UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT
GABRIELY GUARAGNI MELO
ANÁLISE DO ESTRESSE TÉRMICO EM TRABALHADORES DA
CONSTRUÇÃO CIVIL EM SINOP - MT.
Sinop
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT
GABRIELY GUARAGNI MELO
ANÁLISE DO ESTRESSE TÉRMICO EM TRABALHADORES DA
CONSTRUÇÃO CIVIL EM SINOP - MT.
Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Prof.ª Orientadora: Esp. Karen Wrobel Straub.
Sinop
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Limites de tolerância IBUTG para o regime de trabalho intermitente com descanso no próprio local de trabalho...12 Tabela 2 – Taxa de metabolismo por atividade...12 Tabela 3- Taxa metabólica para atividades da construção civil...13 Tabela 4 – Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local...13 Tabela 5 – Determinação da amostra...16
II
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1...11 Equação 2………...……11 Equação 3...13 Equação 4...14LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Medidor de Stress Térmico Digital com função de Anemômetro...17 Figura 2 – Especificações do equipamento...18 Figura 3 – Questionário...19
IV
LISTA DE ABREVIATURAS
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo IMEA – Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária
ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional para Padronização)
MT – Mato Grosso
MTE – Ministério Trabalho e Emprego NR – Norma Regulamentadora
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1. Título: Análise do estresse térmico em trabalhadores da construção civil em Sinop - MT
2. Tema: Engenharia Civil (30100003)
3. Delimitação do Tema: Engenharia de Segurança 4. Proponente(s): Gabriely Guaragni Melo
5. Orientador(a): Profª Esp. Karen Wrobel Straub 7. Estabelecimento de Ensino: UNEMAT
8. Público Alvo: Acadêmicos e profissionais da Engenharia Civil e Segurança do Trabalho
9. Localização: Avenida dos Ingás, 3001. Jardim Imperial, Sinop – MT. 10. Duração: Sete meses
VI
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ... I LISTA DE EQUAÇÕES ... II LISTA DE FIGURAS ... III LISTA DE ABREVIATURAS ... IV DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... V 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 8 3 JUSTIFICATIVA... 9 4 OBJETIVOS ... 10 4.1 OBJETIVO GERAL ... 10 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 10 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 11 5.1 NORMA REGULAMENTADORA 15 ... 11
5.1.1 Limites de tolerância de exposição ao calor ... 11
5.2 ESTRESSE TÉRMICO ... 14
5.3 ÁREA DE ESTUDO... 15
6 METODOLOGIA ... 16
7 CRONOGRAMA ... 20
1 INTRODUÇÃO
De acordo com pesquisas realizadas pela Fundação Getulio Vargas e o Sindicato da Construção em 2014 o Brasil empregou cerca de 3285 milhões de trabalhadores na Construção Civil.
Em Sinop – MT, no ano de 2014 foram liberados 1725 alvarás (Núcleo de Projetos e Desenvolvimento Urbano de Sinop, 2015) para construções, empregando assim um grande número de trabalhadores, os quais ficam expostos ao sol e ao calor típico da região.
A maioria desses trabalhadores, exercem suas funções, carpinteiro, pedreiro, servente, expostos ao sol, essa exposição pode aumentar o desconforto térmico, causando o chamado estresse térmico, sejam obras de construções residenciais, comerciais, edifícios ou de infra estrutura.
Esta exposição pode não acarretar doenças instantâneas ao trabalhador, mas certamente em longo prazo, elas podem vir a acontecer, e ao decorrer do dia o estresse térmico pode causar cansaço elevado, sonolência e desidratação.
O Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo - IBUTG é um índice utilizado para medir a temperatura em que o trabalhador está exposto, é empregado em trabalhos internos e externos, ao ser constatado o índice que o colaborador esta exposto, deve – se seguir a Norma Regulamentadora 15, a qual fornece os limites de tolerância para exposição ao calor.
Com base nos fatos expostos este trabalho terá como objetivo principal avaliar as condições de sobrecarga térmica dos trabalhadores da construção civil em canteiros de obra do município de Sinop, utilizando o IBUTG, que será medido através do termômetro de globo e ainda analisando as condições térmicas do trabalhador com base na opinião dos mesmos, através de questionários.
