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Livro Eletrônico Aula 05 Passo Estratégico de Direito Processual Civil p/ TRT 15ª (AJAJ) - Pós-Edital

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Aula 05

Passo Estratégico de Direito Processual Civil p/ TRT 15ª (AJAJ) - Pós-Edital

Professor: Vinícius Caldeira

(2)

TEMA 11: Depoimento pessoal. Confissão. Prova documental. Exibição de documentos ou coisas. Prova testemunhal. Prova pericial. Inspeção judicial. Exame e valoração da prova.

Produção Antecipada de Provas.

TEMA 12: Da Tutela Provisória: Tutelas de Urgência e de Evidência. Fungibilidade.

Princípios Gerais.

TEMA 13: Sentença. Conceito. Classificações. Requisitos. Efeitos. Publicação, intimação, correção e integração da sentença.

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Quanto ao campo de análise dos relatórios, ressaltamos que foram analisadas provas da FCC entre 2012 e 2017, cargos de nível superior, com formação em Direito (ESPECIFICAMENTE ANALISTA JUDICIÁRIO). Para fins de estatística foram desconsideradas as questões de cargos que cobram processo civil de maneira mais aprofundada (tais como juiz, procurador, defensor e promotor), bem como cargos de nível médio (técnico judiciário).

Assim, nossa análise estatística restringe-se às questões incidentes nas provas de Analista Judiciário.

PROVAS OBJETIVAS DA FCC 2012/2017 ASSUNTOS

Tema 11

Quant. de concursos que previram os assuntos em edital

36

Quant. de concursos que efetivamente cobraram o assunto em prova

12

% de incidência dos assuntos nas provas da banca

33,3%

ASSUNTOS Tema 12

Quant. De concursos que previram os assuntos em edital

36

Quant. De concursos que efetivamente cobraram o assunto em prova

4

% de incidência dos assuntos nas provas da banca

11,1%

ASSUNTOS Tema 13

Quant. De concursos que previram os assuntos em edital

36

Quant. De concursos que efetivamente cobraram o assunto em prova

8

% de incidência dos assuntos nas provas da banca

22,2%

ANÁLISE DAS QUESTÕES

(3)

1 - EBSERH – Advogado (2015)

No que se refere à produção de prova testemunhal no Direito Civil, NÃO são inquiridos em sua residência, ou onde exercem sua função,

a) os ministros do Tribunal de Contas da União.

b) os deputados estaduais.

c) os vereadores.

d) os desembargadores dos Tribunais de Justiça.

e) os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados.

Gabarito: letra C. Para a resolução da questão basta o conhecimento do rol do art. 454, CPC:

Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função:

I - o presidente e o vice-presidente da República;

II - os ministros de Estado;

III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;

IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público;

V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador- geral do Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado;

VI - os senadores e os deputados federais;

VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal;

VIII - o prefeito;

IX - os deputados estaduais e distritais;

X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;

XI - o procurador-geral de justiça;

XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente diplomático do Brasil.

(4)

2 - EBSERH – Advogado (2015 - adaptada)

Sobre a sentença no Direito Processual Civil, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. Após publicada, o juiz não poderá alterar a sentença de ofício.

II. A sentença arbitral é um título executivo judicial.

III. A sentença publicada poderá ser alterada por meio de embargos de declaração.

IV. É defeso, na liquidação, discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.

a) Apenas I, III.

b) Apenas II, IV.

c) Apenas I, II, III e IV.

d) Apenas II e III . e) Apenas II, III, IV.

Gabarito: letra E.

Item I: errado.

Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:

I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;

Item II: correto.

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:

VII - a sentença arbitral;

Item III: correto.

Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:

II - por meio de embargos de declaração.

Item IV: correto.

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:

§ 4o Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.

(5)

3 - FUNDASUS – Advogado (2015 - adaptada)

Em matéria de sentença e coisa julgada, assinale a alternativa correta.

a) Extingue-se o processo, com resolução de mérito, quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição.

b) Haverá resolução de mérito caso o processo seja extinto pela convenção de arbitragem.

c) Há coisa julgada quando se repete ação que está em curso.

d) Como regra geral, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros.

Gabarito: Letra A:

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;

Letra B: errada.

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;

Letra C: errado.

Art. 337, § 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.

Letra D: errada.

Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.

4 – TRT-20 – Analista Judiciário (2016)

Considere as proposições abaixo, acerca da prova pericial.

I. O perito não está sujeito às causas de suspeição e impedimento, por não ser parte no processo.

II. O juiz poderá autorizar o pagamento da integralidade dos honorários antes do início dos trabalhos.

III. Os assistentes técnicos não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.

IV. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.

(6)

Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III.

b) I e II.

c) III e IV.

d) I e IV.

e) I.

Gabarito: letra C.

Comentários: item I: errado, nos termos do art. 467, CPC:

Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição.

Item II: errado, na forma do art. 465, §4º, CPC:

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

§ 4o O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

Item III: correto, transcrevendo parte do art. 466, §1º, CPC:

Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.

§ 1o Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.

Item IV: correto, à luz do art. 472, CPC:

Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.

