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J. Pediatr. (Rio J.) vol.93 número5

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Academic year: 2018

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www.jped.com.br

ARTIGO

ORIGINAL

Early

amplitude-integrated

electroencephalography

for

monitoring

neonates

at

high

risk

for

brain

injury

Gabriel

Fernando

Todeschi

Variane

a,

,

Maurício

Magalhães

a

,

Renato

Gasperine

a

,

Heitor

Castelo

Branco

Rodrigues

Alves

b

,

Thiago

Luiz

Pereira

Donoso

Scoppetta

b

,

Rodrigo

de

Jesus

Gonc

¸alves

Figueredo

a

,

Francisco

Paulo

Martins

Rodrigues

a

,

Alexandre

Netto

a

,

Marcelo

Jenne

Mimica

a,c

e

Clery

Bernardi

Gallacci

a

aFaculdadedeCiênciasMédicasdaSantaCasadeSãoPaulo,DepartamentodePediatria,SãoPaulo,SP,Brasil bFaculdadedeCiênciasMédicasdaSantaCasadeSãoPaulo,DepartamentodeRadiologia,SãoPaulo,SP,Brasil

cFaculdadedeCiênciasMédicasdaSantaCasadeSãoPaulo,DepartamentodePatologia,SãoPaulo,SP,Brasil

Recebidoem16dejunhode2016;aceitoem18denovembrode2016

KEYWORDS Newborn; Braininjury;

Amplitude-integrated EEG;

Earlyoutcome

Abstract

Objective: Thisstudyaimedtocorrelateamplitude-integratedelectroencephalographyfindings withearlyoutcomes,measuredbymortalityandneuroimagingfindings,inaprospectivecohort ofinfantsathighriskforbraininjuryinthiscenterinBrazil.

Methods: This blinded prospective cohort study evaluated 23 preterm infants below 31weeksofgestationalageand17infantsdiagnosedwithhypoxic-ischemic encephalopathy secondarytoperinatalasphyxia,withgestationalagegreaterthan36weeks,monitoredwith amplitude-integratedelectroencephalographyinapublictertiarycenterfromFebruary2014 to January 2015. Background activity (classifiedas continuous, discontinuous high-voltage, discontinuouslow-voltage,burst-suppression,continuouslow-voltage,orflattrace),presence ofsleep-wakecycling,andpresence ofseizureswereevaluated.Cranial ultrasonographyin preterm infants and cranial magnetic resonance imaging in infants with hypoxic-ischemic encephalopathywereperformed.

Results: In the preterm group, pathological trace or discontinuous low-voltage pattern (p=0.03)andabsenceofsleep-wakecycling(p=0.019)wereassociatedwithmortalityandbrain injuryassessedbycranialultrasonography.Inpatientswithhypoxic-ischemicencephalopathy, seizurepatternsonamplitude-integratedelectroencephalographytraceswereassociatedwith mortalityorbrainlesionincranialmagneticresonanceimaging(p=0.005).

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2016.12.003

Comocitaresteartigo:VarianeGF,MagalhãesM,GasperineR,AlvesHC,ScoppettaTL,FigueredoRJ,etal.Earlyamplitude-integrated electroencephalographyformonitoringneonatesathighriskforbraininjury.JPediatr(RioJ).2017;93:460---6.

Autorparacorrespondência.

E-mail:gftvariane@hotmail.com(G.F.Variane).

(2)

Conclusion: This study supports previous results and demonstrates the utility of amplitude-integrated electroencephalography for monitoring brain function and predicting earlyoutcomeinthestudiedgroupsofinfantsathighriskforbraininjury.

©2017PublishedbyElsevierEditoraLtda.onbehalfofSociedadeBrasileiradePediatria.Thisis anopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

PALAVRAS-CHAVE Recém-nascido; Lesãocerebral; EEGdeamplitude integrada; Resultadoprecoce

Eletroencefalogramadeamplitudeintegradaprecocenomonitoramentodeneonatos comriscoelevadodelesãocerebral

Resumo

Objetivo: Este estudovisou correlacionarosachados doeletroencefalogramade amplitude integrada(aEEG)comresultadosprecoces,medidospormortalidadeeachadosde neuroima-gem,emumacoorteprospectivadeneonatoscomriscoelevadodelesãocerebralemnosso centronoBrasil.

