• Nenhum resultado encontrado

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.3 Concepção de um Sistema de Educação à Distância

Para fazer educação à distância é imprescindível um planejamento com ética e com respeito por aquele que venha a se beneficiar da proposta. É preciso disponibilizar uma organização com estrutura de sustentação sólida, para a execução das ações. Neste sentido, é necessária vontade política, aliada à vontade pedagógica, trabalho coletivo, respeito pelas divergências de idéias e multidisciplinaridade.

Para a Instituição que desenvolve um sistema de educação à distância, é imprescindível contar com uma Equipe Multidisciplinar para atingir o objetivo e efetivo sucesso do curso. A EAD deve contar com excelentes colaboradores, professores, técnicos, boa infraestrutura, preparo de programas, planejamento e equipes de apoio, pois ela atende simultaneamente a inúmeros educandos. É essencial, para a EAD, a preocupação com uma proposta pedagógica que explore o potencial de comunicação que as mídias de 3ª geração propiciam, criando espaços de interação entre alunos e professores. O material didático-pedagógico produzido pelo professor deverá propiciar uma aprendizagem autônoma e segura. Cabe ao professor vencer preconceitos relativos ao ensino à distância, utilizar as diversas mídias integradas à educação, tais como Rádio, TV, Material Impresso, Internet, cd-room, utilizar videoconferência, chat, listas de discussão, correio eletrônico, PowerPoint, Excel. Além disto, esta modalidade de ensino exige a elaboração de materiais didáticos próprios que necessitam do auxílio do profissional Designer Instrucional para transpor todo o conteúdo a ser estudado para o ambiente virtual de forma mais interativa e estimulante para o aluno, a participação de toda a equipe trabalhando de forma colaborativa, numa perspectiva de trabalho interdisciplinar e criativo. O ensino na modalidade à distância se constitui num processo de construção coletiva interdisciplinar e, mesmo com as dificuldades, erros e acertos, é uma proposta democratizadora e encantadora, que amplia o acesso ao conhecimento num país como nosso Brasil.

Polak (2000) explicita sete itens que considera pilares da Educação à Distância e que são representados por:

● docentes (especialista, conteudista, avaliador); ● orientador pedagógico ou professor tutor; ● discentes;

● técnicos em multimeios; ● estrutura administrativa; ● Sede

●Centros de Apoio (Centros Associados).

De acordo com Preti (2000), para que se proporcione uma formação e/ou educação permanente em EAD para o cidadão, com compromisso com o meio circundante, é necessária uma organização que considere todos os componentes da EAD: ● estudante; ● professor especialista; ● tutor; ● material didático; ● Instituição.

Vale destacar alguns pontos de fundamental importância no papel de cada componente supracitado:

● Estudante

Diferentemente do ensino tradicional, na modalidade à distância é necessário um estudante com um perfil diferenciado, sempre disposto a romper com as barreiras existentes, adquirir novos hábitos, gostar das tecnologias, estar sempre atualizado, ser participativo, reflexivo, desenvolver a autonomia, as habilidades e independência para colaborar com os demais colegas na sala de aula virtual, para atingir seus objetivos com sucesso. É todo um processo de aprendizagem com ênfase na ação discente e este aluno assume um papel relevante na construção do conhecimento, tendo como apoio o material pedagógico, o qual deverá propiciar uma aprendizagem autônoma, segura e de qualidade.

Por aprendizagem autônoma entende-se um processo de ensino e aprendizagem centrado no aprendente, cujas experiências são aproveitadas como recurso, e no qual o professor deve assumir-se como recurso do aprendente, considerado como um ser autônomo, gestor de seu processo de aprendizagem, capaz de por si dirigir e regular este processo. Este modelo de aprendizagem é apropriado a adultos com maturidade e motivação necessários à auto-aprendizagem e possuindo um mínimo de habilidades de estudo (TRINDADE, 1992, p.32; CARMO, 1997, p.300; KNOWLES, 1990 apud BELLONI, 2003, p.40).

