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Revendo o uso dos corticosteroides em displasia broncopulmonar.

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ARTIGO

DE

REVISÃO

Reviewing

the

use

of

corticosteroids

in

bronchopulmonary

dysplasia

,

夽夽

Fernanda

Aparecida

de

Oliveira

Peixoto

a,b,∗

e

Paulo

Sérgio

Sucasas

Costa

a

aDepartamentodePediatria,FaculdadedeMedicina,UniversidadeFederaldeGoiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil bUTIneonatal,HospitaldasClínicas,UniversidadeFederaldeGoiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil

Recebidoem20dejulhode2015;aceitoem30dejulhode2015

KEYWORDS Bronchopulmonary dysplasia;

Corticosteroids; Treatment

Abstract

Objective: Reviewtherisksandbenefitsofpostnatalcorticosteroiduseforthetreatmentof bronchopulmonarydysplasia,consideringthatthereisnotamoreeffectivetherapy.

Datasources: TheliteraturereviewwascarriedoutintheBiremedatabase,usingtheterms ‘‘bronchopulmonary dysplasia and corticosteroid’’ in the Lilacs, Ibecs, Medline, Cochrane Library,andSciELOdatabases,selectingthemostrelevantarticlesonthesubject,withemphasis onrecentliteraturepublishedinthelastfiveyears.

Summaryofthedata: Inpreterminfants,bronchopulmonarydysplasiaisstillacommon pro-blemandremainswithoutaspecifictherapy,despiteknowledgeoftheseveralriskfactors.The treatmentessentiallyconsists ofsupportivemeasures,but inthepast,corticosteroidswere widelyused, astheyarethe onlymedicationsthathaveanimpact ondisease progression. However,theemergenceofcerebralpalsyassociatedwiththeindiscriminateuseof corticos-teroidshasprevented theprescriptionofthisdruginthelast15 years.Sincethen, nonew measureshavebeentaken,andtheincidenceofthedisease tendedtoincreaseduringthis period, creatingthe needfor a review ofcorticosteroid useand, possibly,more restricted indications.

Conclusions: Theassociationbetweenrisksandbenefitsofcorticosteroiduseinpreterminfants needstobeconsideredduetothefactthatsomeinfantsubpopulationsmayshowmorebenefits thanrisks,suchasthoseusingmechanicalventilationwithdifficultweaning.

©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2015.07.007

Comocitaresteartigo:PeixotoFA,CostaPS.Reviewingtheuseofcorticosteroidsinbronchopulmonarydysplasia.JPediatr(RioJ).

2016;92:122---8.

夽夽TrabalhovinculadoaoDepartamentodePediatria,UniversidadeFederaldeGoiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:fernandapeixoto20@gmail.com(F.A.deOliveiraPeixoto).

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PALAVRAS-CHAVE Displasia

broncopulmonar; Corticoide; Tratamento

Revendoousodoscorticosteroidesemdisplasiabroncopulmonar

Resumo

Objetivo: Revisar osriscosebenefíciosdousodocorticoidepós-natalparaotratamentoda displasiabroncopulmonar,umavezqueaindanãoháoutraterapiamaiseficaz.

Fontesdedados: ArevisãodaliteraturafoifeitapelobancodedadosdaBireme,comostermos

bronchopulmonarydysplasiaandcorticosteroidnossistemasLilacs,Ibecs,Medline,Biblioteca CochraneeSciELO.Foramselecionadososartigosdemaiorrelevânciasobreotema,comênfase naliteraturadosúltimoscincoanos.

Síntesedosdados: Emrecém-nascidosprematuros,abroncodisplasiaaindaéumproblema fre-quenteesemterapêuticaespecífica,apesardoconhecimentodosváriosfatores derisco. O tratamento,basicamente,éfeitopormedidasdesuporte,masocorticoidenopassadofoi lar-gamenteusadoporsetratardaúnicamedicac¸ãocomimpactonaevoluc¸ãodadoenc¸a.Porém, oaparecimentodeparalisiacerebralassociadaaousoindiscriminadodocorticoideinviabilizou aprescric¸ãodadroganosúltimos15anos.Desdeentão,nenhumanovamedidafoitomada,a incidênciadadoenc¸atendeuaumaumentonesseperíodoecriouanecessidadedarevisãodo usodocorticoideedepossíveisindicac¸õesmaisrestritas.