Métodos: Oestudo prospectivo de coorte cego avaliou 23 neonatos prematuros abaixo de 31semanasdeidadegestacional(IG)e17neonatosdiagnosticadoscomencefalopatia hipóxico--isquêmica(EHI)secundáriaàasfixiaperinatal,comIGsuperiora36semanas,monitoradoscom aEEGemumcentroterciáriopúblicodefevereirode2014ajaneirode2015.Foramavaliadasa atividadedefundo(classificadacomopadrãocontínuo,descontínuodealtavoltagem, descon-tínuodebaixavoltagem,supressãodeexplosão,contínuodebaixavoltagemoutrac¸oplano), apresenc¸adeciclodosono-vigíliaeapresenc¸adeconvulsões.Foramfeitasaultrassonografia cranianaemprematurosearessonânciamagnética(RMI)cranianaemneonatoscomEHI. Resultados: Nogrupodeprematuros,otrac¸opatológicooupadrãodescontínuodebaixa volta-gem(p=0,03)eaausênciadeciclodosono-vigília(p=0,019)foramassociadosamortalidade elesãocerebralavaliadaporultrassonografiacraniana.EmpacientescomEHI,ospadrõesde convulsãonostrac¸osdoaEEGforamassociadosamortalidadeoulesãocerebralnaRMIcraniana (p=0,005).

Conclusão: EsteestudocorroboraosresultadosanterioresedemonstraautilidadedoaEEGno monitoramentodafunc¸ãocerebralenapredic¸ãodealterac¸õesprecocesnosgruposdeneonatos estudadoscomriscoelevadodelesãocerebral.

©2017PublicadoporElsevierEditoraLtda.emnomedeSociedadeBrasileiradePediatria.Este ´

eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Aincidênciadocomprometimentododesenvolvimento neu-rológicoemneonatosextremamenteprematurosenaqueles com encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) secundária à asfixiaperinatalcontinuaalta,apesardosavanc¸osnos cui-dadosperinatais.Estudosestimaramumaincidênciaglobal de 345.000 neonatos prematuros e 233.000 com EHI por anocomcomprometimentoneurológicomoderado/grave.1,2

Ambas as populac¸ões são consideradas de altorisco para lesãocerebral.

Os diferentes métodos de diagnóstico por imagem podem avaliar a lesão cerebral e avaliar o prognóstico neurológico.3---5 As anormalidades eletroencefalográficas

agudasresultamdadesorganizac¸ãoneurale dacorrelac¸ão com o déficit cognitivo.6,7 O EEG de amplitude

inte-grada(aEEG)forneceummétodoclinicamenteacessívelde observac¸ãocontínuadaatividadecerebraldefundoem neo-natosdoentes àbeiradoleito.Assim,autilidadedoaEEG precocenaavaliac¸ãodagravidadedalesãocerebraledos resultadosadversossobreneonatosprematurosfoi investi-gada como umaferramenta para avaliar o risco neonatal inicial.8---10

OpadrãodoaEEGestábemcorrelacionadoaoEEG con-vencionaleosresultadosem recém-nascidosatermocom asfixiaperinatalmostrarambomvalorpreditivode prognós-ticoneurológicodecurtoelongoprazos.11---13Outrosestudos

mostraram que anormalidades eletroencefalográficas gra-vesemneonatosprematurosavaliadosduranteasprimeiras 72horasdevidaestãorelacionadasacomprometimentodo desenvolvimentoneurológico.14,15

Considerandoagravidadedalesãocerebral,bemcomo sua alta taxa de morbidez e mortalidade, é relevante a identificac¸ão dos fatores prognósticos em um momento adequadoparafornecerintervenc¸õesfuturasprecoces. Por-tanto, este estudo visou a correlacionar os achados do aEEGcomresultadosprecoces,medidospormortalidadee achados deneuroimagem, em uma coorte prospectivade neonatoscomriscoelevadodelesãocerebralemnosso cen-tronoBrasil.

