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modelos de petições investigação de paternidade

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Academic year: 2021

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(1)

MODELO 1

modelos de petições

investigação de paternidade

Procuração “ad judicia”

PROCURAÇÃO

“AD JUDICIA”

Através do presente instrumento particular de mandato, ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (pro- fissão), ... (estado civil), portador do RG n. ... e ins- crito no CPF sob o n. ..., residente e domiciliado no ende- reço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., nomeia e cons- titui como seu procurador o advogado, ... (nome completo), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o n. ..., Seção do Estado de ..., Subseção de ..., com escri- tório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Tel. ... ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., outorgando-lhe amplos po- deres, inerentes ao bom e fiel cumprimento deste mandato, bem como para o foro em geral, conforme estabelecido no artigo 38 do Código de Processo Civil, e os especiais para transigir, fazer acordo, firmar compromisso, substabelecer, renunciar, desistir, reconhecer a procedência do pedido, receber intimações, re- ceber e dar quitação, praticar todos os atos perante repartições

a

a a

a

(2)

públicas Federais, Estaduais e Municipais, e órgãos da admi- nistração pública direta e indireta, praticar quaisquer atos pe- rante particulares ou empresas privadas, recorrer a quaisquer instâncias e tribunais, podendo atuar em conjunto ou sepa- radamente, dando tudo por bom e valioso, com fim específico para o fim especial de propor AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE contra ... (nome completo), ...

(nacionalidade), ... (profissão), ... (estado civil), portador

do RG n. ... e inscrito no CPF sob o n. ..., resi- dente e domiciliado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., perante juízo competente.

..., ... de ... de ... . ...

Outorgante

(3)

MODELO 2 Ação de investigação de paternidade

(Cancelamento do registro de nascimento)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA CIDADE E COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

... (nome completo), ... (nacionalidade), ...

(estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Iden- tidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e do- miciliado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., neste ato representado por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte na Lei n. 8.560, de 29 de dezembro de 1992, e demais dispositivos legais aplicáveis, propor:

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE,

contra ... (nome completo), ... (nacionalidade),

... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira

de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e do-

miciliado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ...,

Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ...,

pelos fatos e motivos que passa a expor:

(4)

DOS FATOS e DOS DIREITOS

O requerente nasceu em ... de ... de ..., na Ci- dade e Comarca ..., do Estado ..., foi registrado no Cartório de Registro de Pessoas Naturais localizado na Cidade de ..., do Estado ..., conforme documento em anexo.

Dessa forma, interpõe a presente peça para buscar o can- celamento do registro de nascimento feito por ..., pois afirma ser filho do requerido, sendo que este teve um relaciona- mento amoroso com a mãe do peticionário.

Observa-se que, o pai registral afirma que não é pai bioló- gico do demandante, pois quando iniciou o relacionamento com a mãe do mesmo, já tinha a confirmação que esta estava grávida de 5 (cinco) meses e que realmente não era o pai da criança.

Ora, o requerente espera que seja feito o exame de DNA, para comprovar a paternidade em tela.

Além disso, as provas testemunhais elencadas no final da presente peça apontam a ocorrência do relacionamento entre o demandado e a mãe do demandante.

No presente caso, é importante basearmos na Súmula n. 301 do STJ, que prevê:

“Súmula n. 301. Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.”

Nas palavras do nobre desembargador do TJRS, Alzir Felippe Schmitz, no julgamento do processo n. 70034341149, apelação cível, decide que:

“A prova dos autos é contundente ao apontar a paterni- dade biológica pugnada pelo autor.

(5)

Nesse sentido, destaco que aliada à credibilidade da prova científica conferida pelo exame de DNA, a prova teste- munhal também aponta para a existência de relaciona- mento com conjunção carnal entre a mãe do autor e o apelado ADC.

Iniciando com o exame de DNA, temos que o laudo apre- sentado pela coleta do material do autor e do apelado impulsiona a inclusão da paternidade, resultando na probabilidade de 99,9999%.

Tal percentagem é capaz de aferir a paternidade biológica e, ao contrário da sustentação do apelado, o resultado do exame de DNA é amplamente aceito não só no universo científico, como também no âmbito jurídico.

A máxima da aceitação plena do resultado do exame de DNA como medidor seguro de paternidade, é a edição da Súmula 301 do STJ, que presume, juris tantum, a pater- nidade daquele que se recusa a fazer o exame de DNA.

Assim, não é lógica a aceitação da impugnação genérica ao resultado do exame de DNA, sem qualquer embasamento científico ou jurídico que a justifique.”

O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável aos pedidos do requerente dessa peça.

“Apelações cíveis. Ação investigatória de paternidade.

Decadência. Quando o impugnante procura não so- mente a desconstituição da paternidade reconhecida em seu registro civil, mas também a constituição de uma nova relação de paternidade, com a ação investigatória, tal direito não está abarcado pelo prazo decadencial pre- visto no artigo 1.614 do Código Civil e, além disso, é imprescritível.

Precedentes jurisprudenciais. Julgamento do mérito, ampliação do efeito devolutivo, com aplicação do § 3º do artigo 515, do CPC.

(6)

Mérito. Paternidade biológica reconhecida pelo exame de DNA. Descabe a impugnação genérica ao exame de DNA cujo resultado é amplamente aceito pela comuni- dade científica, bem como no âmbito jurídico. Paternidade socioafetiva.

Nos casos em que tanto o filho como o suposto pai so- cioafetivo clamam pelo reconhecimento da paternidade biológica, não há falar em vínculo socioafetivo.

Isso porque, para reconhecimento da existência da so- cioafetividade, a vontade das partes envolvidas é pres- suposto fundamental, sendo ilegítima a pretensão do pai biológico em imputar relação socioafetiva a terceiro.

Precedente deste Tribunal.

Deram provimento aos apelos.”

(Apelação Cível n. 70034341149, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Sch- mitz, Julgado em 27/10/2011).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

• que Vossa Excelência receba e defira a presente peça;

• que seja citado o requerido para, querendo con- teste, sob pena de revelia;

• que seja realizado o exame de DNA para com- provar a paternidade biológica;

• que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: docu- mental, testemunhal, pericial, entre outras.

Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso).

(7)

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

Rol de testemunhas:

1. (Nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF, endereço

completo);

2. (Nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF, endereço

completo).