Conclusões: Arelac¸ãodoriscoebenefíciodoscorticoidesusadosemrecém-nascidos prema-turosprecisaserponderadadiante dealgumassubpopulac¸õesdebebêsquepodem termais benefíciosdoqueriscos,comonaquelesemventilac¸ãomecânicaecomdesmamedifícil. ©2015SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos reservados.

Introduc

¸ão

Apesar das melhorias na assistência perinatal e na maior sobrevidadebebêscadavezmaisjovens,adisplasia bronco-pulmonar(DBP)aindaéumacomplicac¸ãofrequente,éuma dasmais prevalentes eimportantes sequelas da prematu-ridade. Entre 2008e 2013, osregistrosdaRede Brasileira dePesquisasNeonataisdemonstramque,apesardamelhor sobrevida dos prematuros extremos, a incidência de DBP oscilou de 14,7% para 14% e permaneceu praticamente inalterada.1

Melhores condic¸ões pré-natais, reposic¸ão precoce de surfactante, suplementac¸ão de oxigênio, assistência ven-tilatória mecânica, melhor monitorac¸ão invasiva e não invasiva, nutric¸ão parenteral total e oxigenac¸ão por membranaextracorpóreasãoexemplosdosavanc¸osda neo-natologia nas últimas quatrodécadas, mas, infelizmente, poucomudounaprevenc¸ãoounotratamentodaDBP.2

A DBP predispõe ao aumento no tempo de internac¸ão hospitalareaumentaamortalidadeneonatal.Nainfância, oslactentesdisplásicostêmpiordesenvolvimento neurop-sicomotor,apresentamreinternac¸õesprolongadas,alémda possibilidadedemanterafunc¸ãopulmonarprejudicadapor toda avida.3 Além disso, adoenc¸a representaumgrande

ônusnaestruturafamiliardessascrianc¸as,alémdoimpacto negativonosrecursosemsaúdecoletiva.

A esperapor novasmedidasterapêuticas nãotem sido promissora,oquenosforc¸aatentarcompreendermelhoros fatoresderiscoeasmedidaspreventivasparaaDBP.Uma vezinstaladaadoenc¸a,otratamentoficapraticamente res-tritoàsmedidasdesuporte,poisasterapiaspropostasnos últimos anos nãoalteraram a evoluc¸ão do quadro patoló-gico.Dentreessasterapias,aadministrac¸ãodecorticoideé amaiscontroversa,entrouemdesusona décadade2000,

quandoseacreditavaqueosriscosdousodecorticoideeram maioresdoqueseusbenefícios.Algunsautores,noentanto, atribuemao seu desuso o aumentoda incidência daDBP. Assim,dadaaausênciadenovasopc¸õesterapêuticas,o cor-ticoidevoltaanosincomodaregeranovasreflexõessobre suasaplicac¸ões.2,4

Fatoresderisco

Diversos fatores de risco estão envolvidos no desenvol-vimento da DBP, porém é difícil definir qual deles tem maior importância, visto que interagem de diferentes formas durante as várias fases do desenvolvimento dos recém-nascidos prematuros. Além do mais, nem todos os prematurosdesenvolverãoDBP,umavezquerespostas indi-viduaisaagressãopulmonarsãomoduladas pelagenética, epigenética e pela combinac¸ão de diferentes fatores de protec¸ãoeresiliênciaàdoenc¸a.4

A DBP basicamente é o produto da resposta inflama-tória tecidual pelo seu próprio reparo. Como o pulmão está em constante desenvolvimento não só no feto, mas também no recém-nascido, a compreensão do potencial das lesões que podem ocorrer depende sobremaneira da fasede maturac¸ão na qualse instalou a injúria.Desde a fibroseseptal alveolar da clássica displasia broncopulmo-nar,encontradanosprematurosmaistardios,atéainibic¸ão daformac¸ãodosalvéolospulmonaresda‘‘novadysplasia’’, encontradaemprematurosmenoresde32semanas,existe umgrandeespectrodamesmadoenc¸a.3---5

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O sexo masculino, a menor idade gestacional ao nascimento, bem como o barotrauma e a excessiva suplementac¸ão de oxigênio na sala de parto, são reco-nhecidamente fatores de risco precoces.7,8 A ventilac¸ão

mecânica, a hiperóxia e a infecc¸ão neonatal são fato-res desencadeadores de um processo inflamatório e, na presenc¸a de um pulmão imaturo, representam os princi-paispilaresdafisiopatogeniadadoenc¸a.Emumartigode revisão,Bhandari4 menciona que os prematuroscom

pul-mãoemfasededesenvolvimentocanalicular/sacularsãoos maispredispostosadesenvolverDBP equeostrês fatores supracitados(ventilac¸ãomecânica, hiperóxiae sepse) são osquemaiscontribuemparaafisiopatogenia.Oautorainda sugere que é maisimportante evitar ainfecc¸ão sistêmica neonataldoquea ventilac¸ãomecânica, na diminuic¸ão da respostainflamatóriapulmonare,assim,ummaiorimpacto naquedadaincidênciadaDBP.