Métodos

(3)

36semanas, com EHIsecundária/asfixia perinataloucom IGabaixode31semanasforamincluídosdeforma prospec-tivanoestudo após obtenc¸ão doconsentimento dospais. Todososindivíduosforamincluídosapartirdonascimento. Oestudo foi aprovado pelo comitêde ética institucional. Foramexcluídos osneonatos comsíndromes genéticas ou malformac¸ões congênitas incompatíveis com a vida, pois essascondic¸õespodemafetarosresultados.

Oscritériosparaeventoshipóxico-isquêmicosperinatais incluíramapresenc¸adepelomenosdoisdositensaseguir:a) índicedeApgarabaixode5aos5minutos;b)necessidadede ventilac¸ãoaté10minutosdevida(intubac¸ãoouventilac¸ão porCPAP);c)análisedegásdocordão/sanguenaprimeira hora de vida com pH<7,10 ou EB>−12. A pontuac¸ão clínica modificada de Sarnat foi usada para classificar a EHI.16 O aEEG foi registrado por 72 horas como um EEG

dedoiscanais apartirdeeletrodosdediscodesuperfície biparietal com um dispositivo de EEG (Neuron-Spectrum, sistema4e5,Neurosoft,Rússia)commódulodesoftware neurospectrumparaaEEGetendências(Neuron-Spectrum, Neurosoft, Russia). Os recém-nascidos com EHI tratados comoprotocoloinstitucionaldehipotermiaforamavaliados por24 horas adicionais para monitorara fase de reaque-cimento.Emresumo,osinalobtidofoifiltrado,corrigido, suavizadoe integradoà amplitudeantesdeser transcrito ouestar disponível digitalmente nomonitor a uma baixa velocidade(6cm/h),diretamentenoleito.

Osregistrosforamanalisadospordoisleitores indepen-denteseregistradoscomosegue:17

1) Atividadedefundo:

- Padrão devoltagem contínua (CVP):atividade contí-nuacomamplitudemínimaacimade5␮Veamplitude máximaacimade10␮V

- Padrãodevoltagemdescontínua (DC):atividade des-contínua com amplitude mínima abaixo de 5␮V e amplitudemáximaacimade10␮V.Paraaavaliac¸ãodos padrões,usamostambémasubclassificac¸ão proposta porOlischar18eessepadrãofoisubdividido,ainda,em:

a)padrãodealtavoltagemdescontínua(DHVP)---faixa mínima entre3a 5␮V;b) padrãodebaixa voltagem descontínua(DLVP)---faixamínimaabaixode3␮V. - Supressão de explosão: atividade descontínua com

amplitudemínimasemvariabilidadea0-12␮Ve explo-sõescomamplitude>25␮V.

- Inativo,trac¸oplano(TP):fundoprincipalmenteinativo (inatividade eletrocerebral) com amplitude sempre abaixode5␮V.

2) Ciclodosono-vigília(SWC):caracterizadoporvariac¸ões cíclicas lisas sinusoidais, principalmente da amplitude mínima.Foicategorizado,ainda,emSWCdesenvolvido, SWCimaturoeausênciadeSWC.

3) Convulsões: caracterizadas como umaumento abrupto naamplitudemínimaemáxima,classificadascomo con-vulsõesisoladas(maisdeumaconvulsãoporcadaperíodo de30minutosdeanálise,porémnãomaisdeuma con-vulsãoeletrográficapormaisde10minutos)ouestado de mal epiléptico (convulsões contínuas> 30 minutos, presentes como ‘‘padrão de dentede serra’’ oucomo aumentocontínuodasmargensinferioresousuperiores,

oumaisdeumaconvulsãoeletrográficaporumperíodo acimade10minutos).19

4) Osrecém-nascidos comEHIforamavaliadosaindamais por tempo até trac¸o normal (TTNT): calculado pelo númerodehorasdevidaparareestabelecimentoda ati-vidadenormaldoaEEG(padrãodevoltagemcontínua).