Com efeito, o aluno precisa mudar, passando de uma atitude passiva de aceitação e repetição mecânica para um comportamento autônomo, crítico, atuante. Ele deixa de ser um receptor passivo para tornar-se responsável por sua própria aprendizagem, para trabalhar em ritmo individual, mas com a possibilidade de interação com seus colegas, professores, e mediadores, onde o professor assume o papel de orientador, estimulador da curiosidade, do debate e da interação dos aprendentes no processo. Essa perspectiva coloca o aluno como sujeito, autor e condutor de seu processo de formação, apropriação, re-elaboração e construção do conhecimento.

A EAD tem como características promissoras os seguintes elementos: motivação e envolvimento de alunos e professores; o aluno é responsável pela sua própria aprendizagem. Para Garcia Aretio (1996) é em função do estudante que se organiza todo o processo de ensino-aprendizagem e para isto é imprescindível o conhecimento dos estilos de aprendizagem e motivação para um bom desempenho da ação educativa.

Vários são os autores que mencionam as características particulares ou o perfil do estudante de EAD e, de um modo ou de outro, eles são unânimes em afirmar que em sua maioria são pessoas:

- adultas (maioria entre 25 e 40 anos), com uma história de vida cheia de experiências, conhecimentos, capacidades, hábitos, atitudes e condutas, e interesse em participar de seus próprios processos de aprendizagem;

- que estão inseridas no mercado de trabalho, ou seja, estudam em tempo parcial bastante reduzido;

- que residem em locais distantes das instituições de ensino; - que não conseguiram aprovação em cursos regulares;

- que formam grupos bem heterogêneos quanto ao tipo de ocupação, formação, idade, expectativas;

- que dispõem de pouco tempo ou de incompatibilidade de horário para o estudo no presencial (seu tempo livre quase sempre é no período noturno, feriados e finais de semana);

- muitos estão voltando a estudar após anos de sua última experiência como aluno;

- são pessoas mais reflexivas e conscientes da importância da educação e da formação contínua;

- são pessoas mais exigentes em termos de qualidade e liberdade de escolha (PRETI, 2000).

● Professor

Discutir o papel do professor representa um desafio, pois este deve ser o de preparar-se para atuar nesta modalidade de ensino; aprender a utilizar as NTCI no seu trabalho docente; elaborar materiais didáticos adequados às novas formas de ensinar e aprender; encontrar uma nova forma de ser e de fazer a prática docente, coerente com as concepções que passam a fundamentar o processo educacional; trabalhar com projetos de aprendizagem colaborativa; realizar a mediação pedagógica17 como incentivador, motivador, problematizador da aprendizagem; vencer preconceitos relativos ao ensino à distância; propor a utilização de programas aplicados à educação; utilizar as diversas ferramentas, tais como: vídeoconferência, chat, listas de discussão, o correio eletrônico, o CD-ROM, o power-point, estimulando a mediatização. Assim sendo, “em lugar de meramente transmitir, ele (o professor) será um formulador de problemas, provocador de situações, arquiteto de percursos, mobilizador da experiência do conhecimento” (SILVA, 2003, p.12).

Esta modalidade de ensino exige a elaboração de materiais didáticos próprios, bem como a integração de diferentes profissionais, numa perspectiva de trabalho interdisciplinar. A metodologia exige: mais dedicação do professor, apoio de uma equipe técnico-pedagógica, mais tempo de planejamento e de

17 (Masetto 2000, p.154) compreende por mediação pedagógica a atitude, o comportamento do professor que se coloca como facilitador, incentivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem, – não ponte estática, mas uma ponte “rolante”, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos.

acompanhamento do processo. Deste modo, cabe a toda a equipe o cuidado necessário para se evitar a banalização da Educação à Distância e a subutilização das tecnologias.

Este ‘novo educador’ deverá conhecer as características, necessidades e demandas do alunado, formar-se nas técnicas específicas do modelo à distância, desenvolver atitudes orientadoras e de respeito à personalidade dos estudantes e dar-se conta de que sua função é formar adultos para uma realidade cultural e técnica em constante transformação (PRETI, 2000, p. 28).

