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RELATÓRIO FINAL MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

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Academic year: 2019

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RELATÓRIO FINAL

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

Torcato Moreira Marques | 6º ano | Nº 2010236

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ÍNDICE

1.Introdução 3

2.Objetivos Gerais 3

3.Síntese das Atividades Desenvolvidas 4

3.1 Estágio de Medicina Interna 4

3.2 Estágio de Cirurgia ERASMUS + 4

3.3 Estágio de Pediatria ERASMUS + 5

3.4 Estágio de Ginecologia e Obstetrícia 5

3.5 Estágio de Saúde Mental 6

3.6 Estágio de Medicina Geral e Familiar 6

3.7 Estágio Clínico Opcional Serviço de Urgência 7

4.Reflexão Crítica 7

5.Anexos 11

Nota Biográfica:

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INTRODUÇÃO

A Medicina moderna é uma Ciência, porventura a mais jovem de todas, como o referiu Lewis

Thomas, requer a perceção da globalidade do ser humano doente, na sua dimensão pessoal, física,

espiritual e familiar e não pode ser indiferente ao componente social. Por isso a educação dum Médico

é complexa; não pode ser apenas a aprendizagem de gestos e atitudes que lhe permitam prática

profissional (…)”

Na minha opinião, penso que esta citação do “O Licenciado Médico em Portugal”, 2005; resume bem aquilo que se espera do Curso de Medicina da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas (NMS|FCM): todo um percurso de aprendizagem cimentada nos pilares básicos do ensino médico, até ao culminar num 6º ano profissionalizante que garante que sejam adquiridas as competências e valores necessários a “exercer esta arte com dignidade”.

O presente relatório tem como objectivo sintetizar o conjunto de atividades desenvolvidas ao longo do presente ano letivo. Começa por sucintamente falar de cada uma delas, passando por uma componente crítica das mesmas, havendo ainda uma breve referência a actividades extracurriculares que, de acordo com o meu julgamento, ajudaram a desenvolver o meu raciocínio, personalidade e carácter.

2. OBJECTIVOS

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funcionamento de um serviço e a sua integração no respetivo Hospital, assim como conseguir ter uma saudável adaptação na equipa são também objectivos indispensáveis de serem cumpridos que não podem ser ignorados nesta reta final do ensino médico.

Sendo mais específico, tracei como metas pessoais no início do presente ano letivo, ser capaz de, no final, para além dos objectivos acima expostos, conseguir com maior facilidade reconhecer e como proceder perante as patologias mais comuns e importantes, mantendo um raciocínio clínico dirigido; ser capaz de comunicar com os familiares do doente, tanto em situações benignas como em situações mais complicadas; ser capaz de discutir casos com médicos de outras especialidades e técnicos das mais variadas áreas e, ainda, aprender a lidar com a burocracia inerente ao trabalho, perceber a organização dos cuidados de saúde e cultivar atitudes, assentes nas dimensões ética e legal.

3. SÍNTESE DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.1 Medicina Interna– 16 de Setembro a 24 de Outubro

O estágio de Medicina Interna, o que era por mim mais aguardado, decorreu na Unidade Funcional de Medicina Interna 4 do Hospital de Santa Marta sob tutela da Doutora Teresa Garcia, Dr.ª Patrícia Cachado e Dr.ª Sofia Galego. O meu trabalho focou-se sobretudo no internamento, onde tive oportunidade de desempenhar as actividades diárias que qualquer médico do serviço tem, sendo aqui indispensável a excelente integração com a equipa da Unidade que foi maestra a gerir o meu grau de autonomia. Foi bastante proveitosa também a passagem pelo Serviço de Urgência do Hospital de São José, assim como a presença nos seminários e elaboração do trabalho de grupo, que tinha também como objectivo perceber em que ponto, os médicos da Unidade tratavam as Endocardites segundo as guidelines internacionais. Foi ainda bastante interessante perceber de que forma podia ajudar os alunos de vários anos que, sendo mais novos, precisavam algumas vezes de apoio ou orientação.

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O estágio de cirurgia decorreu já ao abrigo do Programa Erasmus+, na Eslovénia, na cidade de Maribor. Tendo em conta que já no 5º ano do MIM, tinha realizado a UC de Cirurgia ao abrigo do programa de mobilidade Almeida Garrett na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, estágio do qual penso não ter tirado muito proveito, optei por, estando novamente em mobilidade, estar presente em mais do que uma valência na área da cirurgia de forma a colmatar algumas falhas e tirar algumas teimas. Desta forma, no Univerzitetni Klinični Center Maribor fiz uma rotação de 7 semanas por serviços cirúrgicos, estando 4 semanas no Serviço de Cirurgia Abdominal, 1 semana no Serviço de Cirurgia Torácica, 1 semana no Serviço de Cirurgia Plástica e 1 semana no Serviço de Urgência dedicado a casos de Trauma com indicação cirúrgica. Consegui com esta rotação, perceber como funcionam os serviços de cirurgia na Eslovénia e comparar um pouco aos portugueses, a forma como trabalham e, o mesmo tempo, tirar as minhas dúvidas sobre algumas especialidades cirúrgicas. Tive oportunidade de assistir a variadas cirurgias, assistir em algumas, fazer rondas de manhã com as diferentes equipas pra discutir casos ou acompanhar o estado peri-operatório dos doentes.