Para caracterizar a atividade de fundo, períodos de quatrohorasdemonitoramentoadequado foramavaliados diariamentenosdias1,2e3devida.Ambosos radiologis-tasdoaEEGforamcegadosparaohistóricoclínico.Foifeito ultrassomcraniano(cUS)pelomenosumavezporsemanano períodoneonataleressonânciamagnética(RMI)cranianaem todososneonatoscomEHIentre4e10diasdevida.Osdados clínicoseradiológicosforamcoletadosincluindoasvariáveis de interesse pré-estabelecidas, como dados demográficos (sexo,idadedamãe,rac¸a),clínicos(pesoaonascer,idade gestacional,índicesdeApgar,diagnósticodesepseprecoce, presenc¸adeconvulsão,necessidadedesuporteventilatório, surfactante,drogasvasoativas)eradiológicos.Osexamesde RMI foramavaliadospor dois neurorradiologistas indepen-dentessemconhecimentodosdadosclínicosoudosachados noaEEG.Comoaconcordânciadeinterpretac¸ãoentre dife-rentesavaliadoresdaRMIpodeafetaraconfiabilidadedos resultados,aconcordânciainterobservadortambémfoi ava-liada nesteestudo.ARMIfoifeitacomassequências Spin EchoT1;T1MTC;FSET2;difusão,Gradiente-EcoT2. Qua-troachadosradiográficosforamavaliados:lesãonomembro posteriordacápsulainterna(MPCI)---presenc¸aouausência; lesãonosgângliosdabaseetálamo(GBT),substânciabranca esubstânciacinzentacortical---normal,leve,moderadae grave.

No grupo de prematuros, resultado inicial bom foi definidocomosobrevidapor28diassem hemorragia peri-ventricular/intraventricular (PIVH) grave, definida como grauIIIouIV,ouleucomaláciaperiventricular(PVL),aopasso que resultado inicialruimfoiconsiderado morte neonatal oupresenc¸adePIVHouPVLgrave.Emrecém-nascidoscom EHI,resultadoinicialbomfoidefinidocomosobrevidasem lesãomoderada/graveavaliadaporRMIcraniana,aopasso que resultado inicialruim foiconsiderado morteou lesão moderada/graveavaliadaporRMIcraniana.Apresenc¸ade PIVHfoiavaliadadeacordocomaclassificac¸ãodePapile.O padrãodacoortedeEHIdelesãocerebralfoiclassificadode acordocomasanormalidadesnasregiõescerebrais conhe-cidasporseremsuscetíveisemEHI,combasenoscritérios publicadosporRutherfordetal.20

Análiseestatística

Fizemos uma análise descritiva com o uso do percentual e do número de casos válidospara asvariáveis categóri-cas e médias, desvio padrão e número de casos válidos para variáveis contínuasa fim de identificar as principais características dos pacientes com risco elevado de lesão cerebral monitoradoscom aEEG. O teste exato de Fisher foi usado na análise das variáveis categóricase o teste t

paracomparac¸õesdasvariáveis contínuascom osoftware

(4)

(VPP),o valorpreditivo negativo(VPN) ea razãoderisco (RR).Paraaanálisedaconcordânciaentreavaliadores, apli-camosocoeficientekappa(K),comosoftwareSPSS19.0.

Resultados

Pacientes

Duranteoperíododoestudo,foramincluídos40pacientes, 23 neonatos extremamenteprematuros e 17 comEHI. No grupodeneonatosextremamenteprematuros,aidade ges-tacionalvarioude26a30,4,médiade28semanas,eopeso aonascervarioude610ga1,310g,médiade938g.Oito neo-natosnessegrupomorreramduranteoperíododoestudo.No grupodeneonatoscomEHI,aidadegestacionalvarioude36 a40,6,médiade39semanas,eopesoaonascervarioude 2,280ga3,940g,médiade3,100g,eumneonatomorreu. Ascaracterísticasdebasesãomostradasnatabela1.

