• Nenhum resultado encontrado

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM"

Copied!
49
0
0

Texto

(1)

ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

LUANA PORCHER

DEPENDÊNCIA QUÍMCA: A INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA FAMILIAR NO CONSUMO DE DROGAS NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA

(2)

LUANA PORCHER

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA FAMILIAR NO CONSUMO DE DROGAS NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT – Campus de Tangará da Serra, como parte dos requisitos a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, sob a orientação da enfermeira Quéli Aparecida Kolodzey Carlotto e co-orientação da enfermeiraDaiana Vieira Padilha .

(3)

LUANA PORCHER

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: A INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA FAMILIAR NO CONSUMO DE DROGAS NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Tangará da Serra, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________ Orientadora: Profª. Enfª. Quéli Aparecida Kolodzey Carlotto

___________________________________________________________ Co-orientadora: Enfª. Daiana Vieira Padilha

___________________________________________________________ Examinadora: Enfª Juliana Guassu

Resultado: ___________________________________

(4)
(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço pela a Universidade do Estado de Mato Grosso por oferecer o curso de Enfermagem e tornar possível todo nosso aprendizado. A todos os funcionários dessa instituição que cada um em seu setor possibilitou uma permanência mais agradável, facilitando de algum modo esse período.

A todos meus professores que reconheço como verdadeiros mestres, por dividir comigo um pouco de seus conhecimentos, tornando-se parte importantíssima para a conclusão do curso. Em especial aos professores Fábio Moleiro, Graziella Farias, Quéli Kolodzey Carlotto, Beatriz Alves, Márcia Menezes, Juliana Guassu, Lucinéia Dias, e Kamila Albertasse.

Ao professor Alex Rodrigues Borges, pelo seu trabalho junto ao departamento de enfermagem, que sem medir esforços realiza todas as melhorias que estão possível ao seu alcance.

A minha grande orientadora, Quéli Aparecida Kolodzey Carlotto que sempre foi muito mais que uma amiga, foi uma irmã, um anjo que esteve ao meu lado me incentivando, apoiando e me sustentando nos momentos de fraqueza. Minha amiga serei eternamente grata por tudo que fez e tem feito por mim.

A minha fantástica co-orientadora, Daiana Padilha pela atenção e presença fundamental na conclusão desse trabalho.

Aos pacientes que confiaram á mim parte de suas vidas. Agradeço a confiança plena, sem vocês de nada adiantaria meus estudos.

Aos profissionais da área da saúde que convivi durante esses anos e que de maneira brilhante me cativaram. Lembrarei sempre de vocês: Erenine, Elenice, Rubia, Cilene, Gilmara, Cida, Luiz, Cleo, Patricia, Isabel e Paula.

(6)

"absolutos" em minha vida, tornaram ela uma verdadeira "praticidade", através do apoio, do carinho e do sentimento mais verdadeiro de amizade. Por vocês, jamais quero "praticar o desapego", isso pra mim "caiu por terra"!!!!

A todos meus amigos que tive o prazer de conhecer durante toda minha vida: Tatiany Marques, Juliane Amaro, Fernanda Alberti, Bruna Balieiro, Andriane Ozan, Regina Brondani, Franciele Freitas e Geireluci Marques. Obrigado pela presença amiga durante momentos em que vocês foram minha verdadeira força, pelas palavras de incentivo, pelos "puxões de orelha" que só me fizeram crescer e por entender minhas ausência em momentos que vocês precisavam de mim e não era possível eu estar presente. AMO VOCÊS!!!!!!!

Agradeço com todo carinho do mundo meu amor mais lindo, Marcos Eneas Correia da Rocha. Sua presença nessa reta final foi extremamente importante, nas diversas vezes que enxugaste minhas lágrimas, que acalmava meu coração, com um simples sorriso conseguia fazer com que eu me esquecesse de toda a tormenta ao meu redor. Seu apoio constante em todas as dificuldades me fez sentir-me mais confiante. "Quero te dizer, seu amor mudou minha vida".

Aos meus avôs Nelson Porcher (in memorian) e Leopoldo Brambila (in memorian), que com muita saudade hoje lembro de vocês, mas com a certeza de que com vocês pude viver momentos inesquecíveis. Como não se lembrar dos risos, brincadeiras, e do carinho tão especial que vocês tinham para conosco. As minhas Hertha Porcher e Otilia dos Santos, minhas princesinhas que amo tanto.

A todos os meus tios e tias em especial as tias Marilene e Elizabeth. Quero que vocês saibam que eu as admiro muito. Você tia "Mari" pela sua força e incansável luta, pelo carinho que sempre por mim dedicou, pelos momentos únicos que passei contigo e com meus amados Adriel, Andréia e Edson, vocês fazem parte de mim. Tia "Bete" pelo seu caráter incontestável, pela dedicação de mãe que você teve comigo quando eu estava longe da minha, acalmando meu coração, me orientando com muito amor e carinho. Vocês são fundamentais em minha vida.

(7)

Ao meu pai, Dalmo Roberto Porcher, pessoa que admiro muito e que me ensinou algo valioso ao ser humano: a humildade. Foi e sempre será difícil aceitar essa nossa distância inevitável. Sua luta constante é meu maior exemplo de vida. Te amo meu "veio". A minha mãezinha Erlete Brambila, que nunca mediu esforços para me proporcionar uma vida digna. Mulher de fibra, que incansavelmente correu atrás de tudo aquilo que fosse necessário e possível para a conclusão desse curso. Meu exemplo de luta e determinação, Te amo muito minha mãe. À vocês todo meu respeito, amor e dedicação. O amor que um dia fez parte de vocês me proporcionou a vida.

Enfim a todas as pessoas que fizeram parte dessa caminhada, muito obrigada por tudo.

(8)

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo analisar as influências da estrutura familiar no consumo de drogas no município de Tangará da Serra – MT. Foram entrevistados 31 internos da casa terapêutica "viver sóbrio" e 13 familiares desses internos. O estudo foi uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa, sendo coletados os dados através de questionários fechado, que foram agrupados e analisados. Observou que a maioria dos internos possui idade acima de 20 anos, que iniciaram o uso de substâncias na adolescência. O percentual da baixa escolaridade predominou do mesmo modo em que o desemprego foi mais visto. Em questão familiar, o diálogo se mostrou ineficiente. Conclui-se que a família pode ter um papel de coautora tanto no surgimento do uso abusivo de drogas pelos seus filhos como também o papel de protetora.

(9)

ABSTRACT

This research aims to analyze the influences of family structure on drug use in the municipality of Tangara da Serra - MT. We interviewed 31 domestic home therapy "sober living" and 13 relatives of inmates. The study was a descriptive and exploratory qualitative approach, data were collected through questionnaires enclosed, which were pooled and analyzed. He noted that most inmates are older than 20 years, who initiated substance use in adolescence. The percentage of low education predominated in the same way that unemployment was seen again. Family in question, the dialogue proved inefficient. We conclude that the family may have a role as co-author in both the emergence of drug abuse by their children as well as the role of protector.

(10)

LISTA DE ABREVIATURA

CAPs: Caixas de Aposentadorias e Pensões

CAPSad: Centros de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas PSF: Programa de Saúde da Família

(11)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: perfil sociodemográfico dos internos...27

Tabela 2: dados sociodemograficos dos familiares dos internos...29

Tabela 3: dados sobre o consumo de drogas...32

(12)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 12

PARTE I ... 14

REVISÃO LITERÁRIA ... 14

1.1 Concepção de Família ... 14

1.2 Drogas ... 17

1.3 Tipos de drogas ... 19

1.4 De que maneira as drogas agem no organismo ... 19

1.5 Dependência Química ... 20

1.6 Tratamento ... 22

1.7 Saúde Pública ... 22

PARTE II ... 25

METODOLOGIA ... 25

2.1 Caracterização do Estudo ... 25

2.2 Contexto do Estudo ... 25

2.3 Sujeitos do Estudo ... 25

2.4 A Busca de Dados ... 25

2.5 Organização e Análise dos Dados ... 26

2.6 Aspectos Éticos do Estudo ... 26

PARTE III ... 27

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 27

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 37

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 40

APÊNDICE I ... 44

APÊNDICE II ... 46

(13)

INTRODUÇÃO

Ao nos referirmos as questões relacionadas à dependência química, faz-se necessário recapitularmos o conceito da mesma e a trajetória do uso de substâncias psicoativas. Dependência química é caracterizada pelo sofrimento psíquico ou físico de um indivíduo que entra em contrato com substâncias psicotrópicas, as drogas, que irão modificar o funcionamento do SNC causando-lhe alteração no comportamento e no estado emocional.

