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Percepções do graduando de enfermagem sobre a dimensão humana no seu aprendizado.

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Academic year: 2017

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PERCEPÇÕES DO GRADUANDO DE ENFERMAGEM SOBRE

A DI MENSÃO HUMANA NO SEU APRENDI ZADO

Sim one de Oliveira Cam illo1

Ana Lúcia da Silva2

Alan Jefferson do Nascim ent o3

Os obj et ivos dest e est udo foram ident ificar e int erpret ar as percepções apresent adas por alunos de um Curso de Graduação de Enferm agem após o est ágio de Saúde Ment al. Foram gravadas 12 ent revist as com acadêm icos de Enferm agem da Faculdade da Fundação ABC - Sant o André, São Paulo, Brasil, em agost o de 2004, ut ilizando- se de rot eiro sem i- est rut urado. Por m eio da Análise de Cont eúdo, m odalidade t em át ica, foram ident ificadas quat ro cat egorias: 1. saúde m ent al: proporcionando a com preensão do out ro; 2. respeit o pelo hum ano: a im port ância de ouvir; 3. saúde m ent al: cont ribuindo para um a visão cont ext ualizada do pacient e e 4. graduação em enferm agem : “ sinais e sint om as” indesej áveis da profissão. A análise e a discussão dessas cat egor ias r epr esent ar am o v islum br am ent o da possibilidade de um ensino paut ado na condição hum ana. Dessa form a, defende- se, aqui, a idéia de que novos est udos devam ser realizados, m as j á considerando que a disciplina Saúde Ment al deve ser valorizada nos Proj et os Polít icos Pedagógicos dos Cursos de Graduação em En f er m agem .

DESCRI TORES: saúde m ent al; educação; enferm agem ; em pat ia

PERCEPTI ONS OF NURSI NG UNDERGRADUATE STUDENTS CONCERNI NG

THE HUMAN DI MENSI ON I N THE LEARNI NG PROCESS

This st udy aim ed t o ident ify and int erpret t he percept ions present ed by undergraduat e st udent s of a Nursing course after internship in Mental Health. Twelve nursing undergraduate students at the Nursing School of ABC Foundat ion - Sant o André, São Paulo, Brazil were int erviewed. These int erviews using a sem i- st ruct ure script were perform ed and recorded in August 2004. Through Content Analysis, them atic m odality, four categories were ident ified, 1. m ent al healt h: providing underst anding of t he ot her; 2. respect for t he hum an being: t he im port ance of list ening, 3. m ent al healt h: cont ribut ing for a cont ext ualized view of t he pat ient and 4. nursing gr aduat ion: undesir able “ signs and sy m pt om s” of t he pr ofession. The analy sis and t he discussion of t hese categories suggest the possibility of teaching based on the hum an condition. Thus, we support the idea of new research been carried out , considering t hat t he Ment al Healt h discipline m ust be valued in t he Polit ical and Pedagogical proj ect s of t he Nursing Undergraduat e Courses.

DESCRI PTORS: m ent al healt h; educat ion; nursing; em pat hy

PERCEPCI ONES DEL ALUMNOS DE ENFERMERÍ A SOBRE

LA DI MENSI ÓN HUMANA DENTRO DE SU APRENDI ZAJE

Los obj et iv os de est e est udio fuer on ident ificar e int er pr et ar las per cepciones de los alum nos de Graduación de Enferm ería post eriores a las práct icas de Salud Ment al. Fueron grabadas 12 ent revist as con alum nos de Enferm ería de la Facultad de la Fundación ABC - Santo André, São Paulo, Brasil, en agosto de 2004, ut ilizándose par a ello, una guía sem i- est r uct ur ada. El Análisis de Cont enido, en su m odalidad t em át ica fue em pleada para la identificación de cuatro categorías tem áticas: 1. salud m ental: proporcionando la com prensión del otro; 2. respeto por lo hum ano: la im portancia de escuchar; 3. salud m ental: contribución en la visión en el cont ext o del pacient e y 4. graduación en enferm ería: “ signos y sínt om as” indeseados por la profesión. Del análisis y la discusión de esas cat egorías se vislum bró la posibilidad de una enseñanza basada en la condición hum ana. De esa form a, se defiende la idea de que nuevos estudios deben realizarse, tendiendo en consideración que el curso de Salud Ment al debe ser valorizado dent ro de los Proyect os Polít icos Pedagógicos dent ro de la Gr aduación en Enfer m er ía.

DESCRI PTORES: salud m ent al; educación; enferm ería; em pat ía

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I NTRODUÇÃO

O

processo ensino- aprendizagem dos Cursos d e Gr a d u a çã o e m En f e r m a g e m n o Br a si l e st á habit ualm ent e volt ado às quest ões biot ecnológicas e aos est udos dos pr ocedim ent os físicos r elacionados à p e sso a d o e n t e . Po r e ssa r a zã o , a s r e l a çõ e s int er pessoais que per m eiam o pr ocesso de at enção à saúde do indivíduo, bem com o a im port ância dada a o s se n t i m e n t o s d o s n o sso s se m e l h a n t e s e a responsabilidade do cuidar não só passa a ser grande desafio com o t am bém um a das t arefas m ais difíceis, so m an d o - se ao f at o d e q u e m u i t as v ezes essas quest ões não são valorizadas com o deveriam ser( 1). Dessa f or m a, al u n os e d ocen t es acab am ex per im ent ando const ant em ent e gr ande ansiedade e in sat isf ação ao se d ep ar ar em com as r elações interpessoais do processo de cuidado, j ustam ente por n ão sab er em lid ar com d et er m in ad as sit u ações e sen t im en t os decor r en t es. Essas sit u ações acabam envolvendo, em essência, não apenas o físico, m as o s sen t i m en t o s d e m ed o , t r i st eza , i n seg u r a n ça , con t r adições en t r e ou t r os aspect os em ocion ais do pacient e, do aluno e do próprio docent e( 1- 2).