AchadosdoaEEG

Todosospacientesiniciaramomonitoramentonoprimeiro diadevida(médiade6,2horasdevida,faixade2-16horas devida)eforammonitoradospor72-96horasapóso nasci-mento.Otrac¸opatológiconoaEEGfoidefinidocomotrac¸o plano,supressãodeexplosãoepadrãodebaixavoltagem.

Recém-nascidosextremamenteprematuros

Nogrupodeprematuros,otempomédioparainiciaro moni-toramentoporaEEGfoi5,2(±1,2)horasdevida,otrac¸o patológicoouDLVPfoiassociadoàsmaiorestaxasde resul-tadoinicialruim(p=0,03,VPPde90,9%,VPNde75%,RRde 3,63).AausênciadeSWCfoiassociadaaoresultadoinicial ruim(p=0,019,VPP de75%,VPN de87,5%, RR=1,53).Os resultadossãomostradosnatabela2.Aatividadedefundo dospacientescomresultadoinicialruimmudoudepadrão de aEEG normal para patológico em cinco pacientes, ao passoque em um(7,6%)mudou depadrãodeaEEG pato-lógicopara normal. Nenhum dos pacientescom resultado inicialbomdesenvolveupadrãodeaEEGpatológicodurante o período demonitoramento. Aevoluc¸ão daatividade de fundo doaEEGem pacientes comresultado inicialruime comresultadoinicialbomémostradanafigura1.

Recém-nascidoscomEHI

Ospacientes com EHIforam avaliadoscom relac¸ão à ati-vidade de fundo nas primeiras horas de vida, ao TTNT e àpresenc¸adeSWCeconvulsões.Ospadrõesdeconvulsão nostrac¸osdoaEEG(p=0,005,VPPde83,3%,VPNde90,9%, RRde 5,45) e TTNT maislongo (p=0,015)foram associa-dos a resultado inicial ruim.Todos os pacientes com EHI foramsubmetidosahipotermiaterapêutica.Osresultados sãomostradosnatabela2.

Achadosradiológicos

Os achados ultrassom cranianos no grupo de pacientes extremamenteprematurosforamosseguintes:nove (39%)

14

12

10

8

6

4

2

0

1º dia 2º dia 3º dia 1º dia 2º dia 3º dia

Resultado inicial bom Resultado inicial ruim

Evolução da atividade de fundo em neonates com resultado inicial bom e ruim

DLVP

Traço patológico DHVP CVP

Figura1 Evoluc¸ãodaatividadedefundonosprimeirostrês diasdevidaemneonatosprematuroscomresultadoinicialbom eruim.

DLVP,padrãodescontínuodebaixavolagem;DHVP,padrão des-contínuodealtavoltagem;CVP,padrãodevoltagemcontínua.

apresentaramultrassomcranianonormal,um(4,3%) apre-sentou PIVH grau II, quatro (17,3%) apresentaram PIVH grauIIIetrês (13%)apresentaramPIVHgrauIV.Três(13%) neonatos desenvolveram PVL e dois pacientes não foram submetidosaultrassomcranianodevidoamorteprematura. OsachadosnaRMIemneonatoscomEHIsãomostradosna tabela 3.Um dos três pacientes não foi submetidoa RMI devidoamorteprematura.

A concordância interobservador entre os radiologistas com relac¸ão à lesão nos gânglios da base e tálamo e à substância branca e substância cinzenta cortical foi: 75% (kappa=0,636; p<0,001); 56,3% (kappa=0,321; p=0,029) e81,3%(kappa=0,586;p<0,001),respectivamente.A con-cordânciaobservadaentreosradiologistascomrelac¸ãoao membroposteriordacápsulainternafoi100%(kappa=1,0; p=< 0,001). A análise da lesão normal/leve e moderada grave agrupada nos gânglios da base e tálamo; subs-tância branca e substância cinzenta cortical foi: 100% (kappa=1,0; p<0,001); 87,5% (kappa=0,589; p=0,009) e 93,8%(kappa=0,764;p<0,001),respectivamente.

