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Série on line como sala de aula no limiar do sensível / On line series as a classroom on the threshold of the sensitive

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761

Série on line como sala de aula no limiar do sensível

On line series as a classroom on the threshold of the sensitive

DOI:10.34117/bjdv6n7-146

Recebimento dos originais: 03/06/2020 Aceitação para publicação: 08/07/2020

Alessandro Flaviano de Souza

Doutorando em Estudos de Cultura Contemporânea Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso

Endereço: R. Quarenta e Nove, 2367 - Boa Esperança, Cuiabá - MT, 78060-900 E-mail: aleflaviano@gmail.com

Andrea Ferraz Fernandez

Doutora em Ergonomia da Informação pela Universitat Politécnica de Catalunya, Espanha (02-12-2002)

Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso

Endereço: R. Quarenta e Nove, 2367 - Boa Esperança, Cuiabá - MT, 78060-900 E-mail: ferrazfernandez@gmail.com

Naiara Cristina Gonçalves Rocha Passos Doutoranda em Estudos de Cultura Contemporânea

Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso

Endereço: R. Quarenta e Nove, 2367 - Boa Esperança, Cuiabá - MT, 78060-900 E-mail: naiararochapassos@gmail.com

RESUMO

Comunicamos a utilização de séries on line como sala de aula. Buscamos solucionar o problema da relação entre as técnicas fornecidas por disciplinas para um objetivo comum nos cursos Radialismo e Cinema e Audiovisual, da Universidade Federal de Mato Grosso. O método é qualitativo, interventivo e relacional direcionado para a solução de problema. Trata-se de oportunizar a experiência de referência sem a construção de modelos mentais, mas o arranjo da multiplicidade de habilidades para a construção do conhecimento com aproximação decolonial. Possibilitou transitar de expressões artísticas em fazeres técnicos e a configuração de saberes e da construção dialética do conhecimento.

Palavras-chave: Séries online, sala de aula, sensível, audiovisual, decolonial. ABSTRACT

We communicate the use of online series as a classroom. We seek to solve the problem of the relationship between the techniques provided by disciplines for a common goal in the Radialism and Cinema and Audiovisual courses, of the Federal University of Mato Grosso. The method is qualitative, interventional and relational directed to problem solving. It is about providing the reference experience without the construction of mental models, but the arrangement of the multiplicity of skills for the construction of knowledge with decolonial approximation. It made it possible to move from artistic expressions in technical making and the configuration of knowledge and dialectical construction of knowledge.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 Keywords: Online series, classroom, sensitive, audiovisual, decolonial.

1 CONHECENDO O CAMPO

Na dinâmica do binômio ensino-aprendizagem estão em potência caminhos para ampliação da percepção do mundo. Estende-se também para a sociedade, cultura entre outras possibilidades de descobertas. Nesse habitat, o homem desenvolveu diversas formas de relacionamento entre o mestre e o estudante. No ideário do ensino universitário tal relação vem possibilitando o surgimento de novas formas de relacionamentos entre ciência e a vida das pessoas. Onde se pode observar inúmeros desafios a se multiplicar em passo com as tecnologias no contexto educacional, tempo e espaço na vida de estudante. Na formação do profissional de audiovisual o desenvolvimento crítico e versátil do conhecimento são objetivos centrais.

Certeau (1998) fala do contrato entre os sujeitos numa rede de lugares e de relações, no cotidiano realizam-se as “maneiras do fazer” e os “modos de utilizar” como procedimentos complementares e indissociáveis. Justamente, porque fazem parte do contexto.

Desde que a Internet deu à sala de aula a expectativa de uma globalização de conteúdos diversas abordagens trataram o tema para uma tecnologização de processos do ensino e da aprendizagem. Outras juravam que modificaria a aprendizagem. De toda sorte a relação ensino-aprendizagem não conseguiu seguir por caminhos separados, pois se de um lado apresentaram-se maneiras de fazer junto a elas estavam o modo de usar. Entende-se esta relação como as asas da construção de conhecimento.

Como espacialidade da construção do conhecimento, por vezes, esbarramos na dialética entre o tempo e o espaço, uma discussão permanente entre professores dos cursos de comunicação, em especial, para aqueles dos fazeres audiovisuais, aqui, destacado o curso de Comunicação Social Radialismo e Cinema e Audiovisual da UFMT. Nesta problemática está a utilização do lugar sala de aula para a realização do objetivo de ensino-aprendizagem da teoria e técnica do audiovisual e como possibilitar melhor utilização o tempo nesse espaço, ou para além dele, com a finalidade de potencializar as conquistas individuais dos estudantes.

