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Open A no ambiente virtual de aprendizagem MOODLE: a escola de gestores de educação básica da Paraíba

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

ELIZENDA SOBREIRA CARVALHO DE SOUSA

A INTERATIVIDADE NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

MOODLE: a escola de gestores de educação básica da Paraíba

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ELIZENDA SOBREIRA CARVALHO DE SOUSA

A INTERATIVIDADE NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

MOODLE: a escola de gestores de educação básica da Paraíba

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Educação.

Orientador: Prof. Dr. Wilson Honorato Aragão.

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ELIZENDA SOBREIRA CARVALHO DE SOUSA

A INTERATIVIDADE NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

MOODLE: a escola de gestores de educação básica da Paraíba

Aprovada em: 02 / 12 / 2010

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________________ Prof. Dr. Wilson Honorato Aragão – CE/UFPB

Orientador

_______________________________________________________________ Prof. Dr. Otávio Machado Lopes de Mendonça – CE/UFPB

Examinador Externo

______________________________________________________________ Profa. Dra. Glória das Neves Dutra Escarião – CE/UFPB

Examinadora

_______________________________________________________________ Profa. Dra. Maria da Salete Barboza de Farias – CE/UFPB

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Wilson Honorato Aragão, por acreditar no meu desempenho profissional e ter me ensinado a demarcar os caminhos da pesquisa e da vida acadêmica;

Ao Programa do Curso de Especialização em Gestão Escolar, à professora Inês Navarro, aos cursistas entrevistados, professores e assistentes do Curso de Especialização em Gestão Escolar do Centro de Educação da UFPB, pela disponibilidade para participar e colaborar com a pesquisadora neste processo de construção do conhecimento;

Aos professores Doutores Wilson Honorato Aragão, Otávio Machado Lopes Mendonça, Glória das Neves Dutra Escarião, Maria da Salete Barboza de Farias e Edna Gusmão de Góes Brennand, que ofereceram contribuições preciosas para a concretização deste trabalho acadêmico;

E, com amor, agradeço a meu esposo Valter e aos meus filhos Valter, Gabriel e Rafael, que sempre estiveram presentes nesta caminhada acadêmica, também responsáveis por eu ter chegado a esta etapa da minha vida acadêmica;

Aos meus irmãos: Gutemberg Martinho, Maristela e Giana Patrícia pelo carinho de sempre;

Aos colegas e professores do Programa de Pós-graduação em Educação do Centro de Educação da UFPB, pelos ricos momentos de debate, interação, aprendizagem e amizade que conseguimos estabelecer no decorrer desta etapa de formação; em especial aos Professores Wilson Aragão, Otávio Mendonça e Edna Brennand, exemplos de garra e determinação para vencer os desafios da educação na modalidade à distância;

Aos funcionários do PPGE, que estiveram sempre presentes em minha vida, atendendo às minhas solicitações;

Aos que não nomeei, mas que foram importantes nesta caminhada;

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A C R Ó S T I C O V I R T U A L

Integrando pessoas e conhecimentos Na grande rede chamada WEB

Tendo como foco principal Educação e Gestão Educacional

Redemocratizando o acesso,

A todos aqueles que têm sede de aprender Trabalhando e conquistando espaços

Ideais de um Gestor inovador Vemos assim a Escola de Gestores

Interligando saberes e objetivos Da gestão escolar não se distanciando

Altivos para resultados alcançar Dignificando a categoria do gestor E abrindo fronteiras para ser realizador.

Nunca pensar em desistir Ainda que transpondo obstáculos.

Estudar na Universidade Virtual Se tornou realidade para Gestor experiente

Com coragem e muito compromisso Objetivando uma melhora na educação Levando sempre a bandeira do heroísmo

Alcançando os alvos pretendidos.

De forma que a gestão escolar, Eleve a confiança e auto-estima.

Gerenciar conhecimentos E uma forma de comunicar Somente com estudo eficaz Teremos uma melhora escolar Olhando a escola com outros olhos

Realizando e planejando mais Estaremos construindo o amanhã Somos sementes da Esperança e da Paz.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar a interatividade entre cursista, professor, conteúdo, plataforma, especificamente o uso das ferramentas interativas síncronas e assíncronas no processo ensino-aprendizagem do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA (Moodle), no 1° Curso de Especia lização em Gestão Escolar do Programa de Pós-graduação em Educação da UFPB. Como aporte e base teórica adotada para a realização deste estudo, foram consideradas as representações sociais de Serge Moscovici e os posicionamentos e conceitos sobre interação e interatividade de vários autores que discutem esse tema no ambiente virtual de aprendizagem. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a observação participante, a entrevista virtual semiestruturada e questionário de pesquisa, todo esse material encaminhado através das ferramentas virtuais (e-mail, fórum, caixa de mensagens), para apreender as representações sociais dos cursistas sobre a interatividade vivenciada no curso. Finalizando, deve-se qualificar cada vez mais a interatividade entre todos os atores do ensino à distância, para que se obtenha melhores resultados nos processos de ensinar e aprender virtualmente.

(8)

ABSTRACT

The present work has as its objective, analyze the interactivity between the course participants, teacher, content, platform, specifically the use of the synchronous and asynchronous interactive tools in the process of teach-learning of the Virtual Environment of Learning – AVA (Moodle), in the 1st Course of Specialization in School Management of the Program of Pos-graduation in Education of the UFPB. As a contribution and theoretical base adopted for the accomplishment of this study, were considered the social representations of Serge Moscovici and the positioning and concepts about the interaction and interactivity of several authors that argue this theme on the virtual environment of learning. It was used as a instrument to collect data, the participant comment, the virtual semistructured interview and the questionnaire of research, all of this material send through the virtual tools (e-mail, forum, message box), to learn the social representation of the course participants about the interactivity lived in the course. Finishing, each time must qualify more the interactivity between all the actors of distance education, so that it gets better results in the process of teach and learn virtually.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico n.1 - Sexo dos Cursistas Gráfico n.2 - Faixa Etária

Gráfico n.3 - Naturalidade Gráfico n.4 - Estado Civil

Gráfico n.5 - Escola onde trabalha Gráfico n.6 - Curso Superior Concluído Gráfico n.7 - Faixa Salarial

Gráfico n.8 - Função que exerce na Escola

Gráfico n.9 - Já fez curso com a metodologia da Ead ? Gráfico n.10 – Como você considera a metodologia da Ead? Gráfico n.11 – Motivos que contribuíram para você fazer o Curso Gráfico n.12 - Titulação

Gráfico n.13 – Usabilidade do Ambiente Virtual no envio das atividades

Gráfico n.14 - Acessibilidade e feedback do Ambiente Virtual Moodle Gráfico n.15 - Suporte Tecnológico para auxiliar nas dúvidas e dificuldades quanto a utilização do Ambiente Virtual

Gráfico n.16 - O uso da plataforma Moodle contribuiu para o Aprendizado das disciplinas do curso?

Gráfico n.17 - Participação, Intervenção e Colaboração no Fórum de Discussão

Gráfico n.18 - Participação, Intervenção e Colaboração no Chat ou Sala de bate-papo

Gráfico n.19 - Gerir seu tempo de forma satisfatória

Gráfico n.20 - Levando em consideração todos os itens avaliados acima, qual nota você daria para o nível de interatividade cursista x plataforma?