Nesse sen t ido, com o obj et iv o de am pliar espaços de aprendizagem na academ ia, a disciplina Enferm agem em Saúde Mental foi inserida no Proj eto Pedagógico do Curso de Graduação em Enferm agem da Facu ldade de Medicin a da Fu n dação ABC. Esse conhecim ent o é indispensáv el ao pr epar o do aluno desde o início do curso, para adquirir experiência e h abilidade em f alar com pessoas, ou v ir h ist ór ias, r econhecer e expr essar sent im ent os e, cer t am ent e, t e r m a i s co n d i çõ e s d e cu i d a r d o p a ci e n t e desenvolvendo sua própria grandeza com o pessoa e com o profissional. Assim , a disciplina Relacionam ent o I nt er pessoal t r at a dos fundam ent os sobr e r elações hum anas. No quinto e sexto sem estres esse conteúdo é aprofundado na disciplina Saúde Ment al, que t em co m o f i n a l i d a d e t r a b a l h a r r e a çõ e s e m o ci o n a i s, sent im ent os v olt ados ao eu e ao out r o e as int er r e l a çõ e s e st a b e l e ci d a s n o p r o ce sso e n si n o -apr endizagem ent r e aluno, pacient e e docent e, por m eio de exposições dialogadas e trabalhos em grupo. I sso tem estim ulado discentes e docentes a trazerem p a r a d i scu ssã o n ã o só o s co n ce i t o s t e ó r i co s, j unt am ent e às sit uações experim ent adas em out ras disciplinas, com o t am bém os sent im ent os, v alor es, p r e co n ce i t o s e d e m a i s a sp e ct o s e m o ci o n a i s envolvidos no processo do cuidar.

D e ssa f o r m a , i n t e r e ssa sa b e r q u a l a com preensão de alunos do Curso de Graduação em Enferm agem da Faculdade de Medicina da Fundação ABC, São Paulo, SP, após a realização de est ágio em Saú d e Men t al. Passar am a v alor izar os asp ect os em ocionais da m esm a form a em que são valorizados os aspect os t ecn icist as? Hou v e m u dan ças n a v ida acadêm ica e pessoal desses alunos após a pr át ica em Saúde Mental? Nesse sentido, espera- se contribuir p a r a o a p r i m o r a m e n t o d o p r o ce sso e n si n o -a p r en d i z-a g em , r ef o r ç-a n d o -a i d éi -a d e q u e o ser h u m an o n ão se con st it u i ap en as d o seu asp ect o b iológ ico, m as t am b ém d e asp ect os p sicológ icos, sociais, cult urais e espirit uais.

O m odelo biom édico e a enferm agem

Pa r a q u e se p o ssa e n t e n d e r m e l h o r a valorização dos aspect os t écnicos e dos est udos dos procedim ent os físicos relacionados à pessoa doent e, faz- se necessário ent ender a influência do paradigm a car t esiano na ár ea da saúde e, conseqüent em ent e, no universo da enferm agem .

A m a i o r m u d a n ça n a h i st ó r i a d a sa ú d e ocident al ocorreu com a revolução cart esiana. Ant es d el a, a m ai o r i a d o s t er ap eu t as at en t av a p ar a a int eração corpo e alm a, e t rat ava seus pacient es no con t ex t o d e seu p r óp r i o m ei o am b i en t e soci al e e sp i r i t u a l . A f i l o so f i a d e D e sca r t e s a l t e r o u pr ofundam ent e essa sit uação. Sua r igor osa div isão e n t r e co r p o e m e n t e l e v o u o s t e r a p e u t a s a se co n ce n t r a r e m n o co r p o e a n e g l i g e n ci a r e m o s aspectos psicológicos, sociais e am bientais da doença. O p r ó p r i o D e sca r t e s, e m b o r a i n t r o d u zi sse a separação corpo e m ent e, considerou, não obst ant e, a int eração ent re am bos com o aspect o essencial da nat ureza hum ana, e est ava perfeit am ent e cient e de suas im plicações na ciência( 3).

Por out r o lado, os pr ogr essos em biologia, d u r an t e o sécu lo XI X, f or am acom p an h ad os p elo av an ço d a t ecn olog ia m at er ial. For am in v en t ad os n o v o s i n st r u m e n t o s d e d i a g n ó st i co s, co m o o estetoscópio e aparelhos para a verificação da pressão san g ü ín ea. A t ecn olog ia cir ú r g ica t or n ou - se m ais sofist icada. Ao m esm o t em po, a at enção t ransferiu-se gradualm ent e do pacient e para a doença. Assim , com eçou a t endência para a especialização, que iria at ingir seu auge no século XX( 3).

