ificân cia d e p<0,05 e testes b ica u d a is p a ra co m p rova çã o
d as h ip óteses.
Result ados
A d istrib u ição d as variáveis b iológicas (id ad e e sexo ) fo i sim ila r en tre o s gru p o s d o estu d o. A escolarid ad e m atern a e a existên cia d e san itá-rio ligad o a red e d e esgotam en to san itáitá-rio d is-trib u íram -se d e m an eira d iferen ciad a en tre os gru p o s, in d ica n d o u m a situ a çã o m a is p rivilegiad a p ara as fam ílias d as crian ças d e Teofilân -d ia (gru p o su p lem en ta -d o ). Assim , to -d a s a s an álises aq u i ap resen tad as foram con trolad as p ara o p ossível efeito con fu n d id or d essas d u as variáveis. No d ia qu e p reced eu a vacin ação/ su p lem en ta çã o, n en h u m a d iferen ça esta tistica -m en te sign ifica n te fo i o b ser va d a p a ra a s p re-va lên cia s d e feb re, d ia rréia e vô m ito en tre a s crian ças d os d ois m u n icíp ios. No en tan to, ob -ser vo u -se en tre a s cria n ça s d o m u n icíp io d e Teofilân d ia p revalên cia m ais elevad a d e an ore-xia (p = 0,00) (Tab ela 1).
Os resu ltad os d as an álises referen tes à p re-valên cia d iária d os sin tom as n o p eríod o d o se-gu im en to estão ap resen tad as n a Tab ela 2. Nas 24 h oras ap ós a ad m in istração d as vacin as/ su -p lem en tação, a -p revalên cia d e feb re e d iarréia foi m ais elevad a p ara as crian ças qu e n ão rece-b eram a vitam in a A, d estacan d o-se, in clu sive, a sign ificân cia estatística p ara a p revalên cia d e feb re en tre o s gru p o s. No en ta n to, q u a n d o a a n á lise fo i co n tro la d a p a ra o u so d a va cin a DPT, esse efeito d esap arece. Qu an d o a an álise fo i rea liza d a co n sid era n d o so m en te a s cria n -ça s q u e receb era m a vita m in a A ju n ta m en te co m a va cin a a n tip ó lio o ra l, n ã o sã o o b serva -d a s, en tre o s gru p o s, -d iferen ça s sign ifica n tes p ara esse sin tom a. A p revalên cia d e vôm ito, em to d o o p erío d o d o a co m p a n h a m en to e in d e -p en d en te d o tp o d e vacin a oferecid a, foi sim
ilar n os d ois gru p os. A d iferen ça estatisticam en -te sign ifican -te ob servad a p ara a an orexia an -tes d o o ferecim en to d a va cin a co n tin u o u p a ra o s p eríod os d e 24, 48 e 72 h oras ap ós a vacin ação p a ra a gru p o co m o u m to d o e p a ra a q u ela s crian ças q u e tom aram exclu sivam en te a vaci-n a avaci-n tip ólio oral. A avaci-n álise covaci-n trolad a p ela es-colarid ad e m atern a m ostra q u e essa d iferen ça é m an tid a som en te p ara a m ais alta escolarid a-d e, in a-d ican a-d o q u e as m ães com m aior n ível a-d e in stru çã o referira m co m m a is freq ü ên cia a an orexia d e seu s filh os d o qu e aqu elas sem n e-n h u m a escolarid ad e. Essa m esm a ae-n álise realzad a segu n d o a situ ação d o esgotam en to san i-tário n ão altera esses resu ltad os.
Discussão
Os resu ltad os d este estu d o in d icam q u e o ofrecim en to d a vita m in a A a sso cia d o a o esq u e-m a d e ie-m u n iza çã o ee-m e-m a ssa n ã o eleva a ta xa d e efeitos ad versos, em esp ecial d iarréia, feb re, vôm ito e an orexia, em crian ças d e seis m eses a cin co an os d e id ad e.