5 – TRT-1 – Analista Judiciário (2013)

A respeito do depoimento pessoal, é certo que

a) o advogado regularmente constituído não pode prestar depoimento pessoal pelo cliente.

b) o juiz não pode, de ofício, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá- las sobre os fatos da causa.

(7)

c) se a parte intimada comparecer, mas se recusar a depor, o juiz não lhe aplicará a pena de confissão.

d) quem ainda não depôs pode assistir ao interrogatório da outra parte.

e) é incabível o depoimento pessoal de pessoa jurídica.

Gabarito: letra A.

Comentários: letra A: correta. Vige no depoimento pessoal o princípio da pessoalidade (ato personalíssimo), não podendo ser realizado por procurador.

Letra B: errada, o juiz pode determinar o comparecimento de ofício:

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.

Letra C: errada, pois havendo recusa, será aplicada a pena de confesso (art. 385, §1º, CPC):

§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.

Letra D: errada, na forma do art. 385, §2º, CPC:

§ 2o É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

Letra E: errada, pois o depoimento da pessoa jurídica se dá por intermédio do seu representante legal ou por preposto devidamente constituído com poderes para confessar.

6 - TJ/SP (2014 - adaptada)

No que diz respeito ao depoimento pessoal da parte, assinale a alternativa correta.

a) Se a parte intimada comparecer, a fim de discorrer sobre os fatos da causa, e se recusar a depor, o juiz lhe aplicará a pena de confissão.

b) A parte será intimada pessoalmente, com antecedência mínima de 30 dias da audiência, constando do mandado que se presumirão confessados os fatos, caso não compareça.

c) A parte responderá pessoalmente ou por meio de seu advogado sobre os fatos articulados, podendo se servir de escritos anteriormente preparados, sendo defeso, a quem ainda não depôs, assistir ao interrogatório da outra parte.

d) Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado, ou empregar evasivas, o juiz declarará na sentença sua confissão.

Gabarito: letra A.

(8)

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.

§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.

Comentários: letra B: errada. A lei não traz esse prazo de 30 dias.

Letra C: a parte responde pessoalmente, não podendo se valer de escritos anteriormente preparados:

Art. 387. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.

Letra D:errada. O juiz declarará na sentença a recusa de depor, conforma a parte final do art. 386, CPC:

Art. 386. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.

7 – MPU – Analista (2015)

Em determinada comarca no Brasil, tramita ação cível apresentada por um fazendeiro que disputa com seu vizinho o local onde deve ficar a linha demarcatória de suas propriedades rurais. Os dois fazendeiros possuem cópias de documentos antigos como provas de suas alegações.

Nessa situação hipotética, o juiz poderá determinar que seja feita perícia para a verificação da autenticidade dos documentos apresentados pelas partes, devendo a sua opinião sobre esses documentos ficar restrita à conclusão do laudo pericial.

Gabarito: errado. O juiz, de modo algum, se encontra vinculado às conclusões proferidas no laudo pericial.

Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.

8 – MPU – Analista (2015)

(9)

Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.

Não cabe ao perito emitir opiniões acerca de questões jurídicas: sua atuação deve limitar-se a questões de fato, tratadas sob uma perspectiva técnica.

Gabarito: correto. O trabalho do perito é técnico, específico em sua área de atuação. Deve trabalhar, sobretudo, com fatos e análise de documentos, pessoas e coisas. Questões jurídicas são resolvidas pelo juiz, não pelo perito.

9 – MPU – Analista (2015)

Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.

Perito e assistente se distinguem pelos interesses que defendem em juízo: o perito deve ser neutro e tem por objeto esclarecer o juízo, ao passo que o assistente é auxiliar da parte, que age para garantir o amplo contraditório.

Gabarito: correto. O assistente técnico não é imparcial. Sua atuação está vinculada a uma das partes, buscando seu benefício. O amplo contraditório é exercido na medida em que o assistente técnico tem plenas possibilidades de concordar ou discordar do trabalho do perito. Em resumo, o perito é auxiliar do juízo, o assistente técnico é auxiliar das partes.

10 – MPU – Analista (2015 - adaptada)

Acerca dos peritos e dos assistentes técnicos, julgue o item que se segue.

As partes podem arguir o impedimento ou suspeição do perito e levantar dúvidas sobre seus conhecimentos técnicos e especializados ou aptidões para a realização da perícia. Os assistentes não estão sujeitos a essas arguições.

Gabarito: correto.

Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

II - aos auxiliares da justiça;

11 – TJDF – Analista (2015)

A respeito da prova, julgue o item que se segue.

A confissão espontânea somente poderá ser realizada pela própria parte e, no caso de a ação judicial versar sobre direito indisponível, não será válida para o julgamento da causa.

(10)

Gabarito: errado. O representante com poderes específicos também pode confessar.

Art. 390, § 1o A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial.

12 – TCE/SC – Auditor (2016 - adaptada)

A respeito dos recursos, do cumprimento de sentença, da revelia e das provas, julgue o item que se segue.

Caso o réu perceba, antes de proferida a sentença, que incidiu em erro ao confessar os fatos, a revogação da prova deverá ser requerida incidentalmente.