Na formação do Radialista Profissional, enquadramento profissional do Bacharel em Comunicação Social Radialismo, o desenvolvimento crítico e versátil do conhecimento são objetivos centrais. De acordo com o perfil do egresso previsto pelo Projeto Pedagógico do curso têm-se:

o egresso deve estar capacitado para analisar criticamente as práticas profissionais e sociais relacionadas aos meios de comunicação e para contextualizá-las nos campos cultural, político e econômico. O profissional deve ter uma formação versátil, com o instrumental teórico e prático adequado à atuação em diversas áreas, mas sempre observando os princípios da ética que permeiam a atividade profissional do comunicador social. (DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL/UFMT, 2009)

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 Para a formação de Cinema e Audiovisual está organizado assim o perfil do egresso:

de acordo com a Resolução CNE/CES nº 10, de 27 de junho de 2006 o egresso do curso de graduação de Cinema e Audiovisual da UFMT, deve incluir as seguintes competências: 1. assimilar criticamente conceitos que permitam a apreensão e a formulação de teorias; 2. empregar tais conceitos e teorias em análises críticas da realidade, posicionando-se

segundo pontos de vista ético-políticos;

3. deter um conjunto significativo de conhecimentos e de informações na área, importantes para a realização de produtos audiovisuais;

4. dominar as linguagens audiovisuais, experimentar e inovar no seu uso;

5. dominar os processos de produção, gestão e interpretação audiovisuais, em sua perspectiva de atualização tecnológica. (DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL/UFMT, 2018, p. 45)

Neste ponto, ao confrontar as duas proposições de perfil do egresso de ambos os cursos, percebe-se um contexto desafiador circundado por faltas materiais e estruturais que perpassam o primeiro curso há 25 anos e agora o segundo em seu primeiro ano de existência. Dada a problemática da organização das redes de lugares, de relações e do tempo. Certeau (1998, p. 45) provoca à reflexão sobre essa intrincada relação tempo e espaço a partir da diferenciação entre estratégia e tática. A estratégia está na relação de força com delimitações perceptíveis distantes do privado onde se adaptam os sujeitos. Por outro lado, aponta a tática como o lugar do outro e dependente do tempo, sendo ela mesmo um não lugar aguardando para capturar as possibilidades de ganho. Onde esse sujeito não é definido como uma totalidade visível. Isto porque a tática “se insinua, fragmentariamente, sem apreendê-lo por inteiro, sem poder retê-lo a distância” (CERTEAU, 1998, p. 45).

Impulsiona-se a busca por caminhos para cativar o discente e sua experiência de poder-vivenciar-sentir o conteúdo. Há a proposta de abandonar o parecer-entender pela apropriação do sentir o aprendizado objetivo. Nesta aproximação distancia-se daquele sentir subjetivo localizado no oceano profundo do ser. Trata-se da construção do significado da experiência através da vivência de conteúdos e conceitos destinados ao entendimento e formulação da compreensão dos saberes compartilhados no modo de existir.

Ao tratar sobre a matrix da comunicação de Bateson, (Apud CENTENO, 2009, p. 27) coloca a percepção e a transformação como formadora da mente, no sentido em que a mente não guarda objetos, mas as traduções por codificações. Nessa teoria há dois integrantes e formam uma unicidade, a natureza e o indivíduo. A natureza opera como o contexto onde vive o indivíduo. Nessa natureza ocorrem as relações entre indivíduos e a natureza. Onde os indivíduos produzem reações às reações dos outros indivíduos e da natureza. Por isto, trata-se de uma teoria interacional.

A mudança de olhar, o estranhamento da sala de aula como vinha sendo vivenciada, força e provoca questionamentos sobre as táticas de ensino-aprendizagem. Dentro dessa condição, o docente,

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 além de conciliador, deve intervir e ser o próprio facilitador do desarme fronteiriço estabelecido pelas diferenças. O docente enquanto mediador das oportunidades de crescimento e amadurecimento das circunstâncias intrínsecas ao aprendizado. Lembrando-se que o estudante é um ser autônomo, por isso dotado de preceitos, inteligência e capacidade de aprendizado.