O autor chama a atenção no sentido de que, para emergir esse novo educador e se consolidarem trabalhos e experiências em EAD, é necessário que haja um trabalho de cooperação entre todos os integrantes da equipe, que cada um reconheça suas limitações, que esteja aberto ao diálogo educacional autonomia, disposto a construir novos caminhos, reconhecendo as falhas (PRETI, 2000).

A autonomia deve estar fundada na participação e no diálogo entre os sujeitos, e na relação pedagógica. Segundo Preti (2000), ter autonomia significa ter autoridade, isto é, “ter força para falar em nome próprio (...); em outras palavras, é ser autor da própria fala e do próprio agir”.

Significa de um lado reconhecer no outro sua capacidade de ser, de participar, de ter o que oferecer, de decidir, de não desqualificá-lo, pois a educação é um ato de liberdade e de compartilhamento. Por outro lado, significa a capacidade que o sujeito tem de tomar para si sua própria formação, seus fins; isto é, tornar-se sujeito e objeto de formação para si mesmo (PRETI, 2000, p.131).

Para mudar, portanto, é preciso rever as práticas, ressignificar conceitos, aprender novas formas de ser e fazer; ser humilde, capaz de aceitar as próprias limitações e se abrir à partilha com o outro; é entender que o estudante traz consigo uma bagagem de conhecimentos e de experiências que a escola não pode ignorar. O professor deve ser um orientador, um mediador entre o conhecimento e o aluno, entre um aluno e outro aluno. Já não comporta aos novos tempos um ensino baseado apenas na transmissão; é preciso que o professor ajude o aluno a pensar, a aprender, a ser crítico e criativo, a buscar soluções novas, a ser investigador, curioso, a trabalhar em equipe, a querer aprender permanentemente. Para agir dessa forma, também o professor deve exercitar-se no pensar, no aprender, nas práticas que pretende usar com os alunos.

● Mediador ou Tutor

O papel do Mediador ou Tutor na modalidade de educação à distância é de fundamental importância para o sucesso em cursos nesta modalidade, pois é ele quem vai acompanhar o desempenho dos cursistas, ajudá-los a superar as dificuldades encontradas, estimulá-los à pesquisa, ser o animador das atividades, o esclarecedor das dúvidas quanto aos conteúdos, dinamizador e orientador dos estudos. Isto requer uma reformulação da postura do professor, que passa a atuar mais como um companheiro experiente no trajeto de aprendizagem dos alunos, não mais como um detentor do conhecimento. Neste sentido, Villardi (2004) ressalta que “o tutor precisa desconstruir o paradigma tradicional que experimentou para assimilar um novo modo de ser, de mediador, que não ensina, mas que viabiliza a aprendizagem”.

Deve ter a capacidade de gerenciar equipes e administrar talentos, habilidades de criar e manter o interesse do grupo pelo tema; ser motivador e empenhado em acompanhar a aprendizagem dos alunos, pois terá grupos de alunos heterogêneos, formados por pessoas de regiões distintas com vivências bastante diferenciadas, culturas e interesses diversos, exigindo do tutor uma habilidade gerencial com pessoas extremamente eficiente. Deve ter domínio sobre o conteúdo do texto e do assunto para ser capaz de esclarecer possíveis dúvidas referentes ao tema abordado pelo autor; a bibliografia recomendada, as atividades e eventos relacionados ao assunto (Mercado, 2008, p.99).

Assim, o tutor é aquele que mantém o contato permanente com os cursistas, orientando-os nas atividades e os mantendo motivados e atuantes no processo de aprendizagem.

Para que este processo alcance o resultado final satisfatório, que seria a formação dos cursistas, a função do tutor é essencial e indispensável, ela á a voz humana e calorosa, o apoio do cursista em todo o processo ensino – aprendizagem. O papel do tutor está na criação do vínculo entre o professor e os estudantes – estabelecendo a interação com os materiais e com as atividades – e na criação dos vínculos dos estudantes entre si.

Cada tutor deve ter uma compreensão verdadeiramente íntima do grupo de alunos, de seu progresso, de seus sentimentos e de suas experiências no curso. O tutor é a fonte de informação mais confiável quando gestores do sistema tentam interpretar os dados que fluem do ambiente do curso (Moore e Kearsley, 2007, p.144).

