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A AUTODESTRUIÇÃO

No documento A Natureza Mística do Marxismo (páginas 184-193)

PARTE I: MARX O HOMEM E O MÍSTICO /

Capítulo 17. A AUTODESTRUIÇÃO

AA

UTODESTRUIÇÃO

I

NCONSCIENTE

Na obra O 18 Brumário, Marx citou as seguintes palavras: “Tudo o que

existe é digno de ser destruído.” No poema Oulanem escreveu:

.”.Pulo para ser engolido, embora deixado o mundo em ruínas — este mundo que se avoluma entre mim e o abismo —, eu o reduzirei a pedaços com as minhas contínuas maldições...”

Estas frases sinistras encontram similaridade nas palavras de Lênin:

“Todos nós merecemos morrer enforcados em uma corda suja.”

O comportamento de Stálin revela o mesmo tipo de pensamento: ele executou a própria família, ao seu lado, a revolução russa de 1917.

Richard Wurmbrand, em seu livro Cristo em Cadeias Comunistas, relata uma curiosa história sobre Stálin:

“No primeiro aniversário da vitória do bolchevismo, os novos governantes realizaram uma caçada nas florestas perto de Moscou. Lá pelas tantas repousaram junto a uma fogueira e Lênin perguntou: Digam- me, camaradas, o que é que vocês consideram o maior prazer da vida?”

“A guerra”, disse Trotsky. “Mulheres”, acudiu Zinoviev. “A oratória — a força de manter vasta multidão presa aos nossos lábios”, disse Kamanev por sua vez. Stálin, como sempre, ficou taciturno, mas Lênin insistiu: “diga-me a sua opinião!” Por fim, Stálin falou: “Nenhum de vocês

sabe o que é um verdadeiro prazer. Vou dizer: É odiarmos uma pessoa e, durante anos, fingir que a estimamos, até que um dia ela reclina confiantemente a cabeça em nosso peito. Nesse ponto, cravamos-lhe um punhal nas costas. Não há na vida maior prazer do que este!”Fez-se lóngo silêncio.

As revelações de Kruschev após a morte de Stálin, provaram a veracidade da história arrepiante. (Cristo em Cadeias

Comunistas. Richard Wurmbrand, página 79).

Afinal, por que os cientistas (como se auto-denominam os marxistas) diriam coisas desse tipo e teriam tais atitudes? Os pontos básicos do ataque marxista são contra a propriedade, a família e o Estado. Isto, de forma declarada. De uma maneira mais discreta, porém não menos eficaz, atacam a Deus, a religião, a sociedade, a economia e a política! Quando Stálin pôs em prática as ideias de Engels sobre a destruição da família, rapidamente percebeu o caos social que estava adentrando a União Soviética, e de imediato suspendeu o ataque. Hoje a União Soviética comemora

festivamente o “Dia da Família.” Naturalmente, os ensinamentos de Engels

continuaram a ser exportados para o resto do mundo! Eles também defendem a destruição de um poder central e o estabelecimento do poder das massas. Essas ideias nunca saíram do papel. Nunca as massas tiveram qualquer direito em uma sociedade comunista e o mundo nunca conheceu centralismo e autoritarismo semelhante ao marxista.

Comparadas às outras nações do mundo, de 1917 aos nossos dias, a União Soviética estagnou! Alain Besanson em seu livro Anatomia de um Espectro, revela a situação real da economia soviética em contraste com os dados oficiais divulgados. A China, depois de um logo e penoso caminho de tentativas improdutivas e, após massacrar 60 milhões de habitantes, resolveu deixar a arrogância de lado e abrir as fronteiras ao mundo, deixando ver claramente que os princípios econômicos de Marx são falsos e destrutivos. Todas as nações que os aplicaram, inclusive a União Soviética, há muito os abandonaram (só não o declararam publicamente). Vimos que na economia a aplicação do marxismo é um fracasso. Os economistas ensinam que a lutas enrijece o homem, fortalecendo-o em todos os sentidos. Para Mao-Tsé- Tung, o verdadeiro homem é aquele treinado na luta. A sociedade comunista do futuro será completamente baseada na ideologia marxista. Ora, se o

marxismo propõe destruir a família, a economia, a política e a religião*, em que se baseará tal sociedade?

