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MARX E JESUS A RELAÇÃO

No documento A Natureza Mística do Marxismo (páginas 154-166)

PARTE I: MARX O HOMEM E O MÍSTICO /

Capítulo 12. MARX E JESUS A RELAÇÃO

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Chegamos ao último tópico deste capítulo. Faremos alguns breves comentários sobre Jesus e sua obra, e sobre Marx e sua obra. Isto, ao tempo em que viviam e nos tempos posteriores às suas mortes. Analisaremos seus frutos através da história, partindo do princípio lógico das causas e dos efeitos. Uma teoria é um conjunto de dados para explicar alguma coisa e obter-se um acerto resultado. Por exemplo: enquanto teoria, um sistema econômico é um conjunto de ideias voltadas para a finalidade de produzir riquezas. Se ao serem praticadas, tais ideias de fato funcionarem ― i. e., produzirem riquezas - , significa que o sistema é bom e operante. O mesmo se aplica a um sistema político, social, etc. o sistema de produção liberal, ao qual Marx denominou Capitalismo, contem em seu bojo a ideia central de que, para que se produzam riquezas, deve haver liberdade de criação, produção e distribuição. Se tal ideia, obedecida, produzir os resultados que enuncia, conclui-se que é verdadeira. Logo, se a teoria é boa, a prática o demonstrará. O Sistema Liberal de Produção de fato funciona e produz riquezas (Inglaterra, Suíça, Japão, USA, França, Suécia, Hong Kong, etc.).

Quanto à partilha e distribuição das riquezas produzidas, não compete ao sistema econômico fazê-lo. Mas sim ao homem. Se o homem é egoísta e injusto e não o faz, e necessário que se faça uma mudança na mentalidade e no coração do homem, e não no sistema de produção. Essa mudança no homem é a proposta da religião. Porém, ela deverá ser efetuada por meio do amor da verdade e da lei. Ou seja, por um novo sistema de educação moral e ético que desperte no homem essa mudança. Francisco de Assis exemplifica bem essa transformação do egoísmo ao altruísmo por meio da verdade e do amor. Marx, entretanto, ao invés de propor uma mudança no homem, propôs a destruição do sistema

sócio―político―econômico a partir da violência e destruição do próprio homem. Ou seja, Marx propõe a salvação do homem por meio da sua morte*. Será mesmo verdade tudo isto? Quando estudamos o próximo capítulo deste livro nós o demonstraremos detalhadamente. Apenas para adiantar um pouco e contra propor o argumento de que os comunistas matam apenas os inimigos do povo e os contra-revolucionários, informamos que, conforme o discurso de Nikhita Kruschev, no XX Congresso do Partido Comunista em 1956, Stálin assassinou centenas de milhares dos próprios camaradas que fizeram com ele revolução russa de 1917. Andrew Wilson, no seu livro Comunismo ― Suas Promessas e Suas Praticas, escreveu:

“Dos trinta e um membros originais do Comitê Central que organizaram a revolução russa, somente quatro tiveram morte natural, incluindo Lênin e Stálin. Todos os outros foram acusados, torturados e executados pelos seus próprios companheiros. Dos 28 milhões de membros do partido em 1934, uma estimativa de 1,6 milhões foram fuzilados ou enviados para campos de trabalho forçados. Na China durante a revolução Cultural”, muitos lideres comunistas, homem como Liu Shao Chi, que foi companheiro de Mao-Tsé-Tung na Grande marcha, foram humilhados e purgados publicamente...”

Visto um pouco sobre o falso argumento marxista de que eles somente eliminariam os “inimigos do povo” prossigamos com a nossa análise.

Os frutos do Cristianismo

Aqueles que já estudaram com sinceridade a história das religiões, mais especificamente, a história do Cristianismo, não poderão dizer que os frutos do Cristianismo foram todos maus. Menos ainda se poderá afirmar que “sem o Cristianismo, a humanidade estaria melhor.” Tal afirmação seria um disparate. Apenas a história das missões cristãs, o amor, a dedicação e o sacrifício dos missionários cristãos de todas as ordens religiosas, já são mais que suficientes para revelar a natureza injusta do ataque marxista contra o Cristianismo.