(8)

MODELO 3 Recurso de apelação (Cancelamento do

registro de nascimento)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA CIDADE E COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

...

(nome completo), já qualificado nos autos do

processo em epígrafe, representado por seu advogado infra- -assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escri- tório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 513 e seguintes do Código de Processo Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor:

RECURSO DE APELAÇÃO,

por não concordar com a sentença do Juízo ... . Nessa seara, requer que Vossa Excelência providencie o remetimento do recurso e de suas razões ao Tribunal de Justiça do Estado de ... .

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(9)

MODELO 4 Razões de recurso de apelação (Cancela-

mento do registro de nascimento)

RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO PROCESSO N.: ...

APELANTE(S): ...

APELADO(S): ...

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA COLENDA CÂMARA

ÍNCLITOS DESEMBARGADORES DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA

DOS FATOS e DOS DIREITOS

O requerente nasceu em ... de ... de ..., na Cidade e Comarca ..., do Estado ..., foi registrado no Cartório de Registro de Pessoas Naturais localizado na Cidade e Comarca ..., do Estado ..., conforme documento em anexo.

Dessa forma, interpõe o presente recurso para buscar o cancelamento do registro de nascimento feito por ..., pois afirma ser filho do requerido, sendo que este teve um relacio- namento amoroso com a mãe do peticionário.

Observa-se que, o pai registral afirma que não é pai bio- lógico do demandante, pois quando iniciou o relacionamento com a mãe do mesmo, já tinha a confirmação que esta estava grávida de 4 (quatro) meses e que realmente não era o pai da criança (doc. anexado).

Ora, realizado o exame de DNA, e comprovado a paterni-

dade em tela, conforme documento em anexo.

(10)

Além disso, as provas testemunhais elencadas no final da presente peça apontam a ocorrência do relacionamento entre o demandado e a mãe do demandante.

Assim, diante dos fatos narrados fica evidente a paterni- dade biológica através do exame de DNA e afastada a paterni- dade socioafetivo entre o recorrente e o seu pai registral.

No presente caso, é importante basearmos na Súmula n. 301 do STJ, que prevê:

“Súmula n. 301. Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.”

Nas palavras do nobre desembargador do TJRS, Alzir Felippe Schmitz, no julgamento do processo n. 70034341149, apelação cível, decide que:

“Ainda neste ponto, importante referir que a impugnação ao exame de DNA, neste caso, não merece qualquer cré- dito não só por ser genérica, mas, principalmente, porque durante a instrução processual o investigado demons- trou sua inconformidade quanto ao resultado do exame e o Ministério Público o instou a responder se pretendia a realização de nova perícia genética.

Logo, entendo o resultado do exame de DNA como ple- namente satisfatório para assegurar que R.M.O. é filho biológico de A.D.C.

Mas, prosseguindo na análise da prova, não é só a perícia genética que comprova as alegações do autor.

Nessa seara, vejo que a prova testemunhal é uníssona ao apontar que o pai registral não é o pai biológico do autor.

O pai registral em seu depoimento, contou que iniciou um relacionamento afetivo extraconjugal com mãe do autor quando esta já estava grávida, afirmando que em nenhum momento houve dúvida quanto à ausência de liame biológico entre ele e o autor - fls. 161-165.

(11)

Ademais, as outras testemunhas e, inclusive o depoi- mento pessoal do investigado, em nada acrescentaram quanto à investigação da paternidade biológica, limitando suas assertivas ao momento em que o investigado e o investigando teriam sabido da paternidade biológica e à existência da paternidade socioafetiva – fls. 165-177.

Desse modo, vejo plenamente configurada a paternidade biológica de A.D.C. em relação a R.M.O.

Aliás, em nenhum dos depoimentos foi feita qualquer menção ao fato de haver a possibilidade de outro, que não o investigado ADC, ser o pai biológico do autor.”

O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável aos pedidos do requerente dessa peça.

“Apelações cíveis. Ação investigatória de paternidade.

Decadência. Quando o impugnante procura não somente a desconstituição da paternidade reconhecida em seu registro civil, mas também a constituição de uma nova relação de paternidade, com a ação investigatória, tal direito não está abarcado pelo prazo decadencial previsto no artigo 1.614 do Código Civil e, além disso, é imprescritível.

Precedentes jurisprudenciais. Julgamento do mérito, ampliação do efeito devolutivo, com aplicação do § 3º do artigo 515, do CPC.

Mérito. Paternidade biológica reconhecida pelo exame de DNA. Descabe a impugnação genérica ao exame de DNA cujo resultado é amplamente aceito pela comuni- dade científica, bem como no âmbito jurídico. Paternidade socioafetiva.

Nos casos em que tanto o filho como o suposto pai socioafe- tivo clamam pelo reconhecimento da paternidade biológica, não há falar em vínculo socioafetivo. Isso porque, para re- conhecimento da existência da socioafetividade, a vontade das partes envolvidas é pressuposto fundamental, sendo ilegítima a pretensão do pai biológico em imputar relação socioafetiva a terceiro. Precedente deste Tribunal.

(12)

Deram provimento aos apelos.”

(Apelação Cível n. 70034341149, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 27/10/2011).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o provimento do recurso para o reconhecimento da paternidade biológica, procedendo-se a retificação de seu registro civil de nascimento.

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(13)

MODELO 5 Ação negatória de paternidade (Ausência

do vínculo biológico)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA CIDADE E COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

... (nome completo), ... (nacionalidade), ...

(estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Iden- tidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e do- miciliado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., neste ato representado por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 1.601 e seguintes do Código Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, propor:

AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE,

contra ... (nome completo), ... (nacionalidade),

... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira

de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente

e domiciliado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ...,

Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ...,

pelos fatos e motivos que passa a expor:

(14)

DOS FATOS e DOS DIREITOS

O requerente teve um breve relacionamento com a mãe do requerido no ano de ..., que durou poucos meses (doc. anexado).

Assim, após o término, a mesma relatou alguns meses depois que estava grávida e o filho era do requerente, este ficou desconfiado pelo motivo de ambos usarem preservativo em todas as suas relações amorosas.

Nesse sentido, sentiu-se obrigado a retomar o relaciona- mento com a mesma e registrar o requerido em seu nome no Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas localizado na Cidade e Comarca ..., do Estado ... .

