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CÓDIGO DE ENVELOPE CÓDIGO DE PROVA NOME DO(A) ALUNO(A): DATA DE NASCIMENTO: / / ESCOLA:

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Academic year: 2021

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CÓDIGO DE ENVELOPE CÓDIGO DE PROVA

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NOME DO(A) ALUNO(A):

DATA DE NASCIMENTO: / / ESCOLA:

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A preencher pelo aluno (não escrevas o teu nome): Idade Sexo: F F M F

A preencher pela escola: Código de Envelope Código de Prova

A preencher pelo secretariado da DRE: N.º Convencional da Escola

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OBSERVAÇÕES OBSERVAÇÕES

(a preencher pelo aplicador) (a preencher pelo aplicador) (a preencher pelo classificador)

A NP B PA C D E _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ CORRECÇÃO Soma da classificação (a preencher pelo Corrector) Conversão da classificação em percentagem

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INSTRUÇÕES GERAIS SOBRE A PROVA

A prova é constituída por três grupos e tem a duração total de 90 minutos, sem intervalo.

No primeiro grupo, vais responder a questões acerca de cada um dos dois textos que te são apresentados, enquanto no segundo resolverás um conjunto de questões sobre a estrutura e o funcionamento da Língua Portuguesa.

Por fim, num último momento da prova, vais escrever um texto de 140 a 240 palavras.

Se acabares antes do tempo previsto, deves aproveitar para rever as respostas às questões, reler o texto que escreveste e fazer alguma correcção que te pareça necessária.

Respeita as instruções que a seguir te são dadas.

• Responde na folha de prova, a esferográfica ou caneta de tinta azul ou preta. • Não podes usar corrector.

• No primeiro e segundo grupos, nas questões em que só tens de assinalar a(s) resposta(s) correcta(s) com X, se te enganares e escreveres X no quadrado errado, risca esse quadrado e coloca o sinal no lugar que considerares certo.

• No terceiro grupo, começa por ler com muita atenção as instruções que te são dadas. • Deves fazer um rascunho do teu texto na folha própria, distribuída com a prova. Nesse

rascunho, se quiseres, podes usar lápis e borracha.

• Sempre que precisares de fazer alterações na tua prova, corrige e risca o que pretendes anular, de forma a não restar qualquer dúvida sobre a tua intenção.

(4)

GRUPO I

Lê com muita atenção este texto.

Mestre Finezas

Lembro-me muito bem de como tudo se passava. Minha mãe tinha de fingir-se zangada. Eu saía de casa, rente à parede, sentindo que aquilo era pior que ir para a escola.

Mestre Finezas puxava um banquinho para o meio da loja e enrolava-me numa enorme toalha. Só me ficava a cabeça de fora.

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Como o tempo corria devagar!

A tesoura tinia e cortava junto das minhas orelhas. Eu não podia mexer-me, não podia bocejar sequer. “Está quieto, menino”, repetia Mestre Finezas segurando-me a cabeça entre as pontas duras dos dedos: “Assim, quieto!” Os pedacitos de cabelo espalhados pelo pescoço, pela cara, faziam comichão e não me era permitido coçar. Por entre as madeixas caídas para os olhos via-lhe, no espelho, as pernas esguias, o carão severo de magro, o corpo alto, curvado. Via-lhe os braços compridos, arqueados como duas garras sobre a minha cabeça. Lembrava uma aranha.

E eu — sumido na toalha, tolhido numa posição tão incómoda que todo o corpo me doía — era para ali uma pobre criatura indefesa nas mãos de Mestre Ilídio Finezas.

Nesse tempo tinha-lhe medo. Medo e admiração. O medo resultava do que acabo de contar. A admiração vinha das récitas dos amadores dramáticos da vila.

Era pelo Inverno. Jantávamos à pressa e nessas noites minha mãe penteava-me com cuidado. Calçava uns sapatos rebrilhantes e umas peúgas de seda que me enregelavam os pés. Saíamos. E, no negrume da noite que afogava as ruas da vila, eu conhecia pela voz famílias que caminhavam na nossa frente e outras que vinham para trás. Depois, ao entrar no teatro, sentia-me perplexo no meio de tanta luz e gente silenciosa. Mas todos pareciam corados de satisfação.

Daí a pouco, entrava num mundo diferente. Que coisas estranhas aconteciam! Ninguém ali falava como eu ouvia cá fora. E mesmo quando calados tinham outro aspecto; constantemente a mexerem os braços. Mestre Finezas era o que mais se destacava. E nunca, que me recorde, o pano desceu, no último acto, com Mestre Finezas ainda vivo. Quase sempre morria quando a cortina principiava a descer e, na plateia, as senhoras soluçavam alto.

(5)

Ora havia também um outro motivo para a minha admiração. Era o violino. Mestre Finezas, quando não tinha fregueses, o que era frequente durante a maior parte do dia, tocava violino. E, muita vez, aconteceu eu abandonar os companheiros e os jogos e quedar--me, suspenso, a ouvi-lo, de longe.

