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Direito Comercial

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GEORGE WILTON TOLEDO

GEORGE WILTON TOLEDO

DIREITO COMERCIAL

(4)

Conselho editorial

Conselho editorial solange moura; roberto paes; gladis linhares; karen bortoloti;solange moura; roberto paes; gladis linhares; karen bortoloti; jessamine thaize sartorello salvini

jessamine thaize sartorello salvini

Autor do original

Autor do original george wilton toledogeorge wilton toledo

Projeto editorial

Projeto editorial roberto paesroberto paes

Coordenação de produção

Coordenação de produção gladis linharesgladis linhares

Coordenação de produção EaD

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qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyrightseses, 2015.seses, 2015.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(cip)(cip) T649d Toledo, George

T649d Toledo, George Direito

Direito comercial comercial / / George George TToledooledo Rio

Rio de de Janeiro Janeiro : : SESESESES, S, 2015.2015. 176 p. : il.

176 p. : il.

isbn: 978-85-60923-53-3 isbn: 978-85-60923-53-3

1. Sociedade empresarial. 2. Contra

1. Sociedade empresarial. 2. Contratos emtos empresariais. presariais. 3. F3. Falência e recuperaçãoalência e recuperação judicia

judicial. 4. Tl. 4. Título de ítulo de crédito e crédito e relaçãrelação de o de consumo. consumo. I. SESES. II. EstI. SESES. II. Estácio.ácio. cdd 346.07 cdd 346.07

Diretoria de Ensino — Fábrica de Conhecimento Diretoria de Ensino — Fábrica de Conhecimento Rua do Bispo,

Rua do Bispo, 8383, bloco, bloco FF, Campus João Uchôa, Campus João Uchôa Rio Comprido — Rio de Janeiro —

(5)

Sumário

Prefácio

11

1. O Direito e a Empresa

13

Objetivos 14

1.1 A moral e o Direito. Teoria dos Círculos Concêntricos.

Direito Objetivo e Direito Subjetivo. 15

1.1.1 A organização do Estado e os Ramos de

Direito Público e do Direito Privado 16

1.1.2 O ordenamento Jurídico e as Fontes do Direito 17

1.1.3 Integração da Norma Jurídica 19

1.1.3.1 Analogia 20

1.1.3.2 Equidade 20

1.1.3.3 Princípios gerais do direito 21

1.1.4 Ramos do Direito 21

1.1.4.1 Direito constitucional e administrativo 22 1.1.4.2 Direito econômico, financeiro e tributário 24

1.1.4.3 Direito penal e processual 26

1.1.4.4 Direito da seguridade social 28

1.1.4.5 Direito Civil 29

1.1.4.6 Direito do trabalho 29

1.2 Direito Empresarial ou Direito Comercial? 30 1.2.1 Teoria da Empresa e Conceito de Empresário 31

1.2.2 Obrigações do Empresário 32

1.2.3 Pressupostos para atividade regular do empresário 32

1.2.4 Escrituração dos Livros Contábeis 34

1.2.5 O Código Civil Brasileiro e as atividades excluídas

do contexto empresarial 36

Atividades 37

Reflexão 37

(6)

2. Estabelecimento Empresarial, Nome Empresarial,

Personalidade Jurídica. Direito Societário, dos

Atos Constitutivos da Sociedade e dos Agentes

Societários

39

Objetivos 40

2.1 Estabelecimento empresarial e a atividade da empresa 41

2.1.1 Nome Empresarial 42

2.1.2 Personalidade Jurídica 42

2.1.2.1 Dos direitos da personalidade 43

2.1.3 Pessoa Física e Pessoa Jurídica 44

2.1.4 As empresas e o problema da personalidade jurídica 46 2.1.5 Estrutura do direito societário no sistema jurídico brasileiro 48

2.1.5.1 Os requisitos de validade 48

2.1.5.2 Os elementos específicos 49

2.1.5.3 As cláusulas contratuais 49

2.1.5.4 A forma 49

2.2 Atribuições dos Sócios 50

2.2.1 Participação nos lucros e nas perdas 50 2.2.2 Atribuições dos Administradores da Sociedade 51 2.2.3 Elementos de validade do contrato social 52

2.2.3.1 A pluralidade de sócios 53

2.2.3.2 A constituição de capital social 53

2.2.4 Diferença entre sócio e administrador da sociedade 54 2.2.5 Responsabilidade do sócio e do administrador. 55

2.2.5.1 Da administração da sociedade 56

2.2.6 Direitos e deveres dos sócios 56

2.2.6.1 Os direitos patrimoniais 57

2.2.6.2 Os direitos políticos 57

2.2.6.3 Direito de fiscalização 58

2.2.6.4 Direito de retirada 59

2.2.6.5 Direito de preferência 59

2.2.6.6 Responsabilidade do sócio e do administrador. 59

Atividades 60

Reflexão 61

(7)

3. Das sociedades Empresariais:

A Sociedade Limitada e a Sociedade Anônima. 63

Objetivos 64

3.1 As sociedades empresariais e o Código Civil de 2002 65 3.1.1 Efeitos da personalização das sociedades 66 3.1.2 Início e término da personalização das sociedades 66 3.1.3 As sociedades personificadas e não personificadas 68

3.1.4 As sociedades simples 69

3.1.5 As sociedades não personificadas: comum e

em conta de participação 69

3.1.6 As sociedades quanto a sua forma de constituição 71 3.2 A sociedade limitada e a sociedade anônima 72

3.2.1 Órgãos da Sociedade Limitada 73

3.2.1.1 As obrigações dos sócios da sociedade limitada 75 3.2.1.1.1 Dever de integralização do capital social 75 3.2.1.1.2 Responsabilidade subsidiária dos sócios 77

3.2.1.1.3 Dever de lealdade 77

3.2.1.2 Participação dos sócios na sociedade limitada 78 3.2.1.2.1 Participação nos resultados sociais 78 3.2.1.2.2 Fiscalização da gestão da sociedade 79 3.2.1.2.3 Contribuição para as deliberações sociais 79

3.2.1.2.4 Retirada da sociedade 80

3.2.1.2.5 Direito de preferência 80

3.2.1.3 Das deliberações dos sócios 80

3.2.1.4 Da administração da sociedade limitada 84

3.2.2 Órgãos da Sociedade Anônima 85

3.2.2.1 A assembleia-geral 86

3.2.2.2 O conselho de administração 87

3.2.2.3 Da administração da sociedade anônima 89 3.2.2.4 Do conselho fiscal da sociedade anônima 90

Atividades 92

Reflexão 93

(8)

4. Relações de Consumo e Títulos de Crédito

95

Objetivos 97

4.1 Conceito de consumidor 98

4.1.1 Conceito de fornecedor, produto e serviço 98 4.1.2 Política nacional das relações de consumo 99 4.1.2.1 Proteção à vida, saúde e segurança 99 4.1.2.2 Educação e divulgação sobre o

consumo adequado dos produtos 100

4.1.2.3 Direito de informação 100

4.1.2.4 Publicidade enganosa e abusiva 101

4.1.2.5 Cláusulas contratuais abusivas 101

4.1.2.6 Direito à indenização 102

4.1.2.7 Acesso à Justiça 102

4.1.2.8 Inversão do ônus da prova 103

4.1.2.9 Prestação dos serviços públicos 103

4.1.3 Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço 103 4.1.4 Responsabilidade por vício do produto 105 4.1.5 Responsabilidade pelo vício do serviço 108

4.1.6 Da decadência e prescrição 108

4.1.7 Prescrição quanto à reparação de danos 109 4.1.8 Desconsideração da personalidade jurídica 109

4.1.9 Das práticas comerciais 110

4.1.10 Da oferta 110

4.1.10.1 Requisitos da oferta 112

4.1.10.2 Da responsabilidade do fornecedor 112 4.1.10.3 Da oferta de componentes e

peças de reposição de produtos importados 112

4.1.10.4 Da oferta ou venda por telefone ou reembolso postal 113

4.1.10.5 Da responsabilidade solidária 114

4.1.10.6 Da recusa do cumprimento à oferta,

apresentação ou publicidade 114

4.1.11 Da oferta e da publicidade e

as cláusulas abusivas no contrato de consumo 115 4.1.11.1 Efeitos da publicidade enganosa ou abusiva 116