Segundo Pratta (2009), o consumo de drogas sempre existiu ao longo dos tempos, desde as épocas mais antigas e em todas as culturas e religiões, com finalidades específicas. No contexto da civilização humana observa-se a utilização, visto que já aquelas "ervas" que eram usadas, proporcionavam bem-estar, alucinação, indução ao sono e nas grandes navegações a “droga se apresenta como facilitadora para o domínio dos povos nativos” (LACERDA, 2006).

Há 4.000 anos as populações que se encontravam onde hoje é o atual Irã, faziam uso da papoula de ópio que era considerado para eles a planta da alegria, isso devido ao encontro com os "deuses", que era relatado por todos que faziam uso da planta. Em todas as referências feitas da droga durante a história observa-se que ela era utilizada para a fuga da realidade, tendo como efeito o alívio do sofrimento e o combate ao cansaço corporal.

Observamos que na atualidade as substâncias são utilizadas justamente para aliviar o sofrimento, abster-se da realidade e na busca constante do prazer momentâneo, não sendo avaliados os danos que essas substâncias causam ao indivíduo.

(14)

frequência de uso e a quantidade. É considerada crônica, pois é uma doença que não tem cura, cada vez que o dependente tiver contato com qualquer substância psicotrópica ele vai ter recaída. E fatal porque seu uso incontrolável pode levar o usuário a morte.

O consumo de álcool e de outras drogas aumentou nos últimos anos, passando de uma forma ritualística em pequenas quantidades, para a produção, consumo e distribuição em grande escala. Essa é uma problemática mundial, podemos dizer que é um grave problema de saúde pública, devido as conseqüências danosas que causa ao organismo relacionado com o uso abusivo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 3% da população dos centros urbanos de todo o mundo consomem substância psicoativas de forma abusiva. (REVISTA "VEJA", 2004). Como a droga faz parte de nossa realidade social é necessário a reversão dos modelos assistenciais para completar as necessidades dos usuários de drogas, e que neste estejam inseridos a sociedade, jovens, familiares e educadores.

Assim, os investimentos nas políticas de combate ás drogas deveriam ser visto como ação prioritária a ser realizada junto com o Programa de Saúde da Família, que está em constante contato com a população, proporcionando a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos usuários de substâncias psicoativas e de seus familiares. Promover estas políticas públicas voltadas para a área da dependência química juntamente com os familiares é fundamental ara que tenhamos melhores resultados.

Podemos verificar a família como fator de risco ou proteção para o uso de drogas, sendo mencionada na maioria de artigos relacionados com o uso de drogas. Um bom relacionamento entre os membros da família irá colaborar tanto com a prevenção do uso de droga como também tratamento do dependente químico.

O presente estudo tem como objetivo reconhecer a influência da estrutura familiar no consumo de drogas no Município de Tangará da Serra, bem como identificar o perfil da família dos dependentes químicos, sua visão sobre o relacionamento familiar, a existência de diálogo sobre drogas com a família e de que forma ocorreu o inicio do uso.

(15)

PARTE I REVISÃO LITERÁRIA

1.1 Concepção de Família

Podemos encontrar a definição de família como “pessoas aparentadas que vivem na mesma casa, particularmente pai, mãe e os filhos” (AURÉLIO, 2001) essa estrutura é definida como concepção básica da família.

Podemos observar a primeira formação de família na Bíblia (1988), onde encontramos a seguinte passagem:

“Então o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou lugar com carne. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso deixa o homem pai e

mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. (Gênesis 2:21

-24).

A criação dessa instituição chamada de família tinha objetivo além de simplesmente o homem sair da casa de seus pais e unir-se a uma mulher, era recomendado que essa união devesse ser próspera, harmoniosa, com ensinamentos que envolvesse a educação social e religiosa.

A estruturação dos laços familiares, durante a história, passou por diversas mudanças. Primitivamente nessa relação familiar o marido era tratado como amo e senhor pelas esposas e os filhos pertenciam ao pai (BLEFARI, 2002). Era visto a ausência de afetividade entre pais e filhos e a função da família eram apenas a transferir o nome e bens matérias. Crianças eram mandadas para outras casas para aprenderem um oficio, e seguir rumo da sua vida com aquilo que aprenderá sem voltar mais para sua casa, nota-se a ausência de um relacionamento mais íntimo entre os membros da família. No século XVII, a visão familiar em relação ao cuidado com os filhos começou a mudar. Os pais passaram a ter mais cuidado com o crescimento do filho, tanto físico como intelectual, preocupando-se mais com o futuro e sendo presente no seu desenvolvimento. Hoje constatamos que o filho como centro da família, sendo hoje caracterizada a família na era filial, depois de passar pela fase patriarcal, matriarcal (BLEFARI, 2002).

(16)

deveria durar para o resto da vida, não importando o problema a ser enfrentado, era levada a sério a união entre o casal. A estrutura familiar era sempre composta por pai mãe e filhos de forma estruturada e baseada nos mais diversos conceitos para a boa criação de seus filhos. Hoje o que podemos observar são pessoas que impulsivamente juntam o pouco que tem e vão morar junto, sem nenhum tipo de compromisso ou objetivo. É comum encontrar famílias composta na maioria das vezes por membros sem laço sanguíneos, como madrasta, padrasto e enteados e também familiares que não exercem autoridade alguma sobre adolescentes e crianças da casa. Tem-se a visão de que ninguém é de ninguém, pessoas sem preparo emocional e intelectual de formar e criar uma família, simplesmente acredita que tem como dever os cuidados básicos como alimentação, educação e saúde, que muitas vezes por dificuldades financeiras é buscada através da rede pública o atendimento dessas necessidades, que por sua vez são áreas precárias na rede pública. Esquecem que é muito mais do que esses cuidados básicos que se forma um ser humano digno, de caráter, preparado para estar ativo positivamente dentro da sociedade.

Em nossa sociedade a concepção de família é muito distinta, onde se tem diferentes modos de estrutura familiar. Encontramos famílias tradicionais onde valores são seguidos rigorosamente, a figura paterna tem destaque e autoridade para e resolução de todos os problemas. A familiar dita como moderna à autoridade não se concentra na figura masculina e o pai divide esse espaço com a mãe, todos os trabalhos dentro da família são divididos entre os esposos. No entanto a família contemporânea une-se por tempo relativo sem muito compromisso, é caracterizada pela busca do prazer de dois indivíduos, a autoridade é instável torna-se um problema e com isso separações são mais evidentes (COSTA, 2007). Nessa busca de prazer, o homem e a mulher passam a ser um para o outro e deixam de lado filhos desse relacionamento e até mesmo filhos de outros relacionamentos.

Forte (1996) explica que hoje podemos encontrar uma família dita certa, onde tem como base o homem provedor e a família vai se adaptando aos problemas do dia-dia, vivendo suas particularidades. Essa família mostra a perfeita organização da instituição familiar, onde há um "chefe" para manter a organização e ser a voz da casa e pessoas que tem a preocupação com a resolução adequada para os problemas.

(17)

que podemos observar na fala do autor que o bom andamento e a evolução da sociedade dependem do contexto familiar que ofereça suporte adequado de educação, bons costumes, relacionamentos saudáveis para que isso reflita positivamente na sociedade. Caso contrário, se a estrutura desses lares estiver comprometida concomitantemente à sociedade sentirá e sofrerá as consequências em ter cidadãos desinteressados e desmotivados, por não possuírem suporte emocional e psicológico adequado para participar ativamente das discussões para a melhoria da comunidade em que vive.