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Era bem bonito. Uma melodia suave saía da loja e enchia a vila de tristeza.

Passaram anos. Um dia, parti para os estudos. Voltei homem. Mestre Finezas é ainda a mesma figura alta e seca. Somente tem os cabelos todos brancos.

Mestre Finezas passa necessidades. Vive abandonado da família, com a mulher entrevada, num casebre próximo do castelo. Eu sou um dos raros fregueses e o seu único confidente.

Na cadeira, com a cara ensaboada, eu revivo a infância e sonho o futuro. Mestre Finezas já nem sonha; recorda só.

De novo, a mão lhe treme junto da minha cara. No espelho vejo-lhe o busto mirrado, os cabelos escorridos e brancos. Oiço-lhe a voz desencantada:

— A navalha magoa-te?

Uma onda de ternura por aquele velho amolece-me. Dá-me vontade de lhe dizer que não, que a navalha não magoa, que nem sequer a sinto. O que magoa é ver a presença da morte alastrando pelas paredes escuras da loja, escorrendo dos papéis caídos do tecto, envolvendo-o cada vez mais, dobrando-lhe o corpo para o chão.

Mas Mestre Finezas parece nada disto sentir. Salta de um assunto para outro com facilidade. Preciso de tomar atenção para lhe seguir o fio do pensamento. Agora faz-me queixas da vila. E termina como sempre:

— Esta gente não pensa noutra coisa que não seja o negócio, a lavoura. Para eles, é a única razão da vida.

Volto a cabeça e olho-o. Sei o que vai dizer-me. Vai falar-me do abandono a que o votaram. Vai falar-me do teatro, da música, da poesia. Vai repetir-me que a arte é a mais bela coisa da vida. Mas não. Já nos entendemos só pelo olhar. Mestre Finezas salta por cima de tudo isto e ergue a navalha num lance teatral:

— O que sabem eles da arte? Tu que estudaste, tu sabes o que é arte. Eles hão-de morrer sem nunca terem gozado os mais belos momentos que a vida pode dar.

Manuel da Fonseca, Aldeia Nova,

8ª ed., Lisboa, Editorial Caminho, 1984 (texto com supressões)

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Para responderes às questões de 1. a 5., assinala com X o quadrado correspondente à alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto.

1. Quando era criança, o narrador tinha medo de cortar o cabelo, porque Mestre Finezas F lhe batia com os dedos na cabeça.

F o obrigava a ficar quieto. F usava uma tesoura muito velha. F o proibia de olhar para o espelho.

2. Porém, o narrador admirava Mestre Finezas por ele F se destacar nas peças em que entrava. F saber fazer papéis cómicos.

F ensaiar as récitas da vila.

F o levar ao teatro todas as noites.

3. Quando Mestre Finezas tocava violino, o narrador F ia ao teatro para o ouvir.

F juntava-se aos outros fregueses para o aplaudir. F parava de brincar para o escutar.

F aproximava-se dele para o ouvir melhor.

4. Agora, já adulto, o narrador, ao reencontrar Mestre Finezas, F projecta com ele um futuro risonho.

F conta-lhe a sua vida.

F retira-o da pobreza em que vive. F sente por ele uma grande ternura.

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5. Nas suas confidências ao narrador, Mestre Finezas considera que a arte F não é necessária à sobrevivência do homem.

F origina momentos de beleza inesquecíveis. F é valorizada pelas pessoas da vila.

F se expressa apenas no teatro.

6. Na primeira parte do texto, o narrador refere-se a si próprio como “uma pobre criatura indefesa nas mãos de Mestre Ilídio Finezas” (linha 14).

Aponta os motivos que o levavam a sentir-se desta forma.

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7. O “negrume da noite que afogava as ruas da vila” (linha 19) impedia o narrador de ver quem, como ele, caminhava para o teatro.

Indica o modo como ele reconhecia as outras pessoas.

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8. O teatro amador tinha, de facto, grande popularidade na vila (linhas 19-22).

Transcreve do texto uma citação que mostre que se tratava de um acontecimento que ƒ atraía muita gente

ƒ gerava contentamento

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9. Centra a tua atenção na figura do velho barbeiro (linhas 34-38). Caracteriza-o, tendo em conta:

ƒ o seu aspecto físico; ƒ as suas condições de vida.

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10. “Oiço-lhe a voz desencantada” (linha 42).

Explica o valor expressivo do adjectivo utilizado nesta frase.

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11. Assinala com X as opções verdadeiras.

No final do texto (a partir da linha 44), o narrador

F mostra-se humano e compreensivo com Mestre Finezas. F explica ao velho homem que ele está prestes a morrer. F não presta atenção às confidências do amigo.