(9)

4.1.11.3 Renúncia ao direito de indenização por

benfeitoras necessárias 117

4.1.12 Práticas abusivas 118

4.1.12.1 Venda casada 118

4.1.12.2 Recusa de atendimento às demandas 119 4.1.12.3 Entrega de produto ou serviço sem solicitação prévia 119 4.1.12.4 Abuso diante da fraqueza e ignorância do consumidor 120

4.1.12.5 Vantagem excessiva 120

4.1.12.6 Serviços sem orçamento e autorização do consumidor 121

4.1.12.7 Informação depreciativa 121

4.1.12.8 Da Cobrança de dívidas 122

4.2 Atributos dos títulos de créditos 122

4.2.1 Princípios gerais dos títulos de crédito 123 4.2.2 Classificação dos títulos de crédito: 124

4.2.3 Letra de Câmbio 125

4.2.4 O endosso 128

4.2.5 O aval 129

4.2.6 O pagamento da letra de câmbio 129

4.2.7 O protesto 130 4.2.8 A ação cambial 130 4.2.9 A Nota Promissória 131 4.2.10 O Cheque 132 4.2.11 A Duplicata 135 Atividades 138 Reflexão 138 Referências bibliográficas 139

5. Contratos empresariais, Recuperação Judicial,

Extrajudicial e Falência da Empresa.

141

Objetivos 142

5.1 Princípios dos contratos 143

5.1.1 Classificação dos contratos empresariais 143 5.1.1.1 Contratos Bilaterais ou Unilaterais 143

(10)

5.1.1.3 Contratos comutativos e aleatórios 144 5.1.1.4 Contratos típicos e atípicos – nominados e inominados 144

5.1.1.5 Contratos consensuais e reais 145

5.1.1.6 Contratos solenes e não solenes 145

5.1.1.7 Contratos principais e acessórios 146 5.1.1.8 Contrato de execução imediata ou continuada 146 5.1.1.9 Contrato por prazo determinado ou indeterminado 147 5.1.1.10 Contratos individuais e coletivos 147 5.1.1.11 Contrato definitivo e preliminar 147 5.1.2 Modalidades dos contratos empresariais 147

5.1.2.1 Da Fiança 148

5.1.2.2 Do mandato 148

5.1.2.3 Características do Mandato 149

5.1.2.4 Da responsabilidade das partes 149

5.1.2.5 Das obrigações do mandatário 150

5.1.2.6 Das obrigações do mandante 150

5.1.2.7 Da extinção do mandato 151

5.1.2.8 Franquia ou “Franchising” 151

5.1.2.9 Obrigações das partes 151

5.1.2.9.1 Franqueador 151

5.1.2.9.2 Franqueado 153

5.1.2.10 Características 153

5.1.2.11 Extinção da Franquia 153

5.1.2.12 Arrendamento mercantil (leasing) 154

5.1.2.13 Características 155

5.1.2.14 Espécies de arrendamento mercantil 155

5.1.2.15 Obrigação das partes 155

5.1.2.16 Extinção do Arrendamento mercantil 156

5.1.2.17 Alienação Fiduciária 156

5.1.2.18 Características 157

5.1.2.19 Direitos e obrigações das partes 157

5.1.2.20 Seguro 159

5.1.2.21 Dos riscos 159

5.1.2.22 Espécies de seguro 160

5.1.2.23 Seguro de dano 160

(11)

5.1.3 Outros Contratos Empresariais 162

5.1.3.1 Compra e Venda Mercantil 163

5.1.3.2 Contrato de agência ou de representação comercial 163

5.1.3.3 Contrato de Distribuição 164

5.1.3.4 Contrato de Comissão Mercantil 164

5.1.3.5 Contrato de Mútuo 164

5.2 Recuperação judicial 165

5.2.1 Atores envolvidos no processo de recuperação judicial 168

5.2.2 Recuperação extrajudicial 169 5.3 Falência 170 Atividades 171 Reflexão 171 Referências bibliográficas 172

Gabarito

172

(12)
(13)

Prefácio

Prezados(as) alunos(as),

O Direito é único, porém estudado em diversas disciplinas que se formam de acordo com os fatos sociais que as envolvem. Importante dizer que tais fatos so-ciais, para adentrarem para o universo do Direito, necessitam ter por característica o fato de possuírem uma importância para a sociedade.

Por exemplo, se voltarmos cem anos da história de nosso país, dificilmente va-mos encontrar legislação que trate de Direito Ambiental. Certamente, por que as questões ambientais não eram relevantes à sociedade do início do século XX. No en-tanto, a cada dia a preocupação com a preservação do meio ambiente ganha maior proporção, fazendo com que o Direito se ocupe com este fato social.

Da mesma maneira, as empresas possuem um importante significado na atuali-dade. São as maiores empregadoras, as maiores contribuintes para o fisco, a ativida-de que produz todos os bens e serviços que necessitamos consumir, sem contar que representam o motor da economia, fazendo circular riquezas em nossa sociedade.

Não poderia ser diferente! O Direito também busca regular as atividades em-presariais, nos seus mais diversos aspectos, como as sociedades empresárias, os contratos empresariais, os títulos de crédito, as marcas e patentes e até mesmo as questões que envolvem as empresas em crise, ou seja, os processos de falência e de recuperação de empresa.

Dentre tais temas, elegemos o estudo das sociedades empresariais e das rela-ções de consumo para serem objetos de nossos estudos. É fato que das microem-presas às multinacionais, as mesmas se estruturam juridicamente na forma de sociedades empresárias, seja na forma de uma limitada ou na qualidade de uma sociedade anônima. Além disso, se mostra imprescindível que o aluno compreen-da o conceito de relação de consumo, os direitos do consumidor, frente às práticas abusivas cometidas pelo fornecedor e, os aspectos referentes à oferta de produtos e serviços previstos no Código de Defesa do Consumidor.

(14)
(15)

O Direito e a

Empresa

(16)

Este primeiro capítulo intitulado “O Direito e a Empresa” foi dedicado para cui-dar de conceitos imprescindíveis para aqueles que pretendem estucui-dar o Direito Comercial. Nele vamos compreender o conceito de direito e os ramos que com-põem as ciências jurídicas.

Não se trata de um capítulo eminentemente teórico, pois são fundamentos básicos para entendermos a disciplina e que serão aliados a conteúdos práticos também.

 Antes de estudarmos especificamente o Direito Comercial e suas principais normas, objetivo inclusive desta disciplina, é primordial neste capítulo se apo-derar do conceito de direito e os seus ramos inerentes.

Também abordaremos neste capítulo o conceito de empresário segundo o Código Civil Brasileiro que, tratou de dedicar um artigo específico buscando a sua conceituação daí a relevância deste instituto e também de sua conceitu-ação. Distinguiremos duas figuras que exercem as atividades empresariais: o empresário individual e a sociedade empresária. Por último abordaremos as obrigações-gerais dos empresários, que são a inscrição de sua atividade na  Junta Comercial e a realização da escrituração mercantil e dos levantamentos

contábeis.

OBJETIVOS

Por meio do estudo do presente capítulo, você estará apto a compreender os seguintes con-ceitos:

• Ordem Jurídica Vigente;

• Resolução de conflitos quando aparentemente inexistem normas jurídicas;

(17)

1.1 A moral e o Direito. Teoria dos Círculos

Concêntricos. Direito Objetivo e Direito Subjetivo.

O Direito se distingue da Moral em razão da coercibilidade, ou seja, a prerroga-tiva que o Estado dispõe de empregar a força necessária para assegurar o cum-primento de uma determinada norma jurídica.