Agenéticaéumfatorderiscocada vezmaisestudado e podeinterferir das maisvariadas formas, interage com asagressõesexternasecomafasedematurac¸ãopulmonar emqueseencontrao prematuro.Suponhamos,por exem-plo,queumdeterminadofetotenhacomoheranc¸agenética umaleloparticular dogenedaenzima superóxido dismu-tase(SOD),quepromoveasuscetibilidadedosbronquíolos terminaisaosradicaislivresdeoxigênio.Noentanto,essa suscetibilidadeestáprogramadaparaocorrernoperíodode 24a28semanasdegestac¸ão.Casoessefetovenhaanascer com32semanasdeidadegestacional,asuapredisposic¸ãoa DBPserámenornãosópelamaiormaturidadepulmonar,mas tambémpor umamenor influência dogene SOD,naquele determinadomomentododesenvolvimentofetal.9Se,por

umlado,a complexidade dessas interac¸õesnos afasta do completo entendimento dafisiopatogenia da doenc¸a, por outrocriaaesperanc¸a denovasperspectivas terapêuticas paraofuturo,comváriaslinhasdepesquisaaserem desen-volvidas.

Porora,restamaindamuitasdúvidase,apesardomelhor entendimento da fisiopatogenia da DBP, poucas respostas foramdadasacercadaeficáciadenovostratamentos.6,10

Aprevenc¸ãoprimáriadaprematuridadeaindaéamelhor formadeseevitaraDBP,masmesmocomaadequada assis-tênciapré-natal, nem sempre é possível evitar ospartos prematuroseaprevenc¸ãosecundáriapassaaserdiscutida comoumatentativadeevitarou,pelomenos,minimizaras lesõesprovocadaspeladoenc¸a.

Prevenc¸ão

O melhor momentopara se iniciara prevenc¸ão da DBP é ainda incerto porque desconhecemos quando a doenc¸a é desencadeadaem cadabebê,podeatéser nafasefetal.5

O conhecimento incompletoda fisiopatogenia dadoenc¸a, associadoàsinterac¸õesdosdiversoseincontroláveisfatores derisco, nos impedede individualizar a terapêutica ade-quadaacadaprematuro.Noentanto,baseadonoquejáse conhecedafisiopatogeniadadoenc¸a,dafisiologia fetale doimpactodainterrupc¸ãoprecocedeumagestac¸ão, algu-masmedidasvêmsendoestudadase,porvezes,aplicadas napráticaclínica.2,6,10

Ousodocorticoideantenatalparaamaturac¸ãopulmonar diminuiamortalidadeneonatal,asíndromedodesconforto

respiratório do recém-nascido (SDR-RN) e a hemorragia perintraventricular. Portanto, é uma recomendac¸ão for-malparagestantesemtrabalhodepartoprematuro.11 Mas

mesmo em combinac¸ão comosurfactante pós-natal, ape-sardosbenefíciosmencionados,osresultadosdaspesquisas indicamquenãohouvediminuic¸ãoaincidênciadeDBP.6,10

Aassociac¸ãodo barotrauma ouvolutrauma com aDBP levou à busca de melhores formas de ventilar os prema-turos,foiproposta umaventilac¸ão maissuave,como uso da hipercapnia permissiva e o volume garantido, como modo ventilatório. Apesar da necessidade de mais estu-dos,umaventilac¸ãomaisfisiológica,comvolumeebaixas frac¸ões deoxigênio,sem levarà hipoventilac¸ão, deveser recomendada.8

Acafeínausadanotratamentodaapnéiada prematuri-dadetambémdemonstroudiminuiroriscodaDBP,embora omecanismodeac¸ãonãosejaclaro.10 Köro˘gluetal.12

ava-liaramo efeitodacafeína emratosprematuros,usaram o lipopolissacáridecomo pró-inflamatório e observaram que houveumamelhorianafunc¸ãopulmonar,oquesugereum efeito protetor,via mecanismo anti-inflamatório.Além do mais, ouso dacafeínatemdemonstrado aumentona res-postadequimiorreceptoresdodióxidodecarbono,melhoria dodesempenhodamusculaturarespiratóriaeaumentoda excitabilidadedosistemanervosocentral.6,10

