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Rev. bras. ortop. vol.48 número5

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Academic year: 2018

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r e v b r a s o r t o p .2 0 1 3;4 8(5):387–388

w w w . r b o . o r g . b r

Editorial

Trinta anos da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho,

uma ideia que deu certo

Thirty years of the Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, a

successful idea

O diagnóstico da dor no joelho era difícil e a pneumoartrogra-fia contrastada permitia a visualizac¸ão indireta das estruturas meniscais e ligamentares internas do joelho, foi uma precur-sora da ressonância; os grupos especializados comec¸avam a surgir no Departamento de Ortopedia da Faculdade de Medi-cina da USP (FMUSP); o então Dr. Marco Amatuzzi, na época interessado em patologia do pé, comec¸ava a se interessar pela pneumoartrografia; nós iniciávamos a nossa vida ortopédica como assistente no Instituto de Ortopedia da FMUSP. O Grupo de Joelho do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) comec¸ou a se reunir às quintas-feiras à noite, nosso dia de plantão no Pronto-Socorro, e nas sextas-feiras de manhã a atender pacientes que iam em busca de pneumoartrografias e esclarecimento diagnóstico de doenc¸as do joelho, sob a chefia e orientac¸ão de Amatuzzi.

Às quintas-feiras à noite eram lidos e discutidos traba-lhos que Amatuzzi selecionava e resumia em fichas de rápida consulta. Com o passar dos anos, colegas de outros hospitais passaram a visitar o IOT, que ficou pequeno para as reuniões e restrito para a visita de pacientes externos. As reuniões, então, passaram a ser feitas no consultório de Amatuzzi. O Grupo de Joelho do IOT-USP dava cursos que eram muito concorridos, até que se resolveu fundar a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ), em agosto de 1983.

Numa reunião patrocinada por um laboratório, realizada em uma sala do Hotel Maksoud Plaza em São Paulo, Marco Amatuzzi fundou a SBCJ.

As reuniões do Grupo de Joelho continuaram e existem até hoje no IOT e a SBCJ se desenvolveu passando dos limites do IOT e atingindo o mundo.

Vários estagiários frequentaram servic¸os, que inicialmente eram acreditados e hoje são credenciados, para o aprendizado dos conceitos da patologia do joelho.

A troca de estagiários e as visitas frequentes criaram um lac¸o de amizade entre os diversos sócios da SBCJ que é a sua marca. Os congressos parecem festas de aniversá-rio de família, nas quais o encontro com pessoas queridas é comemorado.

No plano nacional realizamos vários congressos, conheci-dos pelo sucesso, e cursos regionais tradicionais, alguns que já ultrapassaram a décima edic¸ão.

A qualidade das apresentac¸ões, sempre uma marca dos sócios da SBCJ, estabeleceu um padrão que sempre é mantido e aprimorado. O exemplo é a melhor formar de educar.

Nunca foi cobrada taxa ou anuidade, pertencer a SBCJ é uma deferência; nunca tivemos uma eleic¸ão, as chapas dire-tivas sempre foram escolhidas por consenso e negociac¸ão.

Brigas ocorreram, e não foram poucas, mas nunca intervi-eram no andamento da sociedade, que esteve sempre acima de qualquer problema pessoal.

No corpo diretivo da SBOT a participac¸ão dos membros da SBCJ é muito significativa, já tivemos cinco presidentes da SBCJ que presidiram a SBOT e provavelmente teremos outros.

A SBCJ estabeleceu, por intermédio de seus membros, sólidas relac¸ões internacionais, que deram muita sustentabi-lidade a sua estrutura de educac¸ão médica continuada.

Trouxemos Jack Hughston, Henry Dejour, John Insall, Frank Noyes, James Andrews, Lamberto Perujia, e tantos outros, que nos permitiram expandir nossa área de conhecimentos e, com visitas aos seus servic¸os, trazer novas técnicas e a internacionalizac¸ão dos nossos membros. As nossas relac¸ões internacionais aumentaram e hoje conhecemos e somos conhecidos em todos os grandes centros de cirurgia do joelho do mundo.

Participamos de vários cursos e congressos internacionais como convidados e membros ativos.

Fundamos e presidimos a primeira Diretoria da Socie-dad Latinoamericana de Artroscopia Rodilla y Traumatología Deportiva (SLARD). Temos sólidos contatos com o grupo de Lyon, com o qual fazemos jornadas a cada dois anos; a próxima será em Curitiba em 2014. Na última realizada em 2012, fomos convidados em Lyon, com a deferência de ser um palestrante internacional.

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Hoje a ISAKOS é presidida por Moyses Cohen, um dos nos-sos ex-presidentes.

Tenho certeza que neste momento há um membro da SBCJ estagiando em algum lugar do mundo ortopédico fazendo con-tato e procurando novos caminhos.

O diagnóstico da dor no joelho continua difícil, e nós conti-nuamos a tentar compreendê-la, só que agora juntos e unidos por uma grande amizade de 30 anos, que sem duvida é o segredo desta ideia que deu certo.

A RBO, com a anuência de seus editores associados, home-nageia a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, publicando este número apenas com trabalhos sobre joelho que aguarda-vam publicac¸ão, aprovados pelo seu corpo editorial.

Gilberto Luis Camanho

Editor-chefe, Revista Brasileira de Ortopedia; Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

E-mail: gilbertocamanho@uol.com.br

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Referências

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