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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM FERNANDA BRAGA DE ALMEIDA

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

FERNANDA BRAGA DE ALMEIDA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UM OLHAR AO

PACIENTE ONCOLÓGICO EM FASE TERMINAL

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

FERNANDA BRAGA DE ALMEIDA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UM OLHAR AO

PACIENTE ONCOLÓGICO EM FASE TERMINAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado do Mato Grosso –

Campus de Tangará da Serra, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, sob a orientação da Profº Alex Rodrigues Borges e Co-orientação da Profª Grazielle Gomes Faria.

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FERNANDA BRAGA DE ALMEIDA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UM OLHAR AO PACIENTE

ONCOLÓGICO EM FASE TERMINAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso –

Campus Tangará da Serra, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Resultado: _____________________

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________ Orientador: Profª Alex Rodrigues Borges

Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra

___________________________________________________________ Co-orientadora: Profª Grazielle Gomes Faria

___________________________________________________________ Examinador: Profª Ana Lúcia Andruchak

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3

Dedico esta monografia a meus pais Anaélia e José Antônio, e minhas irmãs Janaína e Laís. Que em nenhum momento mediram esforços para a realização dos meus sonhos, que me guiaram pelos caminhos corretos, me ensinaram a fazer as melhores escolhas, me mostraram que a honestidade e o respeito são essenciais à vida, e que devemos sempre lutar pelo que queremos. Fonte de minha inspiração, força e exemplo de vida. Obrigada por tudo, amo vocês.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me proporcionado a vida. Pois sem ele nada seria possível.

Aos meus pais, Anaélia e José Antônio, pela dedicação, esforço e compreensão, em todos os momentos desta e de outras caminhadas.

À minhas irmãs, Janaína e Laís, pelo incentivo, pela cooperação e pelo apoio incondicional.

Aos meus avos maternos e paternos. Por terem me ensinado que uma vida deve ser construída baseada na honestidade e respeito.

Aos meus tios e tias. Em especial a Tia Ni, Tia Neia, Tia Diva e Tia Ná. Pelo apoio, pelas várias demonstrações de amor, por me ajudar, me apoiar e me confortar sempre.

As minhas primas e primos. Em especial a Nena, Madrinha (Néia), Tatá (Sandra), Huani, Haini, Hugo, Eloana, Thayna, Mildes e Adriana entre outros que me fazem sentir a prima mais amada desse mundo. Amo vocês.

Aos meus amigos sempre presentes. Por acreditar em mim, me aceitar, me respeitar, pelo companheirismo, por me ajudar. Enfim obrigada por tudo.

Ao meu professor orientador Alex Rodrigues Borges, pelas horas dedicadas, por me ajudar e estar sempre disposto.

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5

“Quando considero a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo e reflito sobre tudo que está além de mim e depois de mim, enxergo minha pequenez. Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo, tragado pela vastidão da existência, compreendo minhas extensas limitações e, ao deparar com elas, deixo de ser Deus e liberto-me para apenas um ser humano. Saio da condição de centro do universo para apenas um andante nas trajetórias que desconheço...”.

O vendedor de Sonhos, Augusto Cury.

(7)

RESUMO

O foco do cuidado do paciente em fase terminal tem sido motivado pelo envelhecimento da população, pela prevalência e publicidade em torno das doenças com risco de vida, como o câncer. Diante disto, o foco deste trabalho consiste em estabelecer através de fundamentação teórica e prática como primordial a assistência ao paciente terminal de uma forma digna. Realizou-se um estudo metodológico qualitativo através de entrevista com roteiro semi estruturado, com enfermeiros do município de Tangará da Serra averiguando de que forma acreditam ser necessária a prestação do serviço em relação ao cuidado paliativo, a humanização e a ética profissional. Assim verificou que em sua grande maioria priorizam no cuidado o controle da dor, inserção da família, respeito ao paciente, estabelecer dignidade e ampliar seus conhecimentos em relação ao tema proposto. Desta maneira, acredita-se que esse trabalho monográfico possa conscientizar os leitores de uma forma simples e concisa, estabelecendo sua própria opinião e consciência a respeito de como deve ser realizada a prestação de serviço ao paciente oncológico em fase terminal.

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7

ABSTRACT

The focus of care for terminally ill has been motivated by an aging population, the prevalence of and publicity surrounding the life-threatening diseases such as cancer. Hence, the focus of this work is to establish through theoretical and practice as primary care to terminally ill patients in a dignified manner. We conducted a qualitative methodological study with nurses in the municipality of Tangará of the Serra ascertaining how believe is necessary to provide the service in relation to palliative care, the humane and ethical manner. So there you mostly care prioritize pain control, integration of family, respect for patient dignity establish and expand their knowledge in relation to the proposed theme. Thus, it is believed that this monograph can educate readers a simple and concise form, establishing his own opinion and awareness about how it should be done to provide service to oncology patients in the terminal phase.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 10

CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO ... 13

1. CÂNCER ... 13

1.1. EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER ... 13

1.2. PREVENÇÃO DO CÂNCER ... 13

1.3. DIAGNÓSTICO DO CÂNCER E CONSIDERAÇÕES DE ENFERMAGEM ... 14

1.4. TRATAMENTO CLÍNICO DO CÂNCER ... 14

1.4.1. Plano de Cuidado em Enfermagem ... 14

2. PACIENTE TERMINAL ... 15

2.1. FASES DAS ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS NA FASE TERMINAL ... 16

3. CUIDADOS PALIATIVOS ... 16

3.1. MONITORAMENTO DA DOR ... 17

3.2. ABORDAGEM PARA A FALTA DE AR ... 17

3.3. ABORDAGEM AO CANSAÇO ... 17

3.4. CONSTIPAÇÃO ... 18

3.5. NÁUSEAS E VÔMITOS ... 18

3.6. CUIDADOS COM A HIDRATAÇÃO E NUTRIÇÃO ... 18

4. HUMANIZAÇÃO ... 19

4.1. DEFINIÇÃO ... 19

4.2. CONCEITO E HISTÓRIA DA HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR ... 20

4.3. HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO AO PACIENTE TERMINAL ... 20

5. ÉTICA ... 20

5.1. O QUE É ÉTICA ... 21

(10)

9

5.2.1. Órgãos estruturantes da enfermagem no Brasil ... 21

5.3. CÓDIGO DE ÉTICA EM ENFERMAGEM ... 21

5.4. QUESTÕES ÉTICAS ... 22

5.4.1. Eutanásia ... 22

5.4.2. Distanásia ... 22

5.4.3. Ortotanásia ... 22

5.4.4. Mistanásia ... 23

5.5. BASES LEGAIS DIRECIONADA AO PACIENTE TERMINAL ... 23

CAPÍTULO II – METODOLOGIA ... 24

CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 26

6. PRIMEIRA CATEGORIA – AS REPOSTAS FISIOPATOLÓGICAS E O CUIDADO PALIATIVO ... 26

7. SEGUNDA CATEGORIA – HUMANIZAÇÃO ... 29

8. TERCEIRA CATEGORIA – ÉTICA ... 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 37

ANEXOS ... 44

ANEXO I ... 45

ANEXO II ... 50

APÊNDICE ... 51

(11)

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos a experiência de morrer modificou-se na medida em que foram feitos progressos no cuidado de pacientes com doenças crônicas e em fase terminal. O foco do cuidado na fase terminal tem sido motivado pelo envelhecimento da população, pela prevalência e publicidade em torno das doenças com risco de vida, como o câncer.