As guerras deixaram atrás de si grupos de inválidos, neuróticos e feras-humanas implacáveis. Será mesmo através da guerra que surgirão os homens mansos e bondosos do futuro? É óbvio que não. Marx o sabia muito bem, no entanto sua intenção não era construir a sociedade em que vivia. Era preciso destruir as bases da sociedade burguesa. Ou seja, a religião (a base ética e moral), a economia (a base material) e a política (a base hierárquica organizacional). É certo que havia erros e injustiças tremendas. Mas nada havia de bom na sociedade ocidental do século XIX? Hoje, os progressos do mundo ocidental demonstram que Marx estava equivocado. Sem dúvida, se não fossem os ataques incessantes do comunismo em todas as bases da sociedade ocidental, muito mais unida e próspera estaria ela hoje. Os marxistas, com propagandas mentirosas, distorcem a verdade, apresentando o mundo como um celeiro fétido e miserável, e o mundo comunista como um reino da paz, prosperidade e felicidade. Os massacres e os êxodos das populações dos países comunistas comprovam a falsidade dessas propagandas.

Existem três pontos na teoria marxista aos quais gostaria de retornar e analisar aqui. Trata-se da teoria da alienação, das leis do movimento econômico e da teoria da história.

Utopia eAlienação

Em 1844, Marx escreveu alguns manuscritos sobre economia e filosofia, nos quais, apresentava, pela primeira vez, uma análise da natureza humana e das causas do sofrimento humano. Marx concluiu que a causa real da miséria humana era a alienação, que por sua vez era gerada propriedade privada. Descreveu quatro tipos de alienação: do trabalho em si, do produto do trabalho, da essência-espécie humana e, finalmente, do semelhante humano. Segundo ele, a sociedade capitalista burguesa arrebata ao proletário o seu trabalho puro, aliena-o de tudo o que produz; submete-o a situações de humilhação e desumanidade, destruindo-lhe a própria essência- espécie humana, e ainda o separa de seus semelhantes privando-o do seu lar e dos familiares. Enfim, o capitalismo, com sua sede gananciosa, destrói completamente o homem. Observou ainda que a raiz do capitalismo era a propriedade privada; a real liberdade e felicidade humana.

*

O escritor cubano José Martin escreveu: “Uma nação sem religião morrerá, porque nada lhe alimentará a virtude.”

Esse é o sonho utópico dos marxistas: ver o raiar do dia em que o mundo estará definitivamente livre da propriedade privada! Foi embalados por esse sonho que os corações dos chineses, russos, alemães-orientais, norte-coreanos e outros povos, arderam em chamas revolucionárias. Hoje, após décadas de prática, foram concretizados os seus sonhos? Qualquer mero observador notará a tristeza e a pobreza existentes nos países comunistas! Nunca o homem esteve tão humilhado e alienado quanto nesses países. O sonho socialista transformou-se no pesadelo do Capitalismo-de- Estado e na mais cruel tirania da história. Os jovens e românticos líderes comunistas tornaram-se bestas ferozes, que se voltam contra seus próprios povos. O comunismo alienou o homem do seu trabalho (o Estado é o único patrão e aquele que não o aceitar será enviado para os campos de trabalhos forçados como escravos) e dos frutos de seu trabalho (confiscou todos os bens e todas as colheitas). O homem, sob esse domínio, é completamente dependente até nas necessidades mais elementares. Também alienou o homem de sua natureza humana: o homem é um ser originalmente manso e bom. O marxismo distorce essa natureza sentimental ensinando o ressentimento e o ódio, distorce a mente condicionando-a à lavagem cerebral nos campos de concentração ou nos hospitais psiquiátricos, ou ainda, por meio de uma propaganda tendenciosamente filtrada e mentirosa. Porém, o mais chocante desses ataques destrutivos, é a negação da natureza divina do homem, a negação de seu corpo espiritual e de sua vida eterna. É exatamente nesse ponto que o marxismo se revela intrinsecamente antideusista! Finalmente, o marxismo aliena o homem dos seus semelhantes aprisionado-os, escravizando-os, ou separando-os de seus familiares pelo exílio ou pela morte; ainda que este não represente o aspecto mais nocivo. É quando o marxismo nega a existência de Deus, perseguindo e destruindo as religiões, que caracteriza a verdadeira barbárie. Esta é a verdadeira alienação do homem. A alienação da sua alma, da esperança e do amor do Seu criador! Como um homem deusista, não posso deixar de sentir um amargo pesar, não só por aqueles que estão sob o jugo dos comunistas, mas também por eles próprios. Eles também foram enganados e traídos! Hoje, os velhos marxistas recordam-se dos anos de juventude e olham, amargamente decepcionados, os frutos do marxismo no mundo. Foram conduzidos por uma longa marcha a lugar nenhum. Envelhecidos e mortos em vida, em um inferno de sofrimento espiritual abre-se diante deles.