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e, hoj e, constitui- se no alicerce conceitual do processo saú d e- d oen ça. Nesse m od elo, o cor p o h u m an o é consider ado um a m áquina que pode ser analisada em term os de suas peças; a doença é vista com o um m al funcionam ento orgânico, que é estudado do ponto de vist a da biologia celular e m olecular. O papel dos profissionais da saúde é intervir física ou quim icam ente nesse m ecanism o enguiçado.

O fato desse m odelo ver o indivíduo com o um ser predom inant em ent e físico, t em afet ado ou afet ou a prát ica dos enferm eiros, que se cent ram m ais nas n ecessidades f ísicas dos doen t es. Dessa f or m a, a enferm agem t am bém age m uit as vezes de m aneira m ecânica, valorizando m uito m ais os aspectos técnicos e biológicos em detrim ento dos aspectos psicológicos, em ocionais, sociais e espir it uais. Os cuidados que perm itam a expressão do desenvolvim ento da pessoa num contexto biopsicosocial, levando em consideração as suas necessidades, os seus recursos, o seu cotidiano r e ch e a d o d e v a l o r e s, cr e n ça s e m i t o s, n ã o sã o contem plados nesse m odelo. Percebe-se que há pouca preocupação com o que a pessoa doente pensa e sente, cont rast ando com o grande valor que é at ribuído às t écnicas que se execut am , par t icular m ent e as m ais sofist icadas. A form ação dos profissionais de saúde, enquant o rest rit a ao m odelo biom édico, encont ra- se i m p o ssi b i l i t a d a d e co n si d e r a r a e x p e r i ê n ci a d o sofrim ento com o integrante da sua relação profissional. Em r elação à gr adu ação em en f er m agem , um princípio bast ant e propagado nas inst it uições de e n si n o , e n q u a n t o e x ce l ê n ci a d e q u a l i d a d e d e assist ên cia, é o d e assist ir o in d iv íd u o com o ser int egral ( biopsicossociocult ural e espirit ual) , porém , as ações ficam aquém das expectativas um a vez que é priorizado o aspect o t ecnicist a.

Não se t r at a de discu t ir a n ecessidade de desenvolver a com pet ência t écnica do acadêm ico de en f er m agem , qu e t er á a gar an t ia de u m t r abalh o seguro e eficaz com o profissional. Porém , há que se at ent ar par a o desenvolvim ent o de habilidades não só no agir, m as t am bém no pensar e no sent ir. Se a função pr ecípua do enfer m eir o é o cuidado ao ser h u m a n o , é n ecessá r i o en f a t i za r a co m p l ex i d a d e hum ana, focando a com preensão, o respeito ao outro, de m aneira a não fragm ent ar a condição hum ana( 4). Ai n d a, p ar a q u e o s g r ad u an d o s d e en f er m ag em im plem ent em prát icas e com port am ent os de cuidar, é necessário que os m esm os experenciem o cuidado, tanto na vida pessoal quanto no am biente educacional e que, além de t erem um am bient e de confiança e

respeit o, é preciso oport unizar o desenvolvim ent o do pensam ent o crít ico( 5).

Dessa f or m a, os obj et iv os dest a pesqu isa foram : ident ificar e int erpret ar percepções de alunos de um Curso de Graduação de Enferm agem , após o est ágio em Saúde Ment al.

MÉTODO

Tipo de est udo

Trat a- se de pesquisa qualit at iva. A pesquisa qualitativa identifica as características e os significados das ex per iências hum anas que são descr it as pelos suj eit os em vários níveis de abst ração, não deixando escapar as am bigüidades e cont r adições disper sas nos depoim ent os dos ent revist ados.

Cenário e at ores do est udo

Est e e st u d o r e a l i zo u - se n o ca m p u s d a Faculdade de Medicina da Fundação ABC, inst it uição f ilan t r óp ica, p ar t icu lar e d e en sin o, localizad a n o m unicípio de Sant o André da região do Grande ABC, Est ado de São Paulo, Brasil.

Foram convidados os vint e e dois alunos da turm a do sexto sem estre do Curso de Graduação em Enferm agem , que concluíram o est ágio na disciplina Saúde Ment al em Enfer m agem no quint o sem est r e, por ém , apenas doze concor dar am em par t icipar da pesquisa. Optou- se por entrevistar os alunos do sexto sem estre, por terem concluído recentem ente o estágio na disciplina Saúde Mental em Enferm agem . Por esse m ot iv o, acr ed it a- se q u e a con t r ib u ição p or p ar t e desses alunos seria m ais efet iva, um a vez que suas p er cep ções sob r e seu ap r en d izad o n o est ág io d a disciplina Saúde Ment al est ariam m ais present es na m em ór ia.

Colet a de dados

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Realizou- se t rês ent revist as gravadas com o consent im ent o e a aut orização dos inform ant es, com o obj et ivo de aprim orar o inst rum ent o de colet a de dados, as quais não foram incluídas nest a análise.