Po u co s sã o o s estu d o s q u e a b o rd a m a p o -ten cia liza çã o d o efeito a d verso d a vita m in a A oferecid a ju n tam en te com vacin as. Algu n s d e-les têm vo lta d o su a a ten çã o p a ra o s efeito s n eu rológicos. Nesse asp ecto, os resu ltad os n ão são con sen su ais. O ab au lam en to d e fon tan ela co m o u m a d a s im p lica çõ es n eu ro ló gica s d o oferecim en to d a vitam in a A ju n to com vacin a é registrad o p or West et al. (1992), DiFran cisco et al. (1993) e Agoestin a et al. (1994), em b ora Stab ell et al. (1995) n ão o id en tificassem em cr ian -ças d e seis a n ove m eses d e id ad e q u e receb e-ram , resp ectivam en te, 100.000 e 200.000 UI d e vitam in a A associad a à vacin a an ti-saram p o. É con h ecid o, já h á algu m as d écad as, qu e tan to o excesso d e vita m in a A q u a n to o co m p o n en te
p ertu ssisd a DPT são resp on sáveis p or com p
li-cações n eu rológicas em crian ças (Ström , 1967; Jacob, 1979).
-d o n o p erío-d o en tre 36 e 48 h ora s. Con tu -d o, a am ostra m u ito p equ en a e a in existên cia d e u m gru p o con trole, aliad as à fragilid ad e d a an álise estatística d esse estu d o, n ão p erm item relacio-n a r esses efeito s à a sso cia çã o erelacio-n tre a s d u a s d rogas, torn an d o-o d e relevân cia lim itad a.
Sim ila rm en te a o s n o sso s resu lta d o s, Di-Fran cisco et al. (1993) tam p ou co id en tificaram associação en tre feb re e o oferecim en to d e vi-tam in a A ju n to com as vacin as an tip ólio oral e DPT em crian ças d e u m a três m eses e m eio d e vid a, qu e receb eram 15 g (50.000 UI) d e vitam i-n a A i-n a ocasião d a vacii-n ação em m assa.
Cu rio sa m en te, em n o sso estu d o, a m a is eleva d a p reva lên cia d a feb re n a s 24 h o ra s d o segu im en to fo i id en tifica d a n a s cr ia n ça s q u e n ã o a sso cia ra m a va cin a à vita m in a A ( Ta b ela 2). O con trole d esse resu ltad o p elo u so d e vaci-n a DPT su gere q u e a feb re tevaci-n h a o co rrid o em razão d e com p on en tes d essa vacin a. Algu n s es-tu d o s já d em o n stra ra m q u e a fra çã o p ert u ssis
d a va cin a DPT está a sso cia d o a efeito s a d ver-sos, tais com o feb re ( Jon es et al., 1992) e d iar-réia (Floyd & Freelin g, 1992).
A m a is a lta o co rrên cia d e a n o rexia n a s crian ças d o Mu n icíp io d e Teofilân d ia, ob serva-d a a n tes serva-d a in ter ven çã o, p erserva-d u ro u p o r to serva-d o o p erío d o d o segu im en to, in d ica n d o q u e este efeito n ão está associad o ao u so d a vitam in a A com b in ad o à vacin ação em m assa, m as, p rovavelm en te, ao fato d e as m ães d e m ais alta esco -la rid a d e referirem a a n o rexia d e seu s filh o s com m ais freqü ên cia.
Sob re essa q u estão, é in teressan te com en -tar qu e o cu id ad o m atern o é in d isp en sável p a-ra assegu a-rar o d esen volvim en to físico, em ocio-n al e iocio-n telectu al d a criaocio-n ça. A cap acid ad e m a-tern a em d ed icar tem p o e aten ção n ecessários p ara o garan tir o ad equ ad o estad o d e saú d e d a cria n ça p o d e, p o r su a vez, esta r a sso cia d a a o seu n ível d e escolarid ad e. É p rovável qu e a in s-tru çã o m a tern a p o ssa ser co n sid era d a u m a con d ição n ecessária, ain d a qu e n ão su ficien te, p a ra a ssegu ra r a sa ú d e d a cria n ça (Lo n gh u rst & To m kin s, 1995). Nesse co n texto, p o d e-se com p reen d er q u e as m ães d e m ais alta escola-rid ad e d este estu d o p ossam ter d ed icad o m ais tem p o e aten ção às su as crian ças e, assim , fo ram p rop en sas a referirem com m ais freq ü ên -cia a fa lta d e a p etite d e seu s filh o s d o q u e a s m ães d e m ais b aixa ou n en h u m a escolarid ad e. Po r o u tro la d o, n ã o se p o d e d eixa r d e referir q u e a esca ssez d e a lim en to s n a s cla sses m a is p ob res p od e fu n cion ar com o u m fator lim itan -te p ara qu e a crian ça exp resse a su a situ ação d e an orexia.