Discussão

(5)

Tabela1 Característicasbásicasdosgruposmonitorados

Grupodepacientesextremamente prematuros

Total (n=23)

Resultado inicialbom (n=10)

Resultado inicialruim (n=13)

valordep

IdadeGestacional(semanas)(média±DP) 28±1,7 28,3±1,3 27,6±1,6 NS

Peso(g)(média±PD) 917±243 965±261 880±185 NS

Masculino(n) 12 6 6 NS

APGAR1(média±DP) 5,2±2,5 5,9±2,8 4,7±2,1 NS

APGAR5(média±DP) 7,9±2,6 8,9±1,2 7,1±3,2 NS

GrupocomEHI Total

(n=17)

Resultado inicialbom (n=11)

Resultado inicialruim (n=6)

valordep

IdadeGestacional(semanas)(média±DP) 39±1,5 39,3±1 38,6±2,2 NS

Peso(g)(média±PD) 3.100±422 3.139±217 3.029±680 NS

Masculino(n) 14 8 6 NS

APGAR1(média±DP) 2,2±1 2,2±0,9 2,3±1,3 NS

APGAR5(média±DP) 4,7±1,3 4,8±1 4,7±1,8 NS

Pontuac¸ãodeSarnat(n)

−Encefalopatialeve

−Encefalopatiamoderada

−Encefalopatiagrave

0 10 7

0 6 5

0 4 2

NS NS NS

Hipotermiaterapêutica(n) 17 11 6 NS

DP,desviopadrão;EHI,encefalopatiahipóxico-isquêmica.

Tabela2 AchadosdoaEEGrelacionadosaoresultadoempacientesextremamenteprematurosenogrupocomEHI

Grupodepacientesextremamente prematuros

Total (n=23)

Resultado inicialbom (n=10)

Resultado inicialruim (n=13)

valordep

Atividadedefundo

−Trac¸opatológico 9 0 9 0,002

−DLVP 9 1 8 0,029

−Trac¸opatológicoouDLVP 11 1 10 0,003

−DHVPoucontínua 12 9 3 NS

SWC 0,019

−Desenvolvido 0 0 0

−Imaturo 7 6 1

−Ausente 16 4 12

GrupocomEHI Total

(n=17)

Resultado inicialbom (n=11)

Resultado inicialruim (n=6)

valordep

AtividadedefundodoaEEG3-6horasde vida

NS

−Contínua 11 9 2 NS

−Nãocontínua 6 2 4 NS

TTNT(média) 12,17 5,36 24,7 0,015

Presenc¸adeSWC 11 9 2 NS

Convulsões(n) 6 1 5 0,005

−Convulsõesisoladas 0 0 0 NS

−Convulsõesrepetidas 3 1 2 NS

−Estadodemalepiléptico 3 0 3 0,029

−Convulsãorepetidaouestadodemal epilépticorepetido

6 1 5 0,005

−Convulsõesclínicas 4 1 3 NS

(6)

Tabela3 AchadosnaRMIemneonatoscomEHI

Total n(%)

Resultado inicialruim n(%)

Resultado inicialbom n(%)

LesãonoMPCI

−Presente 14(87,5%) 2(12,5%) 12(75%)

−Ausente 2(12,5%) 2(12,5%) 0(0%)

LesãonoGBT

−Ausente 6(37,5%) 0(0%) 6(37,5%)

−Leve 6(37,5%) 1(6,25%) 5(31,25%)

−Moderada 2(12,5%) 2(12,5%) 0(0%)

−Grave 2(12,5%) 2(12,5%) 0(0%)