Quanto às leis do movimento econômico, Marx predisse que na economia capitalista a introdução de maquinário novo provocaria a competição e uma queda nos lucros, o que levaria à falência todos os pequenos empresários. Isto ocasionaria a concentração das riquezas nas

mãos de uns poucos homens ricos de um lado, e uma imensa massa miserável de outro. Essa situação, finalmente, tornar-se-ia insuportável e os trabalhadores, esfomeados, unir-se-iam e destruiriam o sistema capitalista juntamente com as forças que o sustinham em pé: o Estado e o clero. São quase quarenta o número de países sob o regime comunista hoje. Praticamente todos tinham economias agrícolas! Os países ricos do ocidente capitalista, ao invés de entrarem em colapso, prosperaram enormemente atingindo alto nível tecnológico e de comodidade; deram origem média (nunca mencionada por Marx) e a uma gradual distribuição da renda e descentralização do capital através do sistema de ações. Sem dúvida, o homem ocidental é injusto e egoísta e muito ainda há que se mudar para que a prosperidade e a paz se realizem, e seja melhor equilibrado o padrão de vida social. Há muitos ricos egoístas e muitos pobres famintos no mundo ocidental, mas tais desníveis poderão ser amenizados por meio de uma acentuada moralização e por leis governamentais.

A fama e a fortuna pelo caminho político

E nos países comunistas? O que aconteceu com eles em relação às leis do movimento econômico? Aí está outro fato estranho que fortalece a tese da natureza mística do marxismo: as leis do movimento econômico que Marx predisse para o sistema capitalista ocorreram exatamente como previra, só que... Nas sociedades comunistas!

Mais uma vez foram enganados e traídos por suas intrincadas e místicas ideias. Lênin escreveu certa vez: “após meio século, nem sequer um

dos marxistas compreendeu Marx.” Ele tinha razão. Michael Voslensky, na

sua grande obra A Nomenklatura (Editora Record-1980), escreveu ao final de 440 páginas:

“Lênin e Stálin criam uma ‘Nova Classe’, cuja base foi a organização

dos revolucionários profissionais. Depois que essa organização se apoderou do poder, viu-se aparecer a Nomenklatura de Stálin, que se tornou a classe dirigente da União Soviética. A Nomenklatura é uma classe de exploradores e de privilegiados. Foi o poder que lhe permitiu ascender à riqueza e não a riqueza que lhe permitiu ascender ao poder.”

Milovan Djilas em seu alto brado de alerta para o mundo ocidental chamado A Nova Classe (Editora Munique-1957), escreveu:

“O comunismo moderno não é somente um partido de tipo novo ou

uma burocracia nascida da propriedade estatal ou da intervenção do Estado em toda a economia. Mais do que qualquer outra coisa, o aspecto

essencial do comunismo moderno é a existência de uma nova classe de possuidores e exploradores.”

A lei da queda dos lucros, a lei da concentração do capital e a lei do crescimento da pobreza concretizaram-se exatamente nos países comunistas. Apareceu uma massa miserável de operários-escravos (aos quais Sojenítsin chamou Zeks e uma altíssima classe-proprietária de toda a economia nacional: a Nomenklatura; o patrão-Estado). A economia comunista estag- nou em todos os países. Não fosse a invasão e domínio de outros países, a espionagem econômica, a transferência das suas riquezas até mesmo com a desmontagem e transporte de industrias inteiras para a União Soviética, mais a ingênua ajuda ocidental, o mundo comunista a muito teria entrado em colapso.

Contrariamente à burguesia, que ascendeu ao poder pela riqueza, os comunistas ascenderam à riqueza pelo poder. Nisto, os burgueses foram mais nobres. O povo russo, o povo alemão oriental e o povo cubano, entre outros, sonharam com o paraíso da igualdade que o marxismo lhes prometeu.