Estabelece assim neste trabalho de conclusão de curso que após o diagnóstico de terminalidade, o paciente na fase terminal deve receber um cuidado paliativo. Concomitante, a ética precisa se tornar um importante instrumento contra a violência e a favor da humanização no serviço prestado.

A humanização, então, requer um processo reflexivo acerca dos valores e princípios que norteiam a prática profissional. Pressupõe assim, que além de um cuidado digno, acolhedor e solidário, uma postura ética deve permear todas as atividades profissionais.

Este trabalho foi motivado após a verificação da falta de humanização com pacientes terminais a nível e deficiência na formação acadêmica quanto aos aspectos assistenciais técnicos e humanísticos, bem como a experiência de estado terminal com familiares.

Segundo Smeltzer (2008, p. 378) e O’Connor (2008, p. 87) a trilha em direção a

morte tem lugar em um contexto sociocultural que inclui as necessidades de cuidados individuais e para com a família. Devem ser atingidos os objetivos dos cuidados paliativos, de dignidade e qualidade de vida. Os enfermeiros precisam então ter uma estrutura ética, dentre a qual a equipe possa assim trabalhar com humanização.

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Este trabalho tem a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. O estudo metodológico utilizado foi o qualitativo, no qual não há o interesse do número de sujeito, mas sim com opinião que possuem a respeito do tema proposto. Desta forma, o problema exposto foi alcançado de uma forma simples e concisa.

Através do material coletado foi possível avaliar de uma forma ampla a opinião dos enfermeiros a respeito do paciente terminal e assim responder aos objetivos e hipótese deste trabalho monográfico. O trabalho foi construído em três capítulos, para que o leitor possa visualizar de uma forma precisa os resultados dessa pesquisa.

O capítulo I tratará da fundamentação teórica a respeito do tema proposto. Organizado em cinco partes. Estabeleceu conceitos e divulgações de resultados em relação ao câncer, cuidado paliativo, diagnóstico do paciente terminal, humanização e ética no exercício profissional. Pois é de suma importância o conhecimento em relação aos assuntos para estabelecer uma visão ampla deste estudo.

O capítulo II consiste na descrição em relação ao levantamento metodológico, em o tipo de estudo utilizado e a forma na qual os dados foram coletados.

O capítulo III se remete a discussão e explanação dos resultados. Sendo divididos em três partes conforme os objetivos e hipótese do estudo. O primeiro objetivo (primeira parte) consiste na verificação de que forma os enfermeiros consideram necessário o tratamento de controle as respostas fisiopatológicas e o desempenho do cuidado paliativo na assistência.

A segunda parte corresponde a dois objetivos, identificar os fatores humanísticos e o conceito de humanização no cuidado dos enfermeiros em relação ao paciente oncológico terminal.

Por fim a terceira faz uma constatação do último objetivo, os subsídios legais que os enfermeiros acreditam ser necessário desempenhar ao paciente terminal com câncer. Responde ainda a hipótese deste trabalho que é identificar se os enfermeiros acreditam ser necessária a ampliação do conhecimento sobre a humanização e ética no exercício profissional na terminalidade.

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mais com o aumento de doenças crônico degenerativas, o que leva o indivíduo em sua grande maioria a desenvolver o estágio terminal.

Desse modo este estudo fornecerá subsídios para novas pesquisas no que tange a assistência de enfermagem ao paciente oncológico em fase terminal, a fim de contribuir significativamente ao processo de morrer de forma ética e humanizada.

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CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO

1. CÂNCER

O câncer se caracteriza como um crescimento anormal do tecido celular. Sendo causado em todos (ou quase todos) por mutação ou por ativação anormal de genes celulares que controlam o crescimento e a mitose celular (MURTA, 2006, p. 193). O câncer não se caracteriza como etiologia única, pelo contrário, é um grupo de patologias distintas com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognóstico (GUYTON, 2008, p. 30; BORGES-OSÓRIO, 2001, p. 235; NETTINA, 2001, p. 132).

A prática da enfermagem com o câncer é realizada em diversos ambientes (casa, comunidade, instituições de cuidado de saúde). As responsabilidades e as metas de enfermagem em relação ao câncer são amplas e complexas. No tratamento do câncer deve-se designar ao paciente um cuidado de alta complexidade e uma avaliação minuciosa, devido ao processo proliferativo. Assim como a assistência emocional, física e psicológica (SMELTZER, 2008, p. 319; PINHO, 2005, p. 396).

1.1. EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER

Atualmente as neoplasias são a segunda causa de morte no país, em 2010 haverá quase 500 mil (quinhentos mil) novos casos de câncer. Neste mesmo ano estima-se que Mato Grosso apresente um número de 5.560 (cinco mil quinhentos e sessenta) casos novos de neoplasias. O município de Tangará de Serra, segundo os últimos dados preliminares em 2008 apresentou 50 (cinqüenta) óbitos por neoplasias, houve um aumento de 5,43% em relação ao ano anterior, 2007 (INCA 2010).

1.2. PREVENÇÃO DO CÂNCER

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colocou ênfase na prevenção primária e secundária. A prevenção primária se relacionada com a redução dos riscos de câncer em pessoas saudáveis. A prevenção secundária com a detecção e triagem para alcançar o diagnóstico precoce e a intervenção imediata para conter o processo de Câncer (SMELTZER, 2008, p. 326; WHO, 2008, p. 4; BRASIL, 2009, p. 159; INCA, 2010, p. 57).

1.3. DIAGNÓSTICO DO CÂNCER E CONSIDERAÇÕES DE ENFERMAGEM Dentro da oncologia a anamnese e o exame físico são à base do diagnóstico clínico e constituem os elementos orientadores na indicação de exames complementares. Durante o processo de exames extensos os pacientes geralmente ficam temerosos a respeito dos resultados e aos procedimentos (SMELTZER, 2008, p. 327).