Toma-se por objetivo propor a utilização do audiovisual como tática de ensino-aprendizagem baseadas na territorialização do sensível, ou seja, quando “os sistemas materiais se organizam em torno de um atractor específico” (GOMES, 2018, p.3). Oportunizar ao estudante trilhar pelo caminho da descoberta do conhecimento a partir do inventário de uma série online. Abordar as possibilidades táticas de ensino-aprendizagem em aproximação com o sensível, o impulsionador desta proposta. Justamente, por tratarmos dos modos de existir, assim, tudo que será analisado faz parte da disciplina e do processo de realização audiovisual porque o filme ou o capítulo da série é um resultado interdisciplinar.

2 O MAPA DA AMPLIDÃO

A metodologia numa proposta interacional de análise a partir de Gregory Bateson, tomamos o contexto como uma unicidade formada pelo humano e ambiente, por isto nos expressamos em primeira pessoa, já que os pesquisadores fazem parte do contexto. A metodologia é qualitativa, como pressupostos temos a abordagem interacional e contextual, a interdisciplinaridade audiovisual e a teoria decolonial, para a aplicação da proposta de ensino-aprendizagem e a potencialização das relações entre estudantes, seu contexto e o contexto das séries online. Justamente, por haver na proposta em apresentação uma tendência interacional entre: os indivíduos; destes com as maneiras de fazer e modos de usar; da relação espaço e tempo de um não lugar objetivo, a percepção do estudante.

O ensino de disciplinas que geram produtos audiovisuais requer levantamento teórico e situações laboratoriais de maneira crítica e autônoma. Abordar a disciplina sob a ótica da sensibilização do sensível e inteligível abre espaço para uma abordagem interacional e qualitativa, no que diz respeito à perspectiva da pesquisa, e descritiva enquanto apresentação dos resultados.

A escolha da série online foi 3% (três por cento). Um produto audiovisual seriado de realização brasileira comprada como produção exclusiva do streamer on demand Net Flix. Justamente, por oportunizar uma aproximação de conteúdo teórico de grande impacto na formação crítica da disciplina. Por isto, a necessidade de mediar e conciliar os interesses envolvidos com a utilização de recursos tecnológicos e das relações pessoais.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 3 DO SENSÍVEL AO DECOLONIAL NA PRESENÇA DA SÉRIE ON LINE EM SALA DE AULA

Há uma distância indiscutível entre ser e parecer. Em Da Imperfeição, o autor russo coloca que “todo parecer é imperfeito: oculta o ser; é a partir dele que se constroem um querer-ser e um dever-ser, o que já é um desvio do sentido. Somente o parecer, enquanto o que pode ser – a possibilidade -, é, vivível” (GREIMAS, 2002, p. 19). De onde se questiona se a objetividade é menos ou mais elaborada do que o sensível e se há espaço para o sensível na ciência. O parecer é instância subjetiva e dependente do olhar, do observador, da opinião, de um paradigma para que possa vir a existir o sentido e a partir dele a existência do significado no compartilhamento entre os seres envolvidos. Por outro lado, o ser é um sentir claro e objetivo no qual o significado apresenta-se cristalino e inteligível. Contudo, conciliar significa aliar, juntar, reunir. Seu significado concede com primazia a oportunidade de construção de outro significado para essa sala de aula que inclui o sentir. O operador da educação superior, o docente, passa a agregar a ampliação do sentido de sua função ao conciliar as instâncias desse enfrentamento. Fato que não obsta a objetividade das disciplinas, pelo contrário, oportuniza a implosão do conceito de deficiência ao dar subsídios para o sensível ser tão objetivo como a própria objetividade.

Para Platão o mundo era dividido em dois mundos o sensível e o inteligível. Também podem ser entendidos como o sensível aquele em que as idéias ou pessoas se encontram e formam opinião e o inteligível onde as idéias cientificamente elaboradas têm o espaço. Assim, enfrentam-se a doxa, a opinião (o sensível), e a epsteme, a ciência. Para Santos (2001) assim como para Platão, esses mundos são complementares que se comungam no Absoluto, não sendo o sensível um mundo de mero reflexo refletindo a realidade das formas inalteráveis porque não dependem de nós. O autor continua explicando que o mundo sensível é o dos sentidos.