Gráfico n.21 - Comunicação / Interatividade cursista x cursista

Gráfico n.22- Atividades colaborativas para incentivar a comunicação e ajudar na construção do conhecimento

Gráfico n.23 - Fórum de discussão como ferramenta de comunicação assíncrona

Gráfico n.24 - Afetividade na relação cursista x cursista

Gráfico n.25- Levando em consideração todos os itens avaliados acima, qual nota você daria para o nível de interatividade cursista x cursista ?

Gráfico n.26- Comunicação e domínio do assunto

Gráfico n.27- O relacionamento virtual cursista x coordenador de sala está sendo suficiente para o bom aproveitamento do curso

Gráfico n.28 - Quando solicitados os coordenadores de sala foram claros nas suas respostas

Gráfico n.29 - Afetividade na relação cursista x coordenador de sala está no ambiente virtual

Gráfico n.30 - Levando em consideração todos os itens avaliados acima, qual nota você daria para o nível de interatividade cursista x coordenador de sala ? Gráfico n.31 - Conhecimento e domínio do assunto

Gráfico n.32- O relacionamento virtual cursista x professor de sala está sendo suficiente para o bom aproveitamento do curso?

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Gráfico n.33 - Quando solicitados os professores de sala foram claros nas suas respostas?

Gráfico n.34 – Afetividade na relação cursista x professor de sala no ambiente virtual

Gráfico n.35 – Levando em consideração todos os itens avaliados acima, qual nota você daria para o nível de interatividade cursista x professor de sala ? Gráfico n.36 – Conhecimento e domínio do assunto

Gráfico n.37 – O relacionamento virtual cursista x assistente de turma está sendo suficiente para o bom aproveitamento do curso?

Gráfico n.38 – Quando solicitados os assistentes de turma foram claros nas suas respostas?

Gráfico n.39 – Afetividade na relação cursista x assistente de turma no ambiente virtual

Gráfico n.40 – Levando em consideração todos os itens avaliados acima, qual nota você daria para o nível de interatividade cursista x assistente de turma ? Gráfico n.41 – Relação do conteúdo teórico com aplicações práticas e interativas

Gráfico n.42 – Material didático e instrumentos que estimulam a auto -aprendizagem

Gráfico n.43 – As atividades disponibilizadas periodicamente foram adequadas, claras e objetivas?

Gráfico n.44 – Referências Bibliográficas, textos, links, disponíveis para pesquisa do cursista

Gráfico n.45 – Você considera o programa deste curso bem estruturado e coerente para promover a interatividade

Gráfico n.46 – Levando em consideração todos os itens avaliados acima, qual nota você daria para o nível de interatividade cursista x conteúdo ?

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LISTA DE QUADROS

Quadro: n.01 – Paralelo entre as funções do Professor Convencional e Tutor no Ambiente Ead

Quadro: n.02 – Características principais do Núcleo Central e Sistema Periférico

Quadro: n.03 – Salas Ambientes do Curso de Especialização em Gestão Escolar

Quadro: n.04 – Interatividade no Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA (Moodle)

Quadro: n.05 – Sugestões: Interatividade Cursista x Plataforma

Quadro: n.06 – Sugestões representativas da categoria: Interatividade Cursista x Cursista

Quadro: n.07 – Sugestões representativas da categoria: Interatividade Cursista x Professor de Sala

Quadro: n.08 – Sugestões representativas da categoria: Interatividade Cursista x Assistente de Turma

Quadro: n.09 – Sugestões representativas da categoria: Interatividade Cursista x Conteúdo

Quadro: n.10 – Categoria de agrupamentos a partir das evocações registradas Quadro: n.11 – Palavras representativas da Interatividade por Classes/Categorias

Quadro: n. 12 – Experiências positivas de interatividade vivenciadas no curso Quadro: n.13 – Experiências negativas de interatividade vivenciadas no curso Quadro: n.14 – Fatores inibidores/limitafores da interatividade

Quadro: n.15 – Fatores facilitadores da interatividade

Quadro: n.16 – Responsabilidades do professor na modalidade de ensino à distância

Quadro: n. 17 – Palavras com associações significativas contextualizadas às classes 1;2;3;4 e 5

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LISTA DE SIGLAS

ABT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

ANFOPE - ASSOCIAÇÃO NACIONAL PELA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

AVA - AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

CAPES – COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR

CE - CENTRO DE EDUCAÇÃO

CMS - COURSE MANAGEMENT SYSTEM CNE - CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DI - DESIGNER INSTRUCIONAL

EAD – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FAQS - FREQUENTLY ASKED QUESTIONS

LDB - LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL MCT - MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

MEC - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MOODLE - MODULAR OBJECT ORIENTED DYNAMIC LEARNING ENVIRONMENT

NTCI – NOVAS TECNOLOGIAS DA EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO PCN - PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

PNES – PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS POSGRAD – PÓS-GRADUAÇÃO TUTORIAL A DISTÂNCIA

PPGE - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

SGC - SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE CURSOS

TICS – TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

TRS – TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

UAB - UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO

UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 14

CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 25

2.1 Educação 25

2.2 Políticas de Educação à Distância 30

2.3 Concepção de um Sistema de Educação a Distância 35

2.4 O Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA 44

2.4.1 A Interação e a Interatividade no Ambiente Virtual de Aprendizagem –

AVA 47

2.4.2 Ferramentas Interativas no Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA 51

CAPÍTULO 3 – PERCURSO METODOLÓGICO: CONSTRUINDO/AFERINDO

AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA INTERATIVIDADE 53

3.1 Á Guisa da Metodologia 61

3.1.1 Ambiente da Pesquisa 61

3.1.2 A Metodologia 61

3.1.3 Característica da Pesquisa 62

3.1.4 Coleta de Dados 65

3.1.5 Análise dos Dados 66

3.2 Captando as representações sociais da interatividade 66 3.2.1 Uma breve apresentação da Escola de Gestores 66 3.2.2 Caracterizando os sujeitos entrevistados da Escola de Gestores 69 3.2.3 Interatividade: analisando e discutindo os resultados da pesquisa 76 3.2.4 Interatividade: mais que um conceito uma forma de representação 102 3.2.5 Representação dos cursistas: experiências positivas e negativas de

interatividade vivenciadas no curso 116

3.2.6 Aspectos facilitadores e limitadores à interatividade 121

CONSIDERAÇÕES FINAIS 137

REFERÊNCIAS 145

APÊNDICES

APENDICE A – Questionário aplicado aos Cursistas 153

APENDICE B – Roteiro da entrevista virtual 157

ANEXOS 158

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1. INTRODUÇÃO

Este capítulo introdutório visa apresentar os principais elementos para o desenvolvimento da representação sobre a interatividade no ambiente virtual de aprendizagem Moodle: estudo de caso da pesquisa em evidência.

Devemos considerar a interatividade como elemento essencial para promover a permanência dos participantes de um curso na modalidade distância, até o final, com sucesso.

Estamos vivenciando um novo tipo de sociedade, denominada sociedade da informação, onde os valores, a economia, as instituições e as profissões perpassam por mudanças inéditas, mais rápidas, profundas e amplas do que em qualquer outra época. Este final de século, em particular, está marcado pelo surgimento da alta tecnologia, onde o computador, a internet, as mídias, os ambientes virtuais ocupam lugar de destaque na educação e no mundo atual. Com ele originou-se uma nova sociedade, a da informação, caracterizada pela capacidade de gerar, gerir, manusear, armazenar e distribuir informações e aprendizagens, e tal capacidade contribuiu para uma reviravolta na escala de valores, na reorganização da política mundial e na troca de paradigma científico.