8
2 PROBLEMATIZAÇÃO
Devido o calor do município de Sinop - MT e o grau de esforço físico que as diferentes etapas da construção civil demandam, a sobrecarga térmica acaba acarretando mal estar e outras doenças durante o trabalho.
Muitos trabalhadores e empregadores desconhecem a existência da Norma Regulamentadora 15, a qual indica os níveis de calor a qual o colaborador pode ficar exposto.
3 JUSTIFICATIVA
A construção civil na cidade de Sinop ocorre em ritmo acelerado, a cidade é considerada polos econômicos do norte do estado de Mato Grosso, por isso, até novembro de 2015 foram liberados 1.435 alvarás para novas construções na cidade, (PRODEURBS, 2015). De acordo com a classificação climática Koppen – Geiger é uma cidade de clima tropical, onde o calor é predominante durante todo o ano, por isso é de extrema importância verificar os níveis de exposição ao calor em que os trabalhadores da construção civil estão expostos.
A exposição excessiva ao calor, em curto prazo, pode acarretar o estresse térmico e isso pode levar o individuo, segundo Lamberts, et al. (2011) a debilitação do estado geral de saúde e a queda da capacidade de produção.
Podem ocorrer também outras doenças como, por exemplo, a desidratação, câimbras, doenças oculares, síncope pelo calor, prostração térmica, entre outras. Consequentemente a ocorrência dessas doenças fazem que a produtividade do trabalhador caia.
A NR 15 tem o objetivo de regulamentar as atividades consideradas como insalubres, mas mesmo a atividade sendo insalubre, existe vários limites de exposição ao calor, a ruídos, a pressões atmosféricas que devem ser levados em consideração, a fim de evitar as doenças que isto pode acarretar.
Esta pesquisa tem como fim analisar as condições de sobrecarga térmica dos trabalhadores da construção civil em canteiros de obra do município de Sinop, os índices de exposição ao calor que os trabalhadores da construção civil estão sujeitos, e analisar se os limites de tolerância estão sendo obedecidos e se esses limites condizem com a sensação térmica do trabalhador.
Os resultados poderão ser utilizados pelas construtoras, podendo trazer melhorias para os trabalhadores, e também aos interessados pela área da pesquisa que poderão utilizar dos resultados obtidos.
.
10
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
O presente trabalho tem como objetivo avaliar as condições de sobrecarga térmica dos trabalhadores da construção civil em canteiros de obra do município de Sinop.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Determinar o IBUTG das principais atividades desenvolvidas nos canteiros de Sinop;
Analisar o cumprimento da NR 15 no que diz respeito a sobrecarga térmica em Sinop;
Estudo de caso da sensação térmica do trabalhador e comparar com o IBUTG medido;
Identificar os principais problemas relatados pelos trabalhadores em função da sobrecarga térmica.
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1 NORMA REGULAMENTADORA 15
A Norma Regulamentadora 15 – Atividades e Operações Insalubres definem os parâmetros para que determinada função seja considerada insalubre ou não. Os parâmetros são os mais variados para que possam abranger o maior número de funções, alguns deles são: ruído, calor, radiação, pressão.
Dentre esses parâmetros, será estudada a exposição ao calor, o qual se faz presente no Anexo nº 3, da NR 15.
5.1.1 Limites de tolerância de exposição ao calor
Segundo a NR 15 (MINISTÉRIO TRABALHO E EMPREGO, 1978), ”a exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo- IBUTG”.
O IBUTG é o índice que mede a sobrecarga térmica, para esta avaliação a NR 15 utiliza as seguintes equações:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg Equação 1
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg Equação 2
A NR 15 faz duas distinções em relação às equações. A equação 1 é utilizada para ambiente internos ou externos sem carga solar, e a equação 2 para ambientes externos com carga solar. Onde tbn é a temperatura de bulbo úmido natural, tg a temperatura de globo e tbs a temperatura de bulbo seco.