É visto que a sociedade sempre teve problemas sociais que envolvem educação, saúde, segurança, no entanto, a cada dia podemos notar que esses problemas tornam-se mais evidentes e acentuados. É necessário que haja reflexão sobre a raiz da causa desses problemas, qual a parcela de culpa dos governantes e qual a responsabilidade da família nesta situação, qual o papel da família para melhoria da sociedade, de que forma ela poderá influenciar para que certos quadros sociais em extrema ruina mudem desse contexto.

“Todas as experiências que partilharmos na vida doméstica são o material rico e profundo que trabalharemos para a conquista dos valores mais elevados” (NARAZETH, 1999). Toda a vivência e aprendizados que temos dentro de casa, serão subsídios essenciais para a formação do nosso ser, que irá ser fundamental para a nossa formação humana como pessoal e profissional, e em todas as concepções que termos durante o curso de nossa vida.

O dever da família em educar e passar aos seus membros bons princípios, a cada dia mais parece ficar mais distante. “A família (...) desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e manutenção na saúde e no equilíbrio emocional de seus membros” (SIMIONATO, 2003), e esse cuidados pertencente à família que corresponde a uma sociedade organizada em atitudes coerentes com a boa vivência e o bom comportamento. Perde-se a noção da verdadeira função da família, que é de instruir os filhos de maneira que seus princípios, comportamentos e atitudes sejam voltados para a boa vivência e prestação na comunidade. Segundo Genofre (apud SIMIONATO, 2003) ”a evolução da família é se tornar um grupo cada vez menos organizado e hierarquizado e que cada vez mais se funda na afeição mútua". Percebe-se que a deterioração da família é um assunto debatido a cerca de algum tempo, onde sinais claros dessa desunião e desestruturação são visíveis.

(18)

que os pais conduzem o relacionamento com seus filhos tendo como bases o afeto, compreensão, encorajamento e a exigência, cada qual no seu limite, são fatores positivos para um desenvolvimento saudável familiar e do crescimento como pessoa dos filhos.

A concepção de uma família deveria ser a união de outras duas famílias, o homem e mulher que fosse formar a terceira família, é aconselhável que ambos tenham uma visão de família de modo estruturado, com regras e preceitos favoráveis ao bom desenvolvimento e concepção da família. Se a criança crescer em um lar onde a atenção, o carinho, a autoridade adequada são instrumentos de relacionamento, ela se tornará um adulto mais equilibrado, sabendo a forma correta de enfrentar as dificuldades. Atitudes como cuidado adequado e postura conivente em relação ao crescimento de um ser humano, devem ser tomadas desde seu nascimento até a estruturação de personalidade. É o que elas têm como exemplo ao seu redor tanto na questão de atitudes como de conselhos, que serão meios a ser seguidas pelas mesmas para a fundamentação de suas próprias atitudes.

A família esta longe de atingir um modo ideal, o que para muitos é certo para outros já não serve. A família com suas diferenças crenças, cultura e modo de viver passa a ser distinta, vivendo conforme sua concepção de felicidade. O que não deve ocorrer é a sociedade ser um grande depósito de lixos humanos vindo de famílias que não tiveram o cuidado de repassar a essas pessoas o mínimo de instrução e responsabilidade.

1.2 Drogas

Para a OMS, droga é qualquer substância química que altera a função biológica (FIGUEIREDO, 2008) fazendo com que o usuário fuja da sua realidade e formação pessoal. E pode ser utilizado para a profilaxia, tratamento ou simplesmente por prazer. As drogas utilizadas para profilaxia e tratamento são conhecidas como medicamentos.

(19)

impressão divina, onde plantas que tinham o mesmo formato do órgão serviam para curar doenças do órgão em questão. Pratta (2006) descreve que as drogas eram utilizadas pelos homens para adquirir força e coragem na hora da luta e do trabalho, e que por toda a história o homem busca aumentar seu o prazer e diminuir seu sofrimento. Eram usadas para cura de doenças das mais variadas causas, no entanto, muitas dessas plantas utilizadas agiam sobre o sistema nervoso central (SNC), proporcionando ao paciente certo tipo de prazer. Há cerca de 4.000 anos a população que se encontravam onde hoje é o atual Irã, faziam uso da papoula de ópio que era conhecida como planta da alegria, isso devido ao encontro com os deuses, que era relatado por todos que faziam uso da planta. Em todos as referencias feitas a droga durante a história observa-se que ela era utilizada para a fuga da realidade, tendo como efeito o alívio do sofrimento e o combate ao cansaço corporal.

Pode-se dizer que a história da dependência química confunde-se com a história da vida humana, pois sempre existiu em culturas sociais e religiosas (PRATTA 2006). Antigamente a droga era utilizada em rituais coletivos, como uma forma de forma integração entre pessoas. Atualmente esse consumo deixou de ser coletivo feito em rituais e de cura para ser feita de forma individualizada e abusiva

(20)

1.3 Tipos de drogas

As drogas podem ser divididas diante a visão das autoridades de duas formas: drogas lícitas e ilícitas.

Drogas lícitas: são aquelas liberadas pela legislação como, tabaco, álcool e medicamentos.

Drogas ilícitas: são drogas proibidas por lei e assim podem levar a prisão: cocaína, maconha, ectasy, heroína, entre outras.

1.4 De que maneira as drogas agem no organismo

Elas agem de diferentes formas, conforme a sua área de atuação no SNC, podendo ser:

Estimulantes: são as drogas que aceleram o funcionamento do cérebro, provocando um aumento na atividade cerebral mantendo o indivíduo em estado de vigília. Exemplo: Anfetaminas; Cocaína; Cafeína.

Depressores: são drogas que diminuem a velocidade de funcionamento do cérebro, diminuindo a atividade levando ao relaxamento do indivíduo. Exemplo: Álcool; Hipnóticos não barbitúricos; Barbitúricos; Ansiolíticos; Narcóticos; Solventes (inalantes); Opiáceos.

Perturbadores: são drogas que perturbam a fisiologia do SNC, causando distorção na percepção das cores e formas, causando delírios, ilusões e alucinações. São divididos de dois modos.

- Alucinógenos primários: Sintéticos; Naturais ( derivados indólicos , da maconha , do peiote).

- Alucinógenos secundários: Anticolinérgicos; Outras substâncias.

(21)

futuros a saúde, tanto mental como físicos; (f) uso prejudicial – esse já acarreta danos a saúde em termos físicos e metais (PRATTA, 2006).

1.5 Dependência Química

(22)

dessas substâncias que causam disfunção em diversas áreas do cérebro, ocasionando a debilidade do usuário. Com a expansão da dependência, os usuários deixaram de ser considerados marginais diante a sociedade e passaram a identificados como nossos irmãos, amigos (PRATTA, 2006), pessoas realmente próximas a todos nós. Esse uso contínuo traz consequência não apenas ao usuário, mas sim a todos que estão em sua volta de forma direta relacionada à família e de forma indireta lesionando a sociedade.

Para Lacerda (2006), “a dependência da substância é definida como um padrão mal adaptativo de uso dessa substância levando ao prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo”, isso devido à ação que certos tipos de substâncias ocasionam no SNC.

Para ser caracterizada como dependência química é primordial que ocorra a presença de alguns conjuntos de sintomas comportamentais, cognitivos e fisiológicos do usuário. Tais fatores devem ocorrer em período menor de 12 meses, sendo manifestados no mínimo três fatores em um mês distinto. Pode-se observar: desejo incontrolável do uso da substância; descontrole em relação ao uso, tanto do início e termino do uso como os níveis de consumo; evidência da síndrome de abstinência após o termino do uso; e persistência no uso da substância, mesmo após constatação de consequência para o organismo em relação ao uso de substâncias (LACERDA 2006).