A vitamina A executa várias func¸ões celulares, atua como um potente antioxidante.Além daincapacidade de metabolizar e eliminar os radicais livres, os prematuros apresentamdeficiênciadevitaminaA.6Quandoavitamina

é suplementada, atéa normalizac¸ão dos níveis séricos, é possívelcomprovaradiminuic¸ãodadependênciade oxigê-nio com 36semanas deidade corrigida. Porém,em longo prazo,nãohouvediferenc¸anodesfechofinalentreosbebês que usarama vitaminaAem elevadas dosese osquenão usaram.13Mesmoqueencorajador,asuplementac¸ãoda

vita-minaAtambémé dificultadapelalimitadadisponibilidade damedicac¸ãoforadosgrandesemalgunscentros.

Oestresseoxidativodascélulasinjuriadasliberaradicais livres. Como osradicais livres estão diretamente envolvi-dosnaprogressãodaDBP,asuplementac¸ãoprofiláticacom enzimas antioxidantes pode ser promissora. De todos os tratamentos antirradicais, o uso da superóxido dismutase parece ser o maiseficaz.7 Davis14 estudou o uso

intratra-quealdasuperóxidodismutaseedemonstrouaminimizac¸ão dos efeitos lesivos daventilac¸ão mecânica e do oxigênio, semassociac¸ãodeefeitostóxicos.McEvoyetal.3citamdois

outrosantioxidantes:osprecursoresdaglutationaea cime-tidina,masatéomomentovêmapresentandoestudoscom resultadosdesanimadores.

O óxido nítrico inalado melhora a oxigenac¸ão e a ventilac¸ão em várias situac¸ões, como na síndrome de aspirac¸ão meconial, na sepse e na hipertensão pulmo-nar,alémdeapresentarpropriedadesanti-inflamatórias.De acordocomesses achados,estudosforamfeitos e investi-garamospotenciaisbenefíciosdoóxidonítriconareduc¸ão do risco ou dagravidade da DBP. No entanto, as evidên-ciasnãoapoiamo papeldoóxidonítricona prevenc¸ãoda doenc¸a,emboraaindanãoestejaclaroseexistealgum sub-grupo específico de prematuros que se beneficiaria desse tratamento.6

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comoumfatorcausal.Algunsestudostêmdemonstradoque ofechamentoprofiláticodocanalarterialnãoprevineaDBP, algunssugeremqueotratamentopodeatéaumentarorisco paradesenvolveradoenc¸a.Ousodeindometacina,apesar depromoverofechamentodocanalarterial,podeaumentar aincidênciadeDBPquandocomparadocomofechamento espontâneo.Aintervenc¸ãocirúrgicatambémnãosemostrou eficaz na prevenc¸ão da DBP e melhores resultados foram obtidos quando não havia qualquer tipo de intervenc¸ão, medicamentosa oucirúrgica.8 Porém,essesresultadossão

controversoseporvezesdiscordantes.NoBrasil,Sadecket al15 avaliaram 494 prematuros menores doque 10.00 ge

doque33semanasdeidadegestacionaleconcluíramque tantootratamentofarmacológicoquantoocirúrgico dimi-nuíramamortalidadenosprematurosdemuitobaixopeso. No entanto, foi demonstrada diferenc¸a estatística signifi-cativa na incidência de DBP, o que beneficiou os grupos detratamento conservadorefarmacológicoemrelac¸ãoao grupodetratamentocirúrgicoereforc¸ouanecessidadede maisensaiosclínicosrandomizadosparaoentendimentoda PCAemprematuros.