Gabarito: errado. A confissão é irretratável e irrevogável. Apenas por ação autônoma poderá desconstituir a confissão:

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.

Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.

13 – TRT-24 – Analista Judiciário (2017)

Miguel ajuizou ação de cobrança contra a empresa X, conseguindo demonstrar sua pretensão exclusivamente pela prova documental anexada com a inicial, cuja matéria é objeto de súmula vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal. Neste caso, à luz do Código de Processo Civil, o juiz,

a) liminarmente, desde que o autor demonstre o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, poderá conceder a tutela da evidência.

b) poderá conceder a tutela de evidência, após ouvir obrigatoriamente a parte contrária, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil ao processo.

c) liminarmente, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil ao processo, poderá conceder a tutela da evidência.

d) poderá conceder a tutela de evidência, após ouvir obrigatoriamente a parte contrária, desde que o autor demonstre o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

e) poderá conceder a tutela de urgência, após ouvir obrigatoriamente a parte contrária, desde que o autor comprove a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Gabarito: letra C

(11)

Comentários: a questão se amolda, com perfeição, ao disposto no art. 311, II, CPC, que autoriza a concessão de tutela de evidência documentada fundada em precedente obrigatório:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

14 – TRT–11 – Analista Judiciário (2017)

A tutela de urgência, presentes os demais requisitos legais,

a) só pode ser concedida após justificação prévia e sempre com caução.

b) pode ser concedida quando houver perigo de dano, ou o risco ao resultado útil do processo.

c) será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

d) não pode ser efetivada através de arrolamento de bens, quando for de natureza cautelar.

e) só pode ser concedida se o requerente oferecer caução real ou fidejussória idônea.

Gabarito: letra B.

Comentários: letra A: errada, na forma do art. 300, §2º, CPC:

§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

Letra B: correta, à luz do art. 300, CPC:

(12)

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Letra C: errada, havendo irreversibilidade não será concedida (art. 300, §3º, CPC):

3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Letra D: errada, nos termos do art. 301, CPC:

Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

Letra E: errada, na forma do art. 300, §1º, CPC:

§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

15 – TRE-SP – Analista Judiciário (2017)

Ao disciplinar a tutela provisória, o novo Código de Processo Civil estabelece que

a) a tutela de urgência não poderá ser concedida sem justificação prévia, salvo se prestada caução idônea, caso em que poderá ser concedida liminarmente.

b) a tutela antecipada requerida em caráter antecedente torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso, caso em que o processo será extinto.

c) para a concessão da tutela de evidência, exige-se, dentre outros requisitos, a demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.

d) efetivada a tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 15 dias, em ação própria, cujos autos deverão ser apensados aos do pedido cautelar.

e) é vedada, em qualquer caso, a concessão liminar de tutela de evidência, antes da oitiva da parte contrária.

Gabarito: letra B.

Comentários: letra A: errada, a tutela de urgência pode ser concedida liminarmente, sem justificação prévia e SEM caução idônea.

Letra B: correta, tratando-se da chamada estabilização da tutela antecipada requerida em caráter antecedente (art. 304 e §1º, CPC):

(13)

Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.

Letra C: errada, à luz do art. 311, CPC:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo Letra D: errada, prazo de 30 dias e o pedido principal é apresentado nos mesmos autos da cautelar (art. 308, CPC):

Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.

Letra E: errada, pois admite-se a concessão liminar, na forma do art. 311, p.u, CPC:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

16 – PGE-BA – Analista (2013)

Em ação indenizatória, João Pereira pede R$ 10.000,00 a título de danos morais, porque seu nome foi indevidamente protestado pelo réu, por dívida que já havia sido paga. O juiz, considerando os fatos graves, julga procedente a demanda e condena o réu em R$ 15.000,00.

Ao apelar, o réu alegará que a sentença foi proferida a) extra petitum, devendo o Tribunal anulá-la.

b) ultra petitum, podendo o Tribunal, em vez de anulá-la, reduzir o valor ao máximo pleiteado na inicial.

(14)

c) citra petitum, devendo o Tribunal determinar ao juiz de Primeira Instância que profira outra nos limites requeridos por João Pereira.

d) ultra petitum, devendo o Tribunal anulá-la.

e) extra petitum, podendo o Tribunal reduzir o valor da condenação ao máximo de R$ 10.000,00 pedidos por João Pereira.

Gabarito: letra B.

Comentários: no caso dado, temos um exemplo claro de decisão ultra petita, devendo o tribunal adequar a condenação ao limite pedido na inicial (R$ 10.000,00).

VÍCIOS DA SENTENÇA

Citra petita É a decisão que deixa de apreciar algum pedido formulado ou fundamento de fato ou de direito alegado pela parte.

Ultra petita É a decisão que concede mais do que o pedido.

Extra petita É a decisão que concede coisa distinta da pedida.

17 – TJ/SP - (2017)

Determinada lide esbarra numa súmula vinculante que favorece o réu na sua interpretação. Assim, pretende o réu que essa discussão seja imediatamente solucionada, requerendo tutela provisória nesse sentido, pelas vias processuais adequadas.