Ao invés de verem a chegada desse paraíso, foram privados até mesmo da liberdade de pensamento. Não há de fato nenhum exagero no 1984 de George Orwell, quanto ao total controle dos povos pelo totalitarismo comunista, figurativamente representado pelo Grande Irmão. A sociedade ocidental está minada pelas drogas, pela degenerescência moral e pela corrupção econômica. Conforme prometeu Khruschev: “Nós os

enterraremos nas drogas, na imoralidade e na corrupção.” Muitos dos

problemas das sociedades ocidentais são provocados pelos próprios comunistas através da subversão, sabotagem e terrorismo, movidos por uma frieza e crueldade, muito além da imaginação do homem ocidental comum. Trata-se, portanto, de uma moderna guerra-de-conquista efetuada com alta maestria e cerebralismo.

Revolução: Do sistema social ou do homem?

Vejamos agora a análise da teoria marxista da história. No segundo capítulo deste livro, fizemos uma análise paralela da ideologia marxista e da ideologia cristã. Já ali, pudemos constatar a incrível “coincidência” (se é que assim podemos dizer), entre as duas teorias. Quero agora tecer um pequeno comentário sobre a teoria marxista da história, propriamente dita. O Materialismo Histórico afirma que a história humana teve início com uma sociedade comunal primitiva onde não havia família, Estado ou propriedade

privada. Os homens viviam livres seguindo, naturalmente, a lei única da natureza.

Quando surgiu a propriedade privada, o homem foi arrastado para o caminho do egoísmo e das guerras. Assim, a história da humanidade é o resultado do esforço humano através da luta, para recriar outra vez a sociedade comunal primitiva. A história humana tem atravessado os seguintes estágios: sociedade escravista, sociedade feudal, sociedade capitalista, sociedade socialista, e está chegando outra vez à sociedade comunitária primitiva, só que em um nível mais elevado — a sociedade comunista científica. Nessa sociedade final não mais haverá guerras ou opressões de espécie alguma. Será um verdadeiro paraíso na Terra. Um céu sem leis, sem normas sociais ou morais, sem famílias monogâmicas (que, segundo Engels na Origem da Família, da Propriedade Privada e do

Estado, foram a causa e a origem da prostituição e do heterismo!) e sem

deuses! Desde 1936, a sociedade soviética é definida como uma sociedade sem antagonismos. O programa do Partido Comunista da União Soviética prometeu que antes de 1980 uma sociedade sem classes teria sido edificada na União Soviética. Onde está tal sociedade? Ela nunca apareceu e, certamente, nunca parecerá. Perguntam os velhos comunistas (que são extremamente idealistas e utópicos); o que houve?

Estudando sob o prisma da tese da natureza mística, percebemos um outro detalhe que sem dúvida estarrece, e nos deixa perplexos: na realidade a sociedade comunista, ao invés de estar marchando para frente, está retrocedendo! Está voltando ao barbarismo primitivo. Isto é incrível! Segundo a teoria Deusista da História, Deus tem trabalhado através das religiões para restaurar o homem caído e, gradualmente, tem provocado a Revolução do Homem elevando-o do estado bárbaro ao escravo; do escravo ao servil; do servil ao liberal; do liberal ao coletivo; do coletivo ao familiar. Na ordem: Barbarismo — Escravismo — Servilismo — Liberalismo — Coletivismo — Familismo. É o homem que está sendo mudado; melhorado e, como conseqüência, a sociedade está sendo transformada e elevada de uma sociedade bárbara para uma sociedade familiar.

Por esse ângulo vemos que a sociedade comunista retrocedeu do estado de homens livres, para o estado de semi-escravidão e, ao que tudo indica, a direção final é o retorno ao barbarismo primitivo!Ou seja, ao estado em que não havia leis morais ou legais de espécie alguma. Numa palavra: a meta final do marxismo é a destruição de todos os traços da civilização! Foi o próprio Engels que expressou esse fato, em seu livro sobre a necessidade de destruir a família monogâmica, a propriedade e o Estado:

“O Estado é um organismo para a proteção dos que possuem contra

os que não possuem... Portanto, o Estado não existiu eternamente. Houve sociedades que se organizaram sem ele, não tiveram a menor noção do Estado ou do seu poder... a divisão da sociedade em classes tornou o Estado uma necessidade... As classes vão desaparecer, de maneira tão inevitável como surgiram no passado. Com o desaparecimento das classes, desaparecerá inevitavelmente o Estado... De tudo o que dissemos, infere-se, pois, que a civilização é o estágio da sociedade em que a divisão do trabalho... atinge seu pleno desenvolvimento e ocasiona uma revolução em toda sociedade anterior.”