Os a ca d ê m i co s f o r a m co n t a t a d o s in d iv id u alm en t e, e aq u eles q u e aceit ar am f or am entrevistados fora do horário de aula, de acordo com a disponibilidade de cada um . A coleta de dados deu-se em agost o de 2004, m ediant e ent r ev ist a deu-sem i-e st r u t u r a d a . Essi-e t i p o d i-e i-e n t r i-e v i st a v a l o r i za a p r e se n ça d o i n v e st i g a d o r, o f e r e ce p e r sp e ct i v a s possíveis para que o inform ant e alcance a liberdade e a esp on t an eid ad e n ecessár ias, en r iq u ecen d o a investigação. As questões norteadoras foram : 1. quais f or am su as p er cep ções em r elação ao est ág io d a disciplina Saúde Mental em Enferm agem ? 2. você acha q u e h ou v e alg u m a m u d an ça n a su a v isão em se t rat ando das relações com o pacient e, com a equipe m ultiprofissional, com os professores, com os colegas de faculdade e com as relações pessoais? Por quê? 3 . de qu e m an eir a o est ágio pr át ico n a disciplin a Saúde Ment al em Enferm agem cont ribuiu para a sua form ação? 4. em relação à sua form ação acadêm ica, você acha que os aspectos em ocionais são valorizados t ant o quant o os aspect os t écnicos? Por quê? 5. você acha que o est ágio na disciplina Saúde Ment al em Enferm agem m odificou sua m aneira de viver?

Análise dos dados

As ent revist as foram analisadas por m eio da Análise de Cont eúdo, ou sej a “ . . . um conj unt o de t écn i cas d e an ál i se d as co m u n i caçõ es q u e v i sa, at r av és de pr ocedim ent os sist em át icos e obj et iv os d e d escr ição d o con t eú d o d as m en sag en s, ob t er indicador es, quant it at iv os ou não, que per m it am a infer ência de conhecim ent os r elat iv os às condições de produção/ recepção dest as m ensagens”( 6). Agrega-se a m odalidade Tem ática para atingir os significados m anifest os e lat ent es, obt idos nas ent r ev ist as, em pr of u n didade, com su j eit os qu e v iv em o u n iv er so acadêm ico. Essa m odalidade é um a asser ção sobr e d et er m in ad o assu n t o, p od en d o ser colocad a u m a si m p l e s se n t e n ça , u m co n j u n t o d e l a s o u u m p a r á g r a f o . I n co r p o r a , co m m a i o r o u m e n o r i n t e n si d a d e , o a sp e ct o p e sso a l a t r i b u íd o p e l o respondent e acerca do significado de um a palavra e/ ou sobr e as con ot ações at r ibu ídas a u m con ceit o, envolvendo não apenas com ponent es racionais, m as, t am bém , ideológicos, afet ivos e em ocionais.

Se i s p a sso s f o r a m a d o t a d o s p a r a u m a const rução consist ent e das cat egorias( 6- 7):

1º - após a t r anscr ição na ínt egr a das ent r ev ist as gravadas, realizou- se um a leit ura dos t ext os a part ir de um a at enção flut uant e. Post eriorm ent e, com base na at enção flut uant e, pr oceder am - se m ais t r ês r e-leit ur as, int er calando a escut a do m at er ial gr av ado com a leit ur a do m at er ial t r anscr it o. Essa post ur a at ent a possibilit a acom panhar o encadeam ent o de associações em cad a en t r ev ist a e a cad a p essoa e n t r e v i st a d a . A a t e n çã o f l u t u a n t e p e r m i t e o f u n ci o n am en t o d a asso ci ação o m ai s l i v r em en t e possível a qualquer elem ent o do discurso. Na leit ura flut uant e é que se deix a inv adir por im pr essões e orient ações ant es de analisar ou conhecer o t ext o; 2º - por m eio de nova re-leitura, foram grifadas palavras e f r ases d os t ex t os or ig in ais, id en t if ican d o- se as convergências e divergências em cada ent revist a; 3 º - após ser em iden t if icadas as con v er gên cias e div er gên cias, as palav r as e f r ases gr if adas f or am recortadas dos textos originais. Da m esm a form a, esse procedim ent o deu- se em cada um a das ent revist as; 4º - após o recort e das palavras e frases, buscou- se i d e n t i f i ca r a s co n v e r g ê n ci a s e d i v e r g ê n ci a s p o r ent revist as e ent re as ent revist as, para a elaboração das cat egor ias;

6º - após a const rução das cat egorias, procedeu- se à discussão dos dados.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

As categorias encontradas estão na Tabela 1.

Tabela 1 - Cat egorias represent at ivas das percepções dos alunos do Curso de Graduação em Enferm agem , após o est ágio em Saúde Ment al. Sant o Andr é, SP, 2004 o r t u o o d o ã s n e e r p m o c a o d n a n o i c r o p o r p :l a t n e M e d ú a S 1 . 3 r i v u o e d a i c n â t r o p m i a : o n a m u h o t i e p s e R 2 . 3 e t n e i c a p o d a d a z il a u t x e t n o c o ã s i v a m u a r a p o d n i u b i r t n o c :l a t n e M e d ú a S 3 . 3 o ã s s if o r p a d s i e v á j e s e d n i " s a m o t n i s e s i a n i s " : m e g a m r e f n E m e o ã ç a u d a r G 4 . 3

Saúde Mental: proporcionando a com preensão do outro

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obj et ivos da disciplina Saúde Ment al é proporcionar a o a l u n o a r e f l e x ã o so b r e a co m p r e e n sã o d a d i m en são h u m an a. As f r ases ab ai x o m o st r am a per cepção dos alunos.