Neste momento a enfermagem deve ajudar a aliviar o medo e a ansiedade do paciente. Explicar as sensações que serão experimentadas, os procedimentos, testes e os benefícios de um diagnóstico precoce. Sendo assim, é de suma importância um manejo adequado e especificado a característica de cada paciente (INCA, 2005, p. 94; SILVA, 2005, p. 477).

1.4. TRATAMENTO CLÍNICO DO CÂNCER

No tratamento ao paciente com câncer as metas e o tratamento deve se adequar a cada tipo de câncer. As metas no tratamento consistem em incluir a erradicação completa da doença maligna (cura), sobrevida prolongada e contenção do crescimento da célula tumoral (controle), ou alívio dos sintomas associados à doença (paliativo). Atualmente são poucas as neoplasias malignas tratadas com apenas uma modalidade terapêutica, podemos incluir dentre elas o tratamento cirúrgico, radioterápico, quimioterápico e terapias direcionadas (BRASIL, 2010, p. 16; SMELTZER, 2008, p. 328; SAWADA, 2008, p. 583).

1.4.1. Plano de Cuidado em Enfermagem

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2. PACIENTE TERMINAL

A conceituação de paciente terminal não é algo simples de ser estabelecido, mesmo que já tenhamos nos deparado com avaliações desse tipo. Piva (2009, p. 97) estabelece como a definição de que a irreversibilidade será embasada em um conjunto de variáveis objetivas e subjetivas (exames de imagens, ausência de resposta ao tratamento e as possibilidades terapêuticas disponíveis, entre outras). Apenas a equipe médica, tem aptidão para definir a condição irreversível e terminal de um doente. Segundo Kipper (apud QUINTANA, 2006, 418) o paciente terminal é definido de acordo com a condição de irreversibilidade apresentado, uma alta probabilidade de morrer num período relativamente curto de tempo que oscilaria entre três a seis meses.

Podemos averiguar que no conceito antigo, acreditava-se que a inversão de expectativas no quadro clínico do paciente ocorresse de forma súbita. Já no conceito atual a evolução para a irreversibilidade ocorre de forma mais lenta e durante esse período os cuidados paliativos vão sendo progressivamente ofertados (PIVA, 2009, p. 98; CHAVES, 2009, p. 31) (Figura 1).

(17)

Deve-se ressaltar ainda que um paciente é estabelecido como terminal em um contexto particular de possibilidades reais e de posições pessoais. Sendo assim esse tipo de paciente situasse além da biologia, insere em um contexto cultural e subjetivo, ou seja, humano (PIVA, 2009, p. 98).

2.1. FASES DAS ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS NA FASE TERMINAL

Em Vidal (2007, p. 98) descreve a interpretação feita por Elisabeth Kübler-Ross no seu trabalho com pacientes terminais. Definiu as cinco fases que ocorrem em pacientes ao receber a noticia de que estão com uma doença incurável. Dentre elas podemos destacar: negação/isolamento, raiva/revolta, negociação/barganha, depressão e aceitação (MACEDO, 2009, p. 79; POTTER, 2005, p. 608; PORTO, 2008, p. 262; SMELTZER, 2008, p. 397).

3. CUIDADOS PALIATIVOS

Os cuidados paliativos consistem na atenção especializada com os pacientes terminais, quando a doença não é mais responsiva de cura. Devendo assim, maximizar a qualidade de vida e dar assistência às famílias e pessoas que prestam cuidados. Realizado em

sua grande maioria nos hospitais (COSTA, 2008, p. 151; O’CONNOR, 2008, p. 17;

SMELTZER, 2008, p 379).

Segundo Santos (2007, p. 351) descreve que em 1990 a Organização Mundial da Saúde definiu o cuidado paliativo como:

Uma medida que melhore a qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam um problema associado com ameaça da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento por meio da identificação precoce e avaliação impecável, tratamento da dor, outros problemas físicos, psicológicos e espirituais.

A origem desse conceito foi na Inglaterra em 1967, com Cicely Saunders, a

enfermeira que fundou o primeiro “hospice”, em Londres, o Saint Christopher’s Hospice.

Esse seria o início para uma nova filosofia sobre a abordagem da pacientes terminais.

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negativo cada vez mais relevante na vida diária desse paciente. As pessoas no estado terminal, em específico no câncer, passam por sintomas semelhantes. Em particular podemos destacar alguns sintomas que ocorrem: náuseas e vômitos, cansaço, dor, nutrição e hidratação desequilibradas, constipação, falta de ar e depressão (AMERICAN CANCER SOCIETY,

2010; O’CONNOR, 2008, p. 28; COSTA, 2008, p. 152).

3.1. MONITORAMENTO DA DOR

No paciente terminal a dor é um sintoma comum, ocorre em mais de 90% dos pacientes com câncer avançado. Principalmente os pacientes com câncer experimentam a dor em grande quantidade, sendo uma das conseqüências mais temidas desta doença, deve-se realizar a terapia medicamentosa com analgésicos opiódes e não-opióides (O’CONNOR,

2008, p. 121; SMELTZER, 2008, p. 390).

No Brasil a abordagem da dor crônica no cuidado paliativo é instituída pela portaria GM/MS nº19, de 03 de janeiro de 2002, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, o Programa Nacional de Assistência à Dor e Cuidados Paliativos (BRASIL, 2002).

3.2. ABORDAGEM PARA A FALTA DE AR

A falta de ar ocorre em 60 a 70% dos pacientes com câncer avançado. A princípio é necessário identificar e reverter se possível a causa base (BURLA, 2002, p. 199). O tratamento de Enfermagem é direcionado no sentido de administrar o tratamento médico para a patologia subjacente, monitorar a resposta do paciente ao tratamento, ajudar o paciente e a família a controlar a ansiedade, alterar a percepção do sintoma e conservar a energia (SMELTZER, 2008, p. 390).

3.3. ABORDAGEM AO CANSAÇO

(19)

volta do controle da sua vida, educar para reduzir a ansiedade, proporcionar estratégias para lhe dar com o cansaço, prestar informações (explicar que o cansaço é uma ocorrência esperada) e realizar uma abordagem farmacológica (metilfenidato, destroanfetamina, cafeína e

corticosteróides) (BURLA, 2002, p. 199; O’CONNOR, 2008, p. 157).

