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ARQUITETURA DE INFORM AÇÃO SEM W IREFRAM E

Rodrigo Freese Gonzatto

Especialist a em Design de Int eração pelo Instit ut o Faber-Ludens, Brasil. Consult or em Design de Int eração do Inst it uto Faber-Ludens, Brasil.

E-mail: rodrigo.gonzat to@faberludens.com.br

Karla da Cruz Costa

Especialist a em Design de Int eração pelo Instit ut o Faber-Ludens, Brasil. Coordenadora de User Experience da Agência M idiaw eb Int eligência Int erat iva, Brasil.

E-mail: karlacrux@gmail.com

Resumo

Propõe o debat e sobre o uso do wireframe a partir da crítica de sua centralidade nas prát icas de Arquit etura de Inform ação. A escolha pela ut ilização dest e document o deve ser coerent e com o projet o onde se insere, e não apenas consequência de sua nat uralização com o fundament o dest a disciplina. Para t al, busca compreender a atividade do arquit et o de inform ação e a função do w ireframe nas dinâmicas de trabalho. Tam bém levant a alternativas de document ação, explorando aspect os de colaboração e com unicação, t endo com o princípio de que as prát icas de Arquit et ura de Inform ação não podem ser reduzidas a um “ entregável” .

Palavras-chave: Arquit etura de Inform ação. Wireframe. Docum ent ação.

1 INTRODUÇÃO

M uit o se discut e sobre a falt a de reconhecim ent o da im port ância da Arquit et ura de Inform ação e da baixa valorização da área em det erm inadas est rut uras organizacionais. Acredit am os que est e fenôm eno est á diret am ente relacionado com a cent ralidade do

w ireframe nas prát icas de Arquit et ura de Inform ação, m ant endo-a com o set or de produção de um docum ent o e reduzindo o arquit et o de inform ação àquele que “ faz w ireframes” . É com um encont rar o w ireframe na posição de principal fundament o da Arquit et ura de Inform ação, m as são raros os argument os que explicam ou quest ionam est a condição. Porque cont inua t rivial encarar a Arquit et ura de Inform ação com o sinônimo de w ireframe? É necessário levant ar argum ent os crít icos, que apont em t ant o vant agens com o desvant agens dos seus usos, e realizar um a abordagem m ais dem orada não apenas do docum ent o, m as das relações e conflit os que se m anifest am a part ir dele.

Assim , nest e art igo nos volt am os para a prát ica profissional de arquit et ura de inform ação para a w eb, buscando ent ender as m ot ivações que levam à im port ância do

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usuários. Por fim , são apresent adas possibilidades de caminhos para se t rabalhar sem

w ireframe, além de t écnicas que perm it em a adequação de seu uso a det erm inadas necessidades de docum ent ação ou com unicação.

Para t al abordagem , realizam os um a pesquisa cujos pr ocedim ent os t écnicos foram de pesquisa bibliográfica e pesquisa qualit at iva (GIL, 1991):

Pesquisa bibliográfica, do t ipo “ revisão t eórica” , inserindo o problem a de pesquisa dent ro de um quadro de referências t eóricas, a fim de explicá-lo. Foram levant adas as principais publicações exist ent es, reconhecidos os aspect os já abordados e verificadas as opiniões sim ilares e diferent es a respeit o do t em a ou de aspect os relacionados ao t em a e ao problem a de pesquisa.

Pesquisa qualitativa, realizada junt o a profissionais com experiência prát ica na área de Arquit et ura de Inform ação. Foram ut ilizados quest ionários com o inst rum ent o de colet a de dados, enviados de form a rem ot a e com pergunt as abert as (série ordenada de pergunt as abert as respondidas por escrit o pelo inform ant e). Ao t odo foram seis part icipant es, com perfil geral viando ent re 3 a 10 anos de at uação na área de Arquit et ura de Inform ação, em um a am ost ra com post a por cinco hom ens e um a m ulher e sendo dois part icipant es do Paraná, dois de São Paulo e dois de M inas Gerais.

Junt am ent e a est as foram ut ilizadas com o referência as pesquisas já realizadas sobre o perfil do Arquit et o de Inform ação no Brasil, aplicadas em 2006, 2008 e 2010 (REIS, 2007, 2008; FERREIRA; REIS, 2008; M ARCÓRIO, 2010).

2 A ATIVIDADE DO ARQUITETO DE INFORM AÇÃO

O arquit et o de inform ação e sua at ividade são descrit os por diferent es enfoques, indo da posição de " operador de Axure" at é ser o " m aest ro de um a orquest ra ou um diret or de cinem a, concebendo um a visão e m ovendo a equipe para frent e" (M ORVILLE, 2000). O t erm o, quando criado por Richard Saul Wurm an, indicava o profissional dedicado a t ornar as inform ações m ais com preensíveis, preocupado em reunir, organizar e apresent ar inform ação com objet ivos definidos.

Para Wurm an, em seu livro 'Inform at ion Archit ect s', o arquit et o da inform ação é definido como o 'indivíduo que organiza padrões inerent es aos dados, t ransform ando o que é com plexo em algo claro'. Pode ser t am bém um a pessoa que “ cria a est rut ura ou o m apa de det erminada inform ação, de m odo a possibilit ar a out ras que criem o seu cam inho pessoal, em direção ao conhecim ent o” . Uma t erceira definição é apresent ada pelo aut or da seguint e form a: “ A.I. é a profissão emergent e do século XXI, cujo escopo é form ado por necessidades at uais, focalizadas na clareza, na com preensão hum ana e na ciência da organização da inform ação.” (AGNER; SILVA, 2003, p. 2)

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Rosenfeld e M orville (2007, p. 4) apont am as quat ro principais at ividades de Arquit et ura de Inform ação com o sendo: o projet o est rut ural de am bient es de inform ação com part ilhada; a organização, rot ulagem , pesquisa e sist em as de navegação em sit es da w eb e

int ranet s; o suport e a usabilidade e encont rabilidade por m eio do projet o de experiências e produt os de inform ação; e a incorporação de princípios do design e da arquit et ura no espaço digit al.