Assim , o s n o sso s resu lta d o s su gerem q u e n ão h á p oten cialização d o efeito ad verso d a
vi-tam in a A qu an d o esta é oferecid a ju n to com as va cin a s a n tip ó lio o ra l, DPT e a n ti-sa ra m p o. Ap esar d e se d escon h ecer o estad o n u tricion al d e vita m in a A n o in ício d esse estu d o, h á evi-d ên cia s evi-d e q u e a s cria n ça s evi-d essa regiã o a p re-sen tam altas p revalên cias d e in ad eq u ação d os n íveis d e retin ol sérico. Salien ta-se, ain d a, q u e o o ferecim en to d a vita m in a A em m a ssa fo i rea liza d o p ela p rim eira vez p a ra essa p o p u la -ção. Sob essas circu n stân cias, a ad m in istração con com itan te d e vitam in a A e vacin as n ão p ro-d u ziu efeitos aro-d versos n esse gru p o ro-d e crian ças. O p eq u en o n ú m ero d e cria n ça s q u e receb e u a va cin a DPT e a s d em a is va cin a s in jetá -veis im p ossib ilitou a realização d as an álises se-gu n d o a id ad e e as d oses acu m u lad as d essa va-cin a. Assim , n ão foi p ossível avaliar os p ossíveis efeitos ad versos qu an d o a vitam in a A é ofereci-d a a crian ças su jeitas a rep etiofereci-d as im u n izações.
Tab e la 1
Caracte rísticas b io ló g icas e só cio -e co nô micas e a distrib uição da pre valê ncia da diarré ia, fe b re , vô mito e ano re xia nas 24 ho ras q ue ante ce de ram o
aco mpanhame nto , e ntre as crianças das duas cidade s do se mi-árido da Bahia, 1995.
Vacina + Vacina χ2 p
Vit amina A
n = 416 % n = 436 %
Idade (meses)
6 a 11 40 9,6 46 10,6 4,35 0,36
12 a 23 79 19,0 105 24,1
24 a 35 105 25,2 93 21,3
36 a 47 105 25,2 105 24,1
48 a 60 87 20,9 87 20,0
Sexo
Masculino 208 50,0 215 49,3 0,04 0,84 Fe minino 208 50,0 221 50,7
Escolaridade mat erna (em anos de est udo)
Não e stud o u 21 5,1 33 7,9 38,7 0,00
1 a 8 216 52,4 290 69,7
9 a 11 161 39,1 87 20,9
+ 11 14 3,4 6 1,4
Domicílio ligado 331 79,8 291 67,8 15,47 0,00 à rede de esgot o
O corrência de diarréia* 27 6,5 31 7,1 0,12 0,71
O corrência de febre* 14 3,4 22 5,0 1,48 0,22
O corrência de vômit o* 9 2,2 8 1,8 0,11 0,73
O corrência de anorexia* 114 27,4 65 14,9 20,02 0,00
Em uso de leit e mat erno* 35 8,4 32 7,3 0,33 0,56
Agradeciment os
Agrad ecem os às estu d an tes d a Escola d e Nu trição d a Un iversid ad e Fed eral d a Bah ia, ab aixo relacion ad as, p ela p articip ação n a coleta d e d ad os d esta in vestiga-ção: Ad en ild a Qu eiroz d os San tos, Alin e Maria Peixo-to Lim a, An d réa Ferreira d a Silva, Carla Cristin a Bar-reto d a Silva, Cleid e Melo Prates, Dan iela Au gu sta d e Ca stro, Ed n e u za Alve s d o Na scim e n to, Elia cy Gó e s Sou za, Em ilia Alves d e San tan a, Elain e Zan azi d e Al-m eid a, Ju lian a Mota Oliveira d os San tos, Lu ciara Lei-te d e Brito, Lu cia n a Ala íd e Alve s Sa n ta n a , Lu cia n a Ferreira d a Silva, Lu civald a Pereira Magalh ães, Mab el d e Brito San tos, Man u ela Lira d a Cru z Gou veia, Már-cia Maria Pessoa Portu gal, Maria Ap arecid a An u n Már- cia-çã o Dia s, Ma ria Co n su e lo Alva rez Co sta , Mich e li Dan tas Soares, Nêila Ceb erg Sod ré d e An d rad e, Patri-cia Alm eid a Jacob Netto, San d ra MarPatri-ciara Lim a d e Je-su s, Sa ra h Ma ria Ro ch a Du a rte, Su le y Sa n to s Alve s, Ta tia n a Aven a d e Alm eid a , Va lterlin d a Alves d e Oli-veira e Vivian e Sah ad e Sou za.