O uso ou não de drogas é uma escolha que atravessa fronteiras mínimas entre a oportunidade através da oferta de pessoas questão ao nosso redor e a consciência fundamentada através de orientação familiar estruturada na concepção de valores e comportamentos coniventes aos bons olhos da sociedade. Sendo assim, Ballone (2010) afirma que:

“Dentre os inúmeros fatores associados à dependência química, a família, ou, mais precisamente, as atitudes da família com propósitos educativos parece ser um fortíssimo fator de intervenção e influência, principalmente em relação à prevenção da dependência. Dessa maneira, o meio familiar pode ser um importante elemento de proteção ou, ao contrário, de facilitação dos comportamentos de risco, do abuso ou de uma possível dependência de drogas”.

(23)

adolescentes e crianças, que cada vez mais veem na droga algum tipo de direção (PRATTA, 2006).

Kalina (apud PRATTA 2006), que coloca que "a drogadição não é mais do que uma das consequências da alienação histórico-social, política e econômica, através da qual se manifesta a dramática dissociação em que vivemos".

1.6 Tratamento

O tratamento realizado para a desintoxicação é um período crítico na vida do dependente químico. A atitude em se dispor ficar sem fazer a utilização da substância torna-se uma luta que muitas vezes parece ser impossível de ser enfrentada, isso porque o período de abstinência acarreta sintomas que irão causar momentos desagradáveis ao paciente, tais como: agitação, nervosismo, tremores, entre outros. O sucesso de fase conta muito no tratamento.

O tratamento é feito através de vários meios utilizados pela instituição de internamento, que normalmente fazem o tratamento medicamentoso, a realização de terapia em grupo, individual e familiar.

A terapia realizada tanto em grupo, tem como intuito a valorização do ser humano, uma vez que ele será ouvido e irá compartilhar com os companheiros situações que podem se tanto de dificuldades quanto de superação, fazendo que um ajude o outro em sua recuperação. A terapia individual proporciona ao paciente a exposição de seu sofrimento mais intimo suas dificuldades não reveladas ao grupo que por muitas vezes atrapalha seu crescimento dentro do tratamento. E por fim a terapia familiar, que tem como objetivo buscar apoio de seus familiares no enfrentamento da dependência e para trabalhar o relacionamento dos membros para quando terminar o tratamento e o paciente voltar ao convívio familiar ele ter consciência que tem com quem dividir seus medos, angustias, dificuldades e ate mesmo buscar a força para controlar o desejo de ingerir novamente determinadas substâncias. Esse acompanhamento familiar vai repercutir positivamente em qualquer tratamento que for abordado, pois estará desenvolvendo o relacionamento saudável entre a família.

1.7 Saúde Pública

(24)

como um todo trouxe a população a possibilidade de um atendimento médico que ofereça ao paciente atendimento em todas as áreas e níveis de complexidade necessários para sua cura.

Muito antes disso, em 1930 a saúde no Brasil não era prioridade ou questão de discussão para os governantes. Com o modelo liberal privado tradicional a assistência médica era oferecida pelas Santas Casas e instituições de caridades a quem não tinha condições de pagar pelo atendimento médico (BRASIL, 2007).

Com a vinda da família real para o Brasil, algumas medidas tiveram que ser tomadas para melhor instalação da realeza. No entanto, naquela época a medida a serem tomadas era de cunho curativo, nada era feito para prevenir as doenças. O que se encontrava eram casas de caridade lotadas de pessoas enfermas, sem que combatesse o agente causador da patologia.

Em 1902 quando Rodrigues Alves assumiu a Presidência da República, ele convidou Oswaldo Cruz para ser diretor do Departamento Nacional de Saúde Publica, com o intuito de controlar a situação sanitária que se encontrava caótica. (BRASIL, 2007). Oswaldo Cruz passou a desenvolver vacinas para a realização de campanhas de imunização da população onde o cuidado passou a ser preventivo.

Com o desenvolvimento e mudança no regime governamental do Brasil a questão de cuidado com a saúde da população também mudava. Passou a se ter preocupação com a saúde e o futuro dos trabalhadores onde foi criado, em 1923 as “Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP’s)” regulamentada pela lei Eloi Chaves, onde as empresas administravam seus próprios fundos ou trabalhadores se organizavam em associações de auxilio mútuo para atender os problemas de doenças, invalidez no trabalho e morte (BRASIL, 2007), com o passar do tempo foi se adequando conforme contexto da sociedade.

Em 1988 a saúde pública teve seu ápice, aonde na VII Conferência Nacional de Saúde parâmetros de cuidados, leis e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) que é constituído pelo conjunto das ações e de serviços de saúde sob a gestão pública. Sua organização é através de redes regionalizadas e hierarquizadas e atua em todo território nacional (BRASIL, 2007) veio dar um suporte seguro para a população em relação á saúde. Foi estabelecidas diretrizes, responsabilidade de cada esfera do governo e andamento do sistema.

(25)

Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad), onde é realizado o atendimento e acompanhamento de pacientes dependentes químicos.

(26)

PARTE II METODOLOGIA

2.1 Caracterização do Estudo

O estudo foi uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. Segundo Oliveira (2002) a pesquisa qualitativa significa quantificar opiniões, dados nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples como porcentagem. Both (2007) refere-se ao método descritivo usado para descrever e sintetizar os dados.

2.2 Contexto do Estudo

O estudo foi realizado na Associação dos Voluntários da Casa Terapêutica “Viver Sóbrio”, situada no município de Tangará da Serra - MT. Nesta instituição os dependentes químicos são internados por livre e espontânea vontade e recebem acompanhamento médico e psicológico. Durante o tratamento são realizadas terapias em grupo e individual, com duas psicólogas; realização de laborterapia onde os internos realizam o cuidado do espaço físico da instituição (organizar os quartos, manter o pátio limpo, lavar roupas, fazer comida, cuidar da horta e cuidar dos animais); tratamento farmacológico; estudo literário dos dozes passos do tratamento de dependentes químicos; e vivência religiosa (participando da missa na comunidade).

A Associação dos Voluntários da Casa Terapêutica “Viver Sóbrio” é mantida através de doação de organizações não governamental e sociedade civil organizada, caracterizando-se como uma instituição filantrópica sem fins lucrativos. Não tem nenhum tipo de métodos de seleção para o internamento, basta o reconhecimento pelo dependente químico da necessidade do tratamento.

2.3 Sujeitos do Estudo

Os sujeitos deste estudo foram 31 dependentes químicos que estão internados na Casa Terapêutica “Viver Sóbrio" e seus familiar (13) presentes.

2.4 A Busca de Dados

(27)

A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2011, conforme agendamento com os sujeitos do estudo. Os dados foram obtidos através de um questionário (apêndice I e II), contendo perguntas fechadas. Após a coleta de dados, os mesmos foram agrupados em tabelas e gráficos para serem analisados.

O questionário é um método constituído por uma série de perguntas que deve ser respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador (LAKATOS, 2001).

2.5 Organização e Análise dos Dados

Os dados resultantes das entrevistas aos sujeitos do estudo foram registrados em formulário próprio e individual para cada sujeito entrevistado, e numerados de acordo com a ordem em que foram entrevistados.

Os resultados foram organizados em tabelas e para discutir a temática da dependência química foram utilizados vários autores.

2.6 Aspectos Éticos do Estudo

Em respeito às questões éticas, todos os entrevistados foram informados sobre os objetivos do estudo e em linhas gerais a que se referia. Este seguiu a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1997) em que foi usado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos sujeitos (anexo I), bem como assegurado o sigilo da identidade dos entrevistados.

(28)

PARTE III

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente estudo obteve resultados que determinaram a influência da estrutura familiar na dependência química no Município de Tangará da Serra.

Todos os dados formam agrupados em tabelas conforme suas categorias, distribuídos da seguinte forma: dados sociodemográficos dos internos (quadro I); dados sociodemográficos dos familiares dos internos (quadro II); dados relacionados com a dependência química (quadro III); e dados relacionados com a estrutura familiar dos internos (quadro IV).