Para poder inserir-se nesse contexto, a sociedade exige do homem a aquisição das capacidades de aprender novas habilidades, de assimilar novos conceitos, de avaliar novas situações, de lidar com o inesperado, de propor mudanças e de adaptar-se às condições em mudança. Diante desta nova ordem social que surge, é imprescindível as instituições educativas adotarem estratégias que atendam às reais necessidades dessa nova sociedade em evidência. Dentre elas, a mais difundida é a implementação de cursos na modalidade à distância _ processo que está começando a atingir substancialmente as instituições de ensino públicas e privadas.

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Virtual de Aprendizagem (AVA), onde as relações interativas são mediadas pela presença das tecnologias. O AVA aparece, nesse contexto, como uma alternativa viável para a promoção do conhecimento e saber compartilhado entre professor e aluno e configura a base para vivenciarmos as chamadas comunidades virtuais de aprendizagem. 1

Com a necessidade de políticas eficazes para a educação, consideradas prioridade em se tratando de um fator que impulsiona o crescimento de uma nação e visa a melhoria da qualidade de vida e a consolidação de valores da democracia, a educação à distância promove o acesso a indivíduos dos mais diversos lugares. Estes se reúnem em torno de um tema para ser discutido e aprendido.

Neste processo, a aprendizagem se realiza a partir de discussão coletiva, através de ferramentas interativas síncronas, que são a comunicação em tempo real, isto é, professor e alunos conectados à internet e trocando idéias por meio de chats e videoconferências. E de ferramentas interativas assíncronas2, nas quais a comunicação acontece em tempos diferentes, tais como: listas e fóruns de discussão, correio eletrônico, blog, diário, entre outras.

Cada vez mais cursos ministrados em ambientes virtuais estão utilizando todos esses recursos, para atender às necessidades dos alunos e garantir qualidade na aprendizagem, constituindo assim uma aprendizagem coletiva que ultrapassa os limites impostos pela sala de aula.

Por meio do ambiente virtual, o professor pode propor tarefas que incitem os alunos a mobilizarem seus conhecimentos. Isto pressupõe uma pedagogia cooperativa. Professor e aluno percebem-se como organizadores de situação didática para gerar a aprendizagem. Esta interatividade está cada vez mais frequente devido ao investimento do Governo Federal. As políticas públicas educacionais implementadas pelo Ministério da Educação (MEC), juntamente com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), permitem que vivenciemos a

1 “Uma comunidade virtual é uma comunidade que estabelece relações num espaço virtual através de meios de

comunicação à distância. Caracteriza-se pela aglutinação de um grupo de indivíduos com interesses comuns que trocam experiências e informações no ambiente virtual. Um dos principais fatores que potencializam a criação de comunidades virtuais é a dispersão geográfica dos membros. O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs - minimizam as dificuldades relacionadas a tempo e espaço, promovendo o compartilhamento de informações e a criação de conhecimento coletivo”. (WIKIPÉDIA).

2 Sobre as ferramentas assíncronas Oliveira (2003, p.24) afirma que: as construções discentes e docentes,

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disseminação do ensino à distância através do computador conectado à internet. Recentemente, em Decreto assinado pelo Governo Federal, já se institui, na formação dos professores, a modalidade principal de ensino como presencial, reconhecendo-se a importância dos sistemas semipresencial e à distância.

As TIC’s - Tecnologias da Informação e Comunicação - trazem embutidas não apenas as funções manuais do ser humano, mas também as intelectuais.

Neste, sentido parece oportuno pensarmos/buscarmos elementos que permitam a compreensão deste cenário, no que tange a novos paradigmas educacionais, onde é fundamental o querer aprender, querer fazer, querer mudar, buscando refletir sobre o conceito de interatividade e sua veiculação com as práticas pedagógicas para a melhoria do processo ensino aprendizagem, verificando a presença de políticas públicas educacionais para o ensino mediado por computador.

Com efeito, as políticas encaminham e definem ações que impulsionam a educação, os projetos pedagógicos, a inclusão digital e a formação do professor.

Para Libâneo (2003) a revolução tecnológica está favorecendo o surgimento de uma nova sociedade, marcada pela técnica, informação e conhecimento, um novo processo de produção e trabalho, em que estão presentes as novas tecnologias e onde se requer o trabalhador qualificado intelectual e tecnologicamente, sendo capaz de submeter-se a um contínuo processo de aprendizagem. Tudo isto está alavancando as práticas educacionais e, por conseguinte, a ação do educador.

É manifesto que o ensino à distância é uma realidade, fruto do empenho político por que passa o país; disto decorre a necessidade de investigar sobre a interatividade no Ambiente Virtual de Aprendizagem - Moodle,3 planejado com o

intuito de ajudar educadores a alcançar um padrão de qualidade em atividades educacionais on-line.

3 O MOODLE (Modular Object Oriented Dynamic Learning Environment) é um software livre para gestão da

aprendizagem e de trabalho colaborativo, que permite a realização de cursos à distância, criado pelo educador e cientista computacional Martim Dougiamas, em 2001 (WIKIPÉDIA, 2008). Este software, voltado para programadores e acadêmicos em educação, representa um sistema de administração de atividades educacionais.

Tem como finalidade a criação de comunidades on-line em ambientes virtuais destinados à aprendizagem

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Neste contexto, a Educação à Distância uma metodologia desenhada para aprendentes adultos, baseada no postulado de que, estando dada sua motivação para adquirir conhecimento e qualificações e a disponibilidade de materiais apropriados para aprender, eles estão aptos a terem êxito em um modo de auto-aprendizagem4. Tem como princípios aprendizagem autodirigida;

disponibilidade de meios e materiais; programação da aprendizagem; interatividade entre estudantes e agentes de ensino.

Para Peters (2003), a Educação à Distância implica a divisão do trabalho de ensinar, com a mecanização e automação da metodologia de ensino e a dependência da efetividade do processo de ensino com relação às tarefas prévias de planejamento e organização dos sistemas, conduzindo a uma transformação radical do professor.

É planejada por instituições que se utilizam das diversas tecnologias de comunicação. Sendo assim, tem as seguintes características: Separação no espaço; Separação no tempo; Planejamento; Tecnologias de Comunicação; Autonomia versus Interação; Público.

Vale ressaltar que a Educação à Distância está entre nós há mais de um século, fazendo uso de diferentes tecnologias, desde o material impresso, rádio, televisão, até chegar aos computadores. É institucionalizada através do Decreto 5.622, que regulamenta o art. 80 da Lei 9.394, que fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, caracterizando-a como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.

A Educação à Distância pode ser vista, portanto, como uma alternativa de qualidade para a formação de grande parcela da população, pelas suas características de flexibilidade e de oportunidade de aprofundamento. É uma estratégia desenvolvida por sistemas educativos para oferecer educação aos setores ou grupos da população que, por razões diversas, têm dificuldades de acesso a serviços educativos.

Planejar um curso na modalidade Educação à Distância exige a interação entre diversos profissionais, requer o envolvimento de uma ampla equipe:

4 A idéia de auto-aprendizagem é fundamental para a educação a distância, dependendo em grande parte da

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pedagogos, especialistas, técnicos e designers instrucionais que dominem os softwares que permitem a preparação de materiais para as diversas mídias, e reconheçam que cada indivíduo tem uma inteligência com ritmo e características próprias de aprender.