A sepse neonataltem estreita relac¸ão com a DBP e é considerada como um fator derisco independente, assim comoa ventilac¸ãomecânicae aoxigenac¸ão.Lahraet al.16

relataram em uma coorte de798 prematuros,com idade gestacionalabaixo de 30semanas, umaumentonoíndice deDBPquando,napresenc¸adecorioamnionite,oneonato apresentava sepse neonatalassociada. Ao contrário desse resultado, prematurosqueevoluíramsem sepseneonatal, mesmoemvigênciadecorioamnionite,apresentarammenor incidência de DBP. Apesar de o papel direto da infecc¸ão nodesenvolvimentodaDBP nãoestarcompletamente elu-cidado,asevidênciassugeremqueainflamac¸ãosistêmica, associadaàsalterac¸õesnapermeabilidadevascular,éa prin-cipalcausadainjúriaalveolaredaconsequenteinterrupc¸ão do processo de alveolarizac¸ão.5,7 Alguns estudos em

ani-maissugeremque prevenira infecc¸ãoneonatal,localizada ou sistêmica (sepse) é ainda mais importante para redu-zirarespostainflamatóriadospulmõesdoqueaventilac¸ão mecânicainvasiva.Ouseja,especula-seahipótesedeque poderiahaverumimpacto aindamaiorna diminuic¸ãodos índicesdeDBPpelocontroledainfecc¸ãoneonatal,mesmo nospacientesemventilac¸ãomecânicainvasiva.4

Embora algumasterapias possamsersugeridas apartir doconhecimentodospreditoresdeDBP,issonãofoi sufici-enteparamudaraincidênciadadoenc¸aaolongodosanos. Diantedessequadro,aindaobscuro,ocorticoidevoltaaser discutido.

Denovoocorticoide

Historicamente,otratamento daDBPsempre foia princi-palindicac¸ãodousodocorticoideem neonatologia,muito embora outras indicac¸ões,como o choque refratárioe as laringitespós-extubac¸ão,estejamsetornandofrequentes.

Desdequeseestabeleceuainflamac¸ãocomofator deter-minante paraa DBP,os corticoides, porsua potente ac¸ão anti-inflamatória, passaram a ser amplamente estudados como ferramenta terapêutica ou profilática. O uso sistê-mico dos corticoides não só diminui a inflamac¸ão como também aumenta a produc¸ão de surfactante, acelera a

diferenciac¸ão celular pulmonar,diminui a permeabilidade vasculareaumentaareabsorc¸ãodeliquidopulmonar.Essas ac¸õesacabam poraumentaracomplacência pulmonareo volumecorrenteemelhorarafunc¸ãoventilatória.6,8

Inde-pendentementedomecanismo, oscorticoidesapresentam resultadospositivosnotratamentodeprematuroscomDBP. Oconhecimentodessesefeitos acabouporpropiciaroseu uso abusivo, principalmente no fim da década de 1990, quandohouve umatendênciaparaseu uso cada vez mais precoce,mesmonaquelespacientesmenosgraves.17

Aeficáciapós-nataldadexametasonanotratamentoda DBP dependenteda ventilac¸ão mecânica foi demonstrada pelaprimeiravezem1983,porMammeletal.18Comotempo

edevidoaosresultadospromissores,ousodocorticoide pós--natalemaltasdoseseportempoprolongadofoisetornando corriqueiro,sobretudonosprematurosextremos,chegoua terindicac¸ãodousoformalnaprofilaxiadaDBP.NoCanadá, entrejaneirode1996eoutubrode1997,25%dosprematuros demuitobaixopesoiniciavamousodecorticoidesistêmico naprimeirasemanadevida.NosEstadosUnidos,essemesmo índicefoide19%entre1995e1996.19

Seemcurtoprazoousoprecocedocorticoide apresen-tavacomobenefíciosimediatosadiminuic¸ãoda dependên-ciadaventilac¸ãomecânicaedooxigênio,alémdaincidência daDBP,esperar-se-iaqueem longoprazo também ocorre-riaumareduc¸ãonassequelasneurológicasassociadasàDBP. Noentanto,apósmaisdeumadécadadeusoindiscriminado decorticoidesistêmicopós-natal,diferentementedoquese esperava,osensaiosclínicoscomec¸aram ademonstrarum aumentosignificativonaincidênciadeparalisiacerebral.18

Cadavezmaisforamseestabelecendoosefeitosadversos dotratamentocomoscorticoides:hiperglicemia, hiperten-sãoarterialsistêmica,cardiomiopatiahipertrófica, sangra-mentosdigestivos,perfurac¸ãogastrointestinal,supressãodo eixohipotalâmico-hipofisário-adrenal,falhanocrescimento ponderoestatural,desacelerac¸ãodocrescimentodo períme-trocefálico,atrasosnoneurodesenvolvimentoealterac¸ões naestruturapulmonar.2