Em consequência da sua desconfiança, foi feito um exame de DNA e comprovou-se que o requerido não era seu filho, conforme documento em anexo. Assim, não está presente o vínculo biológico no caso em tela.

Vale lembrar que, a genitora sabe quem é o verdadeiro pai biológico do seu filho e a mesma declara (declaração em anexa) favoravelmente que o pai biológico reconheça tal paternidade e registre seu filho.

O artigo 1.601 do Código Civil fundamenta os pedidos do autor dessa peça.

“Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a pa- ternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.”

O nobre desembargador do TJRS, Luiz Felipe Brasil Santos,

no julgamento do processo n. 70040830234, apelação cível,

decidiu que:

(15)

“Acompanho pela conclusão, nos termos do voto do revisor.

Desimporta, com efeito, investigar a existência ou não de relação socioafetiva entre autor e réu.

O que leva à desconstituição do reconhecimento volun- tário é apenas o fato de que a vontade externada pelo autor foi viciada, pois baseada em erro.

Ora, se a partir desse erro, ele eventualmente tenha se com- portado como verdadeiro pai do demandado, isso apenas comprovaria sua boa índole, no cumprimento de deveres inerentes a uma paternidade que acreditava real.

Logo, seria ilógico puni-lo justamente por ter sido ético, ao passo que o genitor que abandonasse o filho e não formasse com ele relação socioafetiva, seria contemplado pela vio- lação aos deveres da paternidade responsável !”

O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável aos pedidos do requerente dessa peça.

“Apelação cível. Ação anulatória de paternidade. Prova de erro. Ausência de paternidade socio-afetiva.

Comprovado nos autos que o autor registrou o requerido como seu filho porque induzido em erro pela então namo- rada, e não havendo vínculo de afetividade entre os en- volvidos, o que é confirmado pela genitora do requerido, inclusive, apontando e nominando terceiro como sendo o pai biológico, cumpre julgar procedente a ação negatória de paternidade.

Deram provimento ao recurso.”

(Apelação Cível n. 70040830234, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 27/10/2011).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

(16)

• que Vossa Excelência receba e defira a presente peça;

• que seja citado o requerido para, querendo con- teste, sob pena de revelia;

• a condenação do requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios na forma da legislação em vigor;

• a expedição de mandado de averbação, depois do trânsito em julgado da sentença, ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas competente;

• que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: docu- mental, testemunhal, pericial, entre outras.

Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso).

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

Rol de testemunhas:

1. (Nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF, endereço

completo);

2. (Nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF, endereço

completo).

(17)

MODELO 6 Recurso de apelação (Ausência do vínculo

biológico)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA CIDADE E COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

...

(nome completo), já qualificado nos autos do

processo em epígrafe, representado por seu advogado infra- -assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escri- tório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 513 e seguintes do Código de Processo Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor:

RECURSO DE APELAÇÃO,

por não concordar com a sentença do Juízo ... . Nessa seara, requer que Vossa Excelência providencie o remetimento do recurso e de suas razões ao Tribunal de Justiça do Estado de ... .

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(18)

MODELO 7 Razões de recurso de apelação (Ausência

do vínculo biológico)

RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO PROCESSO N.: ...

APELANTE(S): ...

APELADO(S): ...

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA COLENDA CÂMARA

ÍNCLITOS DESEMBARGADORES DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA

DOS FATOS e DOS DIREITOS

No ano de ... o requerente teve um breve relaciona- mento com a genitora do requerido, mas tal relação amorosa durou poucos meses.

Assim, após o término, a mesma disse alguns meses depois que estava grávida e o filho era do requerente.

Vale demonstrar no caso em tela, que ambos usavam preservativos em todas as relações sexuais executadas.

Nesse sentido, sentiu-se obrigado a retomar o relaciona- mento com a mesma e registrar o requerido em seu nome no Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas localizado na Cidade de ..., do Estado ... .

Em consequência da sua desconfiança, foi feito um exame

de DNA e comprovou-se que o requerido não era seu filho,

conforme documento em anexo. Assim, não está presente o

vínculo biológico no caso em tela.

(19)

Vale lembrar que, a genitora sabe quem é o verdadeiro pai biológico do seu filho e a mesma declara (declaração em anexa) favoravelmente que o pai biológico reconheça tal paternidade e registre seu filho.

O artigo 1.601 do Código Civil fundamenta os pedidos do autor dessa peça.

“Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a pa- ternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.”

O nobre desembargador do TJRS, Alzir Felippe Schmitz, no julgamento do processo n. 70040830234, apelação cível, decidiu que:

“O recurso manejado merece ser conhecido, pois preen- chidos os requisitos para tanto.

Quanto ao mérito, a questão devolvida à apreciação da Corte diz respeito à ação anulatória de paternidade pro- posta pelo ora apelante, que registrou o apelado como seu filho, acreditando ser o pai biológico do menino, pois mantinha relacionamento com a sua genitora à época da concepção.

Compulsando os autos, constato que assiste razão ao re- corrente, porquanto comprovado o erro, além de ausente o que se denominou de paternidade sócio-afetiva.

Aliás, a própria genitora afirmou em juízo que pretende propor ação de investigação de paternidade contra aquele que acredita ser o pai de seu filho, de sorte que a sentença vergastada contrariou os interesses da criança.

Nesse sentido, peço vênia para acolher o parecer do Ministério Público, conforme segue:

(20)

“(...)

A presente ação negatória de paternidade fundou-se na desconfiança do autor quanto à paternidade em relação a JG, tendo em vista afirmações feitas pela própria mãe do menino.

Relatou o apelante em sua petição inicial que, após a primeira separação e antes do nascimento do infante, foi procurado por sua ex-companheira que lhe afirmou que estava grávida e que o filho era seu.

Em razão disso, voltou a conviver com ela e após o nasci- mento do infante registrou J... G... como seu filho.

Realizado o exame de DNA (fls. 27/29), este demonstrou a ausência de vínculo biológico entre E e JG, conforme já desconfiava o demandante.

A questão a ser analisada, portanto, é a possível socioafe- tividade existente entre o pai registral e o menino, o que, em havendo, obsta a alteração no registro pretendida.