Garret t (2002), por sua vez, indica duas linhas de abordagens gerais ut ilizadas para definir a área: aquela que define o cargo a part ir da disciplina (arquit et o de inform ação é aquele que faz Arquit et ura de Inform ação) e a que define a disciplina a part ir do cargo (Arquit et ura de Inform ação é o que é feit o pelos arquit et os de inform ação). Nest e sent ido Gil Barros (2009) apont a que exist em usos diferent es para est as definições, que dependem do cont ext o do int erlocut or. Um exem plo é a separação ent re o " grande" e o " pequeno" arquit et o de inform ação e da Arquit et ura de Inform ação com o cargo e com o disciplina. Dividir profissionais em cat egorias, com o na analogia do " grande" e do " pequeno" arquit et o, corresponde a separar aqueles que realizam at ividades de " m acro" ou de " m icro" arquit et ura ou, em out ras palavras, quem t em papel est rat égico ou operacional.

Em um art igo bem -hum orado, Pet er M orville (2000) crit ica algum as int erpret ações feit as do m odelo visual de James Garret t1, por est e ilust rar os elem ent os do processo de Experiência do Usuário sit uando a Arquit et ura de Inform ação apenas com o um a et apa específica. O aut or se m ost ra receoso que o papel da área seja reduzido e encaixado em apenas um m om ent o, sem possibilidade de at uação em out ras et apas de um projet o.

Est a divisão excludent e é polêm ica (GARRETT, 2002; M ORVILLE, 2000; BARROS, 2009). De um a m aneira geral, Gil Barros sugere que a atividade do cham ado " grande arquit et o" corresponda às com pet ências em Experiência do Usuário. Com pet ências na área de Arquit et ura de Inform ação não são exclusividade de um arquit et o de inform ação e a arquit et ura de um sit e não é produt o de um profissional, m as de um a série de com pet ências, que podem ser responsabilidade de um profissional, de vários profissionais ou com part ilhadas dent ro de um a equipe. (BARROS, 2009)

Est e apont am ent o levant a a quest ão: a at ividade de Arquit et ura de Inform ação é t arefa do arquit et o de inform ação? Segundo pesquisas do perfil do Arquit et o de Inform ação no Brasil, um a part e considerável dos profissionais não se dedica plenam ent e a at ividade2, t am pouco t em o t ít ulo exat o de " arquit et o de inform ação”3: at uam na área sob o tít ulo de designers de inform ação, designers de experiências, designers de int eração, ent re out ros. O próprio EBAI - Encont ro Brasileiro de Arquit et ura de Inform ação4 inclui os seguint es t erm os em sua descrição: " Usabilidade, Design de Int eração, User Experience e m uit o m ais" .

Sobre a necessidade do t ít ulo de especialist a dent ro das em presas, Jesse Jam es Garret t quest iona a necessidade de profissionais que façam apenas um t rabalho específico quando:

A form a com o as organizações frequent em ent e delegam a responsabilidade para as quest ões de experiência do usuário só com plicam ainda m ais as

1

Disponível para consult a em : ht t p:/ / w w w.jjg.net / elem ent s/ pdf/ elem ent s.pdf.

2

A part ir das pesquisas sobre o perfil do Arquitet o de Inform ação no Brasil, (REIS, 2008; FERREIRA e REIS, 2008; M ARCÓRIO, 2010) observa-se que os profissionais que se dedicam m ais de 50% do seu t em po a Arquitet ura de Inform ação cresceu de 44% para 65% nas pesquisa de 2006 para 2008, m as diminuiu para 49% segundo a pesquisa de 2010.

3

A part ir das pesquisas sobre o perfil do Arquitet o de Inform ação no Brasil, (REIS, 2008; FERREIRA e REIS, 2008; M ARCÓRIO, 2010) em 2010 som ou 62% dos ent revist ados que não t inham " Arquit et o de Inform ação" com o t ít ulo do cargo. Dos que possuem o nome do cargo com o " Arquitet o de Inform ação" foram : 36% em 2006, 59% em 2008 e 38% em 2010.

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coisas. Em algum as organizações, você vai encont rar pessoas com t ít ulos profissionais com o arquit et o de inform ação ou designer de int erface. Não fique confuso com isso. Est as pessoas geralm ent e t êm conhecim ent os que abrangem m uit os dos elem ent os da experiência do usuário, e não apenas a especialidade indicada pelo seu t ít ulo. Não é necessário dispor de um m em bro da sua equipe que seja especialist a em cada um a dessas áreas; em vez disso, você só t em que garant ir que alguém é responsável para pensar sobre cada um a dessas quest ões (GARRETT, 2003, p. 35, t radução nossa).

Com o t ant as out ras áreas em ergent es nos últim os anos, a Arquit et ura de Inform ação é m ult idisciplinar e se aproveit a de part icularidades de out ras disciplinas, colocando diversos conhecim ent os em cont at o. Garret t (2002, 2003) inclusive propõe um a preocupação m enor com o t ít ulo de " arquit et o de inform ação" , sugerindo que, assim com o arquit et os est ão pert os de serem designers de int eração, est es t am bém est ão daqueles: am bos t êm algum grau de experiência com as quest ões da área que concerne a am bos, relat iva à Experiência do Usuário.

É bem verdade que a expansão sofrida pelo cargo de arquit eto de inform ação pode est ar beneficiando os indivíduos que o ocupam (em bora m enos, t alvez, desde o começo da retração), m as é quase cert o que prejudica a disciplina com o um t odo. Cit ando com o just ificat iva a nat ureza holíst ica do t rabalho de arquitet ura de inform ação, cert as pessoas claram ent e não se darão por sat isfeit as at é que t enham cont role diret o sobre t odos os aspect os do t rabalho que possam afetar a arquitet ura. Esse m odo de pensar é um sinal do pior tipo de arrogância e solapa t odo esforço de convencer as em presas do valor da disciplina. [...] A única solução é dissociar t ot alment e a definição da disciplina da definição do cargo. Ainda que possa parecer pouco int uitiva (GARRETT, 2002).

Ent ret ant o, m esm o frent e a est a posição, que aproxim a aquele que realiza a arquit et ura de inform ação de um a at ividade m ais am pla, ligada a Experiência do Usuário, t em os a abordagem que resum e t oda a Arquit et ura de Inform ação em apenas um a das at ividades que podem ser realizadas por um arquit et o.