Referências
AGOESTINA, T.; H UMPH REY, J. H .; TAYLOR, G. A.; USMAN, A.; SUBARDJA, D.; H IDAYAT, S.; NU-RACHIM, M.; LEE, W. U.; FRIEDMAN, D. S.; WEST, K. P. & SOMMER, A.,1994. Sa fe ty o f o n e 52 m o l (50.000 IU) o ra l d o se o f vita m in A a d m in istered to n eon ates. Bu lletin of th e World Health Organ
i-z ation, 72:859-868.
BARRETO, M. L.; SANTOS, L. M. P.; ASSIS, A. M. O.; ARAÚJO, M. P. N.; FARENZENA, G. G. & SANTOS, P. A., 1994. Effect o f vita m in A su p p lem en ta tio n on d iarrh ea an d acu te lowerresp iratory tract in -fectio n in yo u n g ch ild ren in Bra zil. La n cet, 334: 228-231.
BATISTA, M.; VARFIA, R. M.; TEIXEIRA, S. G. & SIM -MONS, W. K., 1974. A stu d y in th e u se of oral m as-sive d oses of vitam in A. Ecology of Food an d N u
-trition ,3:293-298.
BH ANDARI, N.; BH AN, M. K. & SAZAWAL, S., 1994. Im p a ct o f m a ssive d o se o f vita m in A give n to p resch ool with acu te d iarrh ea on su b sequ en t res-p ira to r y a n d d ia rrh o e a l m o rb id ity. BM J, 309: 1404-1407.
Tab e la 2
Pre valê ncia d iária d e d iarré ia, fe b re , vô mito e ano re xia no p e río d o d e 24, 48 e 72 ho ras d e se g uime nto e ntre as crianças d o g rup o q ue to mo u as vacinas asso ciad as à vitamina A e aq ue le q ue re ce b e u so me nte as vacinas.
24 horas após a int ervenção 48 horas após a int ervenção 72 horas após a int ervenção Vacina + Vacina p Vacina + Vacina p Vacina + Vacina p
Vitamina A Vitamina A Vitamina A
n = 416 % n = 436 % n = 416 % n = 436 % n = 416 % n = 436 %
Todas as vacinas (852)
Diarré ia 11 2,6 22 5,0 0,07 20 4,8 23 5,3 0,75 16 3,8 18 4,1 0,83 Fe b re 31 7,5 55 12,6 0,01a 26 6,3 24 5,5 0,64 12 2,9 12 2,8 0,90
Vô mito 16 3,8 9 2,1 0,12 3 0,7 4 0,9 1,0* 5 1,2 2 0,5 0,27*
Ano re xia 75 18,0 45 10,3 0,00 73 17,5 41 9,4 0,00 66 15,9 29 6,7 0,00
Soment e
ant ipólio* * oral (698)
Diarré ia 8 2,3 14 3,9 0,22 15 4,4 17 4,8 0,79 14 4,1 15 4,2 0,92
Fe b re 11 3,2 18 5,1 0,21 15 4,4 12 3,4 0,49 9 2,6 7 2,0 0,56
Vô mito 9 2,6 6 1,7 0,39 – – 4 1,1 0,12* 3 0,9 1 0,3 0,36*
Ano re xia 63 18,4 30 8,5 0,00 54 15,7 29 8,2 0,00 54 15,7 21 5,9 0,00
aQ uand o co ntro lad o p e lo uso d e DPT, o e fe ito e statisticame nte sig nificante o b se rvad o p ara a fe b re nas p rime iras 24 ho ras d e se g uime nto d e sap are ce (p = 1; te ste e xato d e Fishe r, b icaud al), e , no s d e mais p e río d o s, o s re sultad o s não são alte rad o s.