No caso dos autos, restou demonstrado, pela oitiva do autor e de M, mãe de JG, que não há vínculo afetivo entre as partes.

A própria genitora afirmou em juízo que quando regis- trou o menino acreditava que ele era seu filho biológico.

Disse que o menino o tem como um amigo e não como pai, bem como que o chama de “P...”.

A ausência de afeto ou qualquer ligação do autor para com a criança fica clara em seu depoimento, assim como resta nítido que somente registrou JG porque acreditou no que a mãe do menino disse a ele, na época.

No Estudo Social de fls. 39/41, o apelante afirmou que

“enquanto estavam juntos nos primeiros dois anos JG o chamava de “P...” apelido que é conhecido, e nunca o chamou de pai, disse ainda que registrou o menino porque estava junto com M.”

(21)

Além disso, a assistente social que firmou o referido laudo concluiu que, em razão da ausência de vínculo de afeto entre o autor e o infante, deveria o pai biológico ser autuado “para que este assuma as responsabilidades e possa ajudar na educação do filho, pois toda a criança necessita de carinho e atenção vinda de um pai.”

4. Pelo exposto, o Ministério Público de 2º Grau mani- festa-se, pelo conhecimento do recurso e, no mérito, pelo seu provimento, reformando-se a decisão recorrida.

(...)”

O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável aos pedidos do recorrente dessa peça.

“Apelação cível. Ação anulatória de paternidade. Prova de erro. ausência de paternidade socio-afetiva.

Comprovado nos autos que o autor registrou o requerido como seu filho porque induzido em erro pela então namo- rada, e não havendo vínculo de afetividade entre os en- volvidos, o que é confirmado pela genitora do requerido, inclusive, apontando e nominando terceiro como sendo o pai biológico, cumpre julgar procedente a ação negatória de paternidade.

Deram provimento ao recurso.”

(Apelação Cível n. 70040830234, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 27/10/2011).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o provimento do recurso para

julgar a ação negatória de paternidade procedente, condu-

zindo-se a retificação de seu registro civil de nascimento.

(22)

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(23)

MODELO 8 Ação rescisória (Prova nova)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) PRESIDENTE(A) DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

PROCESSO N.: ...

... (nome completo), ... (nacionalidade), ...

(estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Iden- tidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e do- miciliado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., neste ato representado por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 485 e seguintes do Código de Processo Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, propor:

AÇÃO RESCISÓRIA,

da sentença definitiva e transitada em julgado na ... Vara

da Comarca de ..., do Estado ..., buscar a des-

constituição da decisão monocrática, pelos fatos e motivos que

passa a expor:

(24)

DOS FATOS e DOS DIREITOS

O requerente interpõe a presente peça para buscar a des- constituição da sentença monocrática que negou provimento ao recurso de apelação n. ..., ajuizado em oposição a sen- tença que decidiu extinta, conforme o disposto no artigo 269, inciso V, do Código de Processo Civil, a ação de investigação de paternidade processo n. ... .

Observa-se que, no caso em tela, surgiu uma prova nova, isto é, foi realizado um novo exame de DNA em um laboratório conceituado no mercado científico e foi constatado que o re- querente é pai biológico, pois o outro exame de DNA realizado pelo laboratório foi considerado falso, pois a genitora pagou cerca de R$ ... (valor por expresso), para os membros do mesmo falsificar tal exame e declarar que o requerente não é pai biológico.

Em consequência disso, o próprio laboratório que falsificou o exame de DNA declarou (declaração anexada) tal prática.

O artigo 485, inciso VII, do Código de Processo Civil, fun- damenta os pedidos do autor dessa peça em questão.

“Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável.”

Nas palavras do nobre desembargador do TJRS, Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, no julgamento do processo n. 70045769213, ação rescisão, decide que:

“Trata-se de ação rescisória proposta por G... buscando a desconstituição da decisão monocrática desta Sétima

(25)

Câmara Cível, da qual foi relator o eminente Des. José Conrado Kurtz de Souza, que negou provimento ao re- curso de apelação n. 70037468030 interposto contra a sentença que julgou extinta, com fundamento no art. 269, inc. V, do CPC, a ação de investigação de paternidade que moveu contra L... e outros, pretendendo o reconheci- mento da paternidade em relação a C..., falecido no ano de 1993.

Alega que o direito do descendente em conhecer seu ascen- dente direto pelo exame de DNA e de ser reconhecido como filho, não podem ser sufocados pela interpretação rígida, interrompendo a eficácia da função social do direito.

Pretende seja julgada procedente a ação para o fim de rescindir o v. acórdão proferido, com a determinação de realização do exame de DNA para comprovação da existência da paternidade. Pede a procedência da ação.

É o relatório.”

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

• que Vossa Excelência receba e defira a presente peça;

• depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, baseado no artigo 485, inciso II, do Código de Processo Civil;

• que seja citado o requerido para, querendo con- teste, sob pena de revelia;

• que seja julgado procedente o pedido, para res- cindir a r. sentença proferida pelo Juízo da ...

Vara Cível da Comarca de ..., do Estado

..., nos autos do processo n. ...,

baseado no artigo 485, inciso ..., do Código de

Processo Civil;

(26)

• que o requerido seja condenado ao pagamento das despesas processuais e os honorários advo- catícios;

• que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: docu- mental, testemunhal, pericial, entre outras.

Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso).

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

Rol de testemunhas:

1. (Nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF, endereço

completo);

2. (Nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF, endereço

completo).

(27)

MODELO 9

Ação de investigação de paternidade cumulada com pedidos de alimentos

(Pertence ao alimentante o ônus da prova)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA CIDADE E COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

...

(nome completo), menor impúbere, neste ato re-

presentado por sua genitora, ... (nome completo), ...

(nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador

da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residentes e domiciliados no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., neste ato representado por seu advogado infra- -assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escri- tório profissional situado no endereço na Rua ..., n.

..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte na Lei n. 8.560, de 29 de dezembro de 1992, e demais dispositivos legais aplicáveis, propor:

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CU- MULADA COM PEDIDOS DE ALIMENTOS,

contra ... (nome completo), ... (nacionalidade),

... (estado civil), ... (profissão), portador da Car-

teira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ...,

(28)

residente e domiciliado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., pelos fatos e motivos que passa a expor:

DOS FATOS e DOS DIREITOS

A mãe do requerente teve um relacionamento com ...