Achei m uito interessante, pois não tinha a m ínim a idéia

do que se tratava, obtive um a visão psicológica ( Josefa) .

No i n íci o f i q u e i p e r d i d a , m a s d e p o i s f u i m e

fam iliarizando com o estágio e vi a im portância, pois aprendi a

fazer o relacionam ento terapêutico (Maria).

Passei a respeitar mais os colegas e professores (Camila).

Po r m ei o d o est ág i o n a d i sci p l i n a Saú d e Ment al, pode- se not ar que as alunas Josefa, Maria e Cam ila sent ir am - se est im uladas e int er essadas na m edida em que perceberam a im port ância de se t er u m a v isão psicológica do ser h u m an o, bem com o aprim orar suas relações int erpessoais, dem onst radas pela sat isf ação em t er apr en dido a desen v olv er o r elacionam ent o t er apêut ico. Na m edida em que as pessoas passam a com pr eender a subj et iv idade do o u t r o , ap r i m o r an d o su as r el açõ es i n t er p esso ai s, per cebe- se t am bém a im por t ância do r espeit o nas relações, que é, sem dúvida, parte fundam ental para a co m p r e e n sã o d o o u t r o . Co m p r e e n d e r i n cl u i , n e ce ssa r i a m e n t e , u m p r o ce sso d e e m p a t i a , d e iden t ificação e pr oj eção. Sem pr e in t er su bj et iv a, a co m p r e e n sã o p e d e a b e r t u r a , si m p a t i a e gener osidade( 4).

Dest aca- se esse pr ocesso de em pat ia, de ident ificação e proj eção pelas falas dos suj eit os.

Esse est ágio foi m uit o int eressant e, pois houve um

envolvim ento com o paciente e criam os um vínculo ( Manolo) .

Ao passar por essa vivência, aprendi a enxergar m elhor

o lado subj etivo das pessoas ( Rafaela) .

Aprendi muito, porque houve mudança na minha maneira

de olhar as pessoas e ver que as m esm as tam bém têm em oções

(Roseli).

A incom preensão de si é fonte im portante de in com pr een são do ou t r o. No m om en t o em qu e se p a ssa a co m p r een d er a si m esm o , en t r a - se em contato com nossa subj etividade, por m eio da prática m ent al do aut o- exam e perm anent e, descobre- se que se é u m ser f alív el, f r ág il, in su f icien t e, car en t e. D e sco b r e - se q u e t o d o s n e ce ssi t a m d e m ú t u a co m p r e e n sã o( 4 ). O se r h u m a n o n e ce ssi t a com pr eender m elhor a si m esm o e ao out r o, pois q u a n d o se e n t e n d e o o u t r o e a si p r ó p r i o , o relacionam ento torna- se m ais espontâneo e efetivo( 8). A frase a seguir m ostra que a aluna perm itiu-se a prática m ental do auto- exam e, um dos obj etivos da disciplina Saúde Ment al.

Mudou m uito m inha m aneira de viver, pois fui um a

pessoa antes do estágio prático e agora procuro ser outra pessoa

m e preocupando com sent im ent os do pacient e, pois é m uit o

im portante, e até m esm o fundam ental para sua m elhora (Sônia).

A com preensão do outro requer a consciência da com plexidade hum ana. Diante disso, é im portante que se est ej a aber t o par a o out r o e que se t ent e int eriorizar a t olerância, ou sej a, capazes de aceit ar a expressão de idéias, convicções, escolhas contrárias às proprias. Na m edida em que se sint oniza com o outro em alto grau de em patia, o ser hum ano torna-se r ealm ent e com pr eensiv o( 8). O planet a necessit a, em t odos os sent idos, de com preensões m út uas. Eis ent ão a im port ância fundam ent al da educação para a com preensão, em t odos os níveis educat ivos e em t odas as idades( 4).

A d i sci p l i n a Saú d e Men t al , n o cam p o d e e st u d o e m q u e st ã o , o f e r e ce su a co n t r i b u i çã o fundam ent al na m edida em que proporciona a digna t arefa na com preensão do out ro.

Respeit o hum ano: a im port ância de ouvir

Ouv ir é r enunciar. É a m ais alt a for m a de altruísm o, em tudo quanto essa palavra signifique de am or e at enção ao próxim o. Talvez, por essa razão, a m aioria das pessoas ouve tão m al, ou sim plesm ente não ouve( 9).