 Já a norma moral é incompatível com o emprego da força. Por exemplo, se um seguidor de uma determinada religião deixa de comparecer aos seus cultos ele não poderá sofrer nenhum tipo de punição previsto na ordem jurídica vi-gente – apenas aquela prevista pelo seu grupo religioso, porém, se este mesmo indivíduo matar alguém, lhe será imposto restrição ao seu direito de ir e vir em decorrência de uma sanção penal pela prática que incorreu (COTRIM, 2008).

Portanto, podemos dizer que as normas morais são mais abrangentes do que as normas do direito, sendo o seu principal traço distintivo - a obrigato-riedade das normas jurídicas face as suas respectivas sanções se comparadas com as normas morais. As figuras abaixo nos auxiliam a compreender melhor a relação entre o Direito e a Moral.

Direito   Moral

Moral e Direito

Todavia, alguns juristas observam que não são todas as normas que pos-suem conteúdo moral, a exemplo das normas técnicas que determinam a velo-cidade máxima a transitar numa via pública, a uma velovelo-cidade máxima permiti-da de 60 km. Essa norma poderia instituir como velocipermiti-dade máxima permitipermiti-da 80 km e não há nelas conteúdo moral inserido.

(18)

Com efeito, concluem que o Direito possui normas morais e normas que es-tão desprovidas de conteúdo moral, sendo que os círculos abaixo representam melhor a relação existente entre o Direito e a Moral.

O Direito se submete também a outras duas classificações – Direito objeti- vo e Direito subjetivo. O direito objetivo se refere ao agrupamento de normas

que devem ser observadas por todos aqueles que vivem em sociedade, ou seja, são as normas de um modo geral e que uma vez violadas geram consequências  jurídicas.

Ex: as normas que compõem o Código Civil Brasileiro.

O direito subjetivo, por sua vez, são as normas que o indivíduo deverá invo-car para defender seus interesses segundo e como determina a Lei.

Ex: As normas que conduzem os processos a exemplo do Código de Processo Civil.

1.1.1 A organização do Estado e os Ramos de Direito Público e do

Direito Privado

O direito Nacional pode ser dividido em Público e Privado. O primeiro retrata uma organização do Estado, regida por normas de ordem pública, ou seja, nor-mas que não podem ser alteradas pela simples vontade das partes. Temos, por exemplo, que a obrigação de pagar determinado tributo é considerada norma de ordem pública.

 As normas de ordem privada ou do direito privado envolvem as relações en-tre particulares, por exemplo, normas contratuais oriundas da manifestação da vontade dos interessados. Assim, o Direito Privado é o que diz respeito aos interesses dos cidadãos no relacionamento recíproco e às normas contratuais utilizadas entre particulares, manifestando a vontade das partes e vigorando como lei entre os contratantes.

(19)

1.1.2 O ordenamento Jurídico e as Fontes do Direito

 Antes de estudarmos especificamente o Novo Código Civil, é de suma impor-tância, analisarmos, as fontes do direito.

 A expressão “fonte” tem o signi-ficado de nascente, ou seja, o local onde brota algo. Então, a utilização da expressão “fontes do direito”, nada mais é do que a determinação da origem do direito.

 As fontes podem ser classifica-das em diretas e indiretas. As fontes diretas ou imediatas enquadram-se a lei e o costume. Já as fontes indire-tas ou mediaindire-tas elencam-se a analo-gia e os princípios gerais do direito.  Abaixo da Constituição, existem as leis ordinárias, como: o Código Civil, que trata de direitos e obriga-ções, de contratos, de regras sobre família e sucessões, sobre coisas; leis sobre organização de sociedades, como a Lei das Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/76); sobre benefícios da Previdência Social (Lei n. 8.213/91), etc. (MARTINS, 2008).

Qual o conceito de Lei?

Lei em sentido formal é a norma emanada do Estado, e tem caráter imperativo. Lei em sentido material é a disposição imperativa, que tem caráter geral, contendo regra de direito positivo.

Quanto à natureza, as leis podem ser classificadas em materiais e instru-mentais ou processuais. As leis materiais regulam os direitos das pessoas, como o direito ao casamento, à filiação, ao contrato de trabalho e aos direitos trabalhistas, etc. As leis instrumentais ou processuais são o meio que a pessoa tem para fazer valer seu direito material, que são os Códigos de Processo Civil (CPC), Código de Processo Penal (CPP) e outras normas (MARTINS, 2008).

   ©    T    O    M    S    C    H    M    U    C    K    E    R     |   D   R    E    A    M    S    T    I    M    E .    C    O    M

(20)

O costume é a norma jurídica que não faz parte da legislação. É criado esponta-neamente pela sociedade, sendo produ-zido por uma prática geral, constante e reiterada. A aplicação do costume varia conforme o ramo do Direito. Em Direito Comercial, o costume tem considerável importância, já no Direito Penal, o cos-tume, com força de lei, é radicalmente proibido. Segundo o Código Penal, não há crime sem lei anterior que o defina (COTRIM, 2008).

Por outro lado, a doutrina, a jurisprudência e a equidade são consideradas fontes auxiliares de interpretação do direito.

 A doutrina – a lição dos doutos – é fonte secundária do Direito. De forma ampla, a investigação doutrinária exerce, atualmente, sua ação na elaboração do Direito Positivo da seguinte maneira (PINHO, NASCIMENTO, 2004):

• como base justificativa e interpretativa do texto legal;

• como fonte supletiva das deficiências e omissões do texto legal;

   ©    T    O    M    S    C    H    M    U    C    K    E    R     |   D   R    E    A    M    S    T    I    M    E .    C    O    M    ©    A    N    D    R    E    Y    B    U    R    M    A    K    I    N     |   D   R    E    A    M    S    T    I    M    E .    C    O    M

(21)

• como solução das questões para as quais a lei não fornece elementos; • como repositório de princípios que não podem ser submetidos à lei

escri-ta pela própria natureza.

 A jurisprudência consiste no modo pelo qual os tribunais se orientam na solução das diferentes questões. Expressa-se por meio das sentenças e acórdãos proferidos nas demandas. Essas decisões, quando tomadas em determinado sentido, passam a ser invocadas como precedentes a serem seguidos (PINHO, NASCIMENTO, 2004).

 Já a equidade é o processo por meio do qual o intérprete/juiz pode solucio-nar o caso utilizando-se de seus valores de Justiça.

Há na doutrina nacional quem adote a classificação de fonte material do direito, ou seja, é representado pelas relações da própria sociedade que os for-nece alguns elementos como: materiais (psicológico, filosófico) e históricos (retrata a conduta do homem no tempo).

Enfim, a teoria das fontes do direito é um instrumento de suma importância para regular o aparecimento contínuo e plural das normas de comportamento.

1.1.3 Integração da Norma Jurídica

O processo de integração das normas jurídicas está relacionado à ideia de que é impossível que o legislador preveja, por mais cauteloso que ele seja, todos os fatos e acontecimentos da vida real que devem merecer proteção do Direito.

É possível que ao tentar solucionar determinado caso, o juiz não encon-tre no ordenamento jurídico lei específica que possibilite pôr fim ao conflito. Neste caso, deverá o magistrado se valer dos meios de integração da norma jurí-dica, quais sejam: a analogia, a equidade e os princípios gerais do direito.

 As lacunas podem ser de várias espécies: voluntárias, quando a inexistência de normas é proposital pelo legislador, e involuntárias, quando o legislador efe-tivamente não previu a situação. Por vezes, essa omissão é absolutamente clara e manifesta; às vezes, o sistema apresenta normas que apenas aparentemente se aplicam. Em outras oportunidades, a integração faz-se necessária porque as disposições legais se chocam, são contraditórias, ocorrendo as chamadas anti-nomias (VENOSA, 2008).

(22)

1.1.3.1 Analogia

 Analogia consiste na utilização de uma norma para resolver um caso semelhan-te àquele para o qual foi especificamensemelhan-te criada.

 A Analogia não é um meio de interpretação da norma jurídica, mas de pre-encher as lacunas deixadas pelo legislador. Consiste na utilização de uma regra semelhante para o caso em exame (MARTINS, 2008).