Para que tudo isso venha a ocorrer, vale ressaltar as qualidades do tutor, descritas por Lima e Rosatelli (2009):

- possuir atitude crítica e criativa no desenvolvimento de suas atribuições; - capacidade de estimular a resolução de problemas;

- possibilitar aos alunos uma aprendizagem dinâmica;

- ser capaz de abrir caminhos para a expressão e a comunicação; - fundamentar-se na produção de conhecimentos;

- apresentar atitude pesquisadora;

- possuir uma clara concepção de aprendizagem;

- estabelecer relações empáticas com seus interlocutores; - ter capacidade de inovação;

- facilitar a construção de conhecimentos.

A principal razão da tutoria é assegurar, aos alunos distantes, um bom nível de apoio individualizado. Em muitos casos, o tutor é a única pessoa com quem o aluno entra em contato, ao longo de todo o curso.

Mas é importante enfatizar que o domínio da tecnologia não garante o sucesso do tutor na educação on-line, mas sim a forma como ele a usa e como as possibilidades tecnológicas são exploradas na prática tutorial para a construção do conhecimento, pois “o essencial não é a tecnologia, mas um novo estilo de pedagogia” (SILVA, 2005, p. 56).

A figura abaixo apresenta um paralelo entre as várias diferenças das funções do professor convencional e as do tutor no ambiente EAD.

Quadro: n.01 – Paralelo entre as funções do Professor Convencional e Tutor no Ambiente EAD

EDUCAÇÃO PRESENCIAL EDUCAÇÃO À DISTÃNCIA

Conduzida pelo Professor Acompanhada pelo tutor

Predomínio de exposição o tempo todo Atendimento ao aluno, em consultas individualizadas ou em grupo, em situações em que o tutor “mais ouve do que fala”.

Processo centrado no professor Processo centrado no aluno

Processo como fonte central de informação Diversificadas fontes de informações (material impresso e multi-meios)

Convivência o tempo inteiro com o mesmo ambiente físico

Interatividade entre aluno e tutor, sob outras formas, não descartada a ocasião para os “momentos presenciais”

Ritmo de processo ditado pelo professor Ritmo ditado pelo aluno dentro de seus próprios parâmetros

Contato face a face entre professor e aluno Múltiplas formas de contato, inclusive a ocasional face-a-face

Elaboração, controle e correção das avaliações pelo professor

Avaliação de acordo com parâmetros definidos, em comum acordo, pelo tutor e pelo aluno Atendimento, pelo professor, nos rígidos

horários de orientação e sala de aula Atendimento pelo tutor, com flexíveis horários, lugares distintos e meios diversos Fonte: www.ead.unifei.edu.br/livro digital

Dentre as ações importantes do tutor, vale destacar que é sempre bom orientar o aluno a agendar um horário durante os dias do curso como se fosse para um curso presencial, preveni-lo para não deixar as atividades para última hora, comentar as atividades do aluno sempre de forma positiva, não deixá-lo se sentir sozinho, não fornecer a solução para uma dúvida do aluno de forma direta, mas ajudá-lo a buscá-la no conteúdo do curso (ensinar o aluno a buscar o aprendizado), alertar que o ambiente é virtual, mas o curso é real. O tutor deve estar atento ao fato de que o aprendizado e a participação do aluno estarão diretamente ligados à eficiência e motivação de seu trabalho: o tutor será bem sucedido se o aluno não abandonar o curso e participar dele com entusiasmo até o final.

Enfim, a mediação do processo ensino-aprendizagem consiste em transformar as aulas em processos contínuos de informação, comunicação e pesquisa e que favoreça a criação de conhecimentos significativos entre professores, tutores e alunos de forma interativa e colaborativa.