Assim, também é para Bateson (1972). Na interação entre ambiente e o indivíduo produz-se a percepção e a partir dela as codificações e significados. No esforço de apreender o ambiente, há duas percepções inseparáveis. Uma aborda o ambiente, natureza, como se apresenta de fato. A outra é a interpretação das coisas a partir da codificação do indivíduo. Contudo, de ambas se produz o sensível e por isso para Bateson (1972) é de mister importância as reações humanas e o ambiente, porque ambos formam algo único o contexto.

Alves (1994, p. 17) compartilha da preocupação de Nietzsche sobre a educação ter se tornado um “treinamento brutal” para produção de jovens usáveis no menor tempo possível. Uma situação que imposta pela objetividade do conhecimento não abre espaço para a sensibilização do indivíduo para o ensino. Coloca-o num ciclo vicioso no qual o cumprir exigências é o pré-requisito para a conquista de uma nota e passar de ano. A ríspida política dos dominantes, os professores, sobre os

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 dominados, os estudantes, traduz uma situação de “obedeçam ao líder”. Por outro lado, a universidade é uma das alternativas para muitos alavancarem suas perspectivas de vida. Aos que ainda perpetuam essa política já é dada a hora de fazer o ser humano melhorar e afastá-lo desse sofrimento, outra preocupação do autor. Todavia, a aposta é na alegria e felicidade de ensinar/aprender.

Na cismogênese de Bateson encontramos as seguintes diferenciações: a simétrica e a complementar. Por cismogênese Bateson (apud CENTENO 2009) define como o ato de diferenciação dos basilares do comportamento individual, decorrente da interacção acumulativa entre indivíduos. Na diferenciação simétrica onde os indivíduos ou grupo estabelecem formas de agir semelhantes gerando uma competitividade até que um quer sobrepor-se ao outro. Na complementar os indivíduos ou grupos agem aceitando a superioridade do outro para complementar a ação do outro.

Aristóteles (apud ALVES, 2004) contempla o gosto por aprender é prazeroso que nos agrada nas artes e principalmente nas visuais mesmo quando não há utilidade. Percebe-se que aprender ou conhecer através das sensações deixa o aprendizado com profundas raízes, a autonomia. O conhecer, neste paradigma, atravessa o enfrentamento entre os mundos do sensível e do inteligível ao produzir lugar apaziguado para elaboração e conversão do aprendizado em conhecimento, a partir da percepção.

Nesse processo de desenvolver pessoas, possibilitar a ampliação de mundo através do ensino superior e produzir um aprendizado significativo, o docente está sediado em local privilegiado para essas tarefas na aprendizagem no ensino superior. Desde haja de forma crítica, segundo Masetto (apud BARBOSA, 2011) espaço profícuo para a adquirir e contralar as instâncias globais de conhecimentos, métodos e técnicas científicas; resolução para encontrar, relacionar, conhecer e avaliar teorias e autores; debater a utilização em ocorrências reais juntamente com as prováveis implicações sociais; autogoverno em conquistar o conhecimento, com maturidade de reflexão e o entendimento que a formação continuada de dará por toda a vida.

Observando tudo isso com olhos de mediador é possível apreciar a narração de um processo mágico. Além dessa característica, ao educador direcionam-se cuidados e responsabilidades que justificam o caminhar por searas em que a sensibilização do inteligível se apresenta como uma via de acesso para uma formação mais sólida que, ao mesmo tempo, oportuniza um discente mais flexível e capaz de posicionamento frente ao seu fazer e a sociedade. Trata-se de um processo mágico através da palavra nos mundos adormecidos, como propõe Alves (1994), para o qual o fascínio da Palavra produz metamorfoses no corpo.

Para acordar esse gigante adormecido, segundo Barbosa (2011), o caminho está em perceber o universitário como pessoa possuidora de dimensões que extrapolam a espacialidade e temporalidade da sala e possuidora de ideias, inteligência, sentimentos, cultura, profissão e

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 pertencente à sociedade. Barbosa (2011) explica que uma formação holística, ou seja, que pretende fornecer subsídios para que o discente assimile os acontecimentos em sua maestria e globalidade, possibilite o próprio discente seja percebido de tal maneira.

Dewey (1974) aborda a experiência a partir da união entre natureza e o indivíduo. Assim, entende que a comunicação está no fluxo das relações entre indivíduo e natureza. A experiência está na fluidez desse processo comunicativo, porém diferencia o que seria a experiência da experiência de vida. Esta última é fluida e cumulativa. A experiência é virtuosa em apresentar-se no contexto de forma marcante para o indivíduo.