Quadro I

Dados socioeconômico dos internos

Características Números Frequência (%) Sexo

Masculino 31 100 Feminino 0 0 Idade

10-15 anos 02 07 15-20 anos 06 19 Acima de 20 anos 31 74

Grau de escolaridade

Sem escolaridade 02 07 Ens. fundamental Incompleto 13 42 Ens. Fundamental Completo 03 10 Ens. Médio Incompleto 05 16 Ens. Médio Completo 05 16 Ens. Superior Incompleto 02 06 Ens. Superior Completo 01 03

Estuda

(29)

Com quem reside

Pais 13 42 Familiares 08 26 Sozinho 04 13 Outros 06 19 Trabalho

Trabalha 13 42 Não trabalha 18 58 Tabela 1: perfil sociodemográfico dos internos.

Após aplicar o questionário aos internos da Casa Terapêutica Viver Sóbrio, verificou-se a predominância de internos do verificou-sexo masculino (100%), o que é explicado pelo fato de que esta casa terapêutica atende apenas pessoas do sexo masculino.

Com relação à faixa etária dos sujeitos do estudo, foi verificado que 7% tem idade entre 10 à 15 anos, 19% de 15 à 20 e 74% mais de 20 anos. Nota-se que 26% dos entrevistados são adolescentes. A adolescência é uma fase de adaptação do ser que esta passando de criança para a fase adulta, todas as mudanças presentes nessa fase, mudança do corpo, da vida em sociedade, de pensamento e representação entre si, faz com que o adolescente torne-se vulneráveis ao uso de drogas (MAGALHÃES, 2007) .

(30)

Ao relacionar a dependência química com vida escolar, foi verificado que 100% dos internos não freqüentavam a escola antes de serem internados. Isto reflete na baixa escolaridade constatada entre os sujeitos deste estudo.

Antes de estarem em tratamento na casa terapêutica "Viver Sóbrio", 42% dos internos residiam com seus pais; 26% residiam com familiares; 19% moravam com outras pessoas sem laços sanguíneos; e 13% sozinhos. Do mesmo modo, Mombelli (2010) mostra em seu estudo que 91,3% dos entrevistados residiam com seus familiares.

Em relação a emprego, 58% dos internos disseram não trabalhar antes do internamento e 42% trabalhavam. Conforme nossa pesquisa, Fernandes et. al (2010) aponta em seu estudo que 51% dos entrevistados também estavam desempregados. Isso pode ser explicado pelo fato de que pessoas que fazem uso de alguma substância perdem o senso de realidade em questão de tempo, como também diminuem sua produtividade como trabalhador.

Quadro II

Dados sociodemográficos dos familiares dos internos

Características Número Frequência (%) Sexo

Feminino 11 73

Masculino 04 27

Escolaridade Sem escolaridade 0 0

Ens. fundamental Incompleto 06 40

Ens. Fundamental Completo 01 06

Ens. Médio Incompleto 01 07

Ens. Médio Completo 04 27

Ens. Superior Incompleto 02 13

Ens. Superior Completo 01 07

Situação conjugal Separado (a) 02 14

Casado (a) 11 73

Viúvo (a) 02 13

Renda familiar Menos de um salário 0 0

(31)

De 1-3 salários mínimo 06 40 De 3-5 salários 03 20 Mais de 5 salários 01 07

Número de moradores na casa

até 3 moradores 08 38 3-5 moradores 06 29 mais de 5 moradores 07 33

Tabela 2:perfil sociodemograficos dos familiares dos internos.

Foram entrevistados os familiares dos internos com o objetivo de evidenciar a influência da estrutura familiar na dependência química; Levantar informações sobre o perfil familiar dos dependentes químicos; Identificar a visão do usuário em relação ao relacionamento familiar; Identificar como ocorreu o primeiro contato com a droga; Levantar informações da existência ou não de diálogo sobre drogas do usuário com a família. O contexto de família foi entendido como a união estável, laço parentesco ou considerado apenas aliança entre o interno e o familiar em questão. Foram observados os seguintes resultados:

Em relação ao gênero do familiar entrevistado, podemos observar que 73% são do sexo feminino e 27% são do sexo masculino. Para Muza (apud MUZA, 1999) uma parcela importante das famílias dos adolescentes é monoparenteral e, freqüentemente cabe às mães o desempenho dos papéis parentais.

(32)

Indagados sobre a situação conjugal, observou-se os seguintes resultados: 14% relatam estar separadas; 73% estão casadas; e 13% são viúvas; resultado diferente do que é apresentado por Figlie (2004), onde pode ser observado que maior parte dos entrevistados familiares dos dependentes químicos são separados. Tavares (2004) mostra que a separação dos pais tem significativa associação com o uso de drogas, tendo um aumento de 40% em relação com aqueles em que os pais permanecem juntos.

A renda familiar apresentou como base de 1-3 salários mínimos com 40%; 33% possuem renda de até um salário mínimo; seguido de famílias de que tem como renda de 3-5 salários, 20%; apenas 7% possuem renda acima de 5 salários mínimos; e nenhum dos entrevistados relataram ter renda inferior a de um salário; Gasparin (2011) aponta em seu estudo que 66,7% possuem renda entre 1-2 salários mínimos, estando na mesma base dos identificados pelo nosso estudo.

Gasparin (2011) apresenta que:

Segundo a OMS (2001), a condição de pobreza é considerada um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento humano. Estudos evidenciam que as famílias que vivem em situação de exclusão social são vulneráveis a problemas relacionados ao uso e abuso de substâncias psicoativas.

E por fim, foram interrogados quanto ao número de moradores na casa, foram obtidos os seguintes resultados: 38% dos entrevistados dizem ter até 3 moradores na casa; 33% moram com mais de 5 pessoas; e 29% tem entre 3-5 moradores;

(33)

Quadro III

Dados relacionados com a dependência química

Características Números Frequência (%)

Primeira droga utilizada

Álcool 18 58 Cigarro 06 20 Maconha 05 16 Cocaína 01 03 Outros 01 03

Com que idade teve o primeiro contato com as drogas

9 anos 02 07 10 anos 01 03

12 anos 04 13 13 anos 08 26 14 anos 05 16 15anos 01 03 16anos 02 07 17anos 03 10 18anos 02 06 19anos 01 03 22anos 01 03 60anos 01 03

Como teve o primeiro contato

Amigos 23 74 Familiares 02 07

Festa 04 13 Escola 02 06 Tabela 3: dados sobre o consumo de drogas.

(34)

maconha como primeira droga de experiência. Muitas vezes o início do uso de drogas através do álcool é caracterizado pela ingestão abusiva feita em ambiente familiar, onde os próprios pais não impõem limites a essa ingestão pela criança ou adolescente. Muitos incentivam o uso e outros oferecem ao adolescente dizendo que ele apenas pode ingerir dentro de casa, esquecendo que quando eles saem para festa com os amigos não irão lembrar onde estão, mas apenas da sensação de bem-estar inicial que a bebida vai proporcionar a eles.

Ao analisarmos a idade do primeiro contato com as drogas, foi constatado que a maioria ocorreu no período da adolescência. A adolescência é uma fase de adaptação do ser que esta passando de criança para a fase adulta, todas as mudanças presentes nessa fase, mudança do corpo, da vida em sociedade, de pensamento e representação entre si, faz com que os adolescentes passem a ser vulneráveis ao uso de drogas (MAGALHÃES, 2007). No entanto a adolescência é apenas uma fase de risco, onde os adolescentes acham que o consumo de substância indevida é apenas parte de seu desenvolvimento, e que isso vai cessar quando ele estiver maduro (TAVARES, 2004). Uma porcentagem de 10% dos entrevistados iniciaram o uso de drogas ainda na infância. Conforme Guimarães et. al. (2009) o consumo de drogas ocorre cada vez mais cedo, aumentando o risco de dependência. Foi verificado em nosso estudo que 3 % dos entrevistados iniciaram o uso de drogas om idade igual ou superior a 60 anos de idade.