Para a obtenção desses parametros segundo a NR 15 (MTE, 1978) são utilizados o termômetro de globo, termômetro de mercurio comum e o termômetro de bulbo úmido natural.
Através do índice obtido, é avaliado pelo tipo de função, como mostra a Tabela 1:
12
Tabela 1 – Limites de tolerância IBUTG para o regime de trabalho intermitente com descanso no próprio local de trabalho.
Fonte: Adaptado de Norma Regulamentadora 15, 1978.
Na tabela 1 tem - se os tipos de atividade, os quais estão relacionados a taxa metabólica, os tipos de atividade estão dispostos na tabela 2, e pode se observar o que é considerado para caracterizar cada atividade.
Tabela 2 – Taxa de metabolismo por atividade
Fonte: Adaptado de Norma Regulamentadora 15, 1978.
A taxa de metabolismo é outro fator importante na avaliação do conforto térmico do individuo, pois à medida que o individuo realiza alguma função, é onde o metabolismo aumenta a produção de calor.
A sensação de bem estar térmico depende da função que o trabalhador realiza quanto mais esforço o trabalho demanda, maior será a sensação de desconforto térmico. (RUAS, 1999).
LEVE MODERADA PESADA
até 30,0 até 26,7 até 25,0
acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
Não é permitido o trabalho, sem a adoção de medidas adequadas de controle
15 minutos trabalho 45 minutos descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0 15 minutos descanso 30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9 30 minutos trabalho 30 minutos descanso
REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE
TRABALHO (POR HORA) Trabalho contínuo 45 minutos trabalho
TIPO DE ATIVIDADE
26,0 a 27,9
TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h
Sentado em repouso 100
Trabalho Leve
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco 125
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas 150
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, pricipalmente com os braços 150
Trabalho Moderado
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas 180
De pé, trabalho leve em maquina ou bancada, com alguma movimentação 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação 220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar 300
Trabalho Pesado
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos 440
Na tabela 3 podem-se verificar as taxas metabólicas para diferentes funções da construção civil:
Tabela 3- Taxa metabólica para atividades da construção civil
Fonte: Adaptado de Fundacentro, 1999.
Na tabela 4, têm – se os valores de referência máximos de IBUTG para as taxas de atividade metabólica seguinte.
Tabela 4 – Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local.
Fonte: Adaptado de Norma Regulamentadora 15, 1978.
Na tabela 4, tem se os limites de IBUTG máximo para as taxas metabólicas correspondentes, quando o local de descanso for em um ambiente termicamente mais ameno, para se obter essas taxas, tem se a seguinte equação:
M = Equação 3 MET W/m² 2,6 150 2,4 140 2,1 125 2,3 135 4,7 275 3,9 230 2,7 155 3,1 280 4,7 275 3,8 220 5 290 6,2 360 4,6 a 5,3 270 a 310 bloco furado (peso de 23,4 kgf)
Indústria da construção civil Assentamento de tijolos
tijolo sólido (peso de 3,8 kgf) tijolo furado (peso de 4,2 kgf) bloco furado (peso de 15,3 kgf)
Subindo em escada portatil com 70º de inclinação, velocidade de 11,2 m/min
sem carga com 20 kgf de carga Cavando vala
Colocando pedregulho no carrinho
Empurrando carrinho em terreno plano, carga de 100 kgf, velocidade de 4,5 km/h
Misturando argamassa Fazendo forma para concretagem
Concretando fundação Compactando concreto com vibrador
300
Atividade, M (w) IBUTG Máximo
175 200 250 30,5 30 28,5 27,5 26,5 26 25,5 25 350 400 450 500
14
Onde M é a taxa metabólica média ponderada, calculada por hora, Mt a taxa de metabolismo no local de trabalho, Tt a soma dos tempos em minutos, em que se permanece no local de trabalho, Md a taxa de metabolismo no local de descanso, e Td a soma dos tempos em minutos em que se permanece no local de descanso. Os valores de Mt e Md são obtidas na tabela 2.