A obra audiovisual pode ter diversos fins, afinal a construção do será trabalhado em sala depende em primeira instância dos objetivos da aula enquanto conceito. Torna-se o ponto primordial pensar o audiovisual inserido nos parâmetros dos objetivos da aula. A escolha do material requer minuciosa atenção. O processo de comunicação que se busca é possibilitar a compreensão através de se experimentar a teoria ao ser executa num produto atrativo. Por isto, o filme deve ser escolhido de acordo, também, com o amadurecimento do público para as questões que serão abordadas. De acordo com Modro (2008), adequamos a série à proposta desejada, expondo os objetivos desejados e os procedimentos para alcança-los, justamente porque buscamos uma percepção mais elaborada sobre o audiovisual em análise.

Cada exemplo audiovisual tem por característica trazer mais de uma interpretação, uma vez que esta não se controla. Contudo, pode ser direcionada para o foco da discussão. A situação proposta busca no filme uma ligação entre a teoria e a prática personalizadas na obra. Além disso, o filme instiga a identificação da práxis ao sediar situações internas em redes de significação na narrativa. Aumont (1995) coloca que a situação como estrutura de base da identificação, não se trata de lugar, mas uma questão estrutural. Assim ele explica que cada situação organiza lugares no filme compondo uma rede e um articulado posicionamento das relações intersubjetivas na ficção.

Desterritorializa-se àquele discente/espectador promovendo o distanciamento dessa posição para colocá-lo como construtor do conhecimento. Deleuze e Guattari (1995) observam essa passagem da desterritorialização para reterritorialização como um corte seguido ou não de uma sobreposição do estado anterior. No entanto, não parece ser assim, neste caso, pois há uma fase de transição, um gradiente, entre um estado e o outro. Notadamente, esse reposicionamento surge gradualmente como resultado de inúmeras traduções e interações do estudante com o contexto e com os outros estudantes. Neste momento o enlace com as abordagens ensino-aprendizagem torna-se indispensável. Como diz Modro (2006, p. 13), o conteúdo, a linguagem, os aspectos e desdobramentos temáticos devem ser mediados e conciliados pelo docente. Ainda, seguindo a proposta inicial de fazer do processo de enfrentamento entre as fronteiras da classe via o compartir dos saberes, vamos além da

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 proposta de Modro (2006) quando defende a utilização dos filmes visando a apresentação ou complementação do conteúdo. O audiovisual utilizado provê o conteúdo e tomado com um dos educadores em sala de aula. Ele é a base de dados do conhecimento e traz as múltiplas disciplinas atuando juntas de onde os alunos construirão o discernimento.

Diversos aspectos técnicos do filme, neste caso, direcionado à unidade programática de ensino da disciplina Técnicas de edição de imagem e som II, foram identificados para análise e considerando que eles são responsáveis pelo desempenho narrativo. Também, em igual grau, tornam-se responsáveis pela construção do saber pedagógico: compreensão, aplicação, análise, síntese, avaliação e criação.

Nesse ínterim, a inspiração talvez seja a mais sublime das características da docência para além de seu conteúdo especializado. Colocar no cerne dos apontamentos o ato de ensinar obriga um debruçar cuidadoso sobre a alegria e a felicidade. Alves (2004), em A alegria de ensinar, credencia o leitor a descobrir a alegria no avesso do "sofrimento de ser professor". Ensinar é um ato de alegria. Segundo o Dicionário Aurélio, alegria trata-se de uma profunda sensação de prazer movida pela fruição de um bem real ou imaginário; Júbilo. Soma-se ao estado de alegria a responsabilidade expressa no pensamento de Nelson Mandela: “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Causar a inspiração naqueles que querem aprender personifica um deleitoso desafio para aquele que pretende transbordar, segundo Alves (2004), a felicidade que tem.

Grosfoguel (2008), sociólogo porto-riquenho, afirma que “estamos em uma civilização sistema mundo, de relações de poder. Um sistema mundo capitalista, patriarcal, ocidental-eurocêntrico, cristocêntrico, moderno-colonial”.

O princípio da libertação para Dussel (2002) mostra-nos o dever de intervirmos de forma imaginativa no percurso da história a dar valoração qualitativa para os desdobramentos sociais e culturais.