3 A CENTRALIDADE DO W IREFRAM E

O w ireframe é a at ividade m ais execut ada pelo arquit et o de inform ação brasileiro5. Junt o a ele, encont ram -se principalm ent e o est udo de benchmark, a criação dos prot ót ipos digit ais/ navegáveis e do m apa do sit e/ sit egram a. Est as at ividades são ent endidas por Reis

5

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(2007) com o at ividades de etapas iniciais do processo de arquit et ura, sendo que out ras et apas, com o as de im plement ação e avaliação, são pouco pr at icadas. Da m esm a form a, as at ividades que envolvem usuário prat icam ent e não são realizadas pelos arquit et os de inform ação brasileiros, pont o t am bém not ado por Belkiss M arcório (2010).

Na pesquisa realizada para est e est udo, algum as quest ões cham am at enção pelo alt o grau de im port ância dado ao w ireframe com o part e do processo, duas respost as:

“ O wireframe é a base do projet o. O pont o em com um entre a equipe/ usuário. A falt a de “ pré-conceit os” que causa esse m ont e de linhas junt as que sim ulam um a interface, result a em feedbacks m ais precisos e confort áveis por parte do usuário na hora que são t estados. Para mim , projet o sem wirefram e não exist e.” (designer, t rabalha com Arquit et ura de Inform ação há 8 anos)

“ A m aior dem anda são, de fat o (e com razão) dos entregáveis. Em especial, dos w ireframes. [...] Projet os de AI que participei sem pre t iveram w irefram es. O que acontece é ser cham ado para projet os que não necessit am de wirefram es, m as, particularm ente, eu não os considero projet o de AI. [...] Sem isso o arquit et o não t rabalha. Ele precisa disso pra m ost rar aos out ros com o solucionar um problem a. [...] O que exist e é a necessidade int rínseca da profissão de AI de gerar result ados na form a de w irefram es.” (designer de int eração, t rabalha com Arquit etura de Inform ação há 10 anos)

Dest a m aneira, ent endem os que o w ireframe se apresent a com o cent ro da at ividade de Arquit et ura de Inform ação para diversos profissionais. Se, de um lado, o arquit et o brasileiro realiza poucas pesquisas com usuários, do out ro, a ent rega de docum ent os com o o w ireframe m arca a finalização da part icipação de um arquit et o em um projet o, vist o o baixíssim o número de arquit et os que acom panham a fase de im plem ent ação ou que avaliam seu t rabalho.

4 DISSECANDO O W IREFRAM E

O que é, com o é e para que é usado um wireframe? Para um a com preensão adequada, faz-se necessário ent ender os diversos usos que são feit os dest e docum ent o, t am bém conhecido com o page schemat ics (esquem a de página), blueprint s ou prot ót ipos.

O w ireframe é um a m aneira de m anifest ar decisões realizadas em t orno de um projet o, e pode ser ut ilizado com diferent es propósit os. Em um a et apa inicial, funciona com o um a ferram ent a criat iva para explorar e desenvolver conceit os. Nest e m om ent o é esperado que t enha m uit as t ransform ações para t est ar possibilidades de organização visual de elem ent os e para m at erializar o que at é ent ão se m ant inha apenas na im aginação de cada um dos envolvidos na arquit et ura de inform ação.

As revisões aum ent am e as alt erações com eçam a dim inuir, pois o w ireframe serve com o um a espécie de " acordo" ent re os envolvidos com o projet o, sobre com o o sit e deverá ser, a m edida em que, por exem plo, funcionalidades vão sendo definidas. O w ireframe com eça a se afirm ar um docum ent o de referência. Segue-se ent ão para um a et apa de especificação, onde o w ireframe é um a das ferram ent as para se regist rar diversas decisões sobre o projet o.

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A part ir da análise de diversos aut ores em Arquit et ura de Inform ação, Reis (2007, p. 146-148) propõe a seguint e sínt ese:

O wireframe é um diagrama que especifica uma página do website. Ele representa uma página definindo seus elementos, a hierarquia ent re eles,

seus agrupamentos e suas importâncias rela vas. Seu obje vo é especificar

a im plem ent ação da página e com unicar o cont eúdo e as funções de cada página para discussão com a equipe do projet o.

Wodt ek e Govella (2009, p.182) sugerem im aginar o w ireframe com o a arm ação usada por um escult or para dar form a e suport e perm it indo, depois, adicionar o barro. Seu próprio nom e já evidencia a m et áfora: " w ire" , de aram e, fio; e " frame" , de esquelet o ou est rut ura.

Wirefram es são ilust rações " brut as" que m ost ram , a um a m aior ou m enor grau, o cont eúdo de cada t ela. Eles são cham ados de w irefram es, porque eles norm alm ente são renderizados com linhas sim ples, e não designs elaborados. Eles ilustram , entre outras coisas, que t ipo de inform ação será m ais im port ant e em cada t ela (BROWN, 2007, p. 265, t radução nossa).

Não há um padrão de vocabulário visual para w ireframes: exist em diversas abordagens e cada aut or apresent a seu conjunt o próprio de sím bolos (REIS, 2007, p. 146-148). Em geral, os

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w ireframes apresent am um a visão sim plificada de qual cont eúdo deverá aparecer em cada t ela no produt o final, geralm ent e evit ando cores, est ilos t ipográficos e im agens (BROWN, 2007, p. 265).

Ent ret ant o, out ros elem ent os são aplicados de diferent es form as, com o a represent ação do t ext o, cham ada de greeking6 por HOOBER (2009, p. 148), que por vezes é represent ado por t ext os repet idos, t ext os em lat im, áreas de cor ou ainda com sim ulações de t ext os, com o na Figura 2.

Para Garret t (2003) o valor do w ireframe est á na sua m aneira de int egrar element os de Design de Int erface, Design de Navegação e Design de Inform ação. A part ir do cont at o dest es t rês em um m esm o docum ent o, o w ireframe define o esquelet o que dá o prim eiro passo para a processo de form alização do design visual de um w ebsit e. É int eressant e not ar

6

O nom e greeking utiliza a ideia de " t ext o em grego" para fazer referência a um t ext o incom preensível. Indica t ext os ou est ilo de exibição onde part e ou t odo o t ext o é obscurecido para enfatizar det alhes ou espaços reservados para exibir cont eúdo ainda indisponível. Nem sem pre est es t ext os ut ilizam o alfabet o grego, sendo um a form a com um o uso de t ext o-padrão em latim , com o " Lorem Ipsum".