3.4. CONSTIPAÇÃO

A constipação é altamente prevalente em cuidados paliativos, aproximadamente 40%, sendo prevalente em 90% dos pacientes que usam opióides. A suas causas geralmente são múltiplas relacionam-se com o próprio tumor (intestinal), estado geral do paciente, as drogas recebidas (opióides) e as patologias concomitantes ao câncer. Os cuidados específicos da enfermagem incluem prevenir sempre, realizar uma orientação nutricional, proceder ao toque retal, palpação e ausculta abdominal, desimpactação e digital de fecaloma, Aumentar a ingestão de líquidos, dieta com fibras, proporcionar atividades que encorajam a mobilidade do paciente, providenciar o uso e estabelecer um horário para ir ao banheiro (OPS, 2004, p. 56;

O’CONNOR, 2008, p. 187; BURLA, 2002, p. 195).

3.5. NÁUSEAS E VÔMITOS

No cuidado a estes sintomas é de suma importância que os Enfermeiros possuam conhecimento e capacitação. Atualizado em fisiologia, intervenções farmacológicas e não farmacológicas. Sabendo que cerca de 60-70% dos pacientes terminais sofram deste mal. A chave para o cuidado consiste em indicar a causa e trata - lá sempre que possível, aconselhar nutricionalmente (fracionar as dietas, preferir alimentos frios e livres de condimentos), orientar higiene oral satisfatória, aconselhar o paciente a evitar ficar próximo de odores (OPS,

2004, p. 41; O’CONNOR, 2008, p. 191; UNIC, 2009, p. 40).

3.6. CUIDADOS COM A HIDRATAÇÃO E NUTRIÇÃO

(20)

19

2008, p. 213; SMELTZER, 2008, p. 392; UNIC, 2009, p. 16; REVISTA SAÚDE, 2009, p.15).

4. HUMANIZAÇÃO

4.1. DEFINIÇÃO

Segundo Lepargneur (2009, p. 352) a humanização é:

Saber promover o bem comum acima da suscetibilidade individual ou das conveniências de um pequeno grupo. Entretanto, humanizar é estar sempre se colocando no lugar do paciente, é realizar para o próximo aquilo que gostaria de receber.

Humanizar é conceituado por Bedin (2004, p. 401) como:

[...] colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desenvolvida, entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com ciência e paciência as palavras e os silêncios. O relacionamento e o contato direto fazem crescer, e é neste momento que humanizo, por que assim posso me reconhecer e me identificar como gente, como ser humano.

A humanização irá se fundamentar no respeito e valorização da pessoa humana. Tendo em vista as várias sondagens em torno da humanização construíram-se variedades conceituais, manifestações ideológicas, construções teóricas e inovações na prática da saúde (RIOS, 2009, p. 254). Deste modo pode ser compreendida como:

Princípio de conduta de base humanística e ética;

Movimentos contra a violência institucional na área da saúde; Política pública para atenção e gestão do SUS;

Metodologia auxiliar para gestão participativa; Tecnologia do cuidado na assistência à saúde.

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4.2. CONCEITO E HISTÓRIA DA HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR

Humanizar é ferramenta de gestão, pois valoriza a qualidade do atendimento, preserva as dimensões biológicas, psicológicas e sociais dos usuários e enfatiza a comunicação e a interação dos profissionais (RIOS, 2006, p. 5).

Perante a filosofia a humanização consiste em um termo que encontra suas raízes no Humanismo, uma corrente filosófica que reconhece o valor e a dignidade do homem, considerando sua natureza, seus limites e interesses potenciais (RIOS, 2006, p. 11).

Na saúde, emergiu várias iniciativas com o nome de humanização. Há umas duas décadas passadas ocorreram acordes de lutas antimanicomial, na área de saúde mental, e de movimentos feministas pela humanização do parto e nascimento, na área da Saúde da Mulher. Começaram assim a produzir volume e ruído necessários para registrar marca histórica (BACKES, 2006, p. 47; WALLAU, 2006, p.47).

4.3. HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO AO PACIENTE TERMINAL

Reconhecer que não há recursos para recuperação da vida, não denota a falta do que ser feito, mas o início de uma gama de condutas que podem ser realizadas tanto para os sujeitos quanto aos familiares (MARENGO, 2009, p. 350). Deve-se dedicar um cuidado humanizado como Pessini (2008, p. 101) cita Cicely Saunders em seu estudo a respeito do cuidado ao paciente terminal:

No cuidado no momento final da vida, quero que você sinta que me importo pelo fato de você ser você, e faremos tudo que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para você viver até o dia da morte.

A humanização nos cuidados paliativos tem como base incessante a busca pela dignidade humana. Para isto os profissionais da saúde devem converter o conhecimento científico em verdade e sabedoria; constituído de solidariedade, irmandade, amor e respeito, aumentando a qualidade de vida até a morte (MARENGO, 2009, p. 351; CORBANI, 2009, p. 352).

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5.1. O QUE É ÉTICA

O termo ética originou-se do vocábulo grego antigo ethos, que significa assentamento, vida comum e logo depois conquistou outros significados: hábito, temperamento, caráter e modo de pensar. Com o desenvolvimento cultural da palavra ética se definiu como a reflexão sobre o comportamento prático. Ou seja, o estudo da boa conduta, do caráter e de motivos (KLINGER, 2002, p. 7).

Os atos que são éticos se preocupam com a determinação do que é bom e valioso para todas as pessoas, reflete em um compromisso com os padrões além das preferências pessoais. Padrões em que indivíduos, profissões e as sociedades concordam (POTTER, 2005, p. 415).

Vale ressaltar que a ética não somente restringe nossas ações, ou impõe aquilo que deve ser preconizado. Devemos primeiramente resgatar o elemento fundamental e essencial, que é a pessoa humana (PESSINI, 2008, p. 13).

5.2. ÉTICA NA ENFERMAGEM

5.2.1. Órgãos estruturantes da enfermagem no Brasil

A enfermagem possui a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN) para fins culturais, fundada em 1926. Criados em 1973 pela Lei n. 5.905 as entidades disciplinadoras e fiscalizadoras do exercício profissional, Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os Conselhos Regionais de Enfermagem (CORENs) (KLINGER, 2002, p.6).

A lei n. 7.498, de 1986 normatizou o exercício da profissão de enfermagem, definindo as atribuições e as competências de cada membro da equipe. Dentro dessas diversas entidades encontram-se normas e diretrizes concernentes à profissão de enfermagem, entre os quais o Código de ética de Enfermagem (ABEN) e o Código de Deontologia de Enfermagem (COFEN) (PORTO, 2008, p.144; KLINGERM, 2002, p. 6).

5.3. CÓDIGO DE ÉTICA EM ENFERMAGEM

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Na Enfermagem seu código de ética foi aprovado em 1958, carrega em seu bojo a preocupação primordial, do cuidar da Enfermagem. Teve como base de referência e influência a Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiros, o Código de Ética da Associação Brasileira de Enfermagem, o Código de Deontologia de Enfermagem e a Declaração de Helsinque (princípios éticos das pesquisas com seres humanos) (KLINGERM, 2002, p. 18).