Mignolo (2003), sociólogo argentino, coloca a colonialidade como resultado obscuro das dimensões do poder, do saber e do ser, ou seja, as dimensões da política, da epistemologia e da intersubjetividade. Estas operam, pode-se dizer, em mutualidade e como característica da modernidade tomada pelos apelos, intencionalidades e forma de vida capitalista. Falar em sistema produtivo na tonalidade hegemônica significa promover essa percepção de uma modernidade obscurecida. Na proposta decolonial buscamos interferir nas questões de base, neste caso, da relação ensino-aprendizagem como formas de experiências da modernidade-mundo. Esta aproximação metodológica está como método de alcançarmos outra forma de construção de conhecimento a partir da auto-referência onde os discentes ocupam o centro de tudo.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 Para Grosfoguel (2018) a colonização ocidental consiste na relação de poder imposto como capitalista, patriarcal, sexista e racista. Na educação universitária o autor chama de relações de poder racista e sexista epistemológico e julga ser a base do problema. Esse autor também propõe que descolonializar o conhecimento implica em adaptar o conhecimento hegemônico canônico às especificidades políticas, sociais e culturais da américa latina

Em termos práticos, Aníbal Quijano (apud MIGNOLO, 2008), sociólogo peruano, indica a desobediência epistêmica como o ato determinante para o enfrentamento do que chama racionalidade-modernidade. Uma provocação para questionarmos e propormos soluções ou vias de alcançá-las com base no reposicionamento geopolítico do conhecimento.

4 NAS SUTILEZAS DA SÉRIE ONLINE EM SALA DE AULA

Nos produtos audiovisuais há uma quantidade imensa de dados providos pelas imagens, pelos sons e pelo hibridismo entre ambos. Uma cena, por exemplo, contém diversas composições materiais como: luz, figurino, objetos, cenário, ângulo da câmera e seus movimentos, o corte e seus arranjos, efeitos visuais, efeitos sonoros, a voz, as personagens e a ação. Tudo isto é atravessado pela presença de artistas que compõem os departamentos do processo produtivo do audiovisual.

Esse processo é objeto de várias disciplinas dos dois cursos, porém as etapas e fazeres são tratados separadamente. Corriqueiramente, professores buscam desenvolver trabalhos únicos para as disciplinas por perceber que fazem parte de um todo e que a divisão, aparentemente didática, atrapalha em diversos aspectos. Tal processo produtivo tem fases interdependentes que Rodrigues (2007) aborda em cinco etapas: a captação, a preparação, a pré-produção, a produção/filmagem, a desprodução e a finalização.

Essas etapas são aplicadas, de forma geral, a todo produto audiovisual. Contudo, não representam a totalidade do processo, porque as relações humanas e os indivíduos dotados de saber especializado trafegam por elas imprimindo suas formas de usar as tecnologias e o conhecimento em departamentos com relações complementares. As pessoas desses departamentos são responsáveis para tirar do papel a ideia e transformá-la em filme, série, animação, novela e assim por diante.

Transformar a série online em sala de aula implica em discutir a atuação de cada departamento em todas as fases de produção. Aquela experiência, segundo Dewey (1974), que se destaca das demais é aqui organizada para provocar intuitivamente o sensível dos estudantes ao provocá-los na decomposição de cada cena do seriado assumindo a responsabilidade dentro dos departamentos de realização audiovisual.

O seriado online 3% tem em sua narrativa um mundo pós-apocalíptico onde apenas três por cento dos jovens, no ano que completam 20 anos, disputam o Processo e conquistam o direito para

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 viver no Maralto, longe da miséria, da escassez e da fome. Esses jovens passam por um rito de seleção chamado Processo. Aos vencedores é dado o prêmio de ir para a ilha após uma vacina esterilizadora. Dividida em oito episódios, o drama narra a participação de cinco jovens passando por teste de aptidão psicológica, administrativa e emocional. Refletindo a partir de Bateson (1972) sobre a narrativa a proposta, no Processo de seleção de jovens notamos que eles são colocados a agir numa diferenciação simétrica causando diversos contratempos marcados pela competitividade e embates pela liderança do grupo. Esta série foi a primeira produção brasileira a ter o selo exclusivo Net Flix, dentro da lógica globalizante da economia de bens culturais.

A partir da série os estudantes são divididos em grupos que responderão por cada departamento da realização audiovisual. Eles escolhem o colega de referência que responderá pela direção do departamento para o exercício.