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com o o aut or, em sua sist em at ização de et apas do desenvolvim ent o de w ebsit es, coloca o

w ireframe com o at ividade fora da Arquit et ura de Inform ação, m as exat ament e ent re a et apa dest a e do Design Visual.

Com o prot ót ipo inicial, o w ireframe é o com eço da manifest ação visual da disposição dos cont eúdos e a propost a de usabilidade de um sit e. E a vant agem de um m odelo gráfico com o o w ireframe é just ament e a de reunir diversas inform ações de form a concisa e com pact a e perm it ir a visualização de um sist em a de esquem as e hierarquias.

Com o cit ado no início da seção, os w ireframes t em usos diferent es durant e et apas de seu desenvolvim ent o. M ais do que isso, segundo Rosenfeld e M orville (2007), assim com o o sit egram a e o fluxo de navegação, o w ireframe

é u lizado com diferentes

propósit os pelos m em bros de um a equipe de projet o, com o:

Arquitetos de Informação: usam para espe

cificar cada página do

w ebsit e;

Diretores de Arte e Designers Gráficos

: ut ilizam para definir a linha gráfica do w ebsit e e o

layout de cada página;

Redatores e Produtores de Conteúdo: usam

para especificar os conteúdos

das páginas;

Empresa contratante: usa com o validação dos requisit os do projet o.

Ent re os part icipant es de nossa pesquisa levant am os depoim ent os de profissionais sobre o uso prát ico e sobre objet ivos do w ireframe. Um deles com ent a (designer, t rabalha com Arquit et ura de Inform ação há 8 anos) que realiza wireframes com objet ivos de “ Raciocinar, prever e t est ar ideias para chegar a soluções claras e objet ivas” . Out ro (designer, t rabalha com Arquit et ura de Inform ação há 5 anos) ressalt a t ambém a função de com unicação quando responde que usa w ireframes “ [m ]ais com o prot ot ipação de ideias alt ernat ivas e validação com usuários e client es e m enos com o docum ent ação.” Am bos t am bém com ent aram ser com um a alt eração de w ireframes depois de layout , já t endo prat icado est a at ividade várias vezes.

“ Um diret or de arte eventualm ent e sugere algum a m udança que pode beneficiar estet icam ent e a aplicação/ sit e/ sist em a. Normalm ent e isso é discut ido e, caso se considere interessant e, faz-se a m udança nos w ires. [...] alguns client es precisam t am bém document ar (geralm ent e em presas m aiores) o processo. Nest e caso, há um adicional para se fazer a engenharia reversa dos w irefram es.” (designer de interação, t rabalha com Arquit et ura de Inform ação há 10 anos)

Est a sit uação é relacionada a solicit ações burocrát icas de client es, afirm ou um dos part icipant es (coordenador de UX, t rabalha com Arquit et ura de Inform ação há 3 anos), inclusive para projet os sem arquit et ura.

Os usos m ais com uns do wireframe podem ser classificados em comunicação, documentação e especificação. Porém , est es não são usos separados ou isolados, afinal, docum ent a-se de m odo especificado para que seja possível com unicar a diversos int eressados sobre o projet o.

Ent ret ant o, é im port ant e m ant er a separação dest es m odos de usar para que seja possível quest ionar sua aplicação e não perder de foco seu objet ivo e ut ilidade. Se o w irefram e é const ruído com o objet ivo de com unicar algo pont ual, é necessário um w ireframe? O

w ireframe é a melhor form a de se com unicar aquilo? Se o objet ivo é a docum ent ação para consult a post erior, é im port ant e lem brar que " document a-se de acordo com a necessidade: a docum ent ação não é um fim em si m esm a" (GARRETT, 2003, p. 138, t radução nossa). Os

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com o, após a im plem ent ação de um sit e, servem para serem consult ados ant es de cada m odificação post erior, a fim de prever im pact os na arquit et ura e funcionalidade. Nest es casos, quais são as especificações necessárias? Para quem se especifica?

Wireframes podem t er diferent es níveis de det alhes. De acordo com Reis (2007) um pont o com um

em diferentes autores é a existência de três níveis de especificação do

w ireframe:

1.

Representação gráfica dos elementos

, variando de baixo a alt o grau de fidelidade; 2. Ident ificação dest es elem ent os, agrupam ent os e hierarquias; e

3. Descrição dos elem ent os, suas funções e detalhes para a im plem entação.

Falt a de det alhes na especificação pode result ar em incom preensão ou em m al ent endidos. Especificação excessiva pode represent ar t rabalho desnecessário. O w ireframe sim plificado, quando descont ext ualizado de sua condição específica de represent ação inform acional, pode parecer organizado e harm ônico, m as levar seu leit or a ignorar erros, se com parado com o que será lançado online, por não possuir t oda a com plexidade de um a int erface final. Já o wireframe det alhado, assim como qualquer t rabalho que exija t em po e dedicação, pode gerar um apego ent re seu produtor e o result ado do t rabalho e, assim , rest ringir possibilidades de desenvolvim ent o em um est ágio inicial. Greif (2001) chega a sugerir dim inuir o t em po com wireframes para aum ent ar o t em po para fazer prot ót ipos funcionais, para t er m ais fidelidade na análise com usuários.

Exist em m uit as considerações sobre a form a de apresent ação do w ireframe e os result ados de seu uso. Podem ser “ feit os a m ão” com papel e canet a ou com ajuda de com put ador. Quando feit os dest a m aneira, com papel e canet a, perm it em a produção rápida de rabiscos e rascunhos (sket ches) e a colaboração, sendo geralm ent e ut ilizados em um prim eiro m om ent o, para gerar e discut ir ideias e conceit os para post erior especificação. Alguns

soft w ares, inclusive, sim ulam a aparência de " feit o a m ão" , deixando wirefram es similares a um rabisco, para que t enha um a aparência pouco finalizada, alegando ser m elhor para t est es, por ser m ais “ crit icável” . Quando const ruídos em com put ador, os w ireframes cost um am est ar em um processo de finalização, com funcionalidades decididas, perm it indo det alham ent o. Exist em vários problem as relacionados ao det alham ent o de w irefram es ant es da fase de especificação, com o o invest im ent o de t em po e esforço a const rução de um docum ent o, desenvolvendo m uit o em t orno de uma única ideia, em um a fase onde poderiam ser exploradas diversas possibilidades.