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O marxismo conduziu ao massacre indistinto dezenas de milhões de operários, camponeses, empresários, professores, religiosos, etc. Somente na Camboja mais de três milhões de civis foram massacrados. Na Polônia, a perseguição dos comunistas contra os operários é escandalosa. Enfim, em todos os países invadidos, os comunistas tornaram-se inimigos e perseguidores das populações.

A força do Cristianismo que deu ao mundo homens como Francisco de Assis, ainda hoje é a mesma que produz homens como Soljenítsin e mulheres como a Madre Tereza de Calcutá.

No seio do Cristianismo já surgiram santos e demônios. Os santos nasceram da prática da teoria cristã e os demônios, do abandono dela. Não há no Cristianismo nenhum ensinamento quanto à prática da ganância, das mentiras e da luxuria. O cristianismo, sempre que foi praticado, produziu os frutos que suas ideias enunciam. Sempre que foi desprezado, tais frutos não floresceram. Os erros de Inocêncio III podem ser contrapropostos pela honestidade de Pio XII. Os erros do arcebispo Tetzel são ofuscados pelos sentimentos de Huss, Lutero, Kant, Fichte e tantos outros grandes cristãos. Milhões de missionários cristãos sacrificaram suas vidas no passado pelo bem da humanidade. O Cristianismo civilizou a Europa bárbara. Os francos foram bárbaros que, influenciados pelo Cristianismo, transformaram-se em povos civilizados*.

O Cristianismo esteve no palco de todas as grandes lutas da história da humanidade errando e acertado, mas sempre se fez presente.

Entre erros e acertos e entre bem e o mal, sem nenhuma dúvida, os acertos e bem foram imensamente maiores. É um absurdo e uma grande injustiça omitir esse lado belo da história do Cristianismo. É injusto tentar apresentar uma imagem do Cristianismo como algo inútil e essencialmente mau. Um simples estudo da vida ascética dos monges franciscanos, jesuítas, dominicanos, do seu amor e bondade e das magníficas obras caritativas, educacionais e culturais que semearam por toda a Terra, também nos revelará o seu sincero amor e auto-sacrifício pelo estabelecimento da justiça e da paz entre os homens. Foram incotáveis aqueles que deram suas vidas por essa causa. Também não podemos, de forma alguma, esquecer as grandes perseguições que o Cristianismo sofreu pelo mundo. Desde o seu nascimento e expansão no império romano, até o renascimento sob a forma do protestantismo. Milhões de cristãos sacrificaram suas vidas em defesa do Cristianismo, outros foram enviados para religiões hostis e inóspitas para civilizar bárbaros e selvagens, muitos doaram as vidas por suas missões. A história do Cristianismo registrou todos os seus acertos e todos os seus erros*.

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E que não se cometa a “barbaridade” de negar a civilização, e ainda se falar em socialismo cientifico! Como procedeu Engels, estupidamente, no seu livro “A Origem da Família, da Propriedade Privada e da Estado.”

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Por que houve acertos e por que houve erros, será tema de um trabalho posterior que pretendemos elaborar.

Somente alguém, verdadeiramente mal intencionado, poderia procurar omitir as boas obras do Cristianismo e o seu coração de amor e sacrifício por Deus e pelo homem. Semelhantes ao percurso histórico do Cristianismo, foram os percursos de todas as outras esferas religiosas centrais, tais como o budismo, o confucionismo, o islamismo, o hinduísmo e o orientalismo (os movimentos religiosos orientais nativos).

Em todas as épocas e em todos os lugares, as religiões enfrentaram grandes perseguições e dificuldades; cometeram grandes erros e realizaram grandes obras na moral, na ética, na educação e na cultura. Lamentavelmente, os cristãos meio adormecidos e impotentes para gritar e mostrar ao mundo o lado bom da sua história; os rastros de amor, bondade e educação que semearam na Terra. É como se “alguma força poderosa e misteriosa estivesse gelando e imobilizando suas mentes, os seus corpos e enterrando-os vivos.” Foram muitos erros do Cristianismo, mas foram bem maiores e em maior quantidade os seus acertos. Enquanto o Cristianismo se opunha a Galileu e Darwin, enviava milhares de missionários para as religiões mais inóspitas do mundo. Enquanto alguns líderes cristãos compartilhavam da omissão e da exploração dos empobrecidos, milhares de outros doavam as vidas, a cuidar de leprosos