Nas etapas iniciais, todos os discentes operam juntos concentrados no fazer de cada departamento, no intuito do processo de tomada de decisão e formulação de um orçamento de produção. O orçamento de produção aparece como o resultado da análise técnica da produção, ou seja, o que cada departamento coloca como prioridade para a execução de cada cena.

Como primeiro procedimento, apresentamos a ficha de análise técnica. Ela é um formulário de inventário da produção, pode variar de produção para outra, que resultará nas materialidades de realização do audiovisual. Em termos gerais, para este exercício ela traz a seguinte conformação:

Tabela 1 – Ficha de análise técnica Código/ficha/strips análise

técnica: FICHA DE ANÁLISE TÉCNICA

Data: __/__/____ Ext/di a: Ext/no ie Int/dia : Int/noi te:

PRODUTORA TÍTULO DA PRODUÇÃO NÚMERO DA FICHA DE

ANÁLISE TÉCNICA NÚMERO DA CENA SET (Scene name na nomenclatura do

Singleton)

INT. ou EXT.

DESCRIÇÃO DIA ou NOITE

LOCAÇÃO CONTAGEM DE PÁGINAS DIREÇÃO ___________________________ _______ DIREÇÃO DE ATORES/ELENCO FOTOGRAFIA ____________________________ DIREÇÃO DE ARTE _________________________ FIGURINO E MAQUIAGEM PRODUÇÃO ___________________________ DEPARTAMENTO DE SOM ____________________

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 ___________________________ ___ ATORES ___________________________ ___ FIGURANTES _________________________ LOCUÇÃO CONTINUISTA Fonte: RODRIGUES (2007).

Para que esta análise possa ser completada, os estudantes são levados para dentro da série online com o objetivo de perceber, às vezes intuir com base em fragmentos de procedimentos técnicos, as necessidades mínimas para a realização de cada cena. Ao agrupá-los em departamentos há claro o objetivo de direcionar o foco de atuação, porém sem perder de vista a multiplicidade do olhar. Também, possibilitando a troca experiencial e relacional dentro do grupo e entre os grupos guiados pelos mesmo objetivo geral, recompor a série em suas estruturas mínimas para reproduzi-la. Entoa-se a relação indivíduo e ambiente como em Bateson (1972), ou indivíduo natureza como em Dewey (1974).

Por outra ainda, essa visada de estudante-autor tem um percurso inverso construído pela orientação inicial do professor, das leituras teóricas e da utilização do instrumento de coleta de dados. Esse instrumento contém informações elementares na distribuição dos departamentos, suas funções e a coleta de dados propriamente dita. Nesta última acontece a experiência, o desvendar, o solucionar da equação de realização de um audiovisual: o trabalho em equipe.

Tabela 2 – Ficha de coleta de dados por departamento

Instrumento de coleta de dados da Série online

Departamento Função* Analisar a série – X; Capítulo Y

Direção Ocupa-se de dominar todos os por menores do roteiro, estudá-lo num storyboard, e ter um exemplo de cada

plano para dar conceito à sua obra.

processo de criação: componentes narrativos:

recursos técnicos: recursos tecnológicos utilizados:

Diretor de Produção

Coleta do diretor de cada departamento uma lista com o aparato necessário, constroe uma estimativa orçamentária e, a partir da aprovação pelo executivo,

mobiliza sua equipe para conseguir tudo o que for necessário.

processo de criação: componentes narrativos:

recursos técnicos: recursos tecnológicos utilizados:

Diretor de Fotografia

DF é o criador do conceito técnico e estético da imagem do filme e administra a equipe de iluminação

e fotografia.

processo de criação: componentes narrativos:

recursos técnicos: recursos tecnológicos utilizados:

Diretor de Arte

Acompanha o conceito criado pelo diretor; irá criar uma estética, uma linha estilística que guiará o filme.