O w ireframe é m ais út il com o um a ferram ent a para ajudar na criação de mockups de alt a fidelidade e prot ót ipos funcionais, do que com o represent ação perfeit a do que será projet ado.

Ash Young (2011) argum ent a que seus client es não com preendem o w irefram e. Isso faz com que problem as que deveriam ser ident ificados nos w ireframes acabam em ergindo apenas na fase de const r ução de m ockups. Ist o acont ece quando os w ireframes são sim plesm ent e ent regues para client es sem um acom panham ent o. Est es os aprovam , sem com preender exat am ent e as decisões ali m anifest adas.

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Toda at ividade pode ser vist a com vant agens e desvant agens. Ent ret ant o, a desvant agem principal do w irefram e aparece quando ele se t orna a m aior preocupação da Arquit et ura de Inform ação. A sit uação inversa provavelment e não seria m elhor: elim inar o w ireframe, sim plesm ent e, não se apresent a com o solução, t am pouco apenas t ransferir o w ireframe da at ividade do arquit et o de inform ação para out ro.

5 REFLEXOS E REFLEXÕES

A preocupação dest e art igo est á volt ada a quest ionar o m ovim ent o que coloca o

w ireframe com o aquilo que define o arquit et o e a Arquit et ura de Inform ação. E o wireframe é um pont o crít ico dent ro de um projet o, com o m ost ram Bill Buxt on e Dan Brow n:

Est a é um a part e " séria" do trabalho. Com o o w irefram e t ram a a superfície, a precisão das linhas, bem com o a qualidade dos gráficos corporativos, est a renderização indica um a série de cuidados e de t rabalho, feit os em um com put ador. [...] Ele diz "caro" e "refinado" (ainda que a conservação da bagunça do w ireframe t am bém afirme "m as não finalizado" ). Ele diz, " Fizem os algum a decisão e est am os considerando seriam ent e seguir nesse caminho" (BUXTON, 2007, p. 107, tradução nossa).

[...] wireframes est ão entre os docum ent os m ais cont roversos na bibliot eca de experiência do usuário, porque eles borram a linha entre a est rut ura e o design visual. Em outras palavras, w ireframes cruzam a front eira ent re est rut ura (com o um tipo de inform ação diz respeit o a out ro tipo) e exposição (com o representar inform ações na t ela) (BROWN, 2007, p. 265, t radução nossa).

O w ireframe se configura objet o de poder do arquit et o quando vist o como pont o de cont at o m ais próxim o com o desenvolvim ent o final de um projet o. " O w ireframe, sendo o lugar onde a arquit et ura da inform ação e design visual se junt am , se t orna um assunt o de debat e e cont r ovérsia" (GARRETT, 2003, p. 138, t radução nossa). É onde o arquit et o pode int erferir diret ament e no result ado final:

O w ireframe é o primeiro document o que começa a dar form a ao layout gráfico das páginas, por isso ele pode ser um forte mo vo de discussão entre o arquit et o de inform ação e o designer gráfico. Apesar de não ser seu foco, o w ireframe apresenta um a sugestão de organização espacial para o layout da página, o que pode rest ringir a liberdade criat iva do designer gráfico (REIS, 2007, p. 147).

Pode-se ent ender essa sit uação com o um a busca da Arquit et ura de Inform ação por aum ent ar a relevância e im pact o de sua at ividade. Porém , deve-se quest ionar se a busca de relevância por m eio do w irefram e represent a benefício, quando est e se t orna um a at ividade m ais im port ant e que aquelas que o ant ecedem e que deveriam sust ent ar as suas decisões.

A cent ralização da Arquit et ura de Inform ação no w ireframe, dest a m aneira, at ua cont ra a valorização e conscient ização da profissão. Já em 2008, Guilherm o Reis avaliou que as at ividades m ais prat icadas pelos profissionais não são as que agregam m ais valor. E o

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negócios. Em um a abordagem crít ica, Luciano Lobat o declara que a Experiência do Usuário apareceu para:

[...] sat isfazer os designers que t rabalhavam na área digit al, e o m antra repetido era de que " est am os projet ando experiências, não int erfaces ou art efat os" (de preferência, com um a fot o de um a garot inha sorrident e usando um a int erface ou art efat o). Ora, se m uit os designers de int eração e arquitet os da informação [...] ant eriorment e eram considerados apenas " w ebdesigners" , serem considerados " designers da experiência do usuário" enalt ecia os seus egos (e t alvez t am bém , seus bolsos [...] [mas] Esse m it o ou faz-de-cont a t eve sua ut ilidade, fazendo o designer entrar em cont at o com aspect os m uit o m ais am plos que o m ero projet o de w ebsit es e aplicat ivos com o fins em si, o que correspondeu a um a m udança de paradigm a em diversas áreas do design (LOBATO, 2010, p.2)

Para os arquit et os, ao cont rário de projet ar experiências, o projet o de wireframes acont ece em um sent ido m uit o m ais operacional que est rat égico. M as não é possível projet ar experiências ut ilizando wireframes? Lobat o ainda apont a o design de experiências com o um m it o " út il" . Nest e sent ido, podem os ent ender que por m eio de w irefram es podem os sim projet ar um direcionam ent o para um a experiência desejada, com provada post eriorm ent e a part ir da observação do com port am ent o do sujeit o da experiência. M as, para isso, as decisões que são m anifest adas em um w ireframe precisam ser reflexo de result ados de pesquisa, ent endim ent o de cont ext o e negociação ent re profissionais.

Os elem ent os de um wireframe são const ruídos por um conjunt o de profissionais, e a det erm inação de suas posições, dist ribuições e relações est ão assent adas em t odo o processo de Arquit et ura de Inform ação que o precede.