1.1.3.2 Equidade

 A equidade é o processo por meio do qual o intérprete/juiz pode solucionar o caso utilizando-se de seus valores de Justiça.

É um poder de que dispõe o juiz para decidir o caso concreto dentro dos mais elevados princípios jurídicos e morais, ditando às vezes decisões que se- jam contrárias a todo o Direito formalmente constituído, mas intrinsecamente  justas e recomendadas pelo senso comum. Aristóteles observa o fato de que as normas jurídicas são necessariamente gerais e as circunstâncias de cada caso são particulares; mostra que a possibilidade de estabelecer previamente nor-mas adequadas a todas as futuras variações e hipóteses da prática excede a ca-pacidade de inteligência humana. Em consequência, a rígida aplicação fria do texto legal poderá em determinado caso conduzir a uma situação que não é a desejada. Quando isto ocorrer, o magistrado deverá exercitar o poder de decidir pela equidade, se a lei positiva o autorizar a fazer uso desse processo de integra-ção (PINHO, NASCIMENTO, 2004).

   ©    R    A    Y    M    O    N    D    S    H    U    M    E    L    I    O    V     |   D   R    E    A    M    S    T    I    M    E .    C    O    M

(23)

1.1.3.3 Princípios gerais do direito

São as regras oriundas da lógica natural das coisas e do ser humano, as quais acabam por auxiliar o juiz no momento de decidir determinado caso concreto. Temos como princípios gerais do direito:

I. o princípio do respeito à dignidade da pessoa humana, hoje encontrado até mesmo na Constituição (art. 1º, III), como um dos objetivos da República Federativa do Brasil, como um Estado Democrático de Direito (MARTINS, 2008);

II. segundo o artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o di-reito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”;

III. princípio da função social, que consiste em regular a vida humana na sociedade estabelecendo regras de conduta que devem ser respeitadas por to-dos (MARTINS, 2008);

IV. princípio da boa-fé, que pressupõe lealdade entre as partes em uma re-lação jurídica;

 V. princípio da segurança jurídica, que envolve a necessidade da manu-tenção das relações jurídicas (MARTINS, 2008);

 VI. princípio do contraditório e da ampla defesa, que consiste no direito, de ambas as partes, em um processo judicial, serem ouvidas e se defenderem, com todos os meios de prova em direito admitidos.

O juiz por força de seu dever de imparcialidade coloca-se entre as partes, mas equidistantes delas: ouvindo uma, não pode deixar de ouvir a outra; so-mente assim se dará a ambas a possibilidade de expor suas razões, de apresen-tar suas provas, de influir sobre o vencimento do juiz. Somente pela soma da parcialidade das partes (uma representando a tese e a outra, a antítese) o juiz pode corporificar a síntese, em um processo dialético (DINAMARCO, 2008).

1.1.4 Ramos do Direito

 Veremos que o Direito Público pode ser dividido da seguinte forma: Direito Constitucional, Administrativo, Econômico, Financeiro, Tributário, Da Seguri-dade Social e Processual (Trabalhista, Civil, Penal).

(24)

1.1.4.1 Direito constitucional e administrativo

O direito constitucional pode ser compreendido como um ramo do direito público que estuda as regras estruturais do Estado, relativas à organização po-lítico-estatal, definindo o regime político, a forma de Estado e delimitando a relação do Estado e o povo por meio do reconhecimento de garantias e direitos fundamentais.

 Vale lembrar, o direito constitucional é a esfera da ordenação estatal que se relaciona intimamente com os demais ramos do direito, coordenando-os e traçando sua base estrutural. Da mesma forma, o direito constitucional é con-siderado o marco inicial de todo direito do Estado.

 Já a expressão Constituição possui vários sentidos. Assim, em sentido lógi-co-jurídico, a Constituição é a norma hipotética fundamental. Essa concepção  jurídica positiva é o conjunto de normas que regulam a criação de outras

nor-mas, ou seja, é a lei em seu mais alto grau (KELSEN, 1962).

O que significa constituição?

Chama-se Constituição o complexo de regras que determinam a estrutura e o funcio-namento dos poderes públicos e asseguram a liberdade dos cidadãos. É a lei funda-mental de um país, anterior e posterior a todas as outras: fixa as relações recíprocas entre governantes e governados e não pode ser modificada senão pelos meios excep-cionais indicados no próprio texto ou por uma revolução triunfante (PINHO, NASCI-MENTO, 2004).

 A primeira Lei Magna brasileira foi a Constituição de 25 de março de 1824, denominada de Constituição Política do Império do Brasil. A segunda foi a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891. A terceira foi a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 16 de julho de 1934. A quarta foi a Norma Magna editada por ocasião do golpe de Getúlio Vargas e a instituição do Estado Novo, em 10 de novembro de 1937, denominada Constituição dos Estados Unidos do Brasil (MARTNS, 2008).

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 A quinta foi a Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de janeiro de 1967, foi editada por ocasião do regime militar e do golpe militar de 1964.  A Emenda Constitucional n. 1, de 17 de outubro de 1969, não é exatamente

uma Constituição, mas uma emenda constitucional. Na prática, acaba sen-do uma Constituição, pois alterou toda a Constituição de 1967. A última é a Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Foi inspirada, em parte, nas Constituições portuguesa e italiana e no que havia de mais moderno na época (MARTINS, 2008).

O Estado é o principal objeto do direito constitucional. A noção jurídica de Estado apóia-se em quatro elementos básicos: território, povo, governo e soberania. O direito administrativo, por sua vez, mantém relações concretas com o direi-to constitucional, pois atua jundirei-to aos agentes, os órgãos e as pessoas jurídicas ad-ministrativas, que de alguma forma atuam ou fazem parte da administração pú-blica, e ainda às atividades de natureza púpú-blica, referentes à atuação do Estado.

Nesse sentido, o conceito que permanece no tempo sobre direito adminis-trativo e que embasou as demais obras doutrinárias brasileiras, é do autor Hely Lopes Meirelles. Segundo o autor, o direito administrativo “sintetiza-se no con- junto harmônico de princípios jurídicos que regem as atividades públicas

ten-dentes a realizar concreta, direita e imediatamente os fins desejados pelo Estado”

   ©    W    I    K    I    M    E    D    I    A

(26)

CONEXÃO

CONEXÃO

Para maiores informações com relação à Constituição Federal, o estudante poderá acessar Para maiores informações com relação à Constituição Federal, o estudante poderá acessar o site www.stf.jus.br onde encontramos todas as normas existentes na Constituição Federal o site www.stf.jus.br onde encontramos todas as normas existentes na Constituição Federal e nas Constituições dos Estados.

e nas Constituições dos Estados.

Note que a esse ramo do direito público cumpre a função de atuar nas Note que a esse ramo do direito público cumpre a função de atuar nas for-mas de relacionamento entre os particulares e

mas de relacionamento entre os particulares e a administração pública.a administração pública. 1.1.4.2

1.1.4.2 Direito econômico, Direito econômico, financeiro e financeiro e tributáriotributário

O direito econômico é considerado um ramo do direito público que estuda o O direito econômico é considerado um ramo do direito público que estuda o conjunto de regras, princípios e

conjunto de regras, princípios e instituições que visam à intervenção do Estadoinstituições que visam à intervenção do Estado no domínio econômico.

no domínio econômico.

Referida intervenção tem, por sua vez, a finalidade de regular o mercado de Referida intervenção tem, por sua vez, a finalidade de regular o mercado de forma direta ou indireta. A primeira ocorre, por exemplo, quando o Estado se forma direta ou indireta. A primeira ocorre, por exemplo, quando o Estado se utiliza de sociedades de economia mista e das empresas públicas para utiliza de sociedades de economia mista e das empresas públicas para reali-zação de seus fins. Já a intervenção indireta pode ser notada quando o Estado zação de seus fins. Já a intervenção indireta pode ser notada quando o Estado apoia a atividade econômica dos

apoia a atividade econômica dos particulares.particulares.