Nesse caso, é correto afirmar que

a) só será concedida a tutela caso o réu a tenha pleiteado na forma de urgência antecipada antecedente.

b) o réu tem interesse em pleitear a provisória de evidência, independentemente da presença dos requisitos da verossimilhança, da alegação e do risco de dano.

c) por se tratar de assunto que deve aguardar a cognição exauriente, o pedido de tutela provisória do réu deverá ser indeferido.

d) o réu não tem legitimidade para requerer tutela provisória nesse caso, pois esse pedido deve ser formulado exclusivamente pelo autor dessa demanda.

e) para que seja concedida a tutela pretendida, será necessária a presença dos requisitos da verossimilhança, da alegação e do risco de dano.

Gabarito: letra B.

Comentários: De início, ressaltamos que tanto o autor, quanto o réu podem veicular pedido de tutela provisória. Dito isto, a única assertiva correta é a B. Por ter como fundamento da tutela

(15)

provisória a existência de uma súmula vinculante que lhe é favorável, o réu poderá requerer tutela de evidência, consoante o art. 311, II, CPC:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

18 - EBSERH – Advogado (2015 - adaptada)

Segundo o Código de Processo Civil estão impedidos de depor a) O interdito por enfermidade ou deficiência mental.

b) O que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções.

c) o menor de 16 (dezesseis) anos.

d) o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito.

e) o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo.

Gabarito: letra D, única assertiva que traz uma hipótese de impedimento. Não confundir as situações de incapacidade, impedimento e suspeição, para fins de depoimento.

Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.

§ 1o São incapazes:

I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;

II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções;

III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;

IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.

§ 2o São impedidos:

(16)

I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;

II - o que é parte na causa;

III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.

§ 3o São suspeitos:

I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;

II - o que tiver interesse no litígio.

19 - UFPEL – Advogado (2015 – adaptada) Julgue os itens:

I - Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.

II - O juiz pode, ao proferir a sentença, a favor do autor, conceder direitos não pedidos, uma vez que os vislumbre na instrução e os fundamente na sentença.

III - Os motivos da sentença fazem coisa julgada.

Gabarito: Item I: correto.

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

Item II: errado:

Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

Item III: errado.

Art. 504. Não fazem coisa julgada:

I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença

20 – DPE/PR – Defensor (2017)

(17)

Com base no Código de Processo Civil de 2015, a respeito da tutela provisória, é correto afirmar:

a) É vedada a exigência de recolhimento de custas para apreciar requerimento de tutela provisória incidental, cuja decisão, se assim subordiná-lo, é recorrível por meio de agravo de instrumento.

b) A tutela provisória de urgência, assim como a tutela provisória de evidência, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidente.

c) É cabível ação rescisória no prazo decadencial de dois anos da decisão que estabiliza os efeitos da tutela antecipada.

d) A tutela de evidência prescinde de risco ao resultado útil do processo e do perigo de dano, e poderá ser concedida de maneira liminar quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa.

e) Na denunciação da lide, fica vedada a concessão de tutela provisória quando o denunciante for o réu.

Gabarito: letra A (art. 295 c/c art, 1.015, CPC). Se o julgador condiciona o exame da tutela provisória incidental ao recolhimento das custas, será cabível o agravo de instrumento:

Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

Letra B: errada. A tutela provisória de evidência não pode ser concedida em caráter antecedente.

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.

Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

Letra C: errada. Não é hipótese de ação rescisória. A decisão que estabiliza a tutela antecipada não faz coisa julgada.

Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto.

§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.

§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.

§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.

(18)

§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.

§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.

Letra D: errada. No caso de abuso do direito de defesa não será possível a concessão de tutela liminar, tendo em vista que é situação que não se encontra excepcionada pelo parágrafo único do art. 311:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

Letra E: errada. Não há esta vedação no CPC.

21 – TJ/SC – Juiz (2017)

Em relação às tutelas provisórias, de urgência e da evidência, considere os enunciados seguintes:

I. A tutela provisória de urgência, se cautelar, só pode ser concedida em caráter antecedente, podendo a qualquer tempo ser revogada ou modificada.

II. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

III. Entre outros motivos, a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, se se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa.

IV. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz deve, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, só podendo a garantia ser dispensada se os requerentes da medida forem menores ou idosos com mais de sessenta anos.

Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III.

b) I e II.

==e9a1f==

(19)

c) I, II e IV.

d) II, III e IV.

e) I, II e III.

Gabarito: letra A.

Item I: errado. A tutela provisória de urgência cautelar pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental (art. 294, pu, c/c art. 296, CPC).

Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

Item II: correto. Trata-se da previsão do art. 301, CPC.

Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

Item III: correto. Previsão do art. 311, III, CPC (já transcrito).

Item IV: errado. A garantia pode ser dispensada nos casos de hipossuficiência econômica da parte (art. 300, §1º, CPC).