Para a obtenção do IBUTG médio ponderado, para uma hora, utiliza se a equação 4:
IBUTG= Equação 4
Sendo IBUTGt o valor medido no local de trabalho, Tt a soma dos tempos em minutos, em que se permanece no local de trabalho, IBUTGd o valor medido no local de descanso, e Td a soma dos tempos em minutos em que se permanece no local de descanso.
5.2 ESTRESSE TÉRMICO
Estresse térmico é quando o corpo humano está fora da sua zona de conforto térmico, o corpo possui uma sobrecarga térmica, a qual pode acarretar várias doenças para o individuo, tais como: cansaço, sonolência, fazendo assim com que afete a capacidade de produção. (LAMBERTS, 2011).
Segundo Lamberts et al (2011), o individuo ao desempenhar suas funções, exposto a condições de stress térmico, pode apresentar vários sintomas, a debilitação do estado de saúde, alterações das reações psicossensoriais e a queda na produção.
As doenças que podem apresentar devido a exposição ao calor são, segundo Tavares (2009): síncope pelo calor, a qual tem como efeitos náusea, vômito, desânimo, anorexia e fadiga; prostração térmica a qual é a perda excessiva de água e sais minerais, causando assim desidratação do indivíduo; câimbras se apresentam como fortes dores musculares; enfermidades da glândula sudoríparas; edemas pelo calor causa inchaço do pés, mãos e tornozelos; cataratas a doença que atinge os olhos, a qual é comum aparecer em pessoas idosas, surge de maneira precoce no indivíduo; insolação pode causar tontura, tremores, convulsões e delírios, podendo levar a morte.
A sobrecarga térmica não é somente em função da temperatura do ambiente, mas também da umidade do ar, velocidade do ar, radiação e taxa metabólica. Estes
são parâmetros ambientais que influem diretamente na sensação térmica do indivíduo (ISO 7730/2005). A NR 15 não leva em consideração todos esses parâmetros, pois o equipamento utilizado para medir o IBUTG mede as condições de temperatura e umidade do ambiente, e também porque não há uma forma de medir a sensação térmica da pessoa, pois é algo subjetivo, um ambiente pode estar confortável termicamente para uma pessoa, e para outra não.
Estudo realizado por Oliveira et al (2010) mostra que o estresse térmico está diretamente relacionado a produtividade e a saúde do trabalhador, influenciando negativamente na realização das atividades em ambientes desconfortável termicamente.
5.3 ÁREA DE ESTUDO
Segundo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, (IMEA, 2010) Sinop está localizado no médio norte do estado de Mato Grosso, segundo a classificação climática Koppen – Geiger é uma cidade de clima tropical, apresentando estação de inverno ausente, temperatura do mês mais frio maior que 18º C e forte precipitação anual. Tendo assim duas estações definidas, chuva e seca. O período chuvoso acontece nos meses de outubro a fevereiro.
A temperatura média anual é de 25º, com precipitação pluviométrica superior a 2000 mm. (Portal Mato Grosso, 2015.).
Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2015), a população estimada para o município de Sinop em 2015 é de 129.916 habitantes, a economia da cidade advém do setor de serviços, agricultura e indústria. A cidade é considerada polo econômico da região (IMEA, 2010).
O setor da construção civil tem ritmo acelerado na cidade, é perceptível que o numero de obras é alto, segundo o PRODEURBS, em 2014 foram emitidos 1725 alvarás para construção, e em 2015 já foram emitidos 1490 alvarás.
16
6 METODOLOGIA
A fim de identificar os níveis de exposição ao calor aos quais os trabalhadores da construção civil estão expostos, serão feitas medições in loco do IBUTG.
Será estimada a quantidade de trabalhadores e suas respectivas funções na obra, de acordo o Ministério do Trabalho e Emprego o ano de 2015 começou com 2402 trabalhadores admitidos no setor da construção civil em Sinop – MT, por isso será realizada a pesquisa com uma amostra de 10% do número indicado, 240 trabalhadores, a tabela 5 mostra a amostra e as funções que serão avaliadas .
Tabela 5 – Determinação da amostra
Fonte: Autoria própria, 2015.