Em 2010, Halliday et al. analisaram 28 ensaios clíni-cosquecomparavamousoprecocedocorticoidesistêmico pós-natal em 3.740 participantes. Verificaram que no grupo que usou a dexametasona houve extubac¸ão mais precoce,diminuic¸ãodamortalidadeereduc¸ãoda incidên-cia de doenc¸a pulmonar, tanto quando avaliados com 28 dias de vida quanto com 36 semanas de IGc. Não houve diferenc¸aentreosgruposdetratamentoecontrolequanto àinfecc¸ãoneonatal,hemorragiaperintraventriculargrave, leucomaláciaperintraventricular,enterocolitenecrosantee hemorragiapulmonar.Mashouveumaumentoproibitivo,no grupo detratamento, dos casos deparalisia cerebral (RR 1,45,95%IC1,06-1,98).20 Contudo,cabearessalvadeque

essesefeitos adversos relatados sãobaseadosem estudos comdexametasonaem altasdoses, administrada logonos primeiros dias de vida e mantida por períodos prolonga-dos.

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houveumainterrupc¸ãosúbitadetodososestudos relacio-nadosaousodecorticoidepós-natal.Ofatoéquenaquele momentonãofoifeitadistinc¸ãoentreostratamentoscomo corticoidedeusoprecoceeindiscriminadoeosdeusotardio ecomindicac¸õesmaisespecíficas.17

Em 2003, Halliday etal. passaram a estudar o uso do corticoide conforme o momento de inicio da terapia e classificaram o tratamento em três diferentes subgrupos: precoce,paraousonasprimeiras96horasdevida; mode-radamenteprecoce,paraousoentresetee14diasdevida e;tardio, parao usoacima deduas semanasde vida.22,23

Os autores confirmaram que a administrac¸ão precoce do corticoide,apesar damelhoria imediata daventilac¸ão do paciente,deveriaserproscritaporcontadasuarelac¸ãocom oelevadoriscodeparalisiacerebral.

Aadministrac¸ãomoderadamenteprecocefoiavaliadaem sete ensaios clínicos randomizados, com uma amostrade 669pacientes.Foiobservadomelhordesmameventilatório equedanaincidênciadaDBP,deformasemelhanteà encon-trada na administrac¸ão precoce do corticoide. Também relataram que os efeitos adversos, taiscomo hipertensão arterial sistêmica, hiperglicemia, hemorragia gastrointes-tinal, cardiomiopatia hipertrófica, infecc¸ão neonatal e, principalmente, alterac¸ões no neurodesenvolvimento não foramobservados.22

Ametanálisedousodadexametasonadepoisdaterceira semanadevidareuniunoveensaiosclínicosrandomizados, resultou em 562 pacientes estudados. No grupo que usou corticoidehouvemenorfalhadeextubac¸ãoemenor incidên-ciadeDBP.Oseventosadversosobservadosemcurtoprazo foram:aumentonapressão arterialsistêmica,glicosúriae discretoaumentonaseveridadedaretinopatiada prematu-ridade,massemaumentodoscasosdecegueira.Nãohouve diferenc¸aentreosgruposcomrelac¸ãoainfecc¸ão, entero-colite e sangramento gastrointestinal. No grupo que usou o corticoide, não seobservou atraso do neurodesenvolvi-mento,emborahajalimitac¸õesnametodologiaaplicadana avaliac¸ãoemlongoprazodessascrianc¸asemalgunsdesses ensaiosclínicos.23

Embora nenhum dos estudos com o uso de dexameta-sonaapóssetediasdevidatenhademonstradomaiorrisco de paralisia cerebral, os autores recomendam cautela na indicac¸ãodocorticoide,reservá-loparaaquelescasoscom maiordificuldade nodesmame ventilatório, escalonar até menoresdosesemenortempodeusopossível.20,22,23

Oproblemadesecriarumarecomendac¸ãoparaaprática clínica baseada nasinterpretac¸õesdesses ensaiosclínicos randomizados é que pode ocorrer a sobreposic¸ão de dois fatoresdeconfusão.Oprimeirofatoréqueosefeitosdos corticoides, tanto os benéficosquanto os adversos,assim comocomqualqueroutradroga,sãosensíveisàdosageme durac¸ãodo tratamento.O segundo fatorestá relacionado com a prematuridade, uma vez que o feto ou o recém--nascidoestão emdiferentesfases dedesenvolvimento, o queprovavelmenteimplicadiferentessuscetibilidades aos efeitosdoscorticoides.Porexemplo,dadooconhecimento de que os bebês prematuros são mais instáveis nos pri-meiros dias de vida e de que os eventos graves, como a hemorragiaperintraventricular,sãomaispropíciosde ocor-rerna primeirasemana devida, épossível que osefeitos adversosdoscorticosteroidespossamserexacerbadospela idadepós-natalemqueseencontrabebê.Essesdoisfatores

também podemser potencializados por outrosfatores de riscoparaDBP.Diantedessecenário,avoltadoscorticoides, emdesuso,abrenovasdiscussões.17