O conhecimento das teorias educacionais torna-se condição essencial na preparação de toda a equipe de profissionais que irá prover as várias funções e competências dos mais variados conhecimentos didáticos, pedagógicos, tecnológicos etc. O Cognitivismo5 (Piaget) e o Construtivismo6 (Vygotsky), teorias

consideradas interacionistas, acreditam na construção do conhecimento através das interações do indivíduo com os outros, com o meio, ou da relação do novo conhecimento com a própria construção mental de significados. Vygotsky considera de fundamental importância a escola, o professor, as relações interpessoais, ainda que para o autor citado a mediação pedagógica nunca seja mediada por um objeto, sempre é uma pessoa, tendo a aprendizagem como um processo de construção compartilhada e construção social. Bruner (apud FREITAS, 2002, p.105) afirma que, para Vygotsky, “educação implica não apenas o desenvolvimento das potências individuais, mas a expressão histórica e crescimento da cultura humana da qual o homem procede”.

Essas teorias educacionais fundamentam muitas das estratégias motivadoras e facilitadoras utilizadas na modalidade de Educação à Distância em todo o processo ensino-aprendizagem. Vale ressaltar que não é a tecnologia que garante o sucesso da Educação à Distância, os professores precisam saber como fazê-la. Lembrando que “não é a tecnologia que criará a mudança na educação, mas é o poder da tecnologia que permitirá aos professores e aos alunos fazerem as mudanças necessárias”. (HEIDE e STILBORNE, 2000, p.282).

Neste cenário, o papel do professor não é ensinar, mas ajudar o aluno a aprender, não é transmitir informações, mas criar condições para que o aluno adquira informações, enfim é alguém que seja capaz de trabalhar em equipe. O professor deixa de ser um detentor do saber, um transmissor de informações e

5 O Cognitivismo surgiu no início da segunda metade do século XX, com o advento dos Computadores, da

Cibernética, da Teoria de Sistemas e das Teorias da Informação. Os cognitivistas estudam a organização do conhecimento, o processamento das informações, os comportamentos de grupo e individuais, e acreditam que podem compreender os seres humanos ao estudá-los como sistemas que processam informações.

6 O Construtivismo é uma das correntes empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve

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passa a criar estratégias para que o aluno busque o conhecimento e seja sujeito do seu processo de construção do saber numa sociedade da informação em constantes mutações.

Neste sentido, o professor deve preparar-se para atuar nas diferentes modalidades de ensino; aprender a utilizar as NTCI – Novas Tecnologias da Educação e Comunicação - no seu trabalho docente; elaborar materiais didáticos adequados às novas formas de ensinar e aprender; encontrar uma nova forma de ser e de fazer a prática docente, coerente com as concepções que passam a fundamentar o processo educacional; trabalhar com projetos de aprendizagem colaborativa7; realizar a mediação como incentivador, motivador, problematizador da aprendizagem; vencer preconceitos relativos ao ensino à distância; propor a utilização de programas aplicados à educação; utilizar a vídeoconferência8, o chat, listas de discussão, o correio eletrônico, o CD-ROM, o PowerPoint. Assim, “em lugar de meramente transmitir, ele (o professor) será um formulador de problemas, provocador de situações, arquiteto de percursos, mobilizador da experiência do conhecimento” (SILVA, 2003, p.12). Esta modalidade de ensino exige a elaboração de materiais didáticos próprios, bem como a integração de diferentes profissionais, numa perspectiva de trabalho interdisciplinar.

A Educação à Distância também apresenta desafios e dificuldades como: aceitar a educação à distância; admitir a ocorrência da aprendizagem e do ensino fora da sala de aula; libertar-se do modelo tradicional de ensinar e de aprender; ampliar o acesso à educação; utilizar as NTCI, como recursos para a EAD; ampliar o acesso ao computador e à internet.

Deste modo, é necessário um estudante com perfil diferente do tradicional, e a aprendizagem é feita de forma colaborativa, tendo como desafios os seguintes elementos: a superação do conteúdo: o planejamento das aulas à distância deve ser realizado com o recurso de especialistas nas áreas da educação,

7 Aprendizagem Colaborativa é um método de ensino aprendizagem em que os estudantes trabalham em equipe a

fim de explorar uma questão significativa ou criar um projeto de interesse comum.

8 Videoconferência é o uso interativo de multimídia e telecomunicação em tempo real, com o objetivo de

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da informática, da comunicação e outros; promover uma educação de qualidade:

preparar o professor presencial para atuar no virtual; alcançar credibilidade e reconhecimento em todos os setores; compreender suas potencialidades para poder usufruir dos recursos tecnológicos; educação interativa.

Portanto, compreende-se que, no ensino superior presencial, há a necessidade de se criar a prática da educação on-line nos professores, alunos e na própria instituição, alternando o presencial com o virtual, entrando efetivamente na era das NTCI. Assim, “cada professor encontrará o seu ponto ideal de equilíbrio, o que dependerá também do grau de maturidade e cooperação da classe” (MORAN, 2004). Essa metodologia exige: mais dedicação do professor, apoio de uma equipe técnico-pedagógica, mais tempo de planejamento e de acompanhamento do processo.

A proposta de EAD é oferecer ao aprendiz um processo de interação e comunicação que permite a construção do conhecimento através da colaboração9 e cooperação10 de todos os integrantes do curso. Ressalta-se, a partir dessa reflexão sobre as características e possibilidades da EAD, a real necessidade de preparar o professor presencial para atuar na virtualidade.

Estudar sem a presença do professor e colegas desafia o aluno virtual a superar suas limitações pessoais e a desenvolver sua capacidade de aprender autonomamente, de “aprender a aprender”; o aluno assume para si a responsabilidade de sua formação e é o autor e condutor de seu processo na construção do conhecimento. O aluno virtual se envolve e passa a: refletir sobre o que faz; pensar por si mesmo; comparar seu processo de pensamento com o dos outros; estimular seu pensamento crítico; partilhar e trocar ideias, práticas e experiências; trabalhar em grupo, favorecendo assim a Aprendizagem Colaborativa, que é basicamente conduzida por processos de interação e tem como objetivo não só o de melhorar a competência11 dos alunos para trabalhar em equipe e utilizar os

9 Colaboração é uma atividade síncrona, resultante de um esforço contínuo para criar e manter uma concepção

compartilhada do problema.

10 Cooperação é a divisão do trabalho entre os participantes, onde cada pessoa é responsável por uma parte do

problema a ser resolvido. É portanto, uma relação compartilhada entre os participantes da disciplina, no desenvolvimento da aprendizagem e na efetivação de projetos de interesse comum.

11 Perrenoud aponta que formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento

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recursos informatizados, mas, ainda, favorecer o diálogo com o professor, que também participa do processo com seus alunos no ensinar e aprender.

Neste aspecto, vale ressaltar a definição de Paloff e Pratt (2002,p.141): “quando os alunos trabalham em conjunto, isto é, colaborativamente, produzem um conhecimento mais profundo, e ao mesmo tempo, deixam de ser independentes para tornarem-se interdependentes”.

Desta forma, as atividades colaborativas colocam em prática os princípios da “inteligência coletiva” apontados por Lévy, (1998): o filósofo afirma que são três os princípios fundamentais para o programa da Cibercultura12: a interconexão, as comunidades virtuais e a inteligência coletiva, para a cibercultura a conexão é sempre preferível ao isolamento, é um bem em si. (CIBERCULTURA, 1999, p: 127).