Nossa t endência a fr agm ent ar é m ais for t e que a necessidade de int egr ar. Não se sabe ouv ir. Quando alguém fala, em vez de se escutar até o fim o que ele t em a dizer, logo se com eça a com parar o q u e e st á se n d o d i t o co m a s p r ó p r i a s i d é i a s e r efer enciais pr év ios. O pr ocesso m ent al é cham ado de aut om at ism o concordo- discordo( 10). Para ouvir at é o f i m , se m co n co r d a r n e m d i sco r d a r, sã o a t o s ext rem am ent e difíceis para t odos. Esse aut om at ism o con cor d o- d iscor d o f u n cion a d a seg u in t e m an eir a: quando o int erlocut or com eça a falar, de im ediat o o ouvint e assum e duas at it udes: a) “ j á sei o que ele vai dizer e concordo; portanto, não vou perder tem po continuando a ouvi- lo” ; b) “ j á sei o que ele vai dizer e discordo; assim , não t enho por que ouvi- lo at é o fim ”. Em am bos os casos, o r esult ado é o m esm o: nega- se a quem fala a capacidade ou a possibilidade d e d i zer al g o d e n o v o , o q u e, n a p r át i ca, p o d e co r r e sp o n d e r à n e g a çã o d e n o ssa p r ó p r i a exist ência( 10).

(6)

at ent o às pr ópr ias r eações ao que se ouv e, pois a com unicação é fundam ent alm ent e det erm inada pela percepção de quem a recebe, e não exclusivam ent e pelo que é expresso por quem com unica( 10).

As a l u n a s Ma n o e l a , I sa b e l e Go r e t i a p r e n d e r a m q u e a i m p o r t â n ci a d e o u v i r e st á r elacionada ao r espeit o e à com pr eensão hum ana. Vej am os as frases seguint es.

Houve um a m udança significativa, pois aprendi a ouvir

m elhor as pessoas, a valorizar m ais o ser hum ano...A ouvi- lo de

verdade... (Manoela).

Ouvir pr im eir o e falar depois...A gent e quer falar

sem pre...Nesse estágio, eu percebi o quanto é im portante acolher

as pessoas, escut ando... ( I sabel) .

Pr eci sam o s o u v i r m ai s o p aci en t e e t er m ai o r

consideração por ele...Se a gente ouvisse m ais, talvez os pacientes

tivessem um a m elhor recuperação, pela satisfação de ter alguém

lhe dando de fato, a devida im portância ( Goreti) .

Exist em algum as m aneiras de ouvir, pois, às vezes, as pessoas são m elhores ouvint es em cert as sit uações do que em out ras. O int eresse governa o com por t am en t o, ou v i- se m elh or qu an do se t em a at enção est im ulada. Esse est ím ulo variará de acordo com os int eresses, e ouvir- se- á m elhor sem pre que se p r e ci sa co m p r e e n d e r a ssu n t o s d o p r ó p r i o in t er esse, q u an d o a cu r iosid ad e f or d esp er t ad a e quando alguém se referir a qualquer assunto que nos afet e pessoalm ent e( 9).

A am pliação da visão, quant o à im port ância de ouvir o outro, diz respeito à própria subj etividade, o que fav or ece t r ocas pr ofissionais e int er pessoais, f a ci l i t a n d o o e n f r e n t a m e n t o d e co n f l i t o s e o com partilham ento de experiências, o que, na verdade, co n st i t u i a m a t r i z d e i d e n t i d a d e p a r a a t e n çã o hum anizada.

Sa ú d e Me n t a l : co n t r i b u i n d o p a r a u m a v i sã o cont ext ualizada do pacient e

Um dos princípios bast ant e propagados pela enferm agem é o de assist ir o indivíduo globalm ent e. Porém , fica aquém das expect at ivas um a vez que é pr ior izado o aspect o t ecnicist a. Não se quest iona a necessidade de desenv olv er a com pet ência t écnica d o a ca d ê m i co d e e n f e r m a g e m , co n t u d o , o desenvolvim ent o de habilidades não pode se lim it ar a questões centradas no agir, m as tam bém no pensar e no sentir. Faz- se necessário enfatizar a com preensão do out ro, o respeit o ao out ro na sua com plexidade, j á que o ser hum ano é, a um só t em po, biológico,

p si co l ó g i co , cu l t u r a l e so ci a l . Ne sse se n t i d o , a im p or t ân cia d a d iscip lin a Saú d e Men t al f oi assim docum ent ada, com o apr esent ada abaix o.

A disciplina Saúde Mental contribuiu, pois fiquei m ais

hum ano...Mais tolerante e m ais com preensivo ( Manolo) .

A disciplina Saúde Ment al contribuiu, pois houve um a

noção de Saúde Mental e de prevenção por m eio da Saúde Mental

olhando o paciente com o um todo...Ver tudo...Não só a doença ou

o corpo, m as enxergar a pessoa ( I sabel) .

Na ár ea da saú de, a t ecn ologia n ão pode anular o hom em . Ser solidário com o outro, valorizar a dim ensão hum ana, pr est ar assist ência, dent r o de um a v isão com plex a e cr iar r elação de aj uda com em pat ia fazem da hum anização a base do exercício do pr ofission al en fer m eir o. Sabe- se qu e a m et a é cam inhar na dir eção da hum anização e, quando se p r ocu r a h u m an izar o t r ab alh o, t or n am o- n os m ais hum anos. Para que isso se concretize, o aluno precisa ter conhecim ento sobre a hum anização da assistência, sobre seus valores pessoais a respeito do ser hum ano, ou os valores que poderá agregar à sua condut a, e i n st r u m e n t a l i za r - se p a r a sa b e r co m o a g i r t e r a p e u t i ca m e n t e . Cu i d a r é a r a zã o d e se r d a enferm agem e, conseqüent em ent e, sua ét ica( 5,8).