3.3 Pediatria– 19 de Janeiro a 13 de Fevereiro

À semelhança do estágio de Cirurgia, o estágio de Pediatria foi também realizado em Maribor, ao abrigo do Programa Erasmus+. Integrei o estágio como qualquer outro aluno esloveno da Medicinska Fakulteta, sendo que todos nós tínhamos um calendário de rotações entre as diferentes áreas da Pediatria e respetivos tutores, o que facilitou bastante todo o processo. Fui mais uma vez muito bem recebido e tive oportunidade de colher histórias clínicas, realizar exames objectivos, discutir casos clínicos, pedidos de exames complementares e terapêutica. Os serviços e o trabalho são organizados de forma diferente daqueles onde já tive oportunidade de estar durante o meu percurso na NMS|FCM, pelo que foi interessante perceber as diferenças e encontrar semelhanças.

3.4. Ginecologia e Obstetrícia– 23 de Fevereiro a 20 de Março

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Serviço de Urgência, Bloco de Partos, Puerpério, Consulta de Patologia do Colo, Consulta de Ginecologia, onde tive oportunidade de pôr em prática alguns conhecimentos e realizar algumas técnicas. A possibilidade de contactar com todas estas valências deu-me uma maior perspectiva sobre a especialidade, as suas actividades e importância. Estive ainda presente nas reuniões de serviço e sessões de formação e, realizei ainda, em conjunto com os meus colegas, um trabalho sobre Indução do Trabalho de Parto, que se quis ser um ponto de partida para o estabelecimento de um protocolo de actuação para todo o serviço.

3.5. Saúde Mental– 23 de Março a 24 de Abril

A minha actividade no Serviço de Reabilitação do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, o tão emblemático Hospital Júlio de Matos, sob orientação da Dr.ª Ana Caixeiro, centrou-se sobretudo no internamento deste serviço, que obrigava a uma diária avaliação de diversos doentes e reuniões de serviço em variados pavilhões daquele Centro Hospitalar. Tive oportunidade de avaliar casos variados, tanto no que toca à patologia como também ao grau de estabilidade e reinserção social, colher e discutir uma história clínica, participar numa reunião comunitária, numa reunião familiar, observar uma avaliação neuro psicológica, estar presente numa sessão de triagem e numa sessão de psicoterapia, assim como em várias sessões de formação, subordinadas aos mais variados e interessantes temas no âmbito da psiquiatria. Não podia deixar de referir a minha passagem pelo peculiar Serviço de Urgência no Hospital de São José e as aulas teórico-práticas lecionadas na faculdade.

3.6. Medicina Geral e Familiar– 27 de Abril a 23 de Maio

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acarretam, incluindo exames físicos, colheita de história da doença atual e também várias técnicas desde otoscopias a citologias e outras. Tive também oportunidade de fazer algumas visitas domiciliárias a doentes incapazes de se deslocar à UCSP.

3.7 Estágio Opcional– Serviço de Urgência – 25 de Maio a 5 de Junho

O estágio opcional, escolhido puramente pelo enorme gosto que nutro pelo Serviço de Urgência, decorreu no Hospital de São José com a Dr.ª Sofia Galego. Tive oportunidade, como várias vezes durante os vários anos clínicos do MIM, pôr à prova a minha capacidade de raciocínio, de colher histórias clínicas muitas vezes sob a pressão da emergência da situação, de fazer exames objectivos dirigidos e discutir diagnósticos e terapêutica de variadíssimas patologias. Tive ainda oportunidade de ver pacientes, menos urgentes, sozinho, orientando todo o processo, discutindo apenas no final com a minha tutora para que houvesse a certeza de que nada havia falhado, ou corrigir eventuais falhas.

4. REFLEXÃO CRÍTICA

A eficiência com que decorre a formação médica constitui uma prioridade natural das escolas

médicas.” (“O Licenciado Médico em Portugal”, 2005).

Penso que na NMS|FCM é isso mesmo que se passa. A reestruturação do curriculum do ensino médico na nossa faculdade fez com que o 6º e último ano do Mestrado Integrado em Medicina fosse, aquilo que é. Mais do que fazer sentido no papel, é importante que funcione e, efetivamente funciona. Todo o conjunto de estágios decorreu de forma naturalmente integradora com a possibilidade da aplicação de conhecimentos, realização de técnicas, integração nas equipas dos variados serviços, já com algum tratamento quase de semelhante ao invés da habitual distância, o que ajudou imenso na adaptação.