Assimcomoousoindiscriminadodocorticoide,nadécada de 1990, que aumentou os casos de paralisia cerebral, o desusosúbito,nadécadade2000,refletiunoaumentodos casosdeDBP,sobretudonosrecém-nascidosprematurosde muitobaixopeso.19

TantoaprematuridadeeaDBPquantoocorticoideestão associadosaumpiordesenvolvimentoneurológico,é prová-velqueo resultadonegativodousodocorticoideprecoce para prevenir a DBP variede acordo coma incidência da doenc¸anogrupocontrole.24,25 Ouseja,oimpactonegativo

do uso precoce do corticoide é inversamente proporcio-nal à incidência da DBP. Um grupo que apresente baixa incidência de DBP teria, como resultado do uso precoce do corticoide, mais danos do que benefícios. Por outro lado, se a incidência da DBP for elevada na populac¸ão avaliada, haverá maior incidência de sobreviventes sem comprometimentoneurológico.Medianteessahipótese,em 2006, Doyle et al.25 reavaliaram o efeito do uso precoce

docorticoideemrecém-nascidosprematuros,tomarampor base 20 ensaios clínicosrandomizados. Os autores avalia-ram ainda os efeitos do corticoide em longo prazo (pelo menos até12 mesesde idade cronológica) em 14 dos 20 ensaios clínicos selecionados. Por meio de análise feita pormetarregressão,osautoresrelacionaramosresultados dos ensaios clínicos com alguns dos fatoresde risco mais importantesparaodesenvolvimentodaDBPeencontraram umaexplicac¸ãoopcionalparaosefeitosadversosdo trata-mentoprecocedocorticoideemprematuros.Aexplicac¸ão é que o corticoide não apresenta apenas efeitos danosos diretos, mas também, ao melhorar de imediato a func¸ão pulmonar,indiretamentemelhoraodesenvolvimento cere-bral. Portanto, cabe a futuros estudos encontrar a linha demarcatóriaabaixo daqualos riscosdotratamento com corticoidesobreporiamosriscosdadoenc¸a.17 Em2014,os

autores ampliaram a metanálise com seis novos ensaios clínicos mais atuais e sugeriram o uso de preditores de risco para guiar a decisão do uso do corticoide no trata-mento da DBP em prematuros dependentes daventilac¸ão mecânica.25

Noseguimentodoprematuro,váriosfatores desencade-adoresdarespostainflamatóriasistêmica podeminteragir e um ou mais desses fatores podem até potencializar as injúrias.Asepseneonatalassociadaàcorioamnionite acon-tecesimultaneamenteaousoprecocedocorticoideeambos interagemcomadisplasiabroncopulmonar,oquedificulta oreconhecimento dacontribuic¸ãodecada umdosfatores nodesenvolvimento daparalisia cerebral. Hentgeset al.26

avaliaram 94 prematuros demuito baixo peso com sepse neonatale conseguiram relacionar ainfecc¸ão aummaior tempodesuporteventilatório,maiortempodeinternac¸ão, maiorincidênciadedisplasiabroncopulmonarecrises con-vulsivas.

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Atitulac¸ãodadoseidealparaousodocorticoidetambém éumadiscussãoaindasemrespostas.Osprimeirosensaios clínicosusaramumadosepadrãode0,5mg/kgde dexame-tasona, que era reduzida lentamente ao longo de várias semanas. Os ensaios clínicos mais recentes usaram doses iniciaismenoresde0,2,0,15ou0,1mg/kg,emdoses decres-centesaolongodesetea10dias.Otratamentopoderiaser abortadocasonãohouvesserespostaterapêutica.16

Nosúltimosanos,vemsequestionandoopapeldeoutros corticoides, alémda dexamentasona, na profilaxia ou na terapêutica daDBP. Pelo fato de a hidrocortisona ser um hormônio natural, postulou-se a sua maior seguranc¸a em relac¸ão à dexamentasona. Watterberget al.27 avaliaram o

usodahidrocortisonaparaaprofilaxiadainsuficiência adre-nalprecoce,comoobjetivodepreveniraDBP.Oestudofoi conduzidoemprematuroscompesomenordoque1.000ge emventilac¸ãomecânica,randomizadosemdoisgrupos,com e semhidrocortisona. Oestudo precisouser interrompido emdecorrênciadoaumentodeperfurac¸õesintestinais.Mas noscasosjáconcluídos,nãohouvediferenc¸assignificativas paraamortalidadeeDBP,excetonaquelesexpostosà cori-oamnionite,queapresentarammenormortalidadeemenor incidênciadeDBPquandotratadoscomahidrocortisona.