● Material Didático

Antigamente, nos primeiros cursos de EAD, por correspondência, utilizava-se quase que exclusivamente o material impresso distribuído via postal. Hoje os cursos atuais utilizam várias mídias integradas, que são colocadas à disposição para a formatação do material didático para a educação à distância. Além

do material impresso, tem-se o material audiovisual (gravadores, rádio, vídeo, DVD, televisão, audiocassetes etc), material de informática (programas informáticos específicos, CD-ROM, hipermídia etc), material telemático (videotexto, correio eletrônico etc). Cada elemento cumpre uma função, em momento adequado e de acordo com o desenho da proposta pedagógica, que utilizará um ou mais destes recursos.

O material didático se constitui no elo de diálogo do estudante com o professor especialista, com o tutor, com as suas próprias experiências, com a sua vida, mediando o seu processo de aprendizagem (PRETI, 2000). Para a concepção e elaboração de materiais impressos e eletrônicos dos cursos de EAD, são necessários: infra-estrutura administrativa, recursos humanos, tecnologia, logística, marketing, vendas e serviços. Para que tudo isto ocorra, algumas parcerias são aconselháveis, como, por exemplo: redes de rádio e televisão públicas e particulares (NISKIER, 1999).

Os conteúdos devem ser apresentados para acesso on-line de forma estimulante ao intelecto e aos sentidos, gerando curiosidade. É importante que este material seja objetivo, informe com clareza, seja constantemente atualizado e use preferencialmente hipertexto e multimídia;

- um design instrucional que valorize a interatividade, feedback técnico e afetivo; colaboração e aprendizado ativo (contextualizado) e investigativo; também se adapte aos diferentes estilos de aprendizagem dos participantes.

Conhecer o estilo de aprendizagem18 dos alunos pode ser de fundamental importância para a definição das estratégias de ensino a serem utilizadas. Conteúdos atualizados e uso adequado das tecnologias são fatores motivadores para a eficiência do processo ensino-aprendizagem.

É importante ter em mente que, na educação à distância, é essencial um planejamento prévio bem fundamentado das atividades, no sentido de contextualizar a informação que é transmitida.

18 Richard M. Felder considera como “estilos de aprendizagem” as habilidades que poderão ser desenvolvidas, tornando mais confortável e eficiente uma aprendizagem. Para Felder, educar é desenvolver habilidades, assim destaca cinco dimensões de estilos de aprendizagem: Aprendizes Ativos x Reflexivos; Aprendizes Racionais x Intuitivos; Aprendizes Visuais x Verbais; Aprendizes Seqüenciais x Globais; Aprendizes Indutivos x Dedutivos. Assim, a melhor estratégia para o planejamento de um curso é a utilização da combinação de dinâmicas com ferramentas e materiais diversos (inclusive tecnológicos).

Algumas das causas mais comuns de fracasso na educação à distância resultam de uma inobservância da natureza multidimensional do ensino à distância. [...] Fazer simplesmente uma apresentação em vídeo ou colocar material em um website não significa um ensino melhor do que seria enviar aos cursistas um livro pelo correio. [...] Se existe algum segredo para o ensino de qualidade, ele está resumido na palavra atividade (MOORE, 2007).

Na equipe de EAD, o Designer Instrucional – DI - é aquele profissional que desempenha um papel fundamental dentro de uma equipe de projetos e desenvolvimento de cursos de EAD. Ele é o responsável pela conversão do conteúdo de projetos educacionais presenciais para a metodologia à distância, com o objetivo de potencializar a aprendizagem através dessas vias. É este especialista quem acompanha a produção do material instrucional, analisando-o quanto aos aspectos gráficos e didáticos, tais como: diagramação, programação visual, mapa de atividades, storyboards, matriz DI etc. Ele participa da produção de material de apoio, como: vídeos, cds, além de contribuir para a definição da forma dos instrumentos de acompanhamento e avaliação.

O DI tem como propósitos básicos: a criação de processos e materiais didáticos efetivos, para atingir seus objetivos pedagógicos, no menor tempo possível e que sejam agradáveis para os aprendizes e viáveis em seu custo-benefício.

Design Instrucional é uma ação intencional e sistemática que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a aplicação de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de promover, a partir de princípios de aprendizagem e instrução conhecidos, a aprendizagem humana (FILATRO, 2008, p. 3).