* Te ste e xato d e Fishe r (b i-caud al).
BRASIL, 1994. Po rta ria no2.160, d e 23 d e d ezem b ro d e 1994. Cria , n o In stitu to Na cio n a l d e Alim e n -tação e Nu tricão (INAN), o Program a Nacion al d e Co n tro le d a s De ficiê n cia s d e Vita m in a A, e d á o u tra s p rovid ê n cia s. Bra sília :Diá rio Oficia l d a Rep ú b lica Fed era t iv a d a Bra sil, n . 248, p. 21263, 30 d ez. Seção 1.
BEATON, G. H .; MARTORELL, R.; L’ABBÉ, K. A.; ED-MONSTON, B.; McCABE, G.; ROSSI, A. C. & HAR-VEY, B., 1993. Effect iv en ess of Vit a m in A Su p p le-m en tation in th e Con trol of You n g Ch ild Morbid i-t y a n d M ori-t a lii-t y in Dev elop in g Cou n i-t ries. Sta te-of-th e-Art Series, Nu trition Policy Discu ssion Pa-p er n . 13. Gen eva: Ad m in istrative Com m ittee Co-o rd in a tiCo-o n / Su b cCo-o m m ite e Co-o n Nu tritiCo-o n , WCo-o rld Health Organ ization .
DIFRANCISCO, A.; HAKRABORTY, J.; CHOWDHURY, H. R.; YUNUS, M.; BAQUI, A. H.; SLDDIQUE, A. K. & SACK, R. B., 1993. Acu te toxicity o f vita m in A give n with va ccin e s in in fa n cy. La n cet, 26:526-527.
FAWZI, W. W.; CH ALMERS, T. C.; H ERRERA, M. G. & MOSTELLER, F., 1993. Vita m in A su p p le m e n ta-tion an d ch ild m ortality. A m eta-an alysis. JAM A, 269:898-903.
FLORENTINO, R.; TANCHOCO, C. C.; RAMOS, A. C.; MENDONZA, T. S.; NATIVIDAD, E. P.; TANGO, J. B. M. & SOMMER, A., 1990. Toleran ce of p resch ool-ers to two d osage stren gth s of vitam in A p rep ara-tio n . Am erica n Jou rn a l of Clin ica l N u t rit ion, 52:694-700.
FLOYD, C. B. & FREELING, P., 1992. Um estu d o p a ra e sta b e le ce r a in cid ê n cia d e e fe ito s a d ve rso s m en ores ap ós a im u n ização d e lacten tes. In : Im u -n iz ações: Atu aliz ação (G. Oselka & M. Yam am oto, o rg.), p p. 15-16, Sã o Pa u lo : Secreta ria d e Esta d o d a Saú d e d e São Pau lo/ Fu n d o d as Nações Un id as p ara a In fân cia – UNICEF/ Organ ização Pan am er-ican a d a Saú d e – OPS.
FAO/ WH O (Fo o d a n d Agricu ltu re Orga n iza tio n / World Health Organ ization ), 1992. Fin al Rep ort of th e In tern ation al Con feren ce on Nu trition. Rom e: FAO/ WHO.
GLASZIOU, P. P. & MacKERRRAS, D. E. M., 1993. Vita-m in A su p p leVita-m en tation in in fectiou s d iseases: A m eta-an alysis. BM J,306:366-370.
H ATH COCK, J. N.; H ATTAN, D. G.; JENKINS, M. Y.; McDONALD, J. T.; SUNDARESAN, P. R. & WILKEN-ING, V. L., 1990. Eva lu a tion of vita m in A toxicity. Am erica n Jou rn a l of Clin ica l N u t rit ion, 52:183-202.