“A escravidão atingiu seu mais alto grau de desenvolvimento sob a

civilização. Com ela veio a primeira grande sociedade com uma classe que explorava e outra era explorada. Esta cisão manteve-se através de todo o período civilizado... A civilização fez-se sempre acompanhar da escravidão... A ambição mais vulgar tem sido a força motriz da civilização, desde os seus primeiros dias até o presente; seu objetivo determinante é a riqueza, e sempre a riqueza... Desde que a civilização se baseia na exploração de uma classe por, todo o seu desenvolvimento se processa numa constante contradição... Quanto mais progride a civilização, mais se vê obrigada a encobrir os males que traz necessariamente consigo... elabora-se uma hipocrisia convencional desconhecida pelas primitivas formas da sociedade...”

Naturalmente, tive de efetuar uma seleção dos trechos de Engels, para poder oferecer ao leitor uma visão geral dos seus pontos de vista sobre a civilização. Como pode Engels elogiar e destacar a importância da ciência, e ao mesmo tempo pregar a destruição da civilização? Ele faz isto em meio às linhas de seu livro, como se tais pontos de vista fossem compatíveis um com o outro. Quando a sociologia destaca a importância fundamental da família como tijolo básico da sociedade humana, e quando a antropologia nada possui que possa comprovar a existência da “sociedade comunitária primitiva paradisíaca”, como é possível alguém de livre consciência defender a destruição da família, a destruição da civilização e o retorno ao barbarismo?!

Se o leitor é um atencioso pesquisador descobrirá, em praticamente todas as obras marxistas originais, verdadeiros equívocos contra a lógica e o bom senso. Compreenderá talvez o significado das estranhas palavras de Marx:

“Palavras eu ensino todas misturas em uma confusão demoníaca. Assim qualquer um pode pensar exatamente o que quiser pensar.”(Extraídas do poema de Marx sobre Hegel)**

Quando Marx escreveu o poema Oulanem, tinha apenas dezoito anos. Com ele, Marx parece expressar clara mente o seu desejo de triturar a humanidade e arrastá-la com ele para o abismo, enquanto lança-lhe maldições. O pastor Wurmbrand lembra oportunamente: como é possível que um jovem normal tenha desejos tão estranhos numa idade tão juvenil?

Poucos foram os cristãos que já leram a Bíblia de capa-a-capa. De igual modo, poucos foram os marxistas que já leram inteiramente O Capital de Marx.

O Capital é um livro confuso e enfadonho. Geralmente os marxistas

preferem pequenos textos sobre o marxismo. (Eu próprio tenho tido essa experiência nas minhas pesquisas das obras dos autores marxistas originais). Ao se terminar a leitura de uma obra marxista, apenas uma ou duas ideias centrais permanecem clara em nossa mente. Ao terminar a leitura do livro de Engels sobre A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado, notei que Engels procurou dar uma impressão altamente científica da sua obra, baseando-a numa imensidão de dados e fontes pesquisadas (usadas inadequadamente e conduzidas a aberrantes conclusões). Entretanto, aqui e ali deixou cair afirmações falsas com uma certa naturalidade, e, ao mesmo tempo, com um cinismo extraordinário; se não, notem-se as afirmações: ..”.

a família monogâmica é a origem da prostituição e do heterismo, ou “a civilização é a origem da exploração.” Tais afirmações cínicas,

propositadamente, desprezam toda beleza do amor que é a verdadeira causa da família monogâmica, bem como ignoram completamente os benefícios que a família e a civilização trouxeram para os indivíduos, e para a sociedade como um todo. Ao invés de apresentar a família monogâmica como a mais perfeita expressão familiar, Engels a apresenta como um mal que deve ser extirpado, enquanto defende a volta da sociedade humana à sexualidade grupal; à promiscuidade generalizada! O cinismo e a indiferença, mas ao mesmo tempo,a força carismática e convincente com que Marx, Engels, Lênin, Stálin, Mão, Fidel e outros falaram, é outro traço da natureza mística do marxismo. Concluí que eles acreditavam estar de posse da última e mais absoluta verdade. Esta convicção atingiu um tal grau que tudo para o marxismo era verdadeiro, legal e legítimo, desde que fosse pró-marxista. Diria mesmo que seu ódio os cegou, do mesmo modo que o

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