Art. 300, § 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

22 – Juiz do Trabalho (2017 - adaptada)

Com relação à prova testemunhal, a legislação processual civil sobre a matéria estabelece:

a) É inadmissível sobre fato objeto de documento impugnado pela parte adversa àquela que o apresentou nos autos, bem como sobre fato provado por confissão da parte que afaste vício formal do documento.

b) Os condenados por falso testemunho, assim considerados indignos de fé, são considerados suspeitos para depor como testemunha, por expressa disposição legal.

c) O juiz da causa arrolado como testemunha e que tenha ciência de fatos que possam influir na decisão deverá depor e, em seguida, declarar seu impedimento para prosseguir na instrução e julgamento do feito.

d) O juiz inquirirá primeiro as testemunhas do autor e depois as testemunhas do réu, podendo essa ordem ser alterada pelo juiz de modo justificado, independentemente da concordância de ambas as partes.

(20)

e) Todas as assertivas anteriores estão erradas.

Gabarito: letra E.

Letra A: errada. É admitida a prova testemunhal sobre fato objeto de documento impugnado, pois ele ainda não foi provado. Na hipótese, não há dispositivo no CPC que negue a utilização da prova testemunhal, valendo a regra do art. 442.

Art. 442. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso.

Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:

I - já provados por documento ou confissão da parte;

Letra B: errada. Não há essa previsão no CPC/15.

Letra C: errada. Deve declarar-se impedido:

Art. 452. Quando for arrolado como testemunha, o juiz da causa:

I - declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento de fatos que possam influir na decisão, caso em que será vedado à parte que o incluiu no rol desistir de seu depoimento;

Letra D: errada. Deve haver concordância das partes:

Art. 456. O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro as do autor e depois as do réu, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das outras.

Parágrafo único. O juiz poderá alterar a ordem estabelecida no caput se as partes concordarem.

23 – DPE/RS – Analista (2017)

Julio, representado por seu advogado contratado Paulo, ajuizou ação indenizatória contra Maria, esta última hipossuficiente representada pela Defensoria Pública. Designada audiência de instrução pelo Magistrado que preside o feito, Julio arrola três testemunhas: Manoel, Manoela e Ricardo, este último o juiz da causa. Já Maria arrola as testemunhas Roberta e Paola. Os autos do processo são eletrônicos. Especificamente sobre a prova testemunhal, de acordo com o Código de Processo Civil,

a) colhido o depoimento por meio de gravação e havendo recurso o depoimento deverá ser, em regra, digitado, antes da remessa dos autos à segunda instância.

b) o juiz da causa Ricardo, arrolado como testemunha, deverá declarar-se impedido, ainda que não saiba nada sobre os fatos tratados no processo.

e

(21)

c) o juiz deverá obrigatoriamente inquirir as testemunhas apresentadas antes da inquirição feita pelas partes.

d) a testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, pagamento este que será realizado ao final do processo, após o trânsito em julgado, pela parte vencida.

e) em regra, caberá ao advogado de Julio informar ou intimar as testemunhas Manoel e Manoela acerca do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.

Gabarito: letra E, na forma do art. 455, CPC:

Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.

Letra A: errada, na forma do art. 460 e §2º, CPC:

Art. 460. O depoimento poderá ser documentado por meio de gravação.

§ 2º Se houver recurso em processo em autos não eletrônicos, o depoimento somente será digitado quando for impossível o envio de sua documentação eletrônica.

Letra B: errada.

Art. 452. Quando for arrolado como testemunha, o juiz da causa:

I - declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento de fatos que possam influir na decisão, caso em que será vedado à parte que o incluiu no rol desistir de seu depoimento;

II - se nada souber, mandará excluir o seu nome.

Letra C: errada.

Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida.

§ 1º O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas partes.

Letra D: errada.

Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

24 – DPE/RS – Analista (2017)

9

(22)

De acordo com o Código de Processo Civil (Lei no 13.105/2015),

a) o documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das formalidades legais, mesmo que subscrito pelas partes, deixa de ter a eficácia probatória do documento particular.

b) os dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos não poderão constar de ata notarial.

c) fazem a mesma prova que os originais os traslados e as certidões extraídas por oficial público de instrumentos ou documentos lançados em suas notas.

d) não é lícito às partes juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.

e) as reproduções dos documentos particulares, fotográficas ou obtidas por outros processos de repetição, valem sempre como certidões, dispensando a verificação de sua conformidade com os originais.

Gabarito: letra C, na forma do art. 425, II, CPC:

Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais:

II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público de instrumentos ou documentos lançados em suas notas;

Letra A: errada.

Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do documento particular.

Letra B: errada.

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.

Letra D: errada.

Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.

Letra E: errada.

Art. 423. As reproduções dos documentos particulares, fotográficas ou obtidas por outros processos de repetição, valem como certidões sempre que o escrivão ou o chefe de secretaria certificar sua conformidade com o original.

a

(23)

ORIENTAÇÕES DE ESTUDO

O propósito deste tópico é apresentar um guia para revisão, um roteiro daquilo que não pode ser ignorado pelo candidato em sua preparação.

1) A produção antecipada de prova será admitida:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

2) A ata notarial se conjuga diretamente com os modernos meios de produção e transmissão de dados é instrumento utilizado para garantir a necessária segurança à prova trazida aos autos do processo.