5.4. QUESTÕES ÉTICAS

5.4.1. Eutanásia

A eutanásia consiste em um termo grego para “boa morte” (“eu” = boa e “thanatos” = morte), com a evolução da palavra passou a significar a morte intencional pelo

ato ou omissão (SMELTZER, 2008, p. 375). No século XX a palavra passou a significar a ação direta de provocar a morte indolor de um doente sem chances de recuperar a saúde.

Consiste em tirar a vida do ser humano por razões “humanitárias” para a pessoa ou para a

sociedade, dentre eles enfermos incuráveis, idosos e deficientes (PESSINI, 2008, p. 40; REIRIZ, 2006, p.80).

5.4.2. Distanásia

A distanásia consiste em uma morte lenta, ansiosa, com muito sofrimento e prolongamento exagerado da agonia de um paciente. A palavra provem de um neologismo grego dys tem o significado de “ato defeituoso”, emprega-se também como sinônimo de um tratamento inútil ou fútil. Nessa conduta iremos prolongar o processo de morrer e não a vida sem respeitar os aspectos psicológicos e físicos do paciente. Viola o princípio ético da não maleficência (PESSINI, 2008, p. 49; REIRIZ, 2006, p. 81).

5.4.3. Ortotanásia

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5.4.4. Mistanásia

A mistanásia consiste na omissão de socorro estrutural que atinge milhões de doentes durante a sua vida inteira, não apenas nas fases avançadas terminais de suas enfermidades. As chances de se viver com dignidade são reduzidas e o processo de morte constitui numa abreviação coletiva da vida devido a precariedade de profissionais na assistência a saúde. Consiste assim, em uma morte miserável antecipada de uma pessoa, resultante da maldade humana (PESSINI, 2008, p. 53; VIEIRA, 2010).

5.5. BASES LEGAIS DIRECIONADA AO PACIENTE TERMINAL

É importante que os enfermeiros possuam maior fundamentação teórica a respeito dos conjuntos de princípios éticos que compõem a base no delicado processo na tomada de decisão ao paciente terminal. Deve-se ter estabelecido as principais bases legais que podemos direcionar na assistência (CHAVES, 2009, p. 36).

Deve-se considerar a Declaração Universal dos Direitos Humanos que em seu primeiro artigo diz (PESSINI, 2008, p. 103): Art 1º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem comportar-se com espírito de fraternidade uns com os outros.

O atual Código Penal não especifica o crime da eutanásia. O profissional que antecipa a morte do seu paciente comete o crime de homicídio privilegiado, conforme o Art. 121, com penalidade de 6 a 20 anos de reclusão. Podendo ou não ocorrer a diminuição da pena, conforme disposto no parágrafo 1º: Art. 121 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

Ressalta-se ainda que a Carta Brasileira dos Direitos do Paciente afirma que (PESSINI, 2008, p. 32): Toda a pessoa necessitada de cuidados de saúde tem o direito de ser informada a respeito do processo terapêutico, de solicitar e receber informações relativas ao diagnóstico e ser informada a respeito da gravidade de sua enfermidade.

O recente Código de Ética de Enfermagem, no capítulo I, que trata das relações com a pessoa, família e coletividade, diz que é proibido ao Enfermeiro (artº 29): “Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente”.

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CAPÍTULO II – METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado através de uma abordagem qualitativa com enfermeiros do município de Tangará da Serra a respeito da assistência ao paciente oncológico em estágio terminal. Nas palavras de Costa (2008) este tipo de pesquisa é definido como:

[...] aquela que não se preocupa com a representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização. Elas abarcam a totalidade de seres humanos, concentrando-se nas experiências humanas, atribuindo significados as suas experiências e contextos.

Este estudo metodológico selecionado permitiu compreender, de uma maneira prática e concisa, o perfil dos sujeitos a respeito do significado que atribui ao paciente terminal em relação à assistência técnica, humanizada e ética.

O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), parecer nº018/2010 da Universidade Estadual do Mato Grosso, conforme a resolução 196/96 que estabelecem diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Os procedimentos éticos, bem como a vigilância rigorosa das condições para a utilização da técnica da entrevista e sua conformidade ao estudo, estiveram presentes em todas as etapas do trabalho.

As entrevistas foram realizadas em quatro hospitais: público e privados do município de Tangará da Serra. Participaram do estudo nove enfermeiros que estavam atuando nas instituições no período da pesquisa, sendo identificados no trabalho pela letra

“E”. O número de sujeitos estabelecidos eram onze, no processo de coleta de dados dois sujeitos se encontraram indisponíveis para participar da pesquisa.

Os entrevistados e as instituições hospitalares concordaram livremente em participar deste estudo após terem conhecido os objetivos, método e forma de divulgação do trabalho. Os enfermeiros assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, atendendo aos preceitos éticos inerentes a estudos dessa natureza.

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proposto. Os dados foram coletados no período de outubro a novembro de 2010, com roteiro semi estruturado (Apêndice I) abordando perguntas referentes ao tema em questão: assistência técnica, humanização e ética.

As entrevistas duraram em média dezessete minutos, foram realizadas e transcritas visando assegurar o sigilo acordado com os depoentes. Para análise, não distinguimos características sociais ou profissionais dos entrevistados, com vista a não identificá-los. Após leitura exaustiva e fundamentada do material empírico obtido nas entrevistas foi iniciada a análise dos dados por meio da técnica da análise temática.

O trabalho monográfico foi dividido em três categorias, das quais respondem seus objetivos e sua hipótese. Concomitante realizou-se análises pertinentes ao tema proposto, em relação a fundamentação teórica e os dados coletados nas entrevistas.

A primeira categoria consiste na averiguação do conhecimento dos sujeitos em relação a assistência técnica voltada ao paciente terminal e o cuidado paliativo. Assim como o tratamento de controle as respostas fisiopatológicas que consideraram importantes.

A segunda categoria foi fundamentada na humanização destinada a esse tipo de paciente. Questionou-se aos enfermeiros de que forma conceituam humanização e foram identificados os fatores humanísticos da assistência de enfermagem ao paciente oncológico na fase terminal.

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CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO

6. PRIMEIRA CATEGORIA – AS REPOSTAS FISIOPATOLÓGICAS E O CUIDADO PALIATIVO

Para direcionar o manejo clínico ao paciente terminal, as alterações fisiopatológicas é um elemento primordial. Diante disto teve-se o objetivo de verificar quais os tratamentos que os enfermeiros consideram necessários. Em uma grande maioria afirmaram que o alívio da dor, higienização, alimentação e o incentivo dos familiares junto com o tratamento deve ser primordial.