Estudar on-line não se resume a passar o maior tempo conectado à sala de aula virtual; deve haver tempo para pesquisa e comunicação; mas também deve ser reservado tempo para leituras, reflexões e realização das atividades propostas; é necessário saber se expressar para que se entenda perfeitamente o que foi dito nas mensagens, fóruns, chats, discussões etc., pois a aprendizagem e o desenvolvimento ocorrem num ambiente de discussão, de autonomia e de respeito mútuo.

O aluno passa, com a utilização de um ambiente virtual, a ter uma postura mais independente; ele será capaz de questionar, intervir no processo ensino-aprendizagem e ser também responsável pela sua própria ensino-aprendizagem, já que ele terá autonomia para buscar as informações utilizando os recursos disponíveis através do computador. O fazer pedagógico exige, hoje em dia, novas formas de pensar e de fazer, por isso a utilização do AVA é um veículo de mudança. Mudança esta que irá aumentar sensivelmente a capacidade de pensar do aluno e do professor. Por isto, a sua utilização não pode ser feita de maneira conservadora. Deve obedecer a um paradigma mais eficiente e se transformar em um recurso didático que favoreça o desenvolvimento de aulas mais motivadoras, que despertem no aluno o desejo de aprender criticamente e de ser o ator transformador de sua própria prática.

12 Cibercultura: espaço de comunicação aberto pela interconecção mundial dos computadores e das memórias

(22)

O uso do AVA enriquece essa prática, pois permite a vivência e a convivência entre as diversas disciplinas do currículo escolar. É capaz de criar, assim, ambientes de aprendizagem, onde todos são parceiros no processo de transformar o saber ensinar em saber aprender.

Além disso, pode-se afirmar que o uso do mesmo também favorece o trabalho em grupo. As atividades desenvolvidas, neste caso, se dão através da cooperação e da parceria com os outros atores do processo ensino-aprendizagem. O conhecimento construído passa a ser socializado e todos aprendem com todos, a partir da vivência de cada um. O diálogo grupal desencadeia o processo de interação e de construção coletiva e social do conhecimento, fazendo com que haja uma troca de experiência e de informação.

Assim, para favorecer e enriquecer todo o processo ensino-aprendizagem na educação à distância é de fundamental importância o trabalho do Designer Instrucional Virtual – DI Virtual13, o especialista em planejamento didático-pedagógico, aquele que domina a aplicação e a melhor forma de ensinar, planejar determinado conteúdo, organizar todo o processo multidisciplinar para disponibilizar no ambiente virtual, aquele que trabalha juntamente com o professor conteudista14, embora ambos assumam funções distintas.

Em meio a essas reflexões, chegamos a algumas questões que vão orientar a nossa pesquisa:

A problematização do objeto deste estudo se reporta a refletir e responder aos seguintes questionamentos:

Será que existe uma política educacional para o ensino à distância mediada por computador?

Quais os fatores inibidores e os facilitadores encontrados que o cursista, professor, gestor, coordenador e mediador apontam para a utilização das tecnologias da informação e comunicação em sua prática pedagógica nesta modalidade de ensino e para o desenvolvimento de um sistema de Educação à Distância eficaz e eficiente?

13 Aquele que além de ser um DI tradicional, isto é, especialista em planejamento didático-pedagógico, domina a

aplicação deste planejamento no mundo virtual.

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Quais os caminhos apontados para atenuar as dificuldades encontradas, de modo que esses recursos possam auxiliar o processo ensino-aprendizagem de forma significativa e interativa entre cursista, mediador, professor, e conteúdo?

As respostas a essas questões inicialmente levantadas serão buscadas referenciando-se pela seguinte hipótese:

A educação na modalidade à distância pode sim transformar a prática do professor, considerando o conjunto de facilidades oferecidas para o desenvolvimento de um ensino - aprendizagem significativa.

Com base nesta hipótese, foram definidos alguns objetivos que vão orientar a pesquisa:

O objetivo geral da pesquisa é analisar, no ensino à distância, as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) como política educacional pública e, nesta modalidade de ensino, a questão da interatividade entre cursista, professor, conteúdo, plataforma, destacando-se o uso das ferramentas interativas síncronas e assíncronas, no processo ensino-aprendizagem.

Quanto aos objetivos específicos que irão nortear algumas questões da pesquisa podemos citar:

• Verificar a presença de políticas públicas educacionais para o ensino mediado por computador.

• Conceituar Interatividade e refletir sobre suas potencialidades e limites vinculadas com as práticas pedagógicas na perspectiva das representações sociais.

• Descrever as concepções que os cursistas entrevistados têm sobre interatividade e suas experiências positivas e negativas vivenciadas ao longo do curso.

• Analisar o ambiente virtual e levantar os fatores facilitadores e inibidores da interatividade no uso dessas ferramentas para a construção do processo ensino-aprendizagem

• Verificar se as ferramentas utilizadas promovem a interação social e que recursos tecnológicos garantem maior interatividade.

(24)

No primeiro capítulo destacamos os principais elementos referentes ao processo de representação da interatividade no ambiente virtual de aprendizagem Moodle, bem como sua relação com o desenvolvimento da educação à distância.

No segundo capítulo os tópicos abordados irão subsidiar o embasamento da fundamentação teórica a partir da análise. Além disso, discutimos a relação educação e a educação a distância, o histórico desta última e as possibilidades dos ambientes virtuais de aprendizagem, a partir da plataforma Moodle, no que se refere ao processo de interatividade em ampliar significativamente o processo ensino-aprendizagem.

No terceiro capítulo, temos a descrição dos procedimentos metodológicos e sua relação com as representação sociais da interatividade, considerando os sentidos desta última no ensino da educação à distância. Além disso, foram construídas as representações sociais da interatividade no ambiente virtual do curso, a descrição das análises e discussão dos dados da pesquisa, conforme sugere a natureza do tipo de pesquisa selecionada – exploratória.

No quarto capítulo, foram traçadas as considerações finais, onde são recapitulados todos os principais achados da pesquisa, a fim de se chegar a uma síntese e conclusão em relação aos problemas formulados, inclusive no que se refere às sugestões da pesquisadora para posteriores estudos na área da pesquisa em evidência.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Educação

“Educação é o meio pelo qual a sociedade se perpetua, através da transmissão de valores morais que integram os indivíduos à sociedade, exerce papel ativo no processo de reorganização social, quando ocorre “desintegração moral”. Educação é a ação exercida pelas gerações adultas que não se encontram ainda preparadas para a vida social, tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente se destine” (Durkheim, 1967, p.41).

A educação tem, a princípio, como finalidade promover mudanças desejáveis e relativamente permanentes nos indivíduos, esperando-se que estas venham a favorecer o desenvolvimento integral do homem e da sociedade. Portanto, se faz mister que a educação atinja a vida das pessoas e da coletividade em todos os âmbitos, visando a expansão.

Vários são os estudos e pesquisas produzidos na área de educação popular, dizendo de sua importância para um mundo ainda desigual e excludente como o que vivemos, em especial no Brasil, um país altamente marcado pelas diferenças de classes sociais, onde a manutenção das classes dominantes tira dos educadores o direito que é de todos, privando-os de exercer sua autonomia.