6 É POSSÍVEL ARQUITETURA DE INFORM AÇÃO SEM W IREFRAM E?

Foram relat adas diversas sit uações pelos part icipant es de nossa pesquisa, onde projet os foram desenvolvidos sem w ireframe. Em um dos casos cit ados, não foram criados

w ireframes pelo curt o período de t em po para produção, subst it uindo-os por rabiscofram es: rabiscos rápidos que ajudam a " garant ir minim am ente o pensam ent o em fluxo” (arquit et o de inform ação, t rabalha na área de Arquit et ura de Inform ação há 3 anos).

Em out ro caso, a ausência de w ireframes acont eceu em um cont ext o onde o escopo do projet o era reduzido e o t rabalho era realizado de form a conjunt a com out ras equipes, para sit uações assim ,

“ O processo é t angibilizar o escopo (reduzido) e os conceit os est rat égicos de m aneira inform al (rabiscos, conversas, descrições, referências) a m edida que a equipe t écnica vai desenvolvendo o produt o. O resultado são projet os concluídos com rapidez e qualidade sem com paração.” (coordenador de UX, t rabalha com Arquit et ura de Inform ação há 3 anos)

Out ro part icipant e (designer, t rabalha com Arquit et ura de Inform ação há 5 anos) já t eve experiência com est a sit uação ao t rabalhar sob pressão ou em am bient es em que o ciclo de desenvolviment o é it erat ivo, t al com o no desenvolvim ent o ágil. Ele com ent a que a criação de w ireframes m uit o det alhados pode significar ret rabalho, at rasos nos sprint s, além de ser desnecessário a docum ent ação excessiva, pois " dent ro da abordagem it erat iva o

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Apesar do t ít ulo provocat ivo, a quest ão principal não recai necessariam ent e em realizar processos de arquit et ura de inform ação sem const ruir w ireframes, m as em considerar seus usos e com preende-los com o um a ferram ent a, part e de um processo m aior, e não const ruir w ireframes com o o objet ivo final da Arquit et ura de Inform ação. Exist em m uit as possibilidades a serem exploradas com e sem w ireframes.

Conform e já abordado ant eriorm ent e, o w ireframe est á no lim iar ent re a arquit et ura de inform ação e o design de int erface. O m odo m ais com um de se fazer w ireframes reforça um a dicot om ia cont eúdo e form a, onde o arquit et o t rabalha em prol dest e últ im o e, dest a m aneira, inevit avelm ent e int erferindo no t rabalho de Design Visual.

Considerar a part icipação dent ro do processo de desenvolvim ent o pode dim inuir conflit os ent re profissionais:

Arquit et os de informação se queixam de que os designers que criam w irefram es obscurecem suas arquit et uras por t rás de sist emas de navegação que não reflet em os princípios subjacent es às arquit et uras. Designers visuais reclam am que w irefram es produzido por arquit et os de inform ação reduzem seu papel ao de um art ist a pint ando de acordo com os núm eros, desperdiçando a experiência e conhecim ent os em com unicação visual que trazem para problem as de design da inform ação (GARRETT, 2003, p. 138, tradução nossa)

Buscando m inimizar essas divergências ent re profissionais, Wodt ke (2003 apud REIS, 2007) sugere que " o w ireframe seja frut o de um t rabalho de equipe, criado em conjunt o pelo

arquiteto de informação e pelo designer gráfico

" . Segundo Garret t (2003), quando arquit et os de inform ação e designers são separados, a única m aneira de se produzir w ireframes de sucesso é por meio da colaboração. Trabalhar nos detalhes do w ireframe em conjunt o permit e que cada profissional veja as quest ões a part ir de um pont o de vist a, descobrindo problem as m ais rapidament e, no início do processo.

Indo além nest e sent ido, Garret t (2003, p. 139) propõe a execução de projetos em pares, duplas de profissionais. Dest a m aneira, ao invés da t radicional set orização das pessoas e das at ividades, que t ornam processos lent os e burocrát icos, ut ilizam -se rascunhos dos w ireframes para dar m aior agilidade de com unicação e na definição dos projet os ao invés de um profissional isolado produzir docum ent os especificados para que depois alguém leia e t ent e int erpret ar o que est á dit o ali.

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Com o docum ent o, o w ireframe est á am arrado a um a série de decisões, est udos e pesquisas. É im port ant e que o w ireframe est eja aliado a out ros docum ent os que perm it am em ergir est as inform ações e ajudem a facilit ar o ent endim ent o do projet o de Arquit et ura de Inform ação. Para fornecer um a com unicação m ais adequada, por exem plo, os w ireframes podem se t ransform ar em w ireflow s ou w ireframes com narrat iva guiada.

W ireflow s são sequências de w ireframes sim plificados (por vezes, dem onst rando apenas alguns dos elem ent os do sit e) encadeadas em um fluxogram a a fim de visualizar um

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processo em et apas. Ajuda a não visualizar apenas as páginas est át icas, m as a direcionar o olhar para a int eração na t ransição ent re t elas.

Já o guided wireframe narrat ive7, ou w ireframe com narrativa guiada (t radução nossa), t am bém são usados w ireframes sim plificados, m as com com ent ários e inform ações sobre funcionalidades descrit as em form a de narrativas. São hist órias descrit as durant e o

w ireframe, diferent e dos w ireframes que dem onst ram de um a vez só t odos os com ent ários sobre a int erface. Út il para com unicar int erações com plexas e para casos em que não é possível produzir um prot ót ipo.

7

A t écnica para desenvolver est e tipo de docum ent o é descrit a em det alhes em w w w .boxesandarrow s.com / view / t he_guided_w ire.

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O w ireframe “ t radicional” t am bém pode ser subst it uído por out ros t ipos de docum ent o. Para m ant er a liberdade de t rabalho do design gráfico sem deixar de lado as decisões relat ivas à arquit et ura de inform ação, um a das saídas é o uso de w ireframes sem indicação de posicionam ent o de elem ent os, m as com indicações do peso relativo no sit e8. Ou seja: ao invés do arquit et o de inform ação det erm inar se será ut ilizado um alt o cont rast e ou um t am anho m aior para dest acar um elem ent o de um a página, apenas é indicado que aquele elem ent o m erece dest aque e o designer gráfico dará a solução visual para que o elem ent o seja devidam ent e represent ado, em relação aos out ros e de acordo com a arquit et ura.