Então na minha concepção eu acredito que os cuidados fundamentais é o alívio da dor, né, este paciente que já está em estágio terminal, ainda mais paciente oncológico, então sente muita dor e acompanhado com os familiares querendo ou não de uma forma eu acho que isso ajuda muito (E1).

Na mesma linhagem de raciocínio da Sociedade Americana de Oncologia que preconiza a necessidade de estabelecer a dor como o quinto sinal vital nos pacientes terminais. Tornando assim mais freqüente a avaliação de um dos sintomas mais críticos dessa fase da

vida (O’CONNOR, 2008, p. 126). Houve ainda sujeitos que destacaram também essa

necessidade.

[...] Deve utilizar a dor como sinal vital, tratamento alternativos, como culturais e ecoterapia. Por que a vida passa a ser vivida dentro do hospital. Têm também o apoio familiar e as questões religiosas [...] (E4).

Devemos considerar ainda que ao destacarem a família a parte emocional conseqüentemente será levada em consideração, assim como a abordagem da dor que refletirá no conforto. Podemos verificar ainda que os sujeitos acreditam que focando dessa maneira na assistência estarão fornecendo dignidade a este paciente.

São os cuidados necessários de você manter uma condição digna de vida desse paciente, em fase terminal né [...] e assim o lado emocional do paciente, a presença da família assim é muito importante [...] você sabe que ele está em estágio terminal e que a morte vai ser o fim dele. Então você tem que dar uma condição digna de morte, se ele está sentindo dor então você têm que tentar diminuir essa dor dele (E5).

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consideração para o seu manejo - náuseas e vômitos, cansaço, constipação, falta de ar e depressão. Pois os pacientes que aproximam da fase final, independente de seu processo

patológico apresentam muitos dos mesmos sintomas (O’Connor, 2008, p.109).

A imunodepressão deve ser levada em consideração, pois conforme Smeltzer (2008, p. 326) os tumores são capazes de mudar sua aparência ou produzir substâncias que prejudicam as respostas imunes usuais. Em algumas entrevistas os enfermeiros destacaram o cuidado em relação à imunossupressão:

“As infecções oportunistas são outras situações que podem ocorrer e o paciente nem sempre responde a antibioticoterapia [...] esse paciente não pode ficar na enfermaria com um paciente que tem pneumonia, ou com um paciente que tem uma diarréia da janta, ou com um paciente que tem uma ferida infectada [...] primeiro por que é imunodeprimido e ele é um paciente com quadro de dor muito acentuado que outros pacientes. Pode causar um desconforto a outros pacientes” (E8).

Atentar para o cuidado emocional do paciente é essencial. Proporcionar além da manutenção patológica faz com que se acrescente vida até a morte. Desta maneira o alívio dos sintomas tem que ter um equilíbrio com relação aos desejos dos pacientes. Será conciliado desta maneira conforto e uma progressão para a morte com benefícios emocionais e práticos a pessoa envolvida.

A enfermagem consiste em uma profissão que cuida do próximo, que independente da patologia basal, deve-se ofertar dignidade ao paciente. Na terminalidade quando envolver compaixão e afeto junto à assistência do paciente, a sintomatologia será encarada mais passivamente.

“Você tem que ter idéia de que tem paciente que tomam morfina de minuto em minuto, de hora em hora e essa dor é constante. Então assim se a cabeça dele não estiver estruturada, da família que está ali vendo aquela situação, se ele não estiver bem estruturado é cinqüenta vezes pior aquela dor ali do paciente terminal” (E6).

Além de verificar quais são os sintomas relacionados ao quadro clínico, há a necessidade de compreender o seu significado desta para o paciente. Torna-se então primordial a assistência integral e estabelecer junto ao paciente e a família um plano terapêutico adequado a pessoalidade de cada um. A introdução dos principais reflexos físicos e da afetividade poderá viabilizar ao paciente um tratamento mais tranqüilo e a capacidade de se autogovernar.

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sintomas e a qualidade de vida, devendo ser definida pelo paciente e a família que assumem maior proeminência na tomada de decisões sobre o tratamento.

A abordagem paliativa consiste no cuidar do paciente sem prognóstico clínico de cura, ou seja, o tratamento será especifico aos pacientes que se encontram no estágio terminal da doença. Em Tangará da Serra, avaliar a preparação dos enfermeiros em relação à terminalidade se torna muito relevante, já que o município em 2008 esteve no quinto lugar em relação ao número de morte por neoplasia no Mato Grosso.

Concomitante ao número de óbitos depara-se também com um grupo de indivíduos que antecedente ao óbito encontraram-se na fase da terminalidade. Assim não devemos deixar de ressaltar a necessidade da Enfermagem, seja em âmbito domiciliar ou hospitalar estarem preparados para a assistência a esse tipo de especialidade no município (SMELTZER, 2008, p. 320).

Lidar com pessoas que estejam no final da vida e se deparando com dilemas existenciais em relação a morte não é uma tarefa das mais fáceis. Mas se o enfermeiro souber desenvolver o cuidado paliativo de uma forma precisa, fará uma diferença substancial, tanto para o próprio profissional, família ou paciente.

Nas entrevistas os enfermeiros, na sua grande maioria definiram o cuidado paliativo como aquele que dará uma condição de morte digna ao paciente não só no tocante físico, mas espiritual e psicológico.

“Os cuidados paliativos em relação ao paciente terminal é você dar uma condição digna de morte, uma condição digna de final de vida para este paciente, no sentido de alimentação, nos cuidados da higiene, tipo o conforto para este paciente, de minimizar a dor [...]” (E5).

“[...] a gente sabe que o paciente oncológico não tem cura, então ele já está na fase terminal, não é uma medicação que vai lhe trazer a cura [...] então o cuidado paliativo vai ser tudo aquilo possível para manter esse paciente bem né [...]” (E2).

Em suma, vale ressaltar que não cabe exercer o cuidado ao paciente isoladamente. Necessita-se de uma equipe multidisciplinar para cada com a sua competência auxiliar a visualizar o paciente integralmente. Os enfermeiros apontaram ainda a necessidade de uma equipe multidisciplinar para a implementação de ações no cuidado.

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Aqueles que deixaram a desejar no manejo clínico se enquadram em uma realidade averiguada por diversos pesquisadores da área, como exemplo Quintana (2006, p. 416). Desta forma ocorre o afastamento da equipe por pensarem que nada mais pode ser feito em relação ao paciente.