CONEXÃO

CONEXÃO

Para maiores informações com relação ao Direito Financeiro, o estudante poderá acessar Para maiores informações com relação ao Direito Financeiro, o estudante poderá acessar o site www.planalto.gov.br, onde encontramos todas as normas existentes na Constituição o site www.planalto.gov.br, onde encontramos todas as normas existentes na Constituição Federal e nas Constituições dos Estados.

Federal e nas Constituições dos Estados.

O Direito Financeiro é um ramo autônomo da ciência do direito, conforme O Direito Financeiro é um ramo autônomo da ciência do direito, conforme se verifica no inciso I, do artigo 24

se verifica no inciso I, do artigo 24 da Constituição Federal, e é representado porda Constituição Federal, e é representado por um conjunto de princípios e regras que buscam regular a atividade financeira um conjunto de princípios e regras que buscam regular a atividade financeira do Estado. Entre as atividades que

do Estado. Entre as atividades que o Estado desenvolve, tutelando necessidadeso Estado desenvolve, tutelando necessidades públicas, algumas são essenciais (segurança pública, prestação jurídica, etc.) públicas, algumas são essenciais (segurança pública, prestação jurídica, etc.) outras complementares, protegendo outros itens (secundários), exercidas

outras complementares, protegendo outros itens (secundários), exercidas atra- atra- vés de concession

(27)

 A finalidade da atividade financeira é

 A finalidade da atividade financeira é a realização dos serviços públicos e a realização dos serviços públicos e oo atendimento das necessidades públicas, ou seja, as necessidades coletivas atendimento das necessidades públicas, ou seja, as necessidades coletivas en-campadas pelo poder político, inseridas no ordenamento jurídico. Logo, a

campadas pelo poder político, inseridas no ordenamento jurídico. Logo, a ativi- ativi-dade financeira encontra-se pautada em três necessiativi-dades públicas principais: dade financeira encontra-se pautada em três necessidades públicas principais: prestação de serviço, exercício do poder de

prestação de serviço, exercício do poder de polícia e intervenção econômica.polícia e intervenção econômica. Outros temas como a lei de responsabilidade fiscal (lei complementar n. Outros temas como a lei de responsabilidade fiscal (lei complementar n. 101 de 04

101 de 04 de maio de 2000) e de maio de 2000) e os precatórios também são analisados pelo direitoos precatórios também são analisados pelo direito financeiro.

financeiro.

O que significa Direito Tributário? O que significa Direito Tributário?

A doutrina jurídica tributária é rica nos conceitos de tributo, contudo, cabe aqui A doutrina jurídica tributária é rica nos conceitos de tributo, contudo, cabe aqui trazer-mos a definição da lei, regulamentada no art. 3º do Código Tributário Nacional, senão mos a definição da lei, regulamentada no art. 3º do Código Tributário Nacional, senão vejamos: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor vejamos: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instit

nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobra-uída em lei e cobra-da mediante ativicobra-dade administrativa plenamente vinculacobra-da”.

da mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

O último ramo do direito deste item é o dir

O último ramo do direito deste item é o direito tributário, que pode ser con-eito tributário, que pode ser con-siderado como um conjunto de princípios e regras que regem o poder fiscal siderado como um conjunto de princípios e regras que regem o poder fiscal do Estado, representado pela

do Estado, representado pela instituição, arrecadação e fiscalização de tributosinstituição, arrecadação e fiscalização de tributos devidos pelos indivíduos ao governo.

devidos pelos indivíduos ao governo. Note-se ainda, que tributo é o

Note-se ainda, que tributo é o gênero dos quais são espécies os impostos, asgênero dos quais são espécies os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria. Há autores nacionais que entendem que taxas, as contribuições de melhoria. Há autores nacionais que entendem que os empréstimos compulsórios e as contribuições de melhorias, embora os empréstimos compulsórios e as contribuições de melhorias, embora inte-grantes da categoria taxas e impostos, também se enquadram como espécies grantes da categoria taxas e impostos, também se enquadram como espécies do gênero tributo.

do gênero tributo.  A

 A relação relação tributária tributária tem tem seus seus marcos marcos estruturais estruturais regulados regulados pela pela Constituição,Constituição, que ao mesmo tempo outorga ao Estado o direito de instituir e arrecadar que ao mesmo tempo outorga ao Estado o direito de instituir e arrecadar tribu-tos (veja o art. 145

tos (veja o art. 145 da Constituição), assim como limita este direito (no art. 150,da Constituição), assim como limita este direito (no art. 150, por exemplo) e cerca o

por exemplo) e cerca o contribuinte de garantias contra os excessos tributários,contribuinte de garantias contra os excessos tributários, infelizmente tão comuns.

(28)

1.1.4.3

1.1.4.3 Direito Direito penal penal e e processualprocessual

O Direito Penal é o ramo

O Direito Penal é o ramo do direito público que regula o do direito público que regula o poder punitivo do Esta-poder punitivo do Esta-do, bem como as normas jurídicas que ligam o crime à pena, disciplinando as do, bem como as normas jurídicas que ligam o crime à pena, disciplinando as relações jurídicas daí

relações jurídicas daí resultantes.resultantes.

O princípio base do Direito Penal O princípio base do Direito Penal chamado de Reserva Legal é retratado no chamado de Reserva Legal é retratado no artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal, “não há crime sem lei anterior Federal, “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia que o defina, nem pena sem prévia co-minação legal”. Outros princípios nos minação legal”. Outros princípios nos informam que a lei penal é irretroativa, informam que a lei penal é irretroativa, contudo poderá retroagir para beneficiar contudo poderá retroagir para beneficiar o réu. Tal princípio assegura que o réu. Tal princípio assegura que nin-guém seja punido por fato atípico. Típico guém seja punido por fato atípico. Típico é o fato que se molda a conduta descrita é o fato que se molda a conduta descrita na lei penal. Daí decorre que o conjunto na lei penal. Daí decorre que o conjunto de normas penais incriminadoras é de normas penais incriminadoras é taxa-tivo e não

tivo e não exemplificativo.exemplificativo.

O Direito Penal é o principal O Direito Penal é o principal instru-mento dos governos autoritários, na mento dos governos autoritários, na ins-tauração e manutenção de regimes tauração e manutenção de regimes antide-mocráticos. Por esta razão, a Constituição de 1988, preocupada em evitar que se mocráticos. Por esta razão, a Constituição de 1988, preocupada em evitar que se repitam no Brasil as atrozes desumanidades testemunhadas durante o período da repitam no Brasil as atrozes desumanidades testemunhadas durante o período da Ditadura Militar, consignou uma série de garantias penais em favor do indivíduo. Ditadura Militar, consignou uma série de garantias penais em favor do indivíduo. Outro ponto estudado pelo Direito Penal refere-se ao crime consumado e Outro ponto estudado pelo Direito Penal refere-se ao crime consumado e tentado. De forma bem simples, é

tentado. De forma bem simples, é consumado o crime quando estão presentesconsumado o crime quando estão presentes todos os elementos de sua definição legal (O criminoso passa pelas seguintes todos os elementos de sua definição legal (O criminoso passa pelas seguintes etapas cogitação, preparação, execução e consumação). Por outro

etapas cogitação, preparação, execução e consumação). Por outro lado, o crimelado, o crime é tentado quando o agente percorre toda a trajetória do crime até a execução, é tentado quando o agente percorre toda a trajetória do crime até a execução, e, uma vez iniciada a

e, uma vez iniciada a execução, não se consuma o resultado típico execução, não se consuma o resultado típico (crime) “por(crime) “por razões alheias à vontade do agente”, ou seja, não ocorre

razões alheias à vontade do agente”, ou seja, não ocorre o resultado.o resultado.  Ainda

 Ainda, a infra, a infração peção penal ponal pode ser prde ser praticaaticada de forda de forma dolma dolosa, ou sosa, ou seja, o aeja, o agentegente pratica a conduta buscando alcançar o resultado criminoso, há intenção pratica a conduta buscando alcançar o resultado criminoso, há intenção nosa, ou culposa, isto é, quando o agente não tem intenção do resultado nosa, ou culposa, isto é, quando o agente não tem intenção do resultado crimi-noso, mas, o mesmo ocorre,

noso, mas, o mesmo ocorre, em razão de negligência, imprudência ou imperícia.em razão de negligência, imprudência ou imperícia.