E de acordo com as leituras realizadas em vários autores da área é que conseguimos entender com mais precisão a dimensão da educação como ato essencialmente humano, político e social. Isto significa dizer que a ação educativa, como frisou Freire (1984), é desenvolvida por homens e mulheres num determinado espaço e tempo da história. Baseados em Freire, podemos afirmar que a ação de educar é uma ação na qual todos (alunos e professores) ensinam e aprendem dirigidos pelo professor e não direcionados, onde o professor estabelece uma interação com os alunos e ao dirigir o processo é também um aprendiz na busca de novos conhecimentos.

(26)

fraco aproveitamento, inserir programas educativos que levem em conta o mercado de trabalho e cultura local, para que mais cedo ou mais tarde não venham a perder seus alunos “clientes”.

Enfim a educação de qualidade não tem só a ver com professores e materiais de boa qualidade, some-se a isto a qualidade dos que aprendem. À medida que se investe no aluno, visando à qualidade de vida, na qual este seja bem alimentado e preparado para o aprender, poderemos caminhar para a oferta das mesmas oportunidades para todos. Faz-se mister, em especial, que seja trabalhada a mudança de atitudes e prioridades dos governantes. Entendemos que é tarefa do Estado priorizar políticas públicas para a construção da cidadania.

É nesse contexto que se pretende refletir as questões referentes à educação, uma educação que ultrapassa os muros da escola e amplia os espaços de aprendizagem. As transformações que ocorrem no mundo mostram a necessidade de um processo de construção, desconstrução e reconstrução do conhecimento, são muitos os caminhos a percorrer, e é preciso compreender o mundo como uma rede de relações e conhecimentos em constantes mudanças.

A presença da tecnologia está em quase todos os segmentos sociais. Constitui-se uma necessidade para os reclamos da produção, do trabalho e da relação entre os indivíduos. A chegada da tecnologia da informação mudou profundamente a estrutura organizacional da sociedade e gerou, na medida em que programou mudanças nas esferas política, social e humana, um novo olhar sobre as necessidades do indivíduo e dos procedimentos de aquisição de informação. O processo ensino-aprendizagem, nos dias atuais, exige menos conteúdos e tempos fixos e mais processos de pesquisa e comunicação.

O processo tecnológico estabeleceu um patamar mais dinâmico ao meio social. Através dele houve uma aceleração na solução de problemas como a expansão e modernização das cidades, o acesso à informação, a universalização do ensino, entre outros.

Da mesma forma, a tecnologia da informática, que está presente no meio social, também chegou às escolas. Não se pode ignorar a sua importância para o processo ensino-aprendizagem. É uma realidade cada vez mais evidente e possibilita o aprimoramento e a sofisticação da relação professor e aluno.

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professores, no início deste século, que é a resistência destes em modernizar o processo educativo; o grande desafio é prepará-los para usarem as tecnologias da informação em suas disciplinas. As dificuldades da escola relativas às ferramentas tecnológicas e à possibilidade de ampliação do processo educativo a partir delas demonstra um espírito conservador.

A tecnologia da informática pode contribuir para sanar as dificuldades e aprimorar a qualidade de ensino através da melhoria da capacitação e formação do professor, na utilização de softwares e simulações educativas para dar um formato mais atualizado ao processo de aquisição do saber.

Convém observar que o computador não melhora o ensino apenas por chegar às escolas, pois a informatização de uma escola só dará bons resultados se for conduzida por professores preparados e conscientes do seu papel e da sua responsabilidade como educador.

Uma das dificuldades a ser superada refere-se ao medo do professor em ser considerado um elemento secundário no processo ensino-aprendizagem, ou seja, o professor não será mais o detentor do conhecimento nem o aluno será o receptor, mas professores e alunos irão interagir mudando, neste sentido, o paradigma da educação contemporânea.

Por outro lado, vale salientar que o professor não está capacitado para a utilização dessa ferramenta. A sua relação com ela ainda é problemática, pois exige dedicação, tempo disponível e vontade de mudar.

A conscientização do professor é tarefa fundamental para que a escola mude. Para tanto, torna-se necessária uma postura mais dinâmica ligada às necessidades dos alunos. Nesta perspectiva, a informática aparece como uma alternativa sedutora. Um instrumento de ampliação e de democratização do saber e do aprender.

Hoje, já não se concebe uma escola que esteja desassociada dos meios oferecidos pela moderna tecnologia. A tendência é a escola cada vez mais assumir estas ferramentas e implementar uma reavaliação do seu processo de ensino, tirando o melhor proveito da tecnologia e, de modo específico, integrando cada vez mais todos os recursos oferecidos pelas NTIC – Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, com avanços tão importantes na área do ensino.

(28)

novas habilidades, utilizar uma didática que favoreça a aprendizagem. Para desenvolver competências é preciso, antes de tudo, propor tarefas e desafios que incitem os alunos a mobilizar desenvolver a criatividade e estimular seus conhecimentos.

Freire (1996) idealizou uma pedagogia capaz de libertar a sociedade da opressão, desenvolvendo no aluno a consciência revolucionária, onde o mesmo possa questionar e revelar criticamente as relações de poder que o envolve.

A idéia é, segundo Freire (1996), conceber a escola como um espaço educacional no qual a interferência burocrática e centralizada possa ser minimizada. Por outro lado, de acordo com Gadotti (2000), há uma maior valorização da dinâmica interna da escola, levando em conta sua competência e sua qualidade a partir de um modelo no qual a autonomia é entendida como um processo de valorização e independência da escola a partir de pressupostos responsáveis e ligados à melhoria de ensino e à competência do professor e do aluno.

A educação, nesta ótica, passa a ser compreendida como uma influência perene no processo de formação do aluno. Deixa de lado valores exclusivamente formativos e passa a gerir uma prática educativa ampla e diversificada, na qual o acesso ao saber produzido, ao intercâmbio de idéias e de saberes favorece a aquisição de um espaço interdisciplinar dentro da escola.

A criação desse espaço interdisciplinar se constitui, segundo Freire (1996), uma ação transformadora à medida que beneficia não apenas a escola como produtora de conhecimento, mas aos alunos e professores na sistematização e desenvolvimento de procedimentos metodológicos e de produção de saberes edificados a partir da construção da autonomia.

A autonomia é, dentro da escola, uma ação transformadora, faz parte da própria natureza da educação. Nela está intrínseca a idéia de democracia e cidadania. Materializa-se em procedimentos que ajudam a produção de um conhecimento capaz de gerar mudanças significativas na aquisição de conhecimento do aluno e, ao mesmo tempo, amplia as possibilidades de pesquisa e de melhoria formativa do professor.

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desenvolvimento das estruturas cognitivas da criança. Mas o presente também deve ser encarado sob tais perspectivas, enfatizando a valorização do professor enquanto agente de formação intelectual do aluno e deste enquanto aprendiz.

A responsabilidade da educação é formar cidadãos conscientes do papel que desempenham na sociedade. E, nesse aspecto, a autonomia é a base para desencadear o processo de formação intelectual do aluno. “O educador democrático não pode negar-se ao dever de sua prática docente reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão” (FREIRE, 1996, p. 26).