Diant e disso, o aluno precisa ser conduzido à reflexão do que vem a ser “ o hum ano”, para que possa pr at icar u m cu idar com plex o, ou sej a, n ão ap en as n a d im en são b iológ ica, m as n a d im en são biopsicossocial plena.

Gr ad u ação em en f er m ag em : “ sin ais e sin t om as” indesej áv eis da pr ofissão

A enferm agem no Brasil, não m uito diferente de out r os países, passou a desv alor izar o cuidado h u m an o, at en den do à ideologia de cu r a. Hoj e, as ações curativas ocupam a m aior parte das atividades, u t ilizan do- se t ecn ologias m at er iais cada v ez m ais sofisticadas. Diante dessa realidade, alunas, com base na par t icipação de est ágios iner ent es ao Cur so de Graduação em Enferm agem com entam o trabalho dos profissionais da Enferm agem . Observe- se os t rechos a seguir.

As pessoas agem esquecendo o lado em ocional. Muitos

só pensam no aspecto técnico, de com o cuidar de um curativo...O

paciente é m ais que um a ferida, que um a doença ( Roseli) .

Eu percebo...Quando eu observo os profissionais que

t rabalham no hospit al, eu vej o que eles não colocam em prát ica

o que apr endem , ou sej a, a valor izar o aspect o em ocional

(7)

É um a profissão m uito m ecânica. Tudo é técnica...Tudo

tem horário, tudo é m uito corrido. O lado em ocional fica em terceiro

plano (Manoela).

A form ação de profissionais volt ada apenas par a o desem penho t écnico específico da sua ár ea de atuação não pode m ais ser aceita pelas instituições de ensino superior. Sua preocupação deve volt ar- se para a form ação do profissional cidadão, com pet ent e técnica e cientificam ente, m as, sobretudo, com am pla v isão d a d im en são h u m an a. A d if icu ld ad e m u it as vezes de se enxergar a dim ensão hum ana evidencia-se, com o nas falas.

Muitas vezes o paciente está triste por estar internado

e não param os para conversar com ele, som ente realizam os nossa

tarefa e vam os em bora ( I vone) .

É um a profissão m ais m ecânica do que em ocional. Eu

vej o o com portam ento frio das pessoas. Eu não quero ser assim

(Rafaela).

Por form arem profissionais que lidam com a sa ú d e e co m a v i d a d a s p esso a s, o s cu r so s d e graduação necessitam repensar a form ação e a prática pedagógica, os quais, ainda hoj e, são inspirados no m odelo m ecanicist a. Um dos preceit os desse m odelo é dividir o objeto de estudo ou as dificuldades surgidas em tantas parcelas quantas necessárias para resolvê-las, o que provoca a divisão do conhecim ento em áreas cada vez m ais especializadas( 5,11).

At é à r ev olução car t esiana, os t er apeut as, de um m odo ger al, t r at av am seus pacient es com o ser es com post os por cor po e alm a, den t r o de u m cont ex t o social e espir it ual. Por ém , com o m odelo biom édico, a divisão ent re corpo e m ent e, reduziu o corpo hum ano a um a m áquina, cuj o funcionam ent o depende do est ado de operação em que se encont ra seu m ecanism o biológico. A partir de então, as ciências têm investigado o funcionam ento biológico até o nível m olecular, enquanto que as influências de fatores com o p si co- em oci on al e o soci oam b i en t al n o p r ocesso saúde- doença deixaram de ser consideradas( 5), com se not a nas frases seguint es.

A grade curricular não perm it e m elhor valorização do

aspecto em ocional, pois som os cobrados m ais pela parte técnica

( I sabel) .

Há u m a p r ior ização d e v alor es t écn icos, sen d o

esquecidos os aspectos em ocionais... A gente é avaliado pela

m aneira com o fazem os os procedim entos e pela m aneira com o

raciocinam os... Pelo conhecim ento científico...Aí, a gente se afasta

do em ocional do paciente (Josefa).

É preciso considerar a possibilidade de um a f or m ação m ais h u m an a q u e p r iv ileg ie u m a v isão

com plexa do hom em , reconhecendo- se a im port ância d o s a sp ect o s p si co - em o ci o n a i s e a m b i en t a i s n o p r o cesso sa ú d e- d o en ça e n o r el a ci o n a m en t o d o profissional com o cliente. Essa form ação, certam ente, não será objeto de um a ou algum as disciplinas da área de ciências hum anas e, sim da filosofia que deverá nortear o desenvolvim ento do curso, com envolvim ento de todos os professores e alunos( 5).

Após essa discussão, espera- se aqui, que o ensino em Cursos de Graduação em Enferm agem se paut e cada vez m ais no cont at o com as dim ensões em ocionais das pessoas, na dim inuição da dicot om ia ent re os problem as dit os físicos e os dit os psíquicos, n o est ím u lo p ar a p er ceb er e lid ar com a p r óp r ia b a g a g e m e m o ci o n a l , n o p r e p a r o p a r a a d q u i r i r experiência e habilidade em falar com pessoas, ouvir est ó r i a s, r eco n h ecer e ex p r essa r sen t i m en t o s e certam ente ter m ais condições de cuidar do paciente, desenvolvendo sua própria grandeza com o pessoa e com o profissional. O futuro enferm eiro não se constitui apenas com o um elem ento técnico e hábil, m as acim a de tudo é um ser hum ano( 12).