(nome completo), suposto pai do menor, esse enlace amoroso foi

constituído no ano de ... na Cidade de ..., do Estado ..., diante disso, nasceu o menor autor dessa peça, mas o requerido não reconheceu como seu filho, alega que não é pai do mesmo, pois sua mãe tinha outro relacionamento com outro homem.

Ora Excelência, o requerido fica pleiteando desculpas para fugir dos seus compromissos perante a justiça e burlar os direitos do requerente.

Diante de tais esclarecimentos, roga pela realização do exame de DNA, para comprovar a paternidade em tela.

Além disso, as provas testemunhais elencadas no final da presente peça apontam a ocorrência do relacionamento entre o demandado e a mãe do demandante.

No presente caso, é importante basearmos na Súmula n. 301 do STJ, que prevê:

“Súmula n. 301. Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.”

Além da realização do exame de DNA para comprovar

a paternidade, o requerente objetiva a fixação de uma pres-

tação alimentícia provisória de R$ ... (valor por extenso),

(29)

a serem creditados em forma de depósito na conta corrente da genitora do menor, conta corrente n. ..., agência n. ..., Banco ... .

Dessa forma, o menor não poderá ficar passando ne- cessidades, como ausência de alimentos, vestuário, remédios, educação, entre outros, conforme documentos em anexo.

É cediço que, o requerido possui uma vida financeira robusta, pois é gerente de uma multinacional ..., e per- cebe um salário de R$ ... (valor por extenso), quantia esta, suficiente para arcar com suas despesas pessoais e de seu suposto filho.

Nas palavras do nobre desembargador do TJRS, Jorge Luís Dall’Agnol, no julgamento do processo n. 70041907056, apelação cível, decide que:

“2. O presente recurso merece ser desprovido de plano, visto que manifestamente improcedente, o que autoriza jul- gamento singular, nos termos do art. 557, caput, CPC.

A sentença recorrida condenou Solimar ao pagamento de pensão alimentícia fixada em 80% do salário- mínimo.

O apelante pretende reduzir a verba alimentícia devida à apelada, sua filha menor, para 40% do salário-mínimo.

A pretensão aos alimentos “assenta-se tradicionalmente no binômio necessidade\possibilidade. Ou seja, exige-se a comprovação da necessidade de quem o reclama (....).

Em contrapartida, a necessidade de alimentos de um depen- de da possibilidade do outro de provê-los” (lição de Paulo Lobo, in Direito Civil, Famílias, ed. Saraiva, p. 374).

Tal binômio está previsto no art. 1694, parágrafo 1º, do Código Civil: “os alimentos devem ser fixados na pro- porção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada”.

(30)

Portanto, a existência e extensão da obrigação merecem fixação prudencial consoante as regras da razoabilidade, so- pesando a situação patrimonial e econômica dos sujeitos ativos e passivos. Ainda, ao alimentando deve alcançar-se padrão de vida compatível com sua condição social aten- dendo suas necessidades básicas.

Necessário considerar que o sustento de filho menor de idade é dever dos pais, cumprindo-lhes empreender redo- brados esforços para honrar tal obrigação na proporção das suas possibilidades.

Na hipótese dos autos, tenho que a verba alimentar restou fixada com adequação. O julgador monocrático ponderou que “relativamente à possibilidade do demandado, em- bora não tenha restado comprovado nos autos os valores que aufere mensalmente, há notícia de que é sócio da empresa I. B. e Cia Ltda, além de ser proprietário de um bar e mini mercado.

Ressalte-se, ainda, que o demandado não impugnou tais alegações, o que autoriza a presunção de que são verdadeiras”.

Com isso, não merecendo reforma, no aspecto, a decisão.

Não há nos autos comprovação de que o apelante não possa arcar com a prestação alimentar, no valor estabelecido pela decisão hostilizada.

Com propriedade, assim manifestou-se o digno Procurador de Justiça, Doutor Luiz Roberto Bandeira Pereira:

As necessidades de Francieli – nascida em 13/12/1997 (fl. 18) – são presumidas e crescentes em razão da idade.

Além disso, por evidente, suas despesas somam valor su- perior ao estabelecido pelo Juízo a quo.

A fixação da verba alimentar deve respeitar a proporciona- lidade entre as necessidades de quem reclama o sustento e as possibilidades de quem vai arcar com a obrigação. É a aplicação do binômio necessidade X possibilidade, cujo emprego depende dos elementos trazidos ao feito para análise do caso concreto.

(31)

Diante disso, verifica-se que as possibilidades do ali- mentante não restaram provadas nos autos. Segundo informações (fl. 34) o apelante “possui parte da empresa I. B. & Cia Ltda e também é proprietário de um bar res- taurante localizado na Rua José André Koff n. ...”, o que evidencia possuir condições de adimplir a obrigação nos moldes em que fixada.

Ainda, a falta de comprovação de recursos mostra-se in- suficiente para alterar a sentença que fixou alimentos em percentual condizente com as necessidades da alimentada e presunção de capacidade financeira do alimentante.

Isso porque estabelece a Conclusão n. 37 do Centro de Estudos do Tribunal de Justiça do Estado, que “Em ação de alimentos é do réu o ônus da prova acerca de sua im- possibilidade de prestar o valor postulado...”.

Ressalta-se, ainda, que a obrigação alimentícia vincula-se à clausula rebus sic stantibus, podendo ser revisada sempre que ocorrer substancial alteração no binômio possibilidade/

necessidade, sendo possível então novo pleito de redução ou majoração de alimentos, após novos elementos que alterem as possibilidades do alimentante ou as necessi- dades do alimentando.

Deste modo, manifesta a improcedência do recurso, que se impõe reconhecida de logo, na esteira dos precedentes desta Corte, até para evitar desdobramentos desnecessários e que só protrairiam o desfecho, já sabido, do recurso.”

Os entendimentos jurisprudenciais do TJRS, são favoráveis aos pedidos do requerente dessa peça.

“Apelação cível. Ação de investigação de paternidade.

Alimentos. Redução. Descabimento. A necessidade ali- mentar dos filhos menores é presumida, incumbindo, aos genitores, o dever de sustento.