(35)

organismo, sendo na maioria das vezes grande incentivadora do uso. Em relação aos amigos, as pessoas têm a postura de muitas vezes deixarem ser levadas por influencia de pessoa que ela tanto se identifica, e é convencida em tomar atitudes iguais ao "amigo". Isso se torna mais grave quando não se tem em ambiente familiar o diálogo necessário sobre o enfrentamento de problemas e a fundamentação da família em relação a atitudes anti-sociais e prejudiciais a saúde para com seus membros. Os pais, na maioria das vezes não tem conhecimento exato das pessoas que se dizem amigos que os seus filhos convivem, permitindo assim que eles se envolvam com pessoas que forma criadas de maneiras contrária daquilo tudo que ele realmente acredita, mas que a falta de diálogo e da presença saudável na vida dos filhos não permite a ele repassar informações relevantes em relação as atitudes a serem tomadas pelos filhos. Acaba que os pais não têm conhecimento das amizades de seus filhos, o que seria importante para quem sabe prevenir o envolvimento do mesmo com drogas.

Quadro IV

Dados relacionados com a estrutura familiar do interno

Característica Números Frequência (%)

Como é considerado o convívio familiar

Ruim 06 19

Bom 18 58

Ótimo 04 13

Excelente 03 10

Existência de diálogo entre os pais e internos Sim 20 65

Não 11 35

Conversa sobre drogas Sim 20 65

Não 11 35

Quando ocorreu o diálogo sobre drogas Antes do consumo 07 35

Depois do consumo 13 65

Como o familiar soube da dependência Amigos 02 13

Familiares 02 13

(36)

Outros 03 20

Relação familiar com o dependente Ruim 03 20

Bom 03 20

Ótimo 07 47

Excelente 02 13

Relação conjugal da família do dependente Ruim 0 0

Bom 09 60

Ótimo 02 13

Excelente 04 27

Através de quem buscou tratamento Família 11 36

Amigos 01 03

Vontade própria 19 61 Tabela 4: dados da estrutura familiar.

Ao analisarmos o convívio familiar dos internos, verificou-se que: 58% consideram bom; 19, ruim, 13%, ótimo e 10%, excelente. Quanto à relação da família com o interno, os resultados obtidos é que 47% dos familiares têm um ótimo relacionamento; 20% consideram o relacionamento bom ou ruim; e apenas 13% relatam ser excelente. Ao questionarmos sobre a relação conjugal, foi verificado que 60% consideram bom o relacionamento; 27%, excelente; 13% consideram ótimo e nenhum dos entrevistados relatou o relacionamento como sendo ruim. No que diz respeito do convívio do interno com a família, aqueles que têm relacionamento ruim/péssimo seja com o pai ou com a mãe, tem associação maior com o consumo de drogas (TAVARES, 2004). Tavares (2004), mostra que apenas 4,7% de seus entrevistados dizem que o relacionamento entre os pais é ruim, no entanto é a maior margem dos que usam drogas (25,4%) por ano. Enquanto os que dizem que os pais tem ótimo/bom convívio, apenas 15,8% fazem uso de drogas no ano.

(37)

com consumo de drogas. De acordo com Pinho et.al. (2008) a importância do suporte social oferecido ela família na recuperação do usuário de drogas pode ter um papel vital na prevenção/ desenvolvimento da recaída. Barreira (apud PINHO, 2008) relata que diversos estudos têm mostrado que o suporte social pode atuar como um fator de proteção para o uso de drogas.

Com relação ao diálogo existente com os pais, 65% dos internos relatam existir. Os outros 35% dizem não ter diálogo com os pais. Para Prata (2006) famílias que não tem uma boa comunicação, estabelecimento de regras e limites e apresentam falta de afeto, costuma ser o perfil mais encontrado em adolescentes dependentes de drogas.

Diez (apud GUIMARÂES, 2009), em seu estudo procurava identificar aspectos familiares relacionados ao uso de álcool entre adolescentes, encontrou insatisfação do adolescente com a família, falta de comunicação e espaço para o mesmo expressar sentimentos, idéias e opiniões. Guimarães et. al. (2009) acredita que a coesão familiar parece influenciar a dependência de drogas. Florenzano (apud GUIMARÂES, 2009), ao realizar estudos com adolescentes encontrou famílias com baixo nível de coesão e jovens com envolvimento com drogas.

Ao questionarmos em relação ao diálogo sobre drogas, houve uma prevalência de 65% dos usuários que disseram já ter conversado sobre o assunto com os pais e 35% nunca conversaram. No entanto esse diálogo em relação às drogas ocorreu depois do consumo em 65% dos casos, e em 35% antes.

Quando perguntados em questão de como soube da dependência, 54% dos familiares entrevistados disseram que foi através do próprio dependente; 20% tomaram conhecimento através de outras pessoas ligadas a família; e 13% pelos amigos e familiares.

(38)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em nosso estudo podemos evidenciar o perfil dos internos, sendo a maioria do sexo masculino, com idade superior a 20 anos, que possuem apenas o ensino fundamental incompleto, que residiam com os pais e não trabalhavam.

Conforme Pratta (2006), não são pequenos motivos ou uma causa isolada que levam ao consumo de drogas, mas sim um conjunto de fatores que o indivíduo está inserido que faz com que ele tenha predisposição no uso de drogas, sendo a família um dos fatores de influência no consumo de drogas.

Após conclusão do estudo podemos observar que houve a prevalência resultados que apontam a relação conjugal e convívio familiar bom, mas evidenciamos através de diálogo com a família que os relacionamentos familiares apresentam conflitos interpessoais que podem interferir no tratamento do dependente químico. Também foi verificado que uma porcentagem de 35% dos sujeitos que estavam internados não tem diálogo com os pais, o que é visto como um ponto negativo, pois a participação família no tratamento do dependente químico é fundamental, mas para ter um melhor resultado desta participação o ideal é que ocorra o diálogo entre ambos. A mesma porcentagem foi constatada da ausência do diálogo sobre drogas. É importante que sejam usados meios que proporcionem a proximidade no relacionamento dos membros da família, onde haja interação permanente e contínua entre eles, servindo como apoio em todos os momentos a serem enfrentados.

Foi verificado que em alguns casos a conversa sobre droga em sua maioria é realizada após a descoberta da dependência química, fato esse que deveria ser diferente. Os pais devem ter menos receio em conversar com seus filhos sobre assuntos polêmicos, que estão afetando de forma negativa nossa sociedade, desta forma poderia se evitar muito o inicio precoce do uso de drogas.

(39)

deve-se ter a consciência de comportamentos a deve-serem deve-seguidos para que não ocorra a falência dessa instituição, onde os pares devem estar dispostos a enfrentar problemas que iram surgir. Do mesmo modo, ter estrutura comportamental e emocional para educar os filhos que possivelmente viram. É necessário que esses filhos tenham a certeza de que naquele ambiente eles vão ter todo apoio necessário no seu amadurecimento, sendo encorajados a enfrentar as dificuldades da maneira mais digna.

Neste estudo pode ser observado que a maioria dos internos teve com influência para o uso de drogas os amigos, no entanto, é de relevância entender a postura da família no que diz em relação ao relacionamento dos usuários com as pessoas que possivelmente irão levá-los para o inicio do consumo. Cabe sim a família uma orientação adequada e satisfatória para que seus membros, principalmente adolescentes tenham consciência do que é certo ou errado. O meio que é considerado mais propicio para evitar o consumo de droga através de influência de amigos é a presença de diálogo e um relacionamento baseado na confiança e na estimulação de caráter apropriado do individuo. No entanto, pais são reféns de suas próprias atitudes incoerentes, uma vez que grande parte dos pais não cobra postura adequada em relação ao comportamento e responsabilidade do filho, com quem o filho manter laços de amizade ou como o mesmo se comporta. Esse tipo de comportamento dos pais, faz com que os filhos tornem-se auto independentes e como conseqüência disso, tornam-se mais vulneráveis ao uso abusivo de drogas.