“[...] paciente na fase terminal não há mais o que fazer, mais a gente da conforto. Auxiliar tentar atender as necessidades dele, né, por que as vezes o técnico está ali, mas o tempo é corrido, não tem tempo para o paciente. Então é tentar conversar verificar quais são os cuidados, né, que ele está precisando [...]” (E9).

7. SEGUNDA CATEGORIA – HUMANIZAÇÃO

Os enfermeiros em sua grande maioria consideram humanização como visualizar o paciente integralmente, em todos os seus aspectos. Os fatores humanísticos consistem no cuidado com bases éticas e científicas ao paciente terminal.

Humanizar consiste em um tema abstrato demais para se conceituar com facilidade. Em um contexto amplo do que há publicado em relação ao tema pode-se conceituar como: o respeito ao paciente entre meio sua individualidade. Se o cuidado é humanizado, logo existe compaixão e afeto na tarefa que está sendo cumprida.

Essa consiste em mais uma vertente indispensável na abordagem ao paciente terminal oncológico. Pois se este necessita de cuidado, logo precisará de humanização. Seria terrível a mente de quem imagina se nos encontrássemos em um estágio da vida, no qual seu progresso fosse deparar com a morte, o fim da vida. Nessa fase precisa-se de responsabilidade para com quem cuida assim compreensão e carinho.

Esta fase foi a mais gratificante de se realizar na pesquisa. Quase a totalidade dos enfermeiros conceituou a humanização devidamente. Cada um com a sua individualidade de depoimento, mas de maneira correta visualizando o enfermo terminal integralmente. Dentro de todos os seus aspectos espiritual, psicológico e social.

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Constitui um processo que visa a construção coletiva de compromissos éticos e de métodos para as ações de atenção à saúde.

Com a disposição dos depoimentos podemos verificar conceituações favoráveis por parte dos enfermeiros em relação à humanização.

“Conceituar é difícil, porém devemos tentar alcança - lá de alguma forma, tratar as diferenças de acordo com as necessidades de cada cliente e dedicarmos ao cliente como um todo. A doença, pessoa, espírito, social e etc” (E4).

“Humanizar é você dar um sentido humano para a coisa não aquela coisa mecânica,

estar fazendo aquilo que está exatamente no papel né, então você têm que humanizar, tem que transmitir um sentimento a esse paciente” (E5).

Assim, humanização para os enfermeiros consiste em promover um cuidado incrementando paz e conforto na fase terminal. Encontra-se no mesmo raciocínio de Lepargneur (2009, p. 352), promover o bem acima da suscetibilidade individual ou das conveniências de um pequeno grupo. Humanizar é realizar para o próximo o que gostaria de receber.

Na enfermagem ao discutirmos respeito da “humanização” estamos indagando a

respeito de seu instrumento de trabalho, o cuidado. No qual há uma relação de ajuda, cuja

essência consiste em uma atitude “humanizada” na relação inter-humana.

A humanização no fim da vida sustenta a concepção de que a morte não é um inimigo a ser combatido, mas que faz parte do ciclo da vida e do adoecimento. Nesta etapa os cuidados paliativos têm por objetivo o bem estar da pessoa, mesmo quando a cura se torna impossível (COSTA, 2008, p. 155).

Esse é um tema necessário abordar na enfermagem, principalmente na atualidade que ocorreu a evolução tecnológica na assistência hospitalar. Os profissionais se voltam para o manejo de aparelhos, o controle ideal de sinais básicos de vida. Acabam por deixar a desejar na assistência humanizada. O cliente hospitalizado encontra-se em um momento de vulnerabilidade. O paciente terminal será vulnerável em toda a extensão do tratamento, até que a morte seja o seu fim.

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maneira humanizada. Precisa-se então dispor de uma abrangência real do cuidado e envolver diferentes aspectos.

Assim como a humanização do hospital envolve diferentes aspectos, que se referem não só ao cuidado de enfermagem prestado ao tratamento da doença, mas proporcionar um ambiente favorável ao cliente e família.

“[...] o respeito para com a família e o paciente isso é fundamental [...] respeitar tudo que ele tem de história de família. As vontades, os desejos, né, têm que dar atitude para ele, têm que tentar deixar ele o mais calmo possível, têm que tentar dar recreação para ele. Tentar viver o máximo o que ele vivia antes de chegar ao

hospital na situação de moribundo [...]”. (E8)

Acredita-se ainda que devido a aceleração econômica do mundo de hoje, as pessoas se preocupam mais com bens do que valores. A relação do ser humano um com o outro é deixada em segundo plano. Quando está falta de compreensão com o próximo acontece em uma ambiente hospitalar, se finaliza em conseqüências sérias como a desumanização.

Os enfermeiros no discorrer da entrevista apontaram comportamentos desrespeitosos e desumanos que presenciaram com colegas de trabalho.

“[...] na humanização em relação ao paciente, você tem que respeitar os seus

conceitos, o que ele acha importante [...] respeitar a doença, não ter discriminação, a gente percebe muito isso no hospital quando a gente vai passar plantão,

“comentáriozinhos” que te põe em uma situação indelicada até” (E7).

No percurso final de vida, o enfermeiro deve ainda proporcionar sua presença solidária, de uma forma acolhedora, pois os sujeitos nas cenas da morte ainda estão vivos. Conforme Trein (2002) podemos destacar “se não há solução para a morte do homem, talvez uma solução seja não deixar que as pessoas morram na solidão” 1.

Desta forma devemos considerar que é errôneo supor a um paciente terminal que nada mais pode ser feito. Enquanto existir vida há a necessita do cuidado de Enfermagem, para isso devemos aplicar o cuidado paliativo. Iremos auxiliar o ser humano a buscar qualidade de vida, quando não é possível acrescer quantidade (ARAÚJO, 2007, p. 669; FLORIANI, 2008, p. 2124).

8. TERCEIRA CATEGORIA – ÉTICA

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O ser humano possui o direito de ter qualidade de vida até o último momento de sua existência. Precisa de consciência de quem cuida, está à mercê da atuação de um profissional. O enfermeiro tem a responsabilidade e dever de atuar de forma ética, saber quais bases legais que deve considerar no cuidado.

Geralmente somente quando nos deparamos com a morte pensamos nela, assim, quem se defronta com a terminalidade nunca se encontrará preparado para tal situação. Desta maneira, a enfermagem deve dispor ao paciente assistência e ética adequada, pois pela natureza do seu trabalho irá se deparar com a morte mais freqüente do que qualquer outra pessoa no curso normal de sua vida. Tendo o dever de nortear tal situação conforme sua obrigação profissional.

Cabe a enfermagem orientar, dar atenção e respeito. Se não sabemos como nos respaldar para desempenhar a função de humanizar e como a fazer conseqüentemente estaremos realizando uma assistência errônea, cruel e desumana.