O professor precisa trabalhar de maneira construtivista. Nesta perspectiva, o conhecimento é construído a partir da interação do sujeito com o objeto, o professor torna-se mediador entre o conhecimento e o aluno. Para tanto, o professor pode utilizar vários tipos de recursos e metodologias para desenvolver os conteúdos em sala de aula, utilizando recursos audiovisuais, textos reflexivos, jogos didáticos, filmes, programas de TV, jornais, revistas, vídeo, peças publicitárias, quadrinhas, filmes, ambientes virtuais de aprendizagem, sair do espaço da sala de aula partindo para pesquisa de campo e outras estratégias pedagógicas e tecnológicas para facilitar a interação do aluno com o conhecimento, do aluno com sua realidade.

O desafio para o novo milênio é promover a ousadia, a criatividade, a autoconfiança, uma compreensão e formação do indivíduo que seja diferencial na sociedade, realizando mudança e transformação.

Nesse sentido a Educação a Distância compreendida como educação, mobiliza educadores e educandos para criarem novas rotinas, exigindo, como toda mudança, novas atitudes, novas leituras, novas formas de ver e se organizar no mundo. Lembrando as palavras de Moran (2004) afirma que:

(30)

Ainda para o autor citado, o papel da educação é de nos ensinar a enfrentar a incerteza da vida; é de nos ensinar o que é o conhecimento, porque nos passam o conhecimento, mas jamais dizem o que é o conhecimento.

2.2 Políticas de Educação à Distância

A conjuntura das políticas educacionais no Brasil demonstra sua centralidade na hegemonia das idéias liberais sobre a sociedade. Isto revela que a educação se molda de acordo com os interesses e objetivos do capitalismo.

A estratégia liberal continua a mesma: colocar a educação como prioridade, apresentando-a como alternativa de “ascensão social” e de “democratização das oportunidades”. Por outro lado, a escola continua sendo um espaço com grande potencial de reflexão crítica da realidade, com incidência sobre a cultura das pessoas.

O ato educativo se constitui numa prática orientada para a formação específica de alunos de acordo com uma visão de mundo centrada na hegemonia de políticas seletivas. Isto é, políticas que priorizam a competição, as diferenças e a distribuição das pessoas de acordo com as classes sociais.

Como se sabe, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei n.º 9.394/96) foi, sem dúvida alguma, responsável por uma nova onda de debates sobre as políticas educacionais, sobre novos modelos de educação para o Brasil.

A sua maior incidência recaiu sobre as práticas desenvolvidas na sala de aula. Sobre a performance do professor e sua relação com o processo ensino – aprendizagem.

(31)

Como se sabe, a educação, nas sociedades modernas mais desenvolvidas, ocupa um lugar privilegiado. Recebe incentivo e busca fornecer aos alunos uma formação sincronizada com as expectativas do mercado atual.

Neste sentido, as políticas educacionais buscam essencialmente fornecer as regras necessárias para a formação adequada dos alunos. Por isso, os princípios estabelecidos pelas políticas educacionais incidem diretamente na sala de aula e no modelo de educação exigido pela sociedade.

Um dos principais reflexos das políticas educacionais na sala de aula é a prioridade demonstrada pelas instâncias superiores do governo ao ensino fundamental e, em segundo lugar, ao ensino médio. Esse interesse decorre da visão de que é preciso trabalhar melhor a base da escola para melhorar a qualificação dos alunos nos graus posteriores.

Por outro lado, também é política do governo brasileiro privilegiar projetos e programas que se desenvolvam com mais rapidez e que não exijam muitos gastos. Quanto mais baratos e rápidos forem os programas, melhor para as políticas educacionais postas em voga pelo Estado.

Neste sentido, as políticas educacionais também priorizam a formação dos profissionais da educação, buscando em particular oferecer cursos profissionalizantes e mais específicos.

Também é reflexo das políticas educacionais uma maior subordinação da escola e dos profissionais da educação às diretrizes impostas pelas instâncias superiores.

Outro problema conseqüente das atuais políticas no Brasil é a sua tendência à privatização do ensino. Embora o ensino privado seja uma realidade de longa data no país, atualmente há uma tendência a privatizar o ensino com a finalidade de minimizar a participação do Estado e priorizar a interferência do setor privado na condução das políticas educacionais.

Outro impacto sentido pela escola em decorrência das políticas educacionais é a necessidade política e de marketing dos governos de aumentar o número de matrículas sem o investimento necessário em infra-estrutura e na escola para comportar os alunos com suas reais necessidades.

(32)

Por outro lado, constata-se também que a autonomia da escola é apenas administrativa, no que se refere à parte pedagógica e outros interesses como as avaliações dos livros didáticos, o desenvolvimento dos currículos, de programas e conteúdos, permanecem sobre o manto das instâncias superiores.

É preciso ainda dizer que os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) são ambíguos, pois se, por um lado, aparece uma preocupação com as questões sociais, ambientais, inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação – TICS, presença dos temas transversais como proposta pedagógica, por outro, há todo um caráter de adequação ao sistema de qualidade total e a retirada da responsabilidade do Estado.

Diante da análise anterior, a atuação coerente e socialmente comprometida com a educação pública de qualidade social parece cada vez mais difícil, tendo em vista que a causa dos problemas está longe e, ao mesmo tempo, dispersa em ações locais. A tarefa de educar, em nosso tempo, implica conseguir pensar e agir localmente e globalmente, o que carece da interação coletiva dos educadores; segundo Paulo Freire, “o professor que não se preparar para intervir na discussão global, não é um ator coletivo”.

A verdade é que todos nós educadores, gestores, estamos vivenciando mudanças que afetam todos os setores da sociedade, inclusive a educação e a escola. Existem muitos indícios de que o sistema atual de ensino está desmoronando e cabe a nós educadores e gestores, juntos, encontrar caminhos novos para a formação de alunos para uma escola cidadã, capazes de desenvolver formas de vida em correspondência com a nova cultura da atual sociedade.

Portanto, cabe a todos nós educadores refletir sobre quais são as causas e consequências dessas políticas na e para a educação brasileira e como elas vêm sendo desenvolvidas no seio da sociedade e no interior da escola. Ora, parece-nos que as práticas educativas que são desenvolvidas nesse contexto não condizem com a realidade e necessidade de sua gente trabalhadora, operária: são dois mundos distantes, o mundo da escola e o mundo da vida diária que ainda se encontra fragmentado, provocando um alto índice de evasão, repetência, desistência e fracasso escolar.

(33)

O Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9.394/1996) estabelece que a União incentive o desenvolvimento de programas de ensino à distância, em todos os níveis e modalidades, e regulamente os requisitos básicos necessários para a realização de exames e registro de diplomas relativos a cursos à distância.

O Decreto-Lei nº 2.494/1998 veio regulamentar o Artigo 80 da LDB, definindo a compreensão (oficial) do que é EAD, da oferta, do credenciamento, da autorização e dos exames. Aborda a flexibilização, a autoaprendizagem e a mediação através de recursos didáticos e dos meios de comunicação em seu Artigo 1.

A Portaria nº 301/1998, que regulamenta o Decreto-Lei nº 2.561/1998, normatiza os procedimentos de credenciamento para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica à distância (www.mec.gov.br).

Outras legislações importantes:

● Portaria nº 641/1998 (autorização para cursos de graduação);

● Decreto nº 2.561/1998 (delegações de competência para a autorização

de cursos à distância de instituições federais e de educação profissional tecnológica e credenciamento de cursos à distância para educação de jovens e adultos, ensino médio e educação profissional técnica);

● Portaria nº 2.253/2001 (introdução no currículo dos cursos superiores

da oferta de disciplinas à distância);

● Decreto nº 5.622/200515 (revogou os Decretos nº 2.494 e nº 2.561); ● Portaria nº 4.361/2004 (revogou a Portaria nº 301/1998);

● Portaria no 4.059/2004 (trata da oferta de 20% da carga horária de

cursos superiores na modalidade semipresencial).