Foram selecionadas essas funções, pois são atividades de taxa metabólica de trabalho moderado a pesado, e funções indispensáveis para qualquer obra residencial ou comercial.
O Ministério do Trabalho e Emprego define as funções que serão avaliadas: Servente: executa tarefas auxiliares na construção civil, tais como: escavar valas, transportar e/ou misturar materiais, arrumar e limpar obras e montar e desmontar armações, valendo-se de esforço físico e observando as ordens, para auxiliar a construção ou reforma de prédios, estradas, pontes e outras.
Mestre de Obras: Organiza e supervisiona, numa construção civil, as atividades dos trabalhadores sob suas ordens, distribuindo, coordenando e orientando as diversas tarefas.
Pedreiro: Executa trabalhos de alvenaria, concreto e outros materiais e utilizando processos e instrumentos pertinentes ao ofício.
Carpinteiro: constrói, encaixa e monta, no local das obras, as armações de madeira dos edifícios e obras similares, utilizando processos e ferramentas adequadas, para compor tesouras, armações de telhado, andaimes e outros elementos afins. Função Amostra Servente 40 Mestre de Obras 40 Pedreiro 40 Carpinteiro 40 Azulejista 40 Armador 40
Azulejista: Reveste pisos com ladrilhos, azulejos ou material similar, dispondo esses materiais sobre argamassa de cimento e areia, para proteger e decorar a superfície dessas obras.
Armador: monta as armações de ferro, cortando, curvando e unindo vergalhões com a ajuda de ferramentas manuais, máquinas e outros utensílios, para armar, sustentar e reforçar estruturas de concreto.
Para obtenção dos dados do IBUTG, o índice será medido através do Medidor de Stress Térmico Digital com função Anemômetro, como mostra a figura 1.
Figura 1 – Medidor de Stress Térmico Digital com função de Anemômetro. Fonte: Instrutherm Instrumentos de Medição Ltda.
O equipamento afere as informações de temperatura do ar, temperatura global, umidade e IBUTG, a medição será realizada no período de chuva, durante os meses de janeiro e fevereiro, e nos meses de maio e junho, período em que se inicia a estiagem. As informações técnicas do equipamento estão dispostas a seguir na figura 2.
18
Figura 2 – Especificações do equipamento. Fonte: Instrutherm Instrumentos de Medição Ltda.
De acordo com a ISO 7726/1998 a altura recomendada para medição é de 1,10 metros para o colaborador que esteja trabalhando em pé, e de 0,60 metros para o trabalhador que trabalhe sentado, todos os colaboradores em suas respectivas funções avaliadas neste trabalho serão realizadas as medições em pé, na altura de 1,10 metros.
As obras onde se pretende realizar as medições são obras residenciais ou comerciais de pavimento térreo, pois são as obras predominantes no município e em função da locomoção do equipamento.
Com os resultados do equipamento, serão utilizadas as equações 1,2,3 e 4 para comparação dos resultados obtidos.
Será aplicado um questionário, com quatro perguntas de fácil entendimento, com a intenção de obter informações se a exposição ao calor já causou algum malefício para o trabalhador, e com a identificação da naturalidade do trabalhador, para analisar se a adaptação ao município influência na sensação térmica.
Figura 3 – Questionário. Fonte: Autoria própria, 2015.
Todas as questões tem objetivo de analisar a sensação térmica do trabalhador. A questão 1 tem a finalidade de saber como o trabalhador está se sentindo termicamente, com o resultado desta questão será possível comparar com o resultado obtido pelo IBUTG, e avaliar se os resultados são compatíveis. A questão 2 e 3 tem como objetivo avaliar se a exposição ao calor, já trouxe algum maleficio para o trabalhador. Na questão 4 será feita para identificar como o trabalhador se sente ficando exposto ao calor.
Os resultados obtidos serão analisados através de gráficos, com a finalidade de saber quais os níveis de sobrecarga térmica cada função está exposta, através da determinação do IBUTG, analisar a sensação térmica e como a sobrecarga térmica age sobre o trabalhador, comparar os resultados do equipamento com o do questionário, identificar possíveis doenças relatadas pelos trabalhadores.