Conforme Fugazza (2010) essa assistência prestada deve ser de acordo com a Lei do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem estabelecida na resolução – 240/2000 de 2005, pois a ética refere-se aos padrões de conduta moral, significa sabermos o que é certo ou errado, e como agir e chegarmos ao equilíbrio na prestação de serviço (TREVISAN, 2002, p. 87; BACKES, 2006, p. 133).

Portanto a assistência deve ser respaldada legalmente pelo código profissional de enfermagem, assim como a utilização de outras condutas esboçadas no decorrer da fundamentação teórica deste trabalho, que darão direcionamento nesta assistência. Podemos destacar: Declaração Universal dos direitos Humanos, Código Penal e Carta Brasileira dos Direitos do Paciente.

A minoria dos enfermeiros citou o Código de Ética de Enfermagem como uma base legal para desenvolver as ações ao paciente terminal.

“[...] com certeza seguir o código de ética, né, por que eu acho que tudo se baseia

nele [...] têm que levar em consideração o código de ética com certeza [...] (E1)”

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Art. 18 – Deveres e responsabilidades – Respeitar, reconhecer e realizar ações que garantam o direito da pessoa ou de seu representante legal, de tomar decisões sobre sua saúde, tratamento, conforto e bem estar.

“[...] Respeitar o individuo, se você o respeitar você vai ter ética [...]” (E7).

“[...] Então é você ter respeito, atenção, é não fazer comentários desagradáveis nem

dele e da família, não adianta nada tratar esse paciente, e chegar no postinho e fazer brincadeirinhas, sem graça [...] não expor esse paciente também, tratar pelo nome e

não pela doença [...]” (E3).

Art. 19 – Deveres e responsabilidade – Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo o seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte.

“[...] Todo profissional, principalmente em termos de saúde você envolve muitas

particularidades, segredos ao paciente, eu acho que é importante todo mundo ter sigilo profissional [...] (E7).

Art. 29 – Proibições – Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte.

“[...] Independente da situação não cabe a mim determinar quando ele vai morrer

[...]” (E7).

Consideração que para desenvolver legalmente o exercício profissional devem estabelecer conforto, cuidar do paciente integralmente, tratar também da higiene.

“[...] Assim, tratar da dor, higiene, conforto para o paciente, ética profissional é

tudo, tudo têm que ter ética profissional, assim não pode tratar o paciente com brincadeirinha [...] têm que conversar com ele a respeito de religião, se ele quer alguma coisa para fazer, se ele tem algum pastor, alguém que quer que vem ali.

Tratar ele fazer o que pode por ele no momento porque é um momento difícil [...]”

(E3).

Neste mesmo sentido afirma Pessini (2008, p. 104) que o profissional da saúde deve ajudar a pessoa com enfermidade terminal, contribuindo para seu bem-estar físico e moral e deve promover a humanização da assistência. Desta maneira o paciente terminal nunca será tratado como um simples meio cujo destino é o falecimento.

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A tomada de decisões para o final da vida necessariamente devem ocorrer dentro de um esquema de ética. Pois nos cuidados ao término da vida, a enfermagem deve desempenhar papéis de clínica, de defensora dos pacientes e de guia para os pacientes e

família (O’CONNOR, 2008, p. 71, SMELTZER, 2008, p, 27).

Devemos ponderar no seu cuidado as suas necessidades juntamente com nosso dever ético e caráter profissional. Pois estamos cuidando de pacientes não mais responsivos de cura. E devido ao quadro clinico debilitado muitas vezes não podem exigir o cuidado qualificado.

O processo de morrer é um dos momentos mais críticos da nossa vida ou na atuação como profissional da saúde. Seja com pacientes ou familiares acredita-se que com o entendimento direcionado a esta circunstância podemos lidar com a situação de uma forma apropriada.

No desempenho do cuidado o conhecimento deve servir de alicerce nas tomadas de decisões, assim se necessito de aprender, logo sou um eterno aprendiz. Os enfermeiros levam em consideração a necessidade de ampliação do conhecimento a respeito da ética e humanização no cuidado ao paciente oncológico em estágio terminal. Sabe-se que é necessário ampliar a quantidade e a qualidade de informações, através de pesquisas que ampliam o crescimento profissional.

A especialidade em cuidados paliativos é essencial, mas como o município não oferece esse tipo de assistência. Cabe aos profissionais realmente estarem reciclando o conhecimento da ética e humanização ao paciente sem perspctivade cura (CHAVES, 2009, p. 36).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na realização deste estudo as dificuldades consistem na falta de bibliografia brasileira para estudo teórico em relação a assistência de enfermagem ao paciente oncológico terminal, assim como a grande exigência de tempo necessária para a coleta de dados.

Este tema foi abordado para desenvolvimento do trabalho monográfico com o intuito de deixar uma contribuição literária a respeito do paciente terminal. Pois a desumanização e a crueldade humana, como afirmado em alguns trabalhos científicos, ainda perdura.

Então nada melhor do que o conhecimento para que os profissionais enfermeiros e a comunidade, leitores deste trabalho monográfico, possam ter uma consciência a respeito do que é morrer, deixar o bem mais precioso que é a vida.

A consciência e a compreensão estão em cada um, mas o certo se resume em um só, a humanização. A partir disso espera-se ter despertado uma visão correta da terminalidade na assistência de enfermagem.

Admitir que o paciente inicie um processo de terminalidade, não significa que nada mais pode ser feito. Pelo contrário, há uma gama de possibilidades terapêuticas que podem ser oferecidas a este paciente e a sua família. Dentre elas podemos destacar como essencial o cuidado paliativo conciliado com a humanização e a ética. Deve-se ofertar cuidados em relação as alterações físicas: dor, falta de ar, cansaço, constipação, desnutrição e feridas malignas; mudanças psicológicas: depressão, estresse, inserção da família ao tratamento.

Neste sentido, é cabível destacar que os enfermeiros inseridos neste estudo destacaram a valorização humana, o respeito ao paciente, a introdução da família no cuidado, a assistência psicológica e espiritual como primordial na assistência.

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hospitalar. Práticas que respeitem a condição de sujeito, desta maneira serão preservadas sob dignidade, valores, direitos e deveres.

Cabe ainda destacar que os enfermeiros consideram, na sua grande maioria, a necessidade da ampliação do conhecimento ético e humanístico. Assim como uma maior introdução desta diariamente no ambiente hospitalar. Como primordial também uma equipe multidisciplinar na assistência. Cada um realizando seu serviço de forma integrada e dentro da sua competência. Para garantir uma assistência de qualidade.

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Figura 1. Evolução esquemática de uma doença para o estágio de irreversibilidade.

Referências

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