Globalmente, esse setor é formado pela cenografia (cenários em estúdio ou preparação de locações), adereços (objetos de cena), pelo figurino (roupas e

acessórios que os atores vão utilizar) e pela maquiagem.

processo de criação: componentes narrativos:

recursos técnicos: recursos tecnológicos utilizados:

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761

Som Responsável pela qualidade e estética na captação do som do filme do tipo direto ou de estúdio. Realiza a produção e/ou gravação dos sons do filme,

mixagem e masterização.

processo de criação: componentes narrativos:

recursos técnicos: recursos tecnológicos utilizados:

Montagem e Finalização

Edição é a ordenação dos planos audiovisuais realizados na sequência necessária para que o conceito

do filme se transforme em um produto final.

processo de criação: componentes narrativos:

recursos técnicos: recursos tecnológicos utilizados: Fonte: Elaborada pelos autores adaptando descrição de SALLES (2018)

Cada departamento direciona seus esforços para atender à solicitação da terceira coluna na relação com a segunda, os fazeres. Esse inventário costuma gerar diversas laudas. Esta tabela é entregue ao estudante para que desenvolva familiaridade com a prática tradada nas leituras teóricas.

Com o objetivo de ampliar as chances de sucesso, todos assistem todos episódios da série. Após o debate fundamentado por discussões teóricas, os estudantes escolhem qual episódio querem trabalhar. Isto é crucial, pois o início e o final de cada episódio contrai elementos contextuais de ligação que também devem ser projetados nas análises.

5 FRUTOS DA PERCEPÇÃO DO CAMINHAR

Construímos um contexto onde o conhecimento é formado a partir de um gradiente de percepções, intuições traduzidas em materialidades para a elaboração do audiovisual. Um conhecimento em potência pertencente a cada estudante com seus próprios gruas de relevância.

A alteração do ponto de vista de espectador para realizador demonstra um gradiente de intenções. Iniciam-se com a aproximação do objeto audiovisual enquanto fonte de conteúdo passando para fonte de dados. Na passagem de discente/espectador para estudante/autor outras intencionalidades vieram à tona, pois a responsabilidade pelo resultado deixa de ser uma construção aluno-professor e passa para aluno-aluno onde o professor apropria-se da função mentor quando requisitado.

A partir dessas inter-relações provocamos o discente/espectador a buscar um posicionamento para sustentar sua argumentação sobre os pontos dirigidos para análise. O lugar do discente/espectador tornou-se outro daquele anterior à experiência. Sua capacidade crítica e perceptiva foi ampliada sobre as etapas de construção audiovisual, atividades dos departamentos e como tudo se organiza a realização do audiovisual. Silva (e outros, 2012) valorizam os mecanismos tecnológicos em sala de aula objetivando a interdisciplinaridade. Contudo, além dos mecanismos, temos a interdisciplinaridade como resultado ao apostarmos na concorrência entre o audiovisual, sala de aula, conteúdo e trabalho em equipe.

Com o tempo exíguo de um semestre letivo, os alunos conseguiram elaborar um inventário condizente com a aplicação dos recursos utilizados. As informações levantadas por cada equipe de cada

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 44145-44159, jul. 2020. ISSN 2525-8761 departamento mostraram-se adequados. Contudo, devemos anotar a existência de dificuldade de criar a partir da materialidade do audiovisual e da imaginação livre. Neste ponto, acreditamos que outras disciplinas possam construir uma espacialidade criativa capaz de aprimorar os resultados encontrados.

6 INFERÊNCIAS DO SENSÍVEL

Transformar a série on line em sala de aula passa pelo reconhecimento do sensível como fonte propulsora de descobertas. Trata-se oportunizar a experiência de referência. Não se trata de construção de modelos mentais, mas o arranjo da multiplicidade de habilidades para a construção do conhecimento. Com essa multiplicidade a evocação de pinceladas multitonais de expressões artísticas em fazeres técnicos.

Interferir na base da formação do profissional do audiovisual possibilitou ampliar a percepção como docente ao aprender com os discentes a construir a partir da autoreferência. Dispensando modelos mentais ao construirmos juntos uma interpretação sobre o audiovisual trabalhado e a coletividade alcançada.

No desafio de lecionar no curso de Radialismo e de Cinema e Audiovisual, da UFMT, o modo de utilizar o audiovisual de forma qualitativa implica na determinação da visada de amplificar a percepção de abalizado e de mundo do estudante. Relacioná-lo ao seu contexto onde pode encontrar múltiplas respostas e contar com o trabalho em equipe. Aguçando-se a criatividade enquanto potência. Assim, configurar uma paisagem potência de saberes e da construção dialética do conhecimento.

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Tabela 1 – Ficha de análise técnica  Código/ficha/strips  análise
Tabela 2 – Ficha de coleta de dados por departamento  Instrumento de coleta de dados da Série online

Referências

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