3) O depoimento pessoal é o meio de prova que tem por fonte as partes litigantes. Sua principal finalidade é obter a confissão da parte depoente sobre as proposições fáticas relevantes ao deslinde da causa. Há confissão quando a parte, relativamente a direitos disponíveis, admite a verdade de uma proposição fática contrária ao seu interesse e favorável ao da parte adversa, ou quando a parte nega proposições fáticas favoráveis ao seu interesse.

4) Apesar de não ser um meio de prova, é através da exibição de documento ou coisa que se busca, de ofício ou a requerimento, carrear aos autos documentos ou objetos úteis a fim de submetê-los, regra geral, à perícia.

5) A prova testemunhal consiste na narração, por pessoa capaz, imparcial e estranha à relação processual, de fatos importantes à solução do mérito.

6) A prova pericial se consubstancia na verificação realizada em pessoas ou coisas, por profissional detentor de conhecimentos técnicos e científicos.

7) São requisitos da sentença:

a) Relatório: resumo dos principais fatos e ocorrências do processo;

b) Fundamentação: exigência constitucional, pela qual o juiz evidencia racionalmente os motivos de sua convicção.

c) Dispositivo: é o comando da sentença, no qual o juiz entrega a tutela jurisdicional, podendo ocasionar julgamento com ou sem resolução de mérito.

8) Efeitos da sentença:

1

(24)

a) Principal: previsto no dispositivo da sentença;

b) Anexo: que a lei atribui a determinadas espécies de sentença, independentemente de formulação de pedido ou de previsão no dispositivo;

c) Secundário: que não depende de pedido da parte, mas precisa estar contemplado no dispositivo da sentença.

9) Quanto às provas em espécie não há necessidade de estudo aprofundado, basta ler os dispositivos correspondentes do CPC (art. 381 ao 484) e resolver questões (é um tema eminentemente procedimental, cujo detalhamento se encontra no CPC). Especial atenção aos dispositivos relativos à prova pericial e testemunhal.

10) Muito importante a leitura do art. 304, que trata da estabilização da tutela antecipada.

11) Não confundir os fundamentos da tutela provisória (urgência ou evidência).

12) Leitura dos art. 300 ao 311 (grande chance de cair por se tratar de um tema que ganhou forte projeção com o CPC/15).

13) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

14) A tutela provisória será requerida ao juízo da causa; e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer da demanda principal.

15) O CPC/2015 firmou pressupostos comuns para concessão da tutela provisória de urgência, seja ela cautelar ou satisfativa (antecipada). São eles: i) fumus boni iuris e; ii) periculum in mora.

16) O CPC admite a fungibilidade entre as tutelas de urgência.

17) A lógica da tutela de evidência é realizar uma distribuição do ônus do tempo mais equitativa, visando evitar que a delonga da prestação jurisdicional seja suportada pela parte detentora de uma posição de alta probabilidade do direito (posição jurídica provável).

18) Saber diferenciar os vícios de congruência da sentença (ver tabela no questionário de revisão).

19) Leitura dos arts. 489 ao 495, com atenção especial para os dispositivos relativos à hipoteca judiciária, e ao rol de decisões consideradas não fundamentadas (ver tabela no questionário de revisão).

20) A preferência do julgador por determinada prova insere-se no livre convencimento motivado e não cabe compelir o magistrado a colher com primazia determinada prova em detrimento de outras pretendidas pelas partes se, pela base do conjunto probatório tiver se convencido da verdade dos fatos. STF. Plenário. RE 567708/SP, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, julgado em 8/3/2016 (Info 817).

f

(25)

21) Não é cabível ação de exibição de documentos que tenha por objeto a obtenção de informações detidas pela Administração Pública que não foram materializadas em documentos (eletrônicos ou não), ainda que se alegue demora na prestação dessas informações pela via administrativa. STJ.

2ª Turma. REsp 1415741-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 3/12/2015 (Info 575).

22) É admissível, assegurado o contraditório, a prova emprestada vinda de processo do qual não participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada. A prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade sem justificativa razoável para isso. Quando se diz que deve assegurar o contraditório, significa que a parte deve ter o direito de se insurgir contra a prova trazida e de impugná-la. STJ. Corte Especial. EREsp 617428-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/6/2014 (Info 543).

23) Desde que observado o devido processo legal, é possível a utilização de provas colhidas em processo criminal como fundamento para reconhecer, no âmbito de ação de conhecimento no juízo cível, a obrigação de reparação dos danos causados, ainda que a sentença penal condenatória não tenha transitado em julgado. Não viola o art. 935 do CC a utilização de provas colhidas no processo criminal como fundamentação para condenar o réu à reparação do dano no juízo cível.

STJ. 1ª Turma. AgRg no AREsp 24940-RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 18/2/2014 (Info 536).

24) A parte não pode deixar para arguir a suspeição de perito apenas após a apresentação de laudo pericial que lhe foi desfavorável. A parte deverá arguir a suspeição do perito no momento da sua nomeação. STJ. 3ª Turma. AgRg na MC 21336-RS, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 17/9/2013 (Info 532).