   ©    ©    W    W    I    I    K    K    I    I    M    M    E    E    D    D    I    I    A    A

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Por fim, o direito processual é o ramo do direito público que regula as ativi-dades do poder judiciário e das partes em conflito no decorrer do processo judi-cial. Pode ser dividido em Direito Processual Civil, Processual Penal, Processual do Trabalho e Processual Militar.

Dentre as várias formas de so-luções dos conflitos, o processo se apresenta como um instrumen-to para a resolução imparcial dos conflitos que se verificam na vida social, composto, por três sujeitos: o autor e o réu nos pólos contras-tantes da relação processual, como sujeitos parciais; e, como sujeito imparcial, o juiz representando o interesse coletivo orientado para a justa resolução do litígio. No entanto, não se esgotou o rol de sujeitos processuais: órgãos auxiliares da justiça, intervenção de terceiros, advogado.

Inserido na Organização judiciária brasileira verificamos que são órgãos do Poder Judiciário:

a) supremo tribunal federal; b) superior tribunal de justiça;

c) tribunal superior do trabalho, os tribunais e juízes do trabalho; d) tribunais regionais federais e juízes federais;

e) tribunais e juízes eleitorais; f) tribunais e juízes militares.

g) tribunais e juízes dos estados, do distrito federal e dos territórios.

   ©    W    I    K    I    M    E    D    I    A    ©    G    U    S    T    A    V    O    T    O    L    E    D    O     |   D    R    E    A    M    S    T    I    M    E .    C    O    M

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1.1.4.4 Direito da seguridade social

O Direito da Seguridade Social representa o conjunto de princípios e normas, que têm por objetivo estabelecer um sistema de garantias aos indivíduos contra atos que dificultem ou impeçam o provimento de suas necessidades básicas, como direito à saúde, assistência social e a previdência social.

 A Seguridade Social, dessa forma, divide-se em três grandes áreas: Previdência Social, Saúde e Assistência Social. A fruição das prestações da Previdência é condicionada ao pagamento de contribuições sociais, requisito inexistente quanto à Saúde e à Assistência Social, cujos benefícios e serviços podem ser gozados sem necessidade de qualquer contribuição específica.

   ©    W    I    K    I    M    E    D    I    A

Divide-se o Direito Privado em: Direito Civil, Comercial e do Trabalho. É im-portante destacar que alguns autores consideram o Direito do Trabalho como pertencente à categoria do Direito Público.

(31)

1.1.4.5 Direito Civil

O mais antigo ramo do Direito, “o Direito Civil disciplina as relações jurídicas concernentes às pessoas, aos bens e a suas relações”. (VENOSA, p. 96)

Tradicionalmente considerado o príncipe entre os ramos do Direito, o Direito Civil avistou sua majestade ruir por força da afirmação, cabal no século XX, da supremacia da Constituição e do Direito Constitucional. Não obstante, não perde sua enorme importância em razão da extensão de sua incidência so-bre a vida cotidiana.

É no Direito Civil que vamos encontrar a regulamentação atinente ao status da pessoa natural com seus direitos da personalidade, à pessoa jurídica, a seus bens e domicílio, aos fatos jurídicos, seus requisitos, efeitos, defeitos e prova, às obrigações em geral, entre elas os contratos, às coisas, bens, objeto de posse, propriedade e outros direitos reais, às relações de família, como casamento e parentesco, e às sucessões. O Direito Civil cobre eventos, que se estendem des-de antes do nascimento da pessoa (na proteção do nascituro) até des-depois des-de sua morte (na destinação de seu patrimônio).

Qual o conceito de Direito Civil?

O direito civil é o ramo do direito privado que rege as relações entre os particulares, disciplinando a vida das pessoas desde a concepção até a morte, regulamentando as relações de família e patrimoniais no âmbito da sociedade.

1.1.4.6 Direito do trabalho

O Direito do Trabalho é o ramo da ciência do direito que disciplina as normas, as instituições jurídicas e os princípios que inerentes às relações de trabalho subordinado, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à pro-teção desse trabalho em sua estrutura e atividade.

 Atualmente, o mais importante texto legal trabalhista do Brasil é a CLT, em que se encontra reunida a maioria das leis, antes esparsas, sobre a matéria tra-balhista (DOWER, 2005).

(32)

CONEXÃO

Para maiores informações com relação ao Direito do Trabalho, o estudante poderá acessar o site www.tst.gov.br, onde encontramos atos e instruções normativas referentes à relação entre empregado e empregador.

1.2 Direito Empresarial ou Direito Comercial?

O Direito Empresarial tem por objeto a atividade comercial em geral, ati-nando, portanto, a uma realidade alta-mente complexa e dinâmica.

Muito se tem debatido sobre as de-nominações que os autores atribuem para denominar esse ramo do direito privado.

Para alguns, a nomenclatura direi-to comercial não é capaz de exprimir o conteúdo do objeto de estudo desse ramo do direito, pois existem ativida-des econômicas que estão inseridas neste ramo do direito e que vão além dos comerciantes, tais como: indústrias, bancos, prestadores de serviços, etc..

Não é sem razão que, alguns juristas renomados sugerem a adoção da no-menclatura Direito Empresarial por expressar melhor os seus objetivos.

Para maiores informações consultar o artigo http://www.tribunalarbitralfortaleza.com. br/direito_empresarial.html, onde o autor explana muito a diferença histórica entre di-reito empresarial e didi-reito comercial

   ©    B    O    W    I    E    1    5     |   D    R    E    A    M    S    T    I    M    E .    C    O    M

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1.2.1 Teoria da Empresa e Conceito de Empresário

Uma das grandes inovações trazidas pelo novo Código Civil Brasileiro é a ado-ção da teoria da empresa, também conhecida como teoria subjetivista ou teoria italiana, em homenagem ao Código Italiano de 1943, que primeiramente ado-tou esta sistematização.

 A teoria da empresa é tida como uma evolução legislativa, pois é sucessora da teoria francesa dos atos de comércio. Em nosso ordenamento jurídico atual, a empresa encontra abrigo no texto legal do artigo 9661 do Código Civil.

Como bem observado pelos doutrinadores, o legislador pátrio não definiu expressamente o termo empresa, optando por conceituar o empresário. Porém, interpretando o referido texto legal, podemos extrair o significado de atividade empresarial.

Deste modo, atividade empresarial é toda atividade econômica organizada para a produção de bens, circulação de bens ou prestação de serviços.

Organização dos fatores  de produção:

- capital - bens

- mão-de-obra - tecnologia

O primeiro elemento de destaque é a expressão “atividade econômica”. Isto significa que empresa é uma atividade lucrativa, ou seja, uma atividade que produz lucros2, e estes são utilizados para remunerar o capital aplicado de

pes-soas que investiram no empreendimento.

É importante frisar que desenvolver atividade econômica é da própria natu-reza das sociedades, pois nenhuma outra razão influencia o ânimo de manter a atividade empresarial. Mas as sociedades podem ser simples ou empresárias, portanto o fato de desenvolver uma atividade econômica não enseja a uma pes-soa jurídica o status de empresária.

1 Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

2 É o ganho financeiro produzido pela diferença entre a somatória de recursos financeiros obtidos no mercado e as despesas oriundas da atividade.

(34)

Necessariamente, as sociedades devem dedicar-se a uma atividade de cará-ter organizacional dos fatores produtivos. Isto significa que é preciso reunir ca-pital, bens, mão de obra e tecnologia e dar a estes elementos uma organização para atingir a sua finalidade de mercado.

Por último, a sociedade empresária, por meio de sua atividade econômica organizada, servirá o mercado com a produção de bens (indústria), a circulação de bens (comércio) ou a prestação de serviços.