Lesãonasubstânciabranca

−Ausente 6(37,5%) 0(0%) 6(37,5%)

−Leve 7(43,75%) 2(12,5%) 5(31,25%)

−Moderada 1(6,25%) 1(6,25%) 0(0%)

−Grave 2(12,5%) 2(12,5%) 0(0%)

Lesãonasubstânciacinzentacortical

−Ausente 2(12,5%) 0(0%) 2(12,5%)

−Leve 11(68,75%) 2(12,5%) 9(56,25%)

−Moderada 1(6,25%) 1(6,25%) 0(0%)

−Grave 2(12,5%) 2(12,5%) 0(0%)

EHI,encefalopatiahipóxico-isquêmica;RMI,ressonânciamagnética;MPCI,lesãonomembroposteriordacápsulainterna;GBT,gânglios dabaseetálamo.

mostraramumasensibilidadede89%e70%,especificidade de80%e80,7%naatividadedefundo(trac¸opatológicoou DLVP)einexistênciadeSWC,respectivamenteparaa ocor-rênciaderesultadoadverso(PIVHgrauIII/IV,PVLouóbito). Umestudodecoorteprospectivarecentedemonstrouque osneonatosprematuroscomlesõescerebraisgraves mani-festaramatrasonutricionalnaatividadecíclicadoaEEGlogo apósonascimento.21Outrosestudostambémrelataramuma

correlac¸ãosignificativamentepositivaentreograude anor-malidadedoaEEGeasanormalidadesnaultrassonografiae oprognósticodebaixodesenvolvimentoneurológico.22,23

Em recém-nascidoscomEHI,apresenc¸adepadrões de convulsão (convulsões repetitivas ou estado de mal epi-léptico) nos trac¸os do aEEG/EEG e TTNT mais longo foi associadaalesõesmoderadas/gravesvistasnaRMIeóbito. Estudos anteriores também encontraram uma associac¸ão entreasconvulsõeseletrográficasea gravidadedos acha-dos na RMI craniana.24,25 Uma análise retrospectiva dos

dadosdoaEEGcontínuoderecém-nascidos com encefalo-patiatratados com hipotermiade corpointeiro constatou umaassociac¸ãoentreo atraso doaEEGe oaumento pre-ditivodeefeitosadversosprecocescomopassardotempo emrecém-nascidostratadoscomhipotermiaterapêutica.26

Thorensenetal.descreveramqueotempoderecuperac¸ão dopadrãodefundonormalfoiomelhorpreditorde resul-tadoruimaosdoisanosdeidadeemneonatoscomasfixiano nascimento.27UmametanáliserecentemostrouqueoaEEG

podeserusadocomofatorpreditivoeferramentade diag-nósticoem neonatos prematuros,com umaespecificidade de93%esensibilidadede84%.28

Mostramos uma boa concordância interobservador das avaliac¸õesdaRMI;contudo,issodeveserinterpretadocom cauteladevidoaopequenotamanhodaamostra.

Ospontosfortesdesteestudoincluíramumaanálise radi-ográficaindependente e cegae o uso dedois canais com relac¸ãoàinterpretac¸ãodatécnicadeEEGemsi(aEEG/EEG), pois se sabe que ela aumenta a sensibilidade e a espe-cificidade do método.29,30 As limitac¸ões do estudo foram

o tamanho relativamente pequeno da amostra, a falta de estratificac¸ão pelo uso de antiepilépticos, sedac¸ão ou outrosmedicamentos que podempotencialmente influen-ciarotrac¸odoaEEGeafaltadeconhecimentocomrelac¸ão ao tempo de lesão cerebral, principalmente no grupo de pacientesprematuroscujalesãopodeocorrerapósoperíodo demonitoramentoporaEEG.

Este estudo confirma que os resultados anteriores são aplicáveis à populac¸ão estudada e, assim, o aEEG é uma ferramenta válida na UTIN para monitorar esse grupo de neonatoscomriscoelevadodelesãocerebral.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Referências

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