As cat egor ias ex post as apr esent am pont os de cont at o, de relacionam ent o e de perm ut a. Abrem cam inhos para o aprim oram ent o da verificação e da análise das per cepções apr esent adas por alunos de u m Cu r so d e Gr ad u ação d e En f er m ag em , ap ós o est ág i o em Saú d e Men t al . D essa f o r m a, n ão se pret ende esgot ar o t em a em quest ão, ao cont rário, esp er a- se q u e n o v o s o l h ar es co n t r i b u am p ar a o apr im or am ent o dest e est udo.

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

É im portante resgatar que a m ola propulsora p a r a a r e a l i za çã o d o p r e se n t e e st u d o f o i a n ecessid ad e d e u m a in v est ig ação a r esp eit o d as per cepções apr esen t adas por alu n os de u m Cu r so de Gr aduação em Enfer m agem , após o est ágio em Saúde Ment al, apr ofundando o olhar par a v er ificar se, após esse estágio, houve valorização dos aspectos em ocionais na m esm a proporção que são valorizados os aspect os t ecnicist as.

(8)

significados, com o fontes orientadoras para um ensino-a p r e n d i zensino-a g e m h u m ensino-a n i zensino-a d o , e m u m Cu r so d e Graduação em Enferm agem .

Por m eio das cat egorias, pôde- se vislum brar a s p e r ce p çõ e s a p r e se n t a d a s p o r a l u n o s a p ó s a realização da prática de Enferm agem em Saúde Mental, e registrou-se que a idéia de que o ser hum ano não se constitui apenas do seu aspecto biológico, m as tam bém dos aspect os psicológico, social, cult ural e espirit ual, conform e relat os e a com preensão pelos discent es.

A d i sci p l i n a Saú d e Men t al , n o cam p o d e e st u d o e m q u e st ã o , o f e r e ce su a co n t r i b u i çã o f u n d a m e n t a l n a m e d i d a e m q u e p r o p o r ci o n a o aprendizado da com preensão do out ro, por m eio do processo de em pat ia, de ident ificação, de proj eção, da prát ica m ent al do aut o- exam e, da im port ância de ouvir com o form a de respeit o ao out ro. É um a das m issões da edu cação edu car par a a com pr een são hum ana, par a que se possa adquir ir a condição de solidariedade int elect ual da hum anidade.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

1 . Ar m elin MVAL, Scat en a MCM. A im por t ân cia do apoio em ocional às pessoas hospit alizadas: o discurso da lit erat ura. Nur sing 2000 dezem br o; 22- 25.

2. Kawakam e PMG, Garcia TM. Desvendando o significado de ex per iên cias clín icas in iciais de est u dan t es de gr adu ação em enferm agem . Rev Bras Enferm agem 2000 j ulho- setem bro; 5 3 ( 3 ) : 3 5 5 - 6 2 .

3. Capra F. O pont o de m ut ação. São Paulo ( SP) : Cult r ix ; 1 9 9 2 .

4. Morin E. Os set e saberes necessários à educação do fut uro. 8ª ed. São Paulo ( SP) : Cort ez; 2003.

5. Waldow VR. O Cuidado Hum ano: o resgat e necessário. 3ª ed. Port o Alegre: Edit ora Sagra Luzzat t o; 1999.

6. Bardin L. Análise de cont eúdo. 3ª ed. Lisboa ( Port ugal) : Edições 7 0 ; 2 0 0 4 .

7 . Si l v a AL. A v i d a p o r u m f i o : a d o e n ça q u e a t a ca si l e n ci o sa m e n t e [ Te se ] . Sã o Pa u l o ( SP) : Esco l a d e Enfer m agem / USP; 2 0 0 0 .

8. Figueiredo N M A. Cuidar em saúde: lugar de invenção de um novo paradigm a cient ífico. Rev Bras Enferm agem 1998 j u lh o- set em br o; 5 1 ( 3 ) : 4 4 7 - 5 6 .

9. Pent eado JRW. Técnica da com unicação hum ana. 2ª ed São Paulo ( SP) : Livraria Pioneira; 1969.

10. Mariot t i H. As paixões do ego: com plexidade, polít ica e solidariedade. 2ª ed. São Paulo ( SP) : Palas At hena; 2002. 1 1 . Kan t or sk i L P, Silv a G B. O en sin o d e en f er m ag em psiquiát rica e saúde m ent al: um olhar a part ir dos program as das disciplinas. Rev Lat ino- am Enferm agem 2000 novem bro-dezem br o; 8( 6) : 27- 34.

12. Cam poy M A, Merighi MAB, St efanelli MC. O ensino de enferm agem em saúde m ental e psiquiátrica: visão do professor e do aluno na perspectiva da fenom enologia social. Rev Latino-am Enferm agem 2005 m arço- abril; 13( 2) : 165- 72.

Referências

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