25) É possível ao magistrado, na apreciação do conjunto probatório dos autos, desconsiderar as conclusões de laudo pericial, desde que o faça motivadamente. STJ. 4ª Turma. REsp 1095.668- RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 12/3/2013 (Info 519).

26) Somente está proibida a concessão de tutela antecipada nas hipóteses listadas no art. 1º da Lei nº 9.494/97, que deve ser interpretado restritivamente. No presente julgado, o STF afirmou que seria possível a concessão de tutela antecipada tratando sobre férias de servidores públicos, considerando que isso não envolve a reclassificação ou equiparação de servidores públicos nem a concessão de aumento ou extensão de vantagens. STF. Plenário. Rcl 4311/DF, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 6/11/2014 (Info 766).

(26)

27) Em ação para fornecimento de medicamentos, o juiz pode determinar o bloqueio e sequestro de verbas públicas em caso de descumprimento da decisão. Tratando-se de fornecimento de medicamentos, cabe ao Juiz adotar medidas eficazes à efetivação de suas decisões, podendo, se necessário, determinar, até mesmo, o sequestro de valores do devedor (bloqueio), segundo o seu prudente arbítrio, e sempre com adequada fundamentação. STJ. 1ª Seção. REsp 1069810-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 23/10/2013 (recurso repetitivo) (Info 532).

28) Não é possível que o magistrado, ao conceder tutela antecipada no âmbito de processo cível cujo objeto não consista em obrigação de natureza alimentícia, efetue ameaça de decretação de prisão para o caso de eventual descumprimento dessa ordem judicial, sob a justificativa de que, nesse caso, configurar-se-ia crime de desobediência (art. 330 do CP). STJ. 3ª Turma. RHC 35253- RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 5/3/2013 (Info 517).

29) O autor ingressa com uma ação e pede a tutela de urgência. O juiz defere. Na sentença, o juiz julga improcedente a demanda e revoga a tutela de urgência. Ocorre que a tutela de urgência causou danos morais e materiais ao réu. O autor da ação tem a responsabilidade objetiva de indenizar o réu quanto a esses prejuízos, independentemente de pronunciamento judicial e pedido específico da parte interessada. STJ. 4ª Turma. REsp 1191262-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 25/9/2012.

QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

Neste tópico apresentamos questões discursivas, por meio das quais é possível realizar uma revisão dos principais aspectos do assunto de cada relatório.

Você pode utilizá-lo de várias formas:

a) Lendo as questões e as respostas em seguida;

b) Lendo as questões e respondendo-as por escrito ou mentalmente, explicando para si mesmo a resposta.

Inicialmente apresentamos apenas as perguntas, após, as perguntas e as respectivas respostas.

1 – Quais as hipóteses legais em que se admite a produção antecipada de provas (ação probatória autônoma)?

2 – Qual a diferença entre confissão e reconhecimento da procedência do pedido?

3 - Quais as características genéricas da tutela provisória?

4 - Quais as hipóteses que autorizam a concessão de tutela de evidência?

5 - Qual a forma de requerimento da tutela provisória?

(27)

6 - Disserte sobre a recorribilidade das decisões em sede de tutela provisória.

7 - Quais são os objetivos e os pressupostos da estabilização da decisão concessiva de tutela antecipada?

8 – Quais os pressupostos para a concessão de tutela provisória de urgência?

9 – Quais as hipóteses legais de responsabilidade objetiva por danos causados pela efetivação da tutela de urgência?

10 - Quais são os vícios de congruência da sentença?

11 - Quais os efeitos da sentença?

12 - Quais são os elementos da sentença?

13 - Forneça exemplos, com base no CPC/15, de decisões não-fundamentadas.

14 - O que se entende por capítulo de sentença? Qual a importância prática desse conceito?

15 - Quais as hipóteses em que é possível, após a publicação da sentença, a alteração do seu conteúdo?

16 - Qual a diferença entre precedente, jurisprudência e Súmula?

Agora vamos às questões com breves comentários:

1 – Quais as hipóteses legais em que se admite a produção antecipada de provas (ação probatória autônoma)?

Trata-se da previsão do art. 381, CPC:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;

II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;

III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

(28)

2 – Qual a diferença entre confissão e reconhecimento da procedência do pedido?

CONFISSÃO X RECONHECIMENTO JURÍDICO DO PEDIDO1

Confissão Reconhecimento

Objeto: fatos Objeto: pedido

Natureza: ato jurídico em sentido estrito Natureza: negócio jurídico unilateral Ato de disposição de direito processual Ato de disposição de direito material Influi no convencimento do juiz Juiz profere sentença homologatória Efeito: dispensa prova do fato, gerando

presunção de veracidade do fato, bem como preclusão lógica do direito de provar o contrário.

Efeito: resolve o mérito da causa.

3 - Quais as características genéricas da tutela provisória?

Características

Sumariedade da cognição O provimento jurisdicional é resultado de análise superficial do litígio. Juízo de mera probabilidade.

Precariedade da cognição Porque conserva sua eficácia na pendencia no processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou

modificada (art. 296, CPC/2015) Inaptidão para formar coisa

julgada

Pode ser rediscutida se houver modificações posteriores no estado das coisas. Por ser fundada em cognição sumária e precária, não é apta para formar coisa julgada.