Em ação que envolve pedido de alimentos, pertence ao alimentante o ônus da prova acerca de sua impossibi- lidade de prestar o valor pleiteado, consoante dispõe o

(32)

art. 333, inciso I, CPC. Para a redução de tal verba, é necessário comprovar a impossibilidade de arcar com o montante estabelecido. Artigos 1.695 e 1.699 do Código Civil. Apelação Cível desprovida, de plano.”

(Apelação Cível n. 70041907056, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís Dall’Agnol, Julgado em 01/11/2011).

“Apelação cível. Ação revisional de alimentos. Nova prole. Alegação de falta de capacidade econômica. Ônus da prova. (...).

Ônus probatório de comprovar alteração de sua situação financeira, do que não se desincumbiu. Processo defi- ciente probatoriamente. Apelação desprovida.”

(Apelação Cível n. 70026530592, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 19/11/2008).

“Ação revisional de alimentos. Desemprego do alimen- tante. Doença grave. Falta de provas acerca das alegações do alimentante. Descabimento de nova redução.

Os parcos elementos probatórios produzidos não per- mite verificar se, de fato, os alimentos, já reduzidos pela sentença, estão a onerar o alimentante excessivamente.

Uma vez que o ônus probatório competia ao alimentante, e este não cumpriu com sua incumbência, não há como se conceder redução maior do que aquela que veio do pri- meiro grau.

Negaram provimento.”

(Apelação Cível n. 70035969112, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 05/08/2010).

“Revisão de alimentos. Ônus probatório da insupor- tabilidade da verba alimentar arbitrada a cargo do ali- mentante. Razoabilidade da majoração determinada pelo juízo a quo.

(33)

O ônus de provar a insuportabilidade da verba alimentar arbitrada é do alimentante. Aplicação da Conclusão n. 37 do Centro de Estudos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Conjunto probatório que, por ora, desautoriza a revisão da decisão interlocutória proferida pelo juízo a quo em face da razoabilidade da majoração operada.

Agravo improvido.”

(Agravo de Instrumento n. 70010365757, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Carlos Teixeira Giorgis, Julgado em 30/03/2005).

“Agravo de instrumento. Ação de revisão de alimentos.

Pretensão à redução liminar. Ausência de provas da al- teração da capacidade do alimentante. (...).

É do alimentante o ônus de comprovar a alteração do binômio necessidade/possibilidade, ônus do qual não se desincumbiu o recorrente. Conclusão 37 do CETJRGS.

(...).

Agravo de instrumento desprovido.”

(Agravo de Instrumento n. 70038042487, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 24/11/2010).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

• que Vossa Excelência receba e defira a presente peça;

• que seja citado o requerido para, querendo con- teste, sob pena de revelia;

• que seja realizado o exame de DNA para com-

provar a paternidade biológica;

(34)

• que seja fixado prestação alimentícia provisória de R$ ... (valor por extenso), a serem credi- tados em forma de depósito na conta corrente da genitora do menor, conta corrente n. ..., agência n. ..., Banco ...;

• que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: docu- mental, testemunhal, pericial, entre outras.

Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso).

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

Rol de testemunhas:

1. (Nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF, endereço

completo);

2. (Nome completo, nacionalidade, profissão, RG, CPF, endereço

completo).

(35)

MODELO 10

Recurso de apelação

(Binômio: neces- sidade-possibilidade. Necessidades não comprovadas)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA CIDADE E COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

...

(nome completo), já qualificado nos autos do

processo em epígrafe, representado por seu advogado infra- -assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escri- tório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 513 e seguintes do Código de Processo Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor:

RECURSO DE APELAÇÃO,

por não concordar com a sentença do Juízo ... .

Nessa seara, requer que Vossa Excelência providencie o

remetimento do recurso e de suas razões ao Tribunal de Justiça

do Estado de ... .

(36)

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(37)

MODELO 11

Razões de recurso de apelação (Binômio:

necessidade-possibilidade. Necessidades não comprovadas)

RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO PROCESSO N. ...

APELANTE(S): ...

APELADO(S): ...

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA COLENDA CÂMARA

ÍNCLITOS DESEMBARGADORES DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA

DOS FATOS e DOS DIREITOS

O presente recurso trata-se do inconformismo do apelante com a sentença que julgou procedente a ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos, fls. ... .

Naquela ocasião, foi reconhecido o vínculo biológico e o apelante foi condenado ao pagamento de verba alimentícia no valor de RS ... (valor por extenso), conforme documentos anexados.

Diante de tais fatos, o recorrente alega que não possui condições financeiras suficientes para arcar com os alimentos fixados na sentença monocrática, pois o mesmo ganha uma quantia de RS ... (valor por extenso) mensalmente, baseado no documento em anexo.

Vejamos abaixo alguns artigos do Código Civil que dizem

respeito ao caso em tela.

(38)

“Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recí- proco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, con- forme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.”

Assim, os alimentos fixados excedem suas possibilidades, ferindo o binômio alimentar.

Em consequência disso, espera que a sentença mono- crática seja reformada para reduzir consideravelmente a verba alimentar fixada para o valor de RS ... (valor por extenso), por mês.

O nobre desembargador do TJRS, Alzir Felippe Schmitz, no julgamento do processo n. 70043449958, apelação cível, decidiu que:

“Trata-se de recurso de apelação interposto por P.L. contra a sentença que julgou procedente a ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos movida por W.H.C., reconhecendo o vínculo biológico e condenando o de- mandado ao pagamento de alimentos ao filho no valor equivalente a 50% (cinquenta por cento) do salário mí- nimo, retroativos à citação (fls. 119-123).

Em suas razões, sustenta que o encargos alimentar fixado excede as sua possibilidades, uma vez que aufere rendi- mentos de R$ 827,70 por mês.

(39)

Discorre sobre o binômio alimentar e menciona que previu tal obrigação. Requer a reforma da sentença, a fim de que seja reduzida a verba alimentar para 30% (trinta por cento) do salário mínimo (fls. 131-134).

O autor, ora recorrido, ingressou com a presente demanda em face do réu, ora recorrente, buscando o reconhecimento da paternidade e a fixação de alimentos em seu favor.

A sentença reconheceu o vínculo biológico entre as partes e fixou alimentos em 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo nacional.

Assim, busca o réu/recorrente, a redução do encargo alimentar, sustentando que o valor fixado excede a suas possibilidades.