Apesar de incom um , um dos part icipant es de nossa pesquisa (designer de int eração, t rabalha com Arquit et ura de Inform ação há 10 anos) com ent a que, apesar de considerar m ais sólido o t rabalho com w ireframes, a docum ent ação com a arquit et ura t am bém é ent regue descrit a em um a planilha. Um caso de exem plo de alt ernat iva ao w ireframe nest e sent ido, é descrit o a seguir.

7 O CASO DO “DIAGRAM A DE DESCRIÇÃO DA PÁGINA"

Dan Brow n (2002) possui um art igo int eressant e no qual relat a sua experiência com

w ireframes em 1998. O docum ent o havia se t ornando apenas um a ferram ent a int erna, pela

8

Conform e descrit o em ht t p:/ / usabilidoido.com.br/ wireframes_e_rabiscos.htm l. Figura 5 – Exemplo de wireframe com narrativa guiada

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dificuldade de apresent á-lo a client es, pois um problem a com um dos w irefram es é levant ar a discussão apenas de design e aspect os est ét icos, deixando de lado a arquit et ura. Ent ret ant o, apesar do w ireframe ajudar designers na visualização de funcionalidades e das int erações do sit e, t am bém era um fat or lim it ant e para est es:

Tent am os usar wirefram es com o um a ferram ent a est ritam ent e int erna: nenhum client e podia vê-los. M as na m esm a m edida em que os w ireframes ajudavam os designers a visualizar a funcionalidade e a int eração do sit e, lim it ava seu est ilo. Designers que ficaram presos ao w irefram e não exercit avam sua criatividade, e t odos os nossos sit es com eçaram a t er a m esm a aparência (BROWN, 2002, tradução nossa)

Dest a m aneira, Brow n ident ificou dois principais riscos associados aos w ireframes: a expect at iva dos client es e a inovação dos designers. Perant e est a sit uação pensou em duas soluções: a de m ant er o w ireframe e aprender com o lidar m elhor com as expect at ivas dos client es e a t rabalhar com os designers sem com promet er sua criat ividade. Ou ent ão, o que foi sua opção escolhida, desenvolver um a abordagem diferent e para a docum ent ação da arquit et ura de inform ação, que pudesse dar liberdade aos designers e ajudar client es a discut ir sobre cont eúdo, prioridades e funcionalidades em um est ágio inicial do projet o.

Sua solução, ut ilizada para o redesign do w ebsit e USAirw ays.com em 1999 foi a criação de um page descript ion diagram ou "diagrama de descrição de página" (t radução nossa). Nest e diagram a as áreas de cont eúdo são descrit as em t ext o, com o em um a especificação funcional, e as descrições de área de cont eúdo dist ribuídas na página em ordem de prioridade (no caso, a prioridade se dava de m aior prioridade para it ens na part e superior e na esquerda do que aqueles na part e inferior e na direit a).

Assim , o diagram a represent a prioridade e cont eúdo, e t am bém inclui layout s de áreas de cont eúdo individuais (Figura 6). Com est a ferrament a, Dan Brow n explica que conseguiu ajudar client es a visualizar a int erat ividade, com conversas focadas em cont eúdo, funcionalidade e prioridade dos cont eúdos das páginas, sem t ravar a criação dos designers.

O diagram a de descrição de página, ao dem onst rar prioridades e fornecendo um cont ext o para o conteúdo e funcionalidade, proporciona aos designers visuais as inform ações que eles precisam para criar um layout eficaz. Em qualquer página w eb, um pedaço de inform ação pode t er m aior ou m enor peso visual, dependendo do uso da cor, contrast e, posição e Figura 6 – Exemplos de "diagrama de descrição de página" (esquerda) e para o "diagrama de descrição de página" com o layout dos componentes (direita).

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t ipografia. M as est as são ferrament as de um designer visual, são os fundament os do design gráfico, e est ão fora do negócio do arquitet o de inform ação. (BROWN, 2002, tradução nossa)

Dan Brow n com ent a que o diagram a de descrição de página foi bem sucedido e agradou os designers, m as dividiu opiniões ent re arquit et os. O aut or quest iona se os arquit et os de inform ação não deveriam est ar m ais focados em relacionament os de inform ações, cat egorias e cont eúdo, ao invés de se preocuparem com form as e cont rast es, que são habilidades de quem t rabalha com relações visuais, com o os designers gráficos.

Diagramas de descrição de página não precisam substit uir os w irefram es. Na verdade, se quiserm os crescer com o um ofício, nós devem os encont rar m eios adicionais para com unicar ideias de arquit et ura de inform ação. Assim com o os com put adores port áteis e com put adores de m esa fazem coisas sem elhant es, m as são usados em diferentes sit uações, w irefram es e diagram as de descrição de página t am bém podem coexistir pacificam ent e com o ferram entas út eis de arquit et ura de inform ação (BROWN, 2002, t radução nossa)

8 ARQUITETURA DE INFORM AÇÃO ÁGIL

Um a propost a de Arquit et ura de Inform ação sem w ireframe t am bém se encaixa em um cont ext o de m et odologia ágil, com o o caso apresent ado por Leandro Gejfinbein no Encont r o Brasileiro de Arquit et ura de Inform ação (EBAI) de 2009 sobre um a nova visão da Arquit et ura de Inform ação na Globo.com . Segundo a apresent ação, a im plem ent ação de

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m et odologias ágeis dent ro de um a rot ina de Arquit et ura de Inform ação t em diversas vant agens, com o a dim inuição da burocracia no processo, por m eio da elim inação de ent regáveis e orient ação a ent rega, não ao projet o. Torna-se " m enos im port ant e saber onde colocar o vídeo. Fundam ent al é ent ender t udo que, enquant o sist em a de inform ação, caract eriza esse produt o, que originou o vídeo, sua ofert a, seu consum o e possíveis int erações" (GEJFINBEIN, 2009). A função do arquit et o se t orna pensar na narrat iva da experiência com o consum o de inform ação, pois elim inam-se os docum ent os prot ot ipados. Busca-se com unicação no lugar de apenas docum ent ação e com part ilham ent o de responsabilidades ent re profissionais, com o ent re ar quit et o e designer. Ao invés de produzir w ireframes, profissionais t rabalham de form a m ais próxim a em busca da apresent ação dos prim eiros layout s do produt o.