1.2.2 Obrigações do Empresário

Todo empresário ou sociedade empresária, diariamente, deve cumprir inúme-ras obrigações civis, trabalhistas, previdenciárias e tributárias. Assim, fazem parte da rotina financeira dos empresários o pagamento de fornecedores, os financiamentos bancários, os salários, as contribuições previdenciárias e os demais tributos.

No entanto, as obrigações gerais dos empresários não tratam dos compro-missos do cotidiano do empresário, e sim do cumprimento de alguns deveres estabelecidos pela lei para que esteja na condição de “empresário regular”.

 As obrigações gerais dos empresários estão previstas no Código Civil Brasileiro e são as seguintes: inscrição na Junta Comercial, escrituração e le- vantamento das demonstrações contábeis.

1.2.3 Pressupostos para atividade regular do empresário

O artigo 967 do Código Civil Brasileiro diz ser obrigatória a inscrição do empre-sário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

 A legislação sempre exige o registro público para os atos da vida civil mais importantes, em razão de sua repercussão jurídica. Assim, é obrigatório o regis-tro do nascimento, do casamento, do óbito, da propriedade imobiliária, dentre outros. O efeito maior em manter o registro público de determinados atos ou fatos é o de tornar públicos e acessíveis os dados mantidos em registro.

Da mesma maneira, o exercício de uma atividade empresarial é de grande repercussão jurídica e, em virtude disso, o Código Civil exige o registro prévio do empresário ou da sociedade empresária, antes do início da exploração de empresa.

(35)

No Brasil, os registros públicos mercantis são realizados pelas Juntas Comerciais dos estados, e estas são coordenadas pelo Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC).

 As Juntas Comerciais executam três espécies de registro: a matrícula dos au-xiliares das empresas (leiloeiros, tradutores públicos, armazém-geral), autenti-cação da escrituração empresarial, o registro dos empresários e das sociedades empresárias.

Segundo o art. 968 do Código civil, a inscrição do empresário se fará me-diante requerimento que contenha: nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens do empresário; a firma, com a respectiva assinatura autógrafa; o capital; o objeto e a sede da empresa.

Com o deferimento do registro pela Junta Comercial, a inscrição será to-mada por termo no livro próprio e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos. À margem da inscrição do empresário, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes

O empresário que constituir um estabelecimento secundário deverá aver-bar a existência desta filial na Junta Comercial da respectiva sede. Do mesmo modo, se instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outra Junta Comercial, nesta deverá também inscrevê-la, com a prova da inscri-ção originária.

É importante abordar as consequências jurídicas pela falta do registro do empresário ou da sociedade empresária perante a Junta Comercial. Sendo um empresário irregular, ou seja, sem registro, não poderá obter seus cadastros perante os órgãos públicos, tais como Receita Federal (CNPJ), Secretaria da Fazenda Estadual (inscrição estadual) ou Secretaria da Fazenda Municipal (ins-crição municipal).

Também terá como consequência o impedimento para requerer a falência de outro empresário, solicitar perante o Poder Judiciário a sua recuperação de empresa e outras responsabilidades jurídicas em virtude de sua irregularidade.

(36)

1.2.4 Escrituração dos Livros Contábeis

 A escrituração é a atividade de registrar informações relativas a movimentações financeiras e patrimoniais do empresário. Trata-se de uma atividade já pratica-da desde o desenvolvimento do próprio comércio, pela sociepratica-dade humana, em  virtude de ser um mecanismo próprio para o controle gerencial da atividade

econômica.

 Assim, desde os primórdios da atividade econômica comercial, os comerciantes faziam uso de livros, denominados diários, para con-trolar seu negócio, assim como obter informações a respeito do resultado positivo ou negativo do empreendimento.

Em virtude da riqueza de in-formações encontradas nos livros dos comerciantes, estes começaram a utilizar suas anotações como meio de prova, sempre que solicitado para a realização de prestação de contas. Da mes-ma formes-ma, o Estado, com o seu poder de tributar, também se interessou pelos livros dos comerciantes para exercer sua atividade fiscalizatória sobre as ativi-dades comerciais.

Portanto, na atualidade, os livros que registram a escrituração empresarial possuem três finalidades, conforme estas foram surgindo no decorrer da his-tória: gerencial, documental e fiscalizatória. Com base nesta importância, os empresários possuem a obrigação de manterem a escrituração de sua atividade econômica.

O artigo 1.179 do Código Civil Brasileiro determina que “o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, me-canizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em corres-pondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.”

O texto legal acima estabelece, em um único momento, duas obrigações dos empresários e das sociedades empresárias: a escrituração dos livros e a realiza-ção periódica das demonstrações contábeis.

   ©    M    E    D    I    O    I    M    A    G    E    S    /    P    H    O    T    O    D    I    S    C    /    G    E    T    T    Y    I    M    A    G    E    S

(37)

Os livros de escrituração são:

• Livros Fiscais

1. Registro de Compras 2. Registro de Inventário

3. LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real do Imposto de Renda 4. Registro de entradas ICMS-IPI

5. Registro de saídas ICMS-IPI 6. Registro de apuração IPI-ICMS

• Livros Contábeis

1. Livro Razão 2. Livro Diário

• Livros do Direito Privado

1. Registros de Duplicatas 2. Livros Societários

3. Livros da Socidade Empresáriais

 Além desses, é possível encontrar exigências legais de ordem previdenciária e do Direito do Trabalho, tais como livro de registro de empregado, livro de ins-peção do trabalho, dentre outros.

Entretanto, o Direito Empresarial cuida apenas da obrigação de manter a escritu-ração de um livro, ou seja, o livro Diário. O artigo 1.180 do Código Civil tem a seguinte redação: “além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.”

No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do do-cumento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as opera-ções relativas ao exercício da empresa.

 A escrituração do Diário será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens, e ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilita-do, salvo se nenhum houver na localidade.

 Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numero-sas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros

(38)

auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conser- vados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.

Também serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.

O livro Diário, juridicamente, é o maior instrumento de provas em favor ou contra o empresário que o escriturou. Assim, este poderá utilizar sua escritura-ção para fazer prova contra outro empresário ou, então, o Diário será utilizado para a realização de provas periciais contábeis, em processos de falência, recu-peração de empresa, prestação de contas e dissolução de sociedade.

Para estar regularmente escriturado, o livro Diário depende de estar autenti-cado pela Junta Comercial, segundo o artigo 1.182 do Código Civil. A falta de es-crituração ou a sua irregularidade poderá acarretar diversas responsabilidades  jurídicas, dentre as quais a presunção de veracidade dos fatos alegados e que

não se encontram escriturados até mesmo a tipificação de crime falimentar.

1.2.5 O Código Civil Brasileiro e as atividades excluídas do contexto

empresarial

 Após analisarmos o caput do artigo 966 do Código Civil Brasileiro, vamos dedi-car nossa atenção ao que disciplina o seu parágrafo único:

Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Da leitura desse dispositivo podemos concluir que o artigo 966 do Código Civil Brasileiro (através de seu parágrafo único) não presta a qualificação de empresário a determinados agentes econômicos como por exemplo:

a) profissional intelectual (profissional liberal); b) sociedade simples; c) exercente de atividade ru-ral; d) cooperativas.    ©    E    R    I    C    S    I    M    A    R    D     |   D   R    E    A    M    S    T    I    M    E .    C    O    M

(39)

Com efeito, não são todos os agentes econômicos que são abrangidos pelo conceito de empresário estabelecido no artigo 966 do Código Civil Brasileiro.

ATIVIDADES

01. Qual o conceito de Direito?

02. Explique qual a diferença entre o direito público e privado.

03. Você seria capaz de, com as suas palavras, explicar o objeto de estudo do direito finan-ceiro, econômico e tributário?

REFLEXÃO

O Direito Empresarial, por meio da figura das sociedades empresárias, possibilitou uma segu-rança jurídica àqueles que desejam investir em alguma atividade econômica.

 Tal segurança encoraja quem pretende exercer atividade empresarial, pois o risco do negócio, que é natural em qualquer economia, pode ser minimizado com a constituição de sociedades que tenham por característica adotar o critério da responsabilidade limitada dos sócios para com as obrigações geradas pela empresa.