Em questão do inicio do uso de drogas que ocorre em sua maioria na adolescência, devem avaliar em que contexto o adolescentes esta inserido, em relação à família e seu meio social. A liberdade que eles têm em fazer escolhas das coisas querem fazer, para onde ir, é maior do que a capacidade de entendimento em questão de situações de risco ou consequências a serem enfrentadas. Isso se agrava quando o ambiente familiar é rodeado de conflitos e falta de diálogo para com esse adolescente. Os pais na sua grande maioria tem comportamento indiferente em relação às orientações que devem ser passadas ao filhos, fazendo com que eles tomem as rédeas de suas vidas muito antes do que o necessário.

(40)

recaída. Faz-se necessário fortalecer e desenvolver um contexto mais amplo, o qual alcance o nível de relações interpessoais familiares e sociais.

A família e a escola merecem investimentos para a prevenção do uso de drogas, pois constituem os pilares do crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes. E como verificamos no presente estudo, a maioria dos usuários de drogas que estavam em tratamento iniciaram o uso das substâncias psicoativas na adolescência. Fase essa em que o indivíduo apresenta mudanças significativas em seu comportamento, e percepção das coisas que estão ao ser redor. Se não tiverem a presença protetora e extremamente importante dos pais para oferecer suporte emocional e transmitir confiança, esses indivíduos encontrarão mais dificuldades para atravessar essa fase de maneira tranquila.

"O lar é a célula básica do organismo social, se os lares estiverem

ruindo, a sociedade também estará caminhando para o caos. Lares

(41)

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALBIM, Guilherme Moraes; Edalvo Garcia Júnior; Kleber Nogueira Filho, 2011. Nível de atividade física e condições sócio-demográficas em dependentes químicos em tratamento do município de Maringá, PR. Disponível em: http://www.efsesportes.com/efd153/atividade-fisica-em-dependentes-quimicos.htm. Acessado em 10 de novembro de 2011.

BALLONE GJ - Dependência Química in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia-223, acessado em 12 de Maio 2011.

BÍBLIA. Gênesis, A origem do mundo e da humanidade. 2, 21-24 Português. Bíblia Sagrada. 02 ed. traduzida por João Ferreira de Almeira.São Paulo: Barueri, 1988.

BLEFARI, Anete de Lourdes. A Família e a Drogadicção. Monografia para Conclusão de Curso. Instituto e Departamento de Psiquiatria – Hospital das Clínicas –

Faculdade de Medicina – São Paulo, 2002.

http://www.sobresites.com/dependencia/pdf/FamiliaeaDrogadiccao.pdf. Acessado no dia 26 de Maio de 2011.

BOTH, Sérgio José, (org). et.al. Metodologia da pesquisa científica: teória e prática ou prática à teoria. Tangará da Serra: gráfica e Editora Sanches Ltda, 2007.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007. 291 p. (Coleção Progestores – para entender a gestão do SUS, 1)

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, 1997.

BRUSAMARELO, Tatiana. et.al, 2008. Consumo de drogas: concepções de familiares de estudantes em idade escolar. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas. disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762008000100004&lng=en&nrm=iso. acessado em 20 de novembro de 2011.

COSTA, Camila Piva da. O Vínculo com a Figura Paterna Paterna e o Desenvolvimento da Dependência Química e os Jovens do Sexo Masculino. Trabalho de conclusão de curso, instituto de Psicanálise e transdisciplinaridade, Rio Grande do Sul, 2007. http://www.psicologia.com.pt/artigos/tesxtos/TL0200.pdf. Acessado em 21 de Março.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, 1910 – 1989. Miniaurélio Século XXI: O minidicionário da língua portuguesa. 5° edição. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

(42)

disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v32n3/1236.pdf. Acessado em 18 de novembro de 2011.

FIGLIE, Neliana; Andrezza Fontes; Edilaine Moraes; Roberta Payá; Filhos de dependentes químicos com fatores de risco bio-psicossociais: necessitam de um olhar especial? Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rpc/v31n2/a01v31n2.pdf. Acessado em 12 de novembro de 2011.

FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de. Ensinando a Cuidar em Saúde Pública. 1. ed. – São Caetano do Sul – SP : Yendis Editora, 2008.

FORTE, Maria José Paro, 1996. O adolescente e a família. Artigos da equipe

multiprofissional da saúde da criança. disponível em:

http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/238.pdf. Acessado em 20 de novembro de 2011.

GASPARIN, Feranda Tiviroli Bossa. O Enfrentamento do sofrimento psíquico causado pela dependência química na família. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade do Estado de Mato Grosso, Julho de 2011.

GIANCARLO, Lepiani, ONU: 3% da população mundial usa droga. Revista "Veja". disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/arquivo/onu-3-populacao-mundial-usa-droga. acessado em 19 de novembro de 2011.

GUIMARÃES, Ana Beatriz Pedriali. et al. 2009. Aspectos familiares de meninas adolescentes dependentes de álcool e drogas. Revista de psiquiatria clínica, vol. 36. são Paulo. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rpc/v36n2/05.pdf. acessado dia 20 de novembro de 2011.

LACERDA, Roseli Boerngen de 2007. A Droga na sociedade. Informações sobre as drogas psicotrópicas: ações e efeitos no organismo, neurobiologia na adição, bases do tratamento e prevenção.. Disponível em: http://www.mp.go.gov.br/drogadição/htm/drg-art01.htm. Acessado dia 25 de Maio de 2011.

LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalho científicos. Marina de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos. – 6. Ed. – São Paulo : Atlas, 2001.

LOPES, Graziela Pereira 2005. Uma visão sistêmica da dependência química. Monografia do curso de especialização em atendimento clínico ênfase em terapia sistêmica de casal e família. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Disponível em: http://portalsaude.net/grazi_lopes_mono_ufrgs.pdf. Acessado em 22 de novembro de 2011.

MAGALHÃES, Inês. 2007. Estudo do consumo de drogas na adolescência e os estilos educativos parentais: implicação para a prevenção. Disponível em https://bdigital.ufp.pt/dspace/bitstream/10284/459/1/320-330REVISTA_FCS_04-6.pdf. acessado em 26 de novembro de 2011.

(43)

Pública. V.24, n. 5, Rio de Janeiro, Maio/2008 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n5/18.pdf. Acessado em 10 de novembro de 2011.

MOMBELLI, Mônica Augusta; Sônia S. M.; Jaquilene B.C. 2010; Caracterização das internações psiquiátricas para desintoxicação de adolescentes dependentes químicos.

Revista Brasileira de Enfermagem, 2010. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672010000500007&script=sci_arttext. acessado em 21 de novembro de 2011.

MUZA, Gilson Maestrini. et al. 1999. Relações familiares e consume de drogas por adolescentes escolares. Departamento de puericultura e pediátrica da Faculdade de medicina

de Ribeirão Preto – SP. disponível em:

http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/424.pdf. acessado dia 23 de novembro de 2011.

NARAZETH, Joamar Zanolini. Um desafio Chamado Família: abordagem temática em linguagem simples segundo o pensamento espírita. Joamar Zanolini Nazareth. – Araguari, MG: Minas Editora. 1999. 176 p. ;

PAIVA, Fernando Santana de. Psicologia em Estudo. vol.14 - Maringá Jan./Mar. 2009. Estilos parentais e consumo de drogas entre adolescentes: revisão sistemática.

Telmo Mota Ronzani. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttest&pid=S1413-73722009000100021&lang=pt. acessado dia 14 de maio de 2011.

PRATTA, Elisângela Maria Machado. Manoel Antônio dos Santos, 2006. Reflexões sobre as relações entre a drogadição adolescência e família: um estudo bibliográfico. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/epsic/v11n3/09.pdf. Acessado em 21 de setembro de 2011.