Para a correta fixação dos alimentos, deve-se observar o disposto no § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, atentando para as necessidades da parte alimentada e possibilidades da parte alimentante.

É importante salientar que, no momento em que proposta a demanda, o recorrente já era maior de idade, não sendo, portanto, presumidas suas necessidades.

Assim, necessária a comprovação por parte do alimentado quanto à necessidade do pensionamento pleiteado.

No caso, o autor não se desincumbiu a contento do ônus probatório que lhe competia.

Analisando os autos, constato haver informações acerca do exercício de trabalho formal, conforme petição das fls. 29-30, portanto, comprovada a capacidade do autor de desenvolver atividade que lhe possibilite garantir o próprio sustento.

Ademais, de acordo com a petição da fl. 69, o requerente se encontra cumprindo pena em regime fechado, o que implica na inexistência de qualquer despesa pessoal com sua subsistência, uma vez que estas estão sendo custeadas pelo Estado.

(40)

Nesse sentido, transcrevo o parecer ministerial, agregan- do seus fundamentos como razões de decidir. Vejamos:

“Comprovado o vínculo de filiação entre as partes, por meio da perícia genética (fl. 100), pende discussão quanto aos alimentos. O alimentando pede 50% do salário mínimo e o alimentante oferece 30%.

O presente caso guarda a peculiaridade de o alimentando encontrar-se preso (fl. 69), o que nos leva a crer que suas despesas básicas (moradia, alimentação, etc.) são custeadas pelo Estado, não possuindo gastos extras, face a segregação em regime fechado.

Ou seja, os alimentos destinam-se a custear as despesas bá- sicas e cotidianas do alimentando, não podendo servir como uma “poupança” para quando o apelado sair da prisão.

Até porque ele já conta 26 anos (fl. 09) e é apto ao trabalho, tanto é que possui experiência profissional (fl. 29).

Assim, além de atualmente não possuir maiores gastos, tem-se que, quando acabar o cumprimento da pena deverá buscar meios de se sustentar.

Destarte, já que o recorrente apenas pleiteou a redução do encargo alimentar, é de ser provida sua irresignação, reduzindo os alimentos para 30% do salário mínimo, ainda mais porque demonstradas suas parcas condições econômicas, mediante o contracheque de fl. 62.”

Portanto, não há qualquer elemento de prova capaz de demonstrar a necessidade do pensionamento.

De outra banda, o documento acostado na fl. 62, comprova as parcas possibilidades do alimentante, corroborando a tese de excesso no encargos alimentar fixado pela sentença.

Diante destes fatores, não demonstrada a necessidade do alimentado perceber alimentos, mas, em observância ao princípio do non reformatio in pejus, cabível a redução do encargo alimentar para 30% (trinta por cento) dos salário mínimo, conforme requerido pelo apelante.

Isso posto, DOU PROVIMENTO ao apelo.”

(41)

O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável aos pedidos do requerente dessa peça.

“Apelação cível. Ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos. Filho maior de idade. Binômio:

necessidade-possibilidade. Necessidades não comprovadas.

Limites do pleito recursal.

Embora o implemento da maioridade civil não afaste o direito de perceber alimentos, as necessidades deixam de ser presumidas, cabendo à parte alimentada comprová-las.

Assim, não comprovadas as necessidades a contento e ausente pedido exoneratório, há de ser reduzida a verba alimentar fixada na sentença. Adequação às possibilidades do alimentante.

Deram provimento ao apelo.”

(Apelação Cível N. 70043449958, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 03/11/2011).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o provimento do recurso para que seja reformada a sentença monocrática, assim reduzindo consideravelmente a verba alimentar fixada para o valor de RS ... (valor por extenso), por mês.

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(42)

MODELO 12 Recurso de agravo de instrumento (Exis-

tência do vínculo de consanguinidade)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA CIDADE E COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

...

(nome completo), já qualificado no processo em

epígrafe, neste ato representado por seu advogado infra- -assinado, com instrumento de mandato em anexo, com es- critório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 522 e seguintes do Código de Processo Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor:

RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, por não concordar com a decisão do Juízo ... . Nessa seara, requer que Vossa Excelência providencie o remetimento do recurso e de suas razões ao Tribunal de Justiça do Estado de ... .

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(43)

MODELO 13

Razões de recurso de agravo de instru- mento (Existência do vínculo de consan-

guinidade)

RAZÕES DE RECURSO DE AGRAVO DE INSTRU- MENTO

PROCESSO N.: ...

AGRAVANTE(S): ...

AGRAVADO(S): ...

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA COLENDA CÂMARA

ÍNCLITOS DESEMBARGADORES DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA

DOS FATOS e DOS DIREITOS

Trata-se o caso em tela do inconformismo do recorrente com a decisão que fixou alimentos provisórios em favor de ..., no valor de R$ ... (valor por extenso), nos autos da ação de investigação de paternidade, processo n. ... .

Ora, no presente caso não existem elementos potentes para convencer o vínculo parental, conforme documentos anexados.

É cediço que, o recorrente nega o envolvimento amoroso com a genitora do menor, pois ambos tiveram apenas um envolvimento sexual em uma festa na Cidade de ... no ano de ..., conforme documento em anexo.

Ora, o recorrente está à disposição para fazer o exame de

DNA, assim está aguardando a data certa para a realização

do mesmo.

(44)

Diante disso, alega o recorrente que as provas anexadas nos autos da ação de investigação de paternidade são frágeis e com isso, não deverá ocorrer à fixação da verba alimentar antes de ser realizado o exame de DNA.

Na nobre decisão do desembargador Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, do TJRS, que julgou o processo n.

70044890903, agravo de instrumento, decide que:

“Trata-se da irresignação de I... L. M. com a r. decisão que fixou alimentos provisórios em favor da autora, no valor de 30% do salário mínimo, nos autos da ação de in- vestigação de paternidade que lhe move M... S. B., menor representada por sua genitora, N.. S. C. B..

Sustenta o recorrente não existir nos autos prova con- tundente para a fixação de verba alimentar. Diz que não está se nega a fazer o exame de DNA, pois está apenas aguardando o juízo a quo marcar data e local para que seja colhido o material genético.