No entanto, é perfeitamente imaginável que este escudo protetor pode também ser utili-zado como um mecanismo pernicioso, possibilitando aqueles que pretendem aplicar fraudes no mercado, valendo-se de uma sociedade empresária.

O atual Código Civil, assim como outras legislações anteriores, previu esta situação e adotou o mecanismo jurídico da desconsideração da personalidade jurídica das sociedades. Assim, caso seja provado que sócios abusaram da personalidade jurídica de uma sociedade, criando para esta obrigações a fim de enriquecerem e valendo-se do manto protetor da responsabilidade limitada, eles poderão ter seus patrimônios particulares afetados por tais obrigações, por determinação do Poder Judiciário.

(40)

LEITURA

ALMEIDA Jr., Jesualdo Eduardo de.O direito de empresa no novo Código Civil. Revista Síntese de

direito civil e processual civil, n. 19,ano IV, set-out., p. 131-144. Porto Alegre: Síntese, 2002.

ALMEIDA, Betyna Ribeiro de.Aspectos da teoria jurídica da empresa.Revista de Direito Mercantil.

São Paulo, v.119, p.236-254. jul./set., 2000.

ASQUINI, Alberto.Perfis da empresa. Trad. Fábio Konder Comparato. Revista de Direito Mercantil.

São Paulo, v. 104, pp. 109-126. out./dez., 1996.

BULGARELLI, Waldirio. A teoria jurídica da empresa. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil.4. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. v. 1.

COMPARATO, Fábio Konder. O poder de controle na sociedade anônima. 2 ed. São Paulo: RT,

1977.

(41)

Estabelecimento

Estabelecimento

Empresarial, Nome

Empresarial, Nome

Empresarial,

Empresarial,

Personalidade Jurídica.

Personalidade Jurídica.

Direito Societário, dos

Direito Societário, dos

Atos Constitutivos

Atos Constitutivos

da Sociedade e dos

da Sociedade e dos

Agentes Societários

Agentes Societários

2

2

(42)

Este capítulo ocupa-se do estudo das sociedades contratuais.Muito embora Este capítulo ocupa-se do estudo das sociedades contratuais.Muito embora as sociedades anônimas não sejam classificadas como sociedades as sociedades anônimas não sejam classificadas como sociedades contratu-ais, o fato é que a maioria das sociedades constituídas no Brasil está ais, o fato é que a maioria das sociedades constituídas no Brasil está estrutu-rada na forma

rada na forma contratual, em especial destaque para as sociedades limitadas.contratual, em especial destaque para as sociedades limitadas. Portanto, em virtude deste fato, j

Portanto, em virtude deste fato, julgamos ser fundamental realizar um estudoulgamos ser fundamental realizar um estudo mais aprofundado sobre a estrutura jurídica e o funcionamento das mais aprofundado sobre a estrutura jurídica e o funcionamento das socieda-des contratuais.

des contratuais.

 Além disso, as noções que teremos neste capítulo serão importantes para  Além disso, as noções que teremos neste capítulo serão importantes para compreender as sociedades institucionais, como são as sociedade anônimas, compreender as sociedades institucionais, como são as sociedade anônimas, por meio da análise de suas

por meio da análise de suas distinções.distinções.

OBJETIVOS

OBJETIVOS

Este capítulo tem por finalidade apresentar os elementos que compõem as sociedades Este capítulo tem por finalidade apresentar os elementos que compõem as sociedades empre-sárias contratuais; como é constituída juridicamente uma sociedade empresária contratual e os sárias contratuais; como é constituída juridicamente uma sociedade empresária contratual e os direitos básicos de sócios.

direitos básicos de sócios.

A importância deste levantamento é visualizarmos quais são os pilares de sustentação de uma A importância deste levantamento é visualizarmos quais são os pilares de sustentação de uma sociedade, além de possibilitar na prática, que tenhamos noção das principais cláusulas a sociedade, além de possibilitar na prática, que tenhamos noção das principais cláusulas a se-rem negociadas ao elaborar um contrato ou um estatuto social.

(43)

2.1

2.1

Estabelecimento

Estabelecimento

empresarial

empresarial

e

e

a

a

atividade da empresa

atividade da empresa

   ©    ©    P    P    A    A    V    V    E    E    L    L    L    L    O    O    S    S    E    E    V    V    S    S    K    K    Y    Y     |     |   D   D   R   R    E    E    A    A    M    M    S    S    T    T    I    I    M    M    E    E . .    C    C    O    O    M    M

Segundo o Código Civil Brasileiro, através de seu artigo 1.142, compreende-se Segundo o Código Civil Brasileiro, através de seu artigo 1.142, compreende-se por estabelecimento o conjunto de

por estabelecimento o conjunto de bens organizados para atividade da empre-bens organizados para atividade da empre-sa, podendo ser

sa, podendo ser executado por emexecutado por empresário presário ou até mesmou até mesmo por sociedade eo por sociedade em- m-presária (Mamede, 2009). São as seguintes ilações que podem ser extraídas do presária (Mamede, 2009). São as seguintes ilações que podem ser extraídas do referido artigo pelas lições de Mamede (2009 p. 257): “fica claro, portanto, que referido artigo pelas lições de Mamede (2009 p. 257): “fica claro, portanto, que (1) estabelecimento e (2) empresa são conceitos distintos, que não se (1) estabelecimento e (2) empresa são conceitos distintos, que não se confun-dem. O estabelecimento serve de exercício da empresa (...) e

dem. O estabelecimento serve de exercício da empresa (...) e a empresa, aqui, éa empresa, aqui, é considerada pelos bens (coisas e direitos) que a

considerada pelos bens (coisas e direitos) que a compõem”.compõem”. Quanto aos elementos formadores do

Quanto aos elementos formadores do estabelecimeestabelecimento empresarial, embo-nto empresarial, embo-ra não haja um consenso entre os juristas, em linhas geembo-rais pode-se dizer que é ra não haja um consenso entre os juristas, em linhas gerais pode-se dizer que é ele composto tanto por elementos materiais (ou corpóreos) e também por ele composto tanto por elementos materiais (ou corpóreos) e também por ele-mentos imateriais (incorpóreos) (Coelho, 2008). Os eleele-mentos corpóreos são mentos imateriais (incorpóreos) (Coelho, 2008). Os elementos corpóreos são abrangidos pelo mobiliário, utensílios, máquinas, veículos, estoque, etc...,ou abrangidos pelo mobiliário, utensílios, máquinas, veículos, estoque, etc...,ou seja, todo o arsenal de bens que o empresário ou a sociedade empresarial se seja, todo o arsenal de bens que o empresário ou a sociedade empresarial se utiliza para propiciar a sua atividade empresarial de forma

utiliza para propiciar a sua atividade empresarial de forma organizada.organizada.

Em relação aos elementos incorpóreos pode-se mencionar os bens Em relação aos elementos incorpóreos pode-se mencionar os bens indus-triais, desenhos indusindus-triais, marca registrada, patentes de

triais, desenhos industriais, marca registrada, patentes de invenção, nome em-invenção, nome em-presarial e o próprio

(44)

2.1.1 Nome Empresarial

O Código Civil determina que o nome empresarial é aquele adotado para o exercício da empresa, equiparando-se ao nome empresarial a denominação das sociedades simples, das associações e fundações. É o que estabelece o arti-go 1155 do Códiarti-go Civil Brasileiro:

Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa. Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.

Importante destacar que o nome em-presarial deve contemplar algumas exigên-cias impostas pela legislação, como por exemplo o artigo 1.156 do CC:

O empresário opera sob firma constitu-  ída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais  precisa da sua pessoa ou do gênero de

atividade.

Caso se trate de uma sociedade empre-sarial limitada a lei faz a seguinte exigên-cias junto ao artigo 1158:

Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

2.1.2 Personalidade Jurídica

 A personalidade jurídica é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações.    ©    A    L    M    A    G    A    M    I     |   D   R    E    A    M    S    T    I    M    E .    C    O    M

Referências

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