F percebe que o gosto pela arte mantém vivo Ilídio Finezas.

12. Nas peças de teatro de Gil Vicente, encontramos muitas vezes personagens-tipo.

Descreve a personagem que consideras mais interessante do auto que estudaste, mostrando como, através dela, Gil Vicente procura criticar e moralizar a vida do seu tempo.

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13. Lê com atenção as estâncias 41 e 42 do Canto V de Os Lusíadas. 41 E disse: “Ó gente ousada, mais que quantas

No mundo cometeram grandes cousas, Tu, que por guerras cruas, tais e tantas, E por trabalhos vãos nunca repousas, Pois os vedados términos quebrantas E navegar meus longos mares ousas,

Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho, Nunca arados de estranho ou próprio lenho: 42 Pois vens ver os segredos escondidos

Da natureza e do húmido elemento, A nenhum grande humano concedidos De nobre ou de imortal merecimento, Ouve os danos de mi que apercebidos Estão a teu sobejo atrevimento, Por todo o largo mar e pola terra

Que inda hás-de sojugar com dura guerra.

Luís de Camões, Os Lusíadas, ed. org. por Emanuel Paulo Ramos, 4ª ed., Porto, Porto Editora, 1974

VOCABULÁRIO: apercebidos: preparados. húmido elemento: mar. longos: remotos, longínquos.

nunca arados de estranho ou próprio lenho: nunca navegados por qualquer barco. quebrantas: rompes.

vedados: proibidos.

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13.1. Que características do povo português são evidenciadas nesta fala do Adamastor? Ilustra a tua resposta com citações textuais.

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13.2. No final da estância 42, o Gigante faz uma ameaça. Do conhecimento que tens deste episódio, que castigos vai ele profetizar a Vasco da Gama?

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13.3. Explica, por palavras tuas, o simbolismo do episódio do Adamastor.

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GRUPO II

Responde às questões que se seguem sobre o funcionamento da Língua Portuguesa, de acordo com as orientações que te são dadas.

14. Atenta nas seguintes palavras:

pedacitos desfazer silenciosa facilidade incómoda reviver tristeza Preenche o quadro que se segue.

Palavras derivadas

por prefixação Prefixo Valor semântico do prefixo

15. Lê a frase:

Mestre Finezas, que era actor no teatro da vila, morria sempre no final das peças.

15.1. Transcreve, separadamente, as duas orações que constituem esta frase. 1ª oração:

2ª oração:

15.2. Classifica cada uma das orações que transcreveste. 1ª oração:

2ª oração:

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16. Relacionando as frases do quadro e procedendo às transformações necessárias, elabora uma frase complexa em que utilizes uma conjunção subordinativa concessiva.

Mestre Finezas já está velho.

Mestre Finezas ainda valoriza a arte.

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17. Lê as seguintes frases:

a) O papel mais interessante era representado, todas as noites, por Mestre Finezas. b) Agora, Mestre Finezas é um homem desiludido.

17.1. Assinala com X o quadrado correspondente à alternativa correcta. Na frase a), por Mestre Finezas desempenha a função de

F complemento directo. F predicativo do sujeito.

F predicativo do complemento directo. F agente da passiva.

17.2. Assinala com X o quadrado correspondente à alternativa correcta. Na frase b), um homem desiludido desempenha a função de F complemento directo.

F predicativo do sujeito.

F predicativo do complemento directo. F agente da passiva.

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18. Reescreve as frases que se seguem, substituindo as palavras sublinhadas pelos pronomes pessoais correspondentes.

18.1. Os dois amigos relembram o passado.

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18.2. O narrador não diz a verdade a Mestre Finezas.

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GRUPO III

“A arte é a coisa mais bela da vida.”

A música, a pintura, a poesia, o teatro, o cinema são formas de arte que dão beleza e sentido ao nosso quotidiano. Apoiando-te na tua cultura geral e em vivências pessoais, redige um texto de opinião em que mostres a importância que a arte tem na vida das pessoas e na transformação da sociedade.

Antes de começares a escrever, toma atenção a estas instruções. • O teu texto deve ter um mínimo de 140 e um máximo de 240 palavras;

• Começa por fazer um levantamento das ideias que queres apresentar, registando-as na folha de rascunho;

• Depois, faz um rascunho do teu texto nessa mesma folha: - redige frases claras;

- escolhe vocabulário adequado e diversificado; - presta atenção à estrutura das frases e à pontuação; - respeita a ortografia;

- procura articular as relações entre as diversas frases e partes do texto. • Revê cuidadosamente o texto do rascunho e corrige-o, se necessário.

• Copia o texto para a folha da prova, em letra bem legível, a caneta ou a esferográfica, de cor azul ou preta.

• Não podes usar corrector. Ao escreveres o teu texto na folha de prova, se precisares de alterar alguma coisa, risca e escreve novamente.

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FOLHA DE RASCUNHO

Referências

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