Este é o estágio que estamos vivendo neste momento, neste curso. Iniciou na década de 90, e é apresentada por Taylor apud Aretio (2001) como a geração do Ensino por Internet. Segundo Moore e Kearsley (2007), em 1993, apareceu o primeiro navegador Web ou www (World Wide Web - que em português significa, “Rede de alcance mundial”).

15

(34)

Vale ressaltar que com o acesso à internet, surgiram novos modelos de Universidades, como as universidades virtuais, a internet viabilizou a oferta de cursos na modalidade de EAD, e o número de estudantes de graduação nesta modalidade cresce a cada ano, considerando uma educação sem distância, onde permanece apenas a distância física entre os sujeitos que ensinam e aprendem. A internet também viabilizou a comunicação de professor para aluno, aluno para professor e entre alunos, independente da distância existente. Hoje, podemos nos conectar à Internet, dialogar via texto escrito e/ou áudio, acessar informações On-line conversar com pessoas, ou em grupos maiores, vendo e ouvindo os interlocutores pelo computador. É importante lembrar que muitas pessoas ainda não têm acesso à internet, mas este é um caminho que juntos precisamos trilhar, lutando juntos por este direito, independente do bairro, município, estado ou país em que vivemos. Fazemos parte de uma grande rede e, para aprendermos a nos relacionar com ela e por ela, aprendendo e ensinando, devemos estar conectados.

O desafio a todos os educadores e pesquisadores tem sido, portanto, o de buscar propostas de EAD ricas em comunicação e aprendizagem, discutir e examinar as diversas questões presentes no contexto dos projetos de EAD, tais como: a operacionalização dos cursos à distância; critérios, regras, percentual mínimo de presença dos alunos; construção do material didático impresso em conjuntos com recursos tecnológicos; formação dos professores orientadores e tutores; domínio dos meios atuais de informação; utilização das tecnologias; diálogo entre aluno e professor; formas de avaliação e controle; corpo docente especializado; atividades presenciais em grupos; oportunizando assim, a comunicação entre alunos, professores e tutores; e assegurar as linhas de investigação sobre o tema - Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação – (ANFOPE16, 1999).

16

(35)

2.3 Concepção de um Sistema de Educação à Distância

Para fazer educação à distância é imprescindível um planejamento com ética e com respeito por aquele que venha a se beneficiar da proposta. É preciso disponibilizar uma organização com estrutura de sustentação sólida, para a execução das ações. Neste sentido, é necessária vontade política, aliada à vontade pedagógica, trabalho coletivo, respeito pelas divergências de idéias e multidisciplinaridade.

Para a Instituição que desenvolve um sistema de educação à distância, é imprescindível contar com uma Equipe Multidisciplinar para atingir o objetivo e efetivo sucesso do curso. A EAD deve contar com excelentes colaboradores, professores, técnicos, boa infraestrutura, preparo de programas, planejamento e equipes de apoio, pois ela atende simultaneamente a inúmeros educandos. É essencial, para a EAD, a preocupação com uma proposta pedagógica que explore o potencial de comunicação que as mídias de 3ª geração propiciam, criando espaços de interação entre alunos e professores. O material didático-pedagógico produzido pelo professor deverá propiciar uma aprendizagem autônoma e segura. Cabe ao professor vencer preconceitos relativos ao ensino à distância, utilizar as diversas mídias integradas à educação, tais como Rádio, TV, Material Impresso, Internet, cd-room, utilizar videoconferência, chat, listas de discussão, correio eletrônico, PowerPoint, Excel. Além disto, esta modalidade de ensino exige a elaboração de materiais didáticos próprios que necessitam do auxílio do profissional Designer Instrucional para transpor todo o conteúdo a ser estudado para o ambiente virtual de forma mais interativa e estimulante para o aluno, a participação de toda a equipe trabalhando de forma colaborativa, numa perspectiva de trabalho interdisciplinar e criativo. O ensino na modalidade à distância se constitui num processo de construção coletiva interdisciplinar e, mesmo com as dificuldades, erros e acertos, é uma proposta democratizadora e encantadora, que amplia o acesso ao conhecimento num país como nosso Brasil.

(36)

● docentes (especialista, conteudista, avaliador);

● orientador pedagógico ou professor tutor;

● discentes;

● técnicos em multimeios;

● estrutura administrativa;

● Sede

●Centros de Apoio (Centros Associados).

De acordo com Preti (2000), para que se proporcione uma formação e/ou educação permanente em EAD para o cidadão, com compromisso com o meio circundante, é necessária uma organização que considere todos os componentes da EAD:

● estudante;

● professor especialista;

● tutor;

● material didático;

● Instituição.

Vale destacar alguns pontos de fundamental importância no papel de cada componente supracitado:

● Estudante

(37)

Por aprendizagem autônoma entende-se um processo de ensino e aprendizagem centrado no aprendente, cujas experiências são aproveitadas como recurso, e no qual o professor deve assumir-se como recurso do aprendente, considerado como um ser autônomo, gestor de seu processo de aprendizagem, capaz de por si dirigir e regular este processo. Este modelo de aprendizagem é apropriado a adultos com maturidade e motivação necessários à auto-aprendizagem e possuindo um mínimo de habilidades de estudo (TRINDADE, 1992, p.32; CARMO, 1997, p.300; KNOWLES, 1990 apud BELLONI, 2003, p.40).

Com efeito, o aluno precisa mudar, passando de uma atitude passiva de aceitação e repetição mecânica para um comportamento autônomo, crítico, atuante. Ele deixa de ser um receptor passivo para tornar-se responsável por sua própria aprendizagem, para trabalhar em ritmo individual, mas com a possibilidade de interação com seus colegas, professores, e mediadores, onde o professor assume o papel de orientador, estimulador da curiosidade, do debate e da interação dos aprendentes no processo. Essa perspectiva coloca o aluno como sujeito, autor e condutor de seu processo de formação, apropriação, re-elaboração e construção do conhecimento.

A EAD tem como características promissoras os seguintes elementos: motivação e envolvimento de alunos e professores; o aluno é responsável pela sua própria aprendizagem. Para Garcia Aretio (1996) é em função do estudante que se organiza todo o processo de ensino-aprendizagem e para isto é imprescindível o conhecimento dos estilos de aprendizagem e motivação para um bom desempenho da ação educativa.

Vários são os autores que mencionam as características particulares ou o perfil do estudante de EAD e, de um modo ou de outro, eles são unânimes em afirmar que em sua maioria são pessoas:

- adultas (maioria entre 25 e 40 anos), com uma história de vida cheia de experiências, conhecimentos, capacidades, hábitos, atitudes e condutas, e interesse em participar de seus próprios processos de aprendizagem;

- que estão inseridas no mercado de trabalho, ou seja, estudam em tempo parcial bastante reduzido;

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Gráfico n.5 – Escola onde trabalha  Es cola onde  tr abalha
Gráfico n.6 – Curso Superior Concluído  Curs o Supe rior  Concluido
Gráfico 13 – Usabilidade do Ambiente Virtual no envio das atividades
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