4 - Quais as hipóteses que autorizam a concessão de tutela de evidência?

Trata-se do rol previsto no art. 311, CPC. Não se esqueça: a tutela de evidência independe de perigo de dano ou de risco ao resultado do processo!

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

1 CUNHA, Maurício Ferreira. Revisaço – direito processual civil. 3. Ed. Salvador: Ed. Juspodivm, 2017, p. 340.

(29)

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

5 - Qual a forma de requerimento da tutela provisória?

A tutela provisória pode ser prestada de forma antecedente – com o que será autônoma do ponto de vista processual – ou incidental. Se fundada na evidência, porém, só será prestada de forma incidental2.

Vale ressaltar que a forma incidental é aquela requerida dentro do processo em que se pede ou já se pediu a tutela definitiva. Já a antecedente é aquela que deflagra o processo em que se pretende, no futuro, pedir tutela definitiva.

6 - Disserte sobre a recorribilidade das decisões em sede de tutela provisória

Juiz singular denega, concede, modifica ou revoga tutela provisória: caberá agravo de instrumento.

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

Juiz confirma, concede ou revoga tutela provisória na sentença: caberá apelação.

Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.

§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:

V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;

Nos tribunais:

a) relator concede, revoga ou denega tutela provisória: caberá agravo interno.

2 MITIDIERO, Daniel. In: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim (et al). Breves comentários ao código de processo civil. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2015, p. 726.

(30)

Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.

b) tutela provisória concedida em acórdão: caberá apenas recurso especial para discutir o preenchimento dos pressupostos da concessão da medida (entendimento do STJ).

7 - Quais são os objetivos e os pressupostos da estabilização da decisão concessiva de tutela antecipada?

Objetivos: afastar o perigo da demora com a tutela de urgência (ônus do tempo do processo); oferecer resultados efetivos e imediatos diante da inércia do réu.

Pressupostos3:

a) é preciso que o autor tenha requerido expressamente a concessão de tutela provisória satisfativa antecedente (tutela antecipada na petição inicial);

b) é preciso que o autor não tenha manifestado na petição inicial a sua intenção de dar prosseguimento ao processo após a obtenção da pretendida tutela antecipada (pressuposto negativo);

c) é preciso que haja decisão concessiva de tutela provisória satisfativa em caráter antecedente;

d) inércia do réu (ausência de impugnação) diante da decisão concessiva de tutela antecipada antecedente.

Vejamos os dispositivos do CPC sobre esse tema (que tem grande chance de ser cobrado em provas):

Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.

§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.

§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.

3 DIDIER JR., Fredie; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de; BRAGA, Paula Sarno. Curso de direito processual civil, vol. 2: teoria da prova, decisão, precedente, coisa julgada e tutela provisória. 11. Ed.

Salvador: Ed. Juspodivm, 2016, p. 616-623.

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§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.

§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o.

§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.

8 – Quais os pressupostos genéricos e específicos para a concessão de tutela provisória de urgência?

Genéricos Específicos

Probabilidade do direito (plausibilidade jurídica)

Reversibilidade da tutela provisória satisfativa: a concessão de uma tutela irreversível equivale à concessão da própria tutela definitiva, o que seria uma contradição em termos.

É possível, no caso concreto, via ponderação de interesses, relativizar esse pressuposto, concedendo tutela provisória irreversível.

Perigo da demora (a demora no oferecimento da prestação jurisdicional ocasionará um dano concreto, atual e grave, irreparável ou de difícil reparação.

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

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9 – Quais as hipóteses legais de responsabilidade objetiva por danos causados pela efetivação da tutela de urgência?

Trata-se da previsão contida no art. 302, CPC:

Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:

I - a sentença lhe for desfavorável;

II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;

III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;

IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.

Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.

10 - Quais são os vícios de congruência da sentença?

VÍCIOS DA SENTENÇA

Citra petita É a decisão que deixa de apreciar algum pedido formulado ou fundamento de fato ou de direito alegado pela parte.

Ultra petita É a decisão que concede mais do que o pedido.

Extra petita É a decisão que concede coisa distinta da pedida.

11 - Quais os efeitos da sentença?

EFEITOS (ou eficácia) DA SENTENÇA

Principal São os efeitos que decorrem diretamente do conteúdo da decisão e dizem respeito à situação jurídica controvertida.

Pode ser executiva, constitutiva ou declaratória.

Reflexo Trata-se de um efeito da sentença produzido sobre uma relação jurídica estranha ao processo, mas que mantém um vínculo de conexão jurídica com a relação discutida. Ex: a sentença de despejo, em contrato de locação, atinge também eventual relação de sublocação.

Anexo Efeito que decorre da lei ou do contrato (e não do conteúdo da sentença). É efeito anexado, que independe do conteúdo da decisão ou da postulação das partes, ou seja, não depende de pedido ou de comando do magistrado, a exemplo da perempção, que é um efeito anexo da terceira sentença que extingue por abandono a causa; da hipoteca judiciária (art.

495, CPC/2015).

Probatório A sentença é um documento público que, como tal, faz prova do quanto nela discriminado.

Referências

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