Aduz que apenas admitiu que manteve relações sexuais com uma moça durante a F... do ano de 2010, mas não tem sequer lembrança do nome dela. Pretende seja des- constituída a decisão que fixou alimentos provisórios em favor da recorrida, antes de realizar o exame de DNA.

Pede o provimento do recurso.

O recurso foi recebido no efeito meramente devolutivo.

Intimada, a recorrida ofereceu contra-razões, pugnando pelo desprovimento do recurso.

Com vista dos autos, a douta Procuradoria de Justiça lan- çou parecer opinando pelo conhecimento e provimento do recurso.

É o relatório.

Diante da singeleza das questões postas e dos elementos de convicção inequívocos postos nos autos, bem como da orientação jurisprudencial pacífica desta Corte, passo ao julgamento monocrático consoante o permissivo do art. 557 do CPC, e adianto que estou acolhendo o pleito recursal.

(45)

Com efeito, é admissível a concessão de alimentos pro- visórios em ação de investigação de paternidade, como tem esta Câmara entendido de forma pacífica, mas, para tanto, é imprescindível que existam nos autos elementos razoáveis de convicção indicativos do vínculo parental, o que inocorre na espécie.

A ação investigatória de paternidade foi ajuizada em 24 de maio de 2011 e a petição inicial refere que a genitora da autora e o réu mantiveram um relacionamento amoroso, do qual adveio o nascimento da menor, mas o réu nega envolvimento amoroso, apenas admitindo que se relacionou sexualmente com uma mulher durante a F....

Assim, não obstante o recorrente ter admitido relaciona- mento sexual com uma mulher, que possivelmente seja a mãe da autora, é preciso convir que os elementos de prova existentes são frágeis ainda, cumprindo lembrar que a tutela antecipatória é exceção e não a regra, e somente se justifica, como o exige a lei, em casos excepcionalíssimos.

No caso em tela, existe apenas a palavra da mãe da autora apontando que o réu, ora recorrente, é o pai de sua filha, mas essa assertiva é frágil como elemento de convicção acerca da paternidade.

Se, porém, no curso do processo, vierem aos autos novos e ponderáveis elementos de convicção relativamente à paternidade, poderão os alimentos ser estabelecidos.

Com tais considerações, estou adotando, como razão de decidir, o douto parecer do Ministério Público, de lavra da eminente Procuradora de Justiça Ana Rita Nascimento Schinestsck, que peço vênia para transcrever, in verbis:

O recurso preenche os pressupostos de admissibilidade, de- vendo ser conhecido, portanto. No mérito, deve ser provido.

Com efeito, essa qualidade de prova a que ele se refere aqui inexiste. A mãe da autora narrou que manteve um rela- cionamento amoroso com o requerido (fl. 12), entretanto este, em contestação, assim afirmou:

(46)

No entanto, mister se faz salientar, que o requerido nunca manteve relacionamento com a representante da requerida (sic), tanto é verdade que a representante da requerente não consegue nem ao menos descrever o período do su- posto relacionamento.

Salienta-se apenas, que o recorrente manteve relações se- xuais com uma moça durante a F... do ano passado (2010), mais especificamente após o show da dupla de M. C. e R., não tendo lembrança nem do nome da mesma, portanto, impossível aceitar a paternidade da requerente sem o exame de DNA. (fl. 46) (grifou-se)

Uma é artigo indefinido, e a redação do texto é bastante clara no sentido de que o réu não reconheceu a paternidade (ele teve relação sexual com moça qualquer, não necessaria- mente a mãe e representante da autora). O magistrado, ao que tudo indica, equivocou-se na leitura do trecho transcrito. Em conclusão: uma simples alegação refutada não é suficiente para que os alimentos provisórios sejam estipulados, razão pela qual a decisão deve ser reformada.

Diante do exposto, o Ministério Público opina pelo PROVIMENTO do agravo de instrumento.

ISTO POSTO, em decisão monocrática, dou provimento ao recurso.”

Vejamos a seguinte jurisprudência do TJRS, favorável ao caso em tela:

“Investigação de paternidade. Alimentos provisórios.

Prova insuficiente. Descabimento.

Mostra-se inviável o deferimento de alimentos provisórios em sede de ação de investigação de paternidade quando os elementos de convicção existentes nos autos ainda não confortam, de forma razoável, a existência do vínculo de consanguinidade.

Recurso provido.”

(Agravo de Instrumento n. 70044890903, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 01/11/2011).

(47)

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o provimento do recurso, e que seja desconstituída a decisão que fixou alimentos provisórios antes de realizar o exame de DNA.

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(48)

MODELO 14 Recurso de apelação (Alimentante revel)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA CIDADE E COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .

(Dez espaços duplos para despacho)

...

(nome completo), já qualificado nos autos do

processo em epígrafe, representado por seu advogado infra- -assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escri- tório profissional situado no endereço na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade e Comarca ..., do Estado ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 513 e seguintes do Código de Processo Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor:

RECURSO DE APELAÇÃO,

por não concordar com a sentença do Juízo ... . Nessa seara, requer que Vossa Excelência providencie o remetimento do recurso e de suas razões ao Tribunal de Justiça do Estado de ... .

Nestes termos, Pede deferimento.

..., ... de ... de ... . ...

Advogado(a)

OAB/... - n. ...

(49)

MODELO 15 Razões de recurso de apelação (Alimen-

tante revel)

RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO PROCESSO N.: ...

APELANTE(S): ...

APELADO(S): ...

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA COLENDA CÂMARA

ÍNCLITOS DESEMBARGADORES DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA

DOS FATOS e DOS DIREITOS

O presente recurso trata-se do inconformismo do apelante com a sentença que julgou parcialmente procedente os pedidos nos autos de ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos, fls. ... .

Dessa forma, o apelado foi condenado ao pagamento de verba alimentar no valor de R$ ... (valor por extenso), e foi confirmada através de exame de DNA a paternidade do caso em tela, conforme documentos anexados.

Ora, o apelante sustenta que a verba alimentar deverá ser majorada para ...% do salário mínimo, baseado na forma do pedido originário, pois o apelado foi considerado revel, não se manifestando no processo.

Além disso, o pai biológico do apelante possui condições

financeiras robustas para arcar com a majoração da verba ali-

mentar (doc. anexado).

Referências

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