9 RABISCOS

Será que t odo projet o de w ebsit e necessit a de w ireframe? Ou a et apa de desenvolvim ent o onde o w ireframe aparece pode, em alguns casos, ser elim inada e o sit e pode ser prot ot ipado enquant o é desenvolvido, com o no caso da m et odologia ágil? Seja na at uação com ou sem w ireframe, um prát ica fundam ent al é o do est udo de possibilidades visuais por m eio de rabiscos, t am bém conhecido por rascunho ou esboço (ou ainda, com o já cit ado, por rabiscofram e e sket ch).

Para se chegar em decisões e soluções visuais, apont ando respost as e direcionando um cam inho m ais claro, é im port ant e evit ar a criação de w ireframes de form a diret a. A criação, sem passar ant es por um a et apa de rabiscos, fica limit ada, pois encam inha-se a um a fase de especificação, onde ideias convergem , sem ant es t er experiment ado um processo divergent e de ideias.

(19)

Com o ferram ent a de criação, o rabisco pode ser encarado com o um a t écnica de prot ot ipação de baixa fidelidade que " perm it e art icular sensação e função de um design de um m odo que o w irefram e não perm it e" (HARRELSON, 2009, t radução nossa). Um exem plo clássico de ut ilização colaborat iva de rabiscos é o sket chboard (ou “ quadro de rabiscos” ), criado pela em presa Adapt ive Pat h, que facilit a a avaliação de séries de conceit os de int eração. A ut ilização de rabiscos ret orna em diversos benefícios, sendo o principal deles a oport unidade de se t est ar rapidam ent e diversas possibilidades de criação. Est a experiment ação perm it e est udar, avaliar e com unicar elem ent os que, a m edida que são definidos, podem ser especificados e im plem ent ados.

10 CONCLUSÃO

Apesar da cent ralidade do w ireframe, é int eressant e perceber com o est e docum ent o ocupa pequena at enção nos principais livros de referência da área. Em livros influent es com o " Information Archit ect ure for t he World Wide Web" de Rosenfeld e M orville (2007), por exem plo, são poucas páginas dedicadas apenas ao t em a. O rest ant e? Trat a de arquit et ura de inform ação.

O projet o de int erfaces é um processo polít ico (AGNER, 2006) onde se m anifest am conflit os de perspect ivas e prioridades, em um jogo que envolve m últ iplos int eresses de client es, usuários, arquit et os, designers, desenvolvedores, ent re out ros. Arquit et os de inform ação devem considerar as im plicações ét icas de sua at ividade a m edida que ganham poder de ação: a sim ples decisão de que cat egorias estarão disponíveis para o usuário escolher para declarar seu gênero em um sist em a (form ulário ou perfil de rede social, por exem plo) est á em but ido de convicções polít icas, por exem plo (KANNABIRAN; PETERSEN, 2010).

Os soft w ares volt ados para a const rução de w irefram es buscam m anifest ar algum as convenções de apresent ação visual ut ilizadas pelos profissionais. Um exem plo é a " t ransform ação" aut om át ica de w ireframes com cores em docum ent os dessat urados (disponível em soft w ares com o o Axure). Est a funcionalidade vem da orient ação para que cores não sejam ut ilizadas, geralm ent e guiada pela ideia de que precisam t er um a aparência inacabada, para que não int erfiram no t rabalho do designer de int erface, e de que isso auxilia o arquit et o de inform ação a focar em sua at ividade e não se preocupar com quest ões de com posição visual e gráfica, por exem plo. Ent ret ant o, com o a indicação de t am anho, cont rast e e organização da disposição de element os na int erface não são consideradas t arefas do designer, m as det erm inar cores sim.

Desejam os com est e art igo, por m eio do resgat e de t écnicas e apont am ent os para a Arquit et ura de Inform ação nas m et odologias ágeis, levant ar o debat e para um a ot im ização do uso de w irefram es para fort alecer a área na produção de m elhores projet os. A unanimidade do w irefram e, que indica que não se prat ica Arquit et ura de Inform ação sem est e docum ent o é um paradigm a, não um consenso. O wireframe é útil para det erm inados casos, m as pode não ser fundam ent al para t odos os cont ext os de projet os: é um docum ent o que em m uit as vezes auxilia a expressar decisões, est udos, pesquisas e definições de Arquit et ura de Inform ação – m as não é nem a sínt ese do processo dest a, nem seu result ado. Assim , esperam os que pesquisas fut uras possam explorar e experim ent ar as abordagens apresent adas, avaliar result ados e criar novos m ét odos e t écnicas.

AGRADECIM ENTOS

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Frederick Van Am st el, por indicações de referências. E aos part icipant es da pesquisa pelo t em po dedicado e pela confiança em abrirem seus processos de t rabalho.

INFORM ATION ARCHITECTURE W ITHOUT W IREFRAM E

Abstract

We propose a debat e on t he use of t he w ireframe from t he crit icism of it s cent rality in t he pract ices of Information Archit ect ure. The choice for t he use of t his document should be consist ent w ith t he project w here it belongs, and not just a consequence of his nat uralizat ion as a foundat ion of t his discipline. To t his end, w e aims to understand t he act ivit y of the informat ion archit ect and t he role of w ireframe in dynamics of w ork. Are also raised alt ernative documentation, exploring aspect s of collaborat ion and communication, based on t he principle t hat t he pract ices of Information Archit ect ure may not be reduced to a " deliverable".

Keyw ords: Informat ion Archit ecture. Wireframe. Documentat ion.

Art igo recebido em 20/ 08/ 2011 e aceit o para publicação em 30/ 09/ 2011

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Imagem

Figura 1 – Exemplo de Wireframe  Fonte: Garrett (2003, p. 136)
Figura 2 – Diferentes representações visuais.
Figura 3 – Trecho da interface interativa de wireframe colaborativo.
Figura 4 - Exemplo de wireflow   Fonte: Shahian (2009).
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Referências

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