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ano letivo como, conseguir reconhecer e saber proceder perante as patologias mais importantes; saber dar más notícias ou ter autonomia (e sabedoria) suficiente para falar com doentes e os seus familiares, explicar a sua doença e tudo o que ela acarreta, entre outros, penso que aprendi aqui, o que realmente significa ser internista. Foi, sem dúvida o estágio que mais prazer me deu frequentar.

Os estágios de Cirurgia e Pediatria foram realizados ao abrigo do Programa Erasmus+, pelo que a experiência foi duplamente diferente. Em primeiro porque realizar um estágio num ano profissionalizante acarreta por si só uma maior responsabilidade quer em termos de conhecimento teórico, quer em termos de ação. Desta forma, o facto de estar num país completamente diferente, em que os hábitos de trabalho são diferentes torna tudo ainda mais exigente e entusiasmante. O maior desafio era sempre a comunicação com os doentes, visto não falar Esloveno e muitos não falarem inglês, mas com ajuda dos tutores tudo se tornou mais fácil. No caso da Pediatria tive bastante sorte ao encontrar vários casos de crianças cujos pais falavam inglês, o que permitiu que toda a entrevista e exame objectivo fossem realizados sem quaisquer entraves. A experiência foi, sem qualquer tipo de dúvida, excecional e enriquecedora a todos os níveis e, penso também, que todos deveriam ter a oportunidade de realizar parte dos seus estudos fora do seu país mas, sobretudo, fora da sua zona de conforto. Há um crescimento e capacidade de adaptação inerentes ao processo que é extremamente vantajoso para o desenvolvimento não só de um jovem adulto, como também de um jovem médico.

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Estar um mês no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa com doentes com as mais variadas patologias psiquiátricas, vê-los melhorar e voltar à vida em sociedade enquanto reconstroem uma vida profissional levou-me a largar a perceção que tinha acerca da doença psiquiátrica como uma doença incapacitante. A organização do estágio peca por deixar os alunos restritos a um serviço durante todo o tempo e, enquanto eu tive a fortuna de ver várias patologias e actividades, outros colegas ão tiveram muita sorte.

No estágio de Medicina Geral e Familiar aprendi a dar valor aos cuidados de saúde primários, a base de um sistema de saúde desenvolvido, à forte e importante relação médico-doente e à complexidade das doenças, famílias e todas as condicionantes socioeconómicas destas, algo que nenhum outro estágio me deu.

Acabo assim este último ano letivo com sentimento de ter cumprido os objectivos a que me propus no seu início, mas com a consciência que há ainda muito trabalho a fazer até conseguir sentir-me plenamente satisfeito com as minhas capacidades.

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situações que nunca equacionei fazerem parte do meu dia-a-dia. Poucas coisas me deram sentimento de orgulho e dever cumprido como aquele mandato, que apenas terminou em Novembro do presente ano letivo. Era uma mais valia ver crescer o interesse dos alunos pelo associativismo e, ainda melhor que a faculdade estimulasse os seus alunos a serem mais interventivos, não só nesta casa como na sociedade.

Não posso acabar sem falar da experiência Erasmus. O facto de ter de me adaptar a um novo ambiente num país completamente diferente com uma língua e costumes distintos, a novas pessoas das mais diversas nacionalidades, fez-me crescer e apercebi-me, assim como aconteceu no 5º ano quando fiz um semestre na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que tenho uma boa capacidade de adaptação a situações novas e às vezes adversas. Enriqueci não só o meu carácter, assim como sei hoje ser mais crítico em relação ao nosso Serviço Nacional de Saúde e ao trabalho médico no nosso país. Penso que os alunos da NMS|FCM deviam ser ainda e cada vez mais estimulados a completar parte dos seus estudos em mobilidade, pois é, hoje em dia, cada vez mais importante saber, não só ser um cidadão do mundo, como também um médico do mundo.

Em suma, penso que globalmente tive uma boa formação. Pautada por bases sólidas, um grau crescente de autonomia e um excelente rácio tutor/aluno que me permitiu desenvolver capacidades diagnósticas, atos técnicos, raciocínio clínico e, ao mesmo tempo, desenvolver outras componentes importantes como empatia, curiosidade, humildade, espírito de autocritica, espírito de iniciativa e moral.

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5. ANEXOS

1. IFMSA Training 4 All – Guimarães;

2. Colaborador da Comissão Organizadora do iMed Conference® 6.0 – Lisbon 2014; 3. 27.ªS Jornadas de Cardiologia do Hospital Egas Moniz;

4. Vice – Presidente Externo da Associação de Estudantes da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa;

5. 2º Congresso do Internato Médico José de Mello Saúde –“Um dia com a diabetes”; 6. Mesa Redonda: “Prova Nacional de Seriação –Como Sobreviver?”;

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Referências

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