Idade Naturalidade Muito Calor Calor Neutro Frio Cansaço Sonolência Mal estar Outro
4) Como você se sente na maior parte do tempo
QUESTIONÁRIO
Função:
1) Como você está se sentindo termicamente
2) Já sentiu algum desses sintomas após ficar exposto ao calor
3)Já teve alguma complicação devido a exposição ao calor
20
7 CRONOGRAMA
No cronograma a seguir está disposto o planejamento das atividades do primeiro semestre de 2016.
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO
2016
ENTREGA DA VERSÃO FINAL DO ARTIGO ATIVIDADES REVISÃO BIBLIOGRÁFICA COLETA DE DADOS ANÁLISE DOS DADOS REDAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO ENTREGA DO ARTIGO AO ORIENTADOR APRESENTAÇÃO DO TRABALHO EM BANCA8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ANASTÁCIO, M., et al. Classificação Climática de Koppen – Geiger.
Disponível em: <
https://portais.ufg.br/up/68/o/Classifica____o_Clim__tica_Koppen.pdf> Acesso em: 25 de outubro de 2015.
CAMARGO, M. G.; FURLAN, M. M. D. P. Resposta Fisiológica do Corpo Às Temperaturas Elevadas: Exercício, Extremos de Temperatura. Disponível em: < http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/1723> Acesso em: 18 de setembro 2015.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Dados de
Sinop– MT. Disponível em:
<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=510790> Acesso em: 02 de novembro de 2015.
INSTITUTO MATOGROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA. Mapa de Macrorregiões do IMEA. Cuiabá, 2011.
INSTRUTEMP INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO LTDA. Termômetro de
Globo Portátil. Disponível em:
<http://instrutemp.provisorio.ws/2010_09/manuaispdf/ITWTG-2000.pdf> Acesso em: 07 de novembro 2015.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 7730 Ergonomics of the thermal environment — Analytical determination and interpretation of thermal comfort using calculation of the PMV and PPD indices and local thermal comfort criteria. Suíça, 2005.
LAMBERTS, R., et al. Conforto e Stress Térmico. Santa Catarina. Laboratório de Eficiência Energética em Edificações. 2011.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora 15: Operações e Atividades Insalubres. Brasilia, 1978.
________. Dados dos trabalhadores da construção civil no município de
22
http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_perfil_municipio/index.php > Acesso em: 03 de dezembro de 2015.
________. Tabela de Ocupações. Disponível em:
<http://consulta.mte.gov.br/empregador/cbo/procuracbo/conteudo/tabela3.asp?gg=9 &sg=5&gb=2> Acesso em: 03 de novembro de 2015.
NÚCLEO DE PROJETOS E DESENVOLVIMENTO URBANO DE SINOP (PRODEURBS). Dados de alvarás emitidos em Sinop – MT. Sinop. 2015
OLIVEIRA, G. S. J. F., et al. Conforto Térmico no Ambiente de Trabalho: avaliação das variáveis subjetivas da percepção do calor. Disponível em: < http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos10/201_ARTIGO%20-%20SEGET.pdf> Acesso em: 18 de outubro 2015.
PORTAL MATO GROSSO. Dados de Sinop – MT. Disponível em:
<http://www.mteseusmunicipios.com.br/municipios/sinop/dados-gerais-de-sinop/1034> Acesso em 02 de novembro 2015.
RUAS, A. C. Conforto Térmico nos Ambientes de Trabalho. São Paulo, Fundacentro. 1999. 97 p.
Tavares, M. Exposição Ocupacional as Temperaturas Extremas.
Disponível em: <
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja& uact=8&ved=0CBwQFjAAahUKEwi23YuZ6YHJAhWMCpAKHaQMD0o&url=http%3A %2F%2Ffiles.segurancaocupacional-alexssandro.webnode.com.br%2F200000052-bf088c0028%2FApostila%2520Temp_Extremas.pdf&usg=AFQjCNFy0okKh7F67Obt Ph25BIjuXKvv4A&bvm=bv.106923889,d.Y2I> Acesso em: 18 de outubro 2015.