IBGE (Fu n d a çã o In stitu to Bra sile iro d e Ge o gra fia e Estatística), 1991. Cen so Dem ográfico – Bah ia. Rio d e Jan eiro: IBGE.
JACOB, J. & MANNINO, F., 1979. In crea sed in tra cra -n ia l p ressu re a fter d ip h th eria , teta -n u s, a -n d p er-tu ssis im m u n iza tio n . Am erica n Jou rn a l of
Dis-eases of Ch ild h ood, 133:217-218.
JONES, A. E.; JOHNS, A.; MAGRATH, D. I.; MELVILLE-SMITH, M. & SHEFFIELD, F., 1992. Du rab ilid ad e d a im u n id a d e co n tra d ifte ria , té ta n o e p o lio-m ie lite a p ó s u lio-m e sq u e lio-m a d e ilio-m u n iza çã o co lio-m três d oses com p letad o n os p rim eiros oito m eses d e vid a . In : Im u n iz a ções: At u a liz a çã o (G. Oselka & M. Yam am oto, org.), p. 11, São Pau lo: Secretaria d e Esta d o d a Sa ú d e d e Sã o Pa u lo / Fu n d o d a s Na çõ es Un id a s p a ra a In fâ n cia – UNICEF/ Orga -n ização Pa-n am erica-n a d a Saú d e – OPS.
LONGH URST, R. & TOMKINS, A., 1995. Th e ro le o f care in n u trition – A n eglected essen tial in gred i-en t. W HO SCN New s, 12:5.
PRADO, M. S.; ASSIS, A. M. O.; MARTINS, M. C.; NAZARÉ, M. P. A.; REZENDE, I. F. B. & CON-CEIÇÃO, M .E. P., 1995. Hip ovita m in o se A e m cria n ça s d e á re a s ru ra is d o se m i-á rid o b a ia n o.
Revista d e Saú d e Pú blica, 29:209-212.
RAY, S. K.; CHATTERJEE, R.; ASOK, M.; LAHIRI, S. K.; ROY, S. C. & BANERJEE, S., 1984. A sh ort rep ort of u n towa rd rea ctio n s fo llowin g a d m in istra tio n o f D.P.T. vaccin e an d vitam in A in an u n d er five. In
-d ian Jou rn al of Pu blic Health, 28:213-216.
SANTOS, L. M. P.; ASSIS, A. M. O.; MARTINS, M. C.; ARAUJO, M. P. N.; MORRIS, S. M. & BARRETO, M. L., 1996. Situ ação alim en tar e n u tricion al d e p réesco la res n o sem iá rid o d a Ba h ia : II – Hip ovita -m in ose A. Revista d e Saú d e Pú blica, 30:67-74. STABELL, C.; BALÉ, C.; SILVA, A. P.; OLSEN, J. & AABY,
P., 1995. No e vid e n ce o f fo n ta n e lle -b u lgin g e p iso d e s a fte r vita m in A su p p le m e n ta tio n o f 6 an d 9-m on th -old in fan ts in Gu in ea Bissau . Eu ro-p ean Jou rn al of Clin ical Nu trition, 49:73-74. STRÖM, J., 1967. Fu rth er exp erien ce of reaction s,
es-p ecially of a cereb ral n atu re, in con ju n ction with trip le vaccin ation : A stu d y b ased on vaccin ation s in Swed en 1959-65. BM J, 4:320-323.
TONASCIA, J. A., 1992. Me ta a n a lysis o f p u b lish e d com m u n ity trials: Im p act of vitam in A on m ortal-ity. In : Bellagio Meetin g on Vitm ain A Deficien cy an d Ch ild h ood Mortality,Proceed in gs, p. 3. Bella-gio: Rockefeller Fou n d ation .
WEST, K. P.; KHATRY, S. K.; LECLERQ, S. C.; ADHIKARI, R.; SEE, L.; KATZ, J.; SHRESTHA, S. R.; PRADHAN, E. K.; POKHREL, R. P. & SOMMER, A., 1992. Toler-an ce of you n g in fToler-an ts to a sin gle, large d ose of vi-tam in A: A ran d om ized com m u n ity trial in Nep al. Bu llet in of t h e W orld Hea lt h Orga n iz a t ion, 70: 733-739.