Porfim,abuscaporumcorticoidecomomesmoefeito terapêuticoecommenosefeitosadversosdoqueosda dexa-metasonacontinua.Aviainalatória,porexemplo,parecia ser promissora porduas vantagens: ac¸ão dadroga direta-mentenolocalinflamadoerápidoiníciodeac¸ão,combaixas dosesemenorabsorc¸ãosistêmica.Entretanto,há pouquís-simasevidênciasdaeficáciadoscorticoidesinalatóriosque justifiquem o seu uso rotineiro.28 Um ensaio clínico

inici-ado em 2009, e ainda em andamento, propõe o estudo de850 bebêsentre23a 27semanasde IG,randomizados nasprimeiras12horasdevidaemdoisgrupos:budesonida inalatóriaversusplacebo.Esseestudo,denominado Neuro-sis(NeonatalEuropeanStudyofInhaledSteroids),avaliará comodesfechoprimárioossobreviventessemDBP quando atingirem 36 semanas de idade corrigida. Em sequência, os pacientes estudados serão seguidos para o desfecho neurológico até 18-22 semanas de idade corrigida. Estu-doscomplementaresdefarmacodinâmicaeumrecortedo estudoparaavaliarasuscetibilidadegenéticatambémserão conduzidosposteriormente.29

Em 2008, Yehetal.30 publicaram umestudopiloto com

o uso da budesonida instilada diretamente na traqueia e distribuída até a periferia pulmonar pelo surfactante. Os resultados preliminares não mostraram diferenc¸a signifi-cativa na incidência da DBP ou da mortalidade quando avaliadasisoladamente.Porém,nacombinac¸ãodosdois des-fechos,morteeDBP,foramobservadosmelhoresresultados nogrupodetratamento.Atualmente,Yehetal.estão repro-duzindoomesmoestudoemnívelmulticêntrico.

Conclusão

Diante do exposto, é chegado o momento de discutirmos subpopulac¸ões de prematuros, com indicac¸ões bem defi-nidas, para o uso do corticoide no tratamento da DBP. Provavelmente,ogrupodeprematurosemventilac¸ão mecâ-nica e com dificuldade para o desmame será o ponto de partidaparanovaspesquisas.

NaunidadedeterapiaintensivaneonataldoHospitaldas ClinicasdaUniversidadeFederal deGoiás,usamoso corti-coidesistêmicoemcasosselecionados.Oscritériosadotados são:recém-nascidoprematuroemventilac¸ãomecânicapor maisdeduassemanas,comdificuldadenodesmame ventila-tório,comexclusãodeoutrascausas,comosepse,choque, malformac¸ões congênitas e depressão dosistema nervoso central.O corticoide de escolhaé a dexametasonae ini-ciamos com a dose de 0,20mg/kg/dia, dividida em duas doses diárias, e vamos reduzindo a cada três dias para 0,15mg/kg/dia e por fim 0,10mg/kg/dia. O tratamento é interrompido, caso o paciente não tenha apresentado melhoriaclínicaatéoterceirodiadevida.

Ofatoé quena ausência deopc¸ões,de umaformaou outra,os corticoides continuarãoa serusados noperíodo perinatal.Oqueprecisamoséentenderquediante douso docorticoideparao tratamentodaDBP nãodevemosnos iludirapenascomosbenefíciosimediatos.Eumavez sele-cionado o grupo que se encaixa no tratamento, não nos esquec¸amosdosriscosdosefeitosadversosdocorticoideem longoprazo,sobretudoosrelacionadosao neurodesenvolvi-mento. Enquanto aguardamos osresultados das pesquisas enovas propostasde tratamento,a prevenc¸ão da prema-turidade, o reconhecimento dos fatores de risco e o uso criterioso do corticoide em populac¸ões específicas são as únicasferramentasquenosrestam.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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30.04.15].

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