PINHO, Paula Hayasi. et. al. A reabilitação psicossocial na atenção aos transtornos associados ao consumo de álcool e outra drogas: um estratégia possível? Revista de psiquiatria clínica. Vol. 35. São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832008000700017.

acessado em 22 de novembro de 2011.

PRATTA, Elisângela Maria Machado. Manoel Antônio dos Santos. 2009. O processo saúde-doença e a dependência química: interfaces e evolução. Psicologia: teoria e pesquisa. Vol. 25. Brasilia. disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v25n2/a08v25n2.pdf. acessado em 12 de novembro de 2011.

SANCHEZ, Zila Van der Meer; Lúcio Garcia de Oliveira; Solange Aparecida Napo; Fatores protetores de adolescentes contra o uso de drogas com ênfase na religiosidade. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v9n1/19822.pdf.Acessado em 21 de setembro de 2011.

(44)

SCHENKER, Mirian. Maria Cecília de Souza Minayo, 2003. A implicação da família no uso abusivo de drogas: uma revisão crítica. Disponível em http://www.scielosp.org/pdf/csc/v8n1/a22v08n1.pdf.Acessado dia 21 de setembro de 2011.

SIMIONATTO, Marlene Aparecida Wischral. Raquel Gusmão de Oliveira. Funções e transformações da família ao longo da História. Disponível em: http:www.abpp.com.br/abppprnorte/pdf/a07Simionato03.pdf. Acessado em 09 de oputubro de 2011.

TAVARES, Beatriz Frank. Fatores associados ao uso de drogas entre adolescentes ecolares. 2004. Revista saúde pública. Vol 38. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102004000600006&script=sci_arttext.

acessado em 15 de novembro.

(45)

APÊNDICE I: Questionário aplicado ao dependente químico.

- Sexo:

( ) F ( ) M - Idade:

( ) 10 – 15 ( ) 15 – 20 ( ) acima de 20 - Escolaridade:

( ) sem escolaridade ( ) Ens. Fund. incompleto ( ) Ens. Fund. Completo ( ) Ens. Med. Incompleto ( ) Ens. Med. Completo ( ) Ens. Sup. Incompleto ( ) Ens. Sup. Completo - Está estudando

( ) Sim ( ) Não - Mora com:

( ) Pais ( ) Familiares ( ) Sozinho ( ) outros - Trabalha? Se sim qual a sua faixa salarial? ( ) Sim ( ) Não - Qual foi a primeira droga utilizada

( ) Álcool ( ) Cigarro ( ) Maconha ( ) Cocaína ( ) Outros Com que idade teve o primeiro contato:

- Como teve o primeiro contato:

(46)

- Existe diálogo entre você e seus pais? ( ) Sim ( ) Não

- Você e seus pais já conversaram sobre drogas? ( ) Sim ( ) Não

- Esse diálogo ocorreu:

( ) Antes do uso de drogas ( ) Depois do uso de drogas - Buscou tratamento através:

(47)

APÊNDICE II: Questionário aplicado à família do dependente - Sexo:

( ) F ( ) M Escolaridade:

( ) sem escolaridade ( ) Ens. Fund. incompleto ( ) Ens. Fund. Completo ( ) Ens. Med. Incompleto ( ) Ens. Med. Completo ( ) Ens. Sup. Incompleto ( ) Ens. Sup. Completo - Situação conjugal:

( ) Separado ( ) Casado (união estável) ( ) Viúvo - Como você define sua Relação com o dependente? ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Ótimo ( ) Excelente - Como soube da ocorrência da dependência?

( ) Amigos ( ) Familiares ( ) Pelo próprio usuário ( ) outros - Como você define sua relação conjugal (marido/mulher)

( ) Ruim ( ) Bom ( ) Ótimo ( ) Excelente - Renda mensal familiar

( ) Menos de um salário mínimo ( ) Até um salário mínimo ( ) de 1 – 3 salários ( ) de 3 – 5 salários ( ) Mais de 5 salários

- Número de moradores na casa

(48)

ANEXO I: Termo de Consentimento Livre Esclarecido

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa.

Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, em que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra do pesquisador responsável.

Em caso de recusa você não será penalizado(a) de forma alguma. Em caso de dúvida você pode procurar Luana Porcher pelo telefone: (65) 9623-8475, ou o Comitê de Ética em Pesquisa da Unemat pelo telefone: (65) 3221 0000 ou pelo e-mail: cep@unemat.br.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Título do projeto: Dependência Química: a influência da estrutura familiar no consumo de drogas no município de Tangará da Serra.

Responsável pela pesquisa: Quéli Aparecida Kolodzey Carlotto.

Endereço e telefone para contato: Rua Antônio José da Silva 1494 N. Telefone: (65) 3329-1820 ou (65) 8403-3239.

Equipe de pesquisa: Quéli Aparecida Kolodzey Carlotto, responsável por orientar, acompanhar e dar suporte a pesquisa, Daniela Vieira Padilha, responsável pela co-orientação da pesquisa e Luana Porcher, orientanda, responsável pela pesquisa de bibliografias, estruturar o TCC, realizar a coleta e analise de dados.

Pesquisa será realizada através de abordagem qualitativa descritiva, se dará por meio de revisão bibliográfica do tema que servirá como suporte para o embasamento teórico e compreensão da dependência química e também será utilizado questionário para coleta de dados.

(49)

fechado com numero de 35 pacientes dependentes químicos em tratamento na Associação dos Voluntários da Casa Terapêutica “Viver Sóbrio”.

A realização desta pesquisa busca contribuir para a identificação da estrutura familiar mais envolvida com o consumo de drogas para que profissionais de saúde possam ficar atentos a fatores influenciadores do uso de drogas e da dependência química. Os benefícios que os sujeitos poderão ter é o apoio dado aos dependentes químicos e seus familiares em questão de relacionamento e resolução de problemas para evitar que as desavenças sejam resolvidas de maneira imprópria.

Esta pesquisa não apresenta riscos ou quaisquer danos para a saúde dos indivíduos selecionados para a pesquisa.

A duração da pesquisa será cerca de 3 meses sendo iniciada a partir de agosto de 2011 e terminando em novembro de 2011 com a apresentação da monografia. Cada indivíduo da pesquisa terá a garantia de sigilo e ter direito de retirar o consentimento a qualquer tempo. Em caso de pesquisa onde o sujeito está sob qualquer forma de tratamento, assistência, cuidado, ou acompanhamento, apresentar a garantia expressa de liberdade de retirar o Consentimento, sem qualquer prejuízo da continuidade do acompanhante/tratamento usual.

Local e data: _________________________

Nome e assinatura do sujeito ou responsável: __________________________________

Imagem

Tabela 2:perfil sociodemograficos dos familiares dos internos.

Referências

Documentos relacionados

As experiências vividas neste estudo e nos relatos dos sujeitos entrevistados mostraram que, quando o enfermeiro implanta a SAE em uma unidade de hemodiálise e

Para evitar este problema, Hosmer e Lemeshow, também propuseram à estatística Ĉg* , para esse teste dividiu-se a amostra em intervalos de risco de óbito com mesmo

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso – campus de Tangará da Serra, como parte dos

“É sempre bom ter um relacionamento com o próximo né, porque são muito carentes, porque eles se sentem muito abandonado, porque a maioria não conhece a

respeitando os preceitos éticos e legais ” Brasil, (1995). Saber lidar com as interferências decorrentes das características culturais de cada etnia é essencial para

A prática de atividade física tem sido indicada na maioria dos programas terapêuticos, como forma de prevenção e de tratamento não medicamentoso destinado ao controle da

O presente trabalho foi realizado na Unidade Mista de Saúde de Tangará da Serra – MT. O objetivo deste trabalho é identificar, sob o olhar dos enfermeiros e equipe de enfermagem, os

Podemos perceber após a realização da pesquisa que a atuação do CAPS I do Município de Tangará da Serra-MT está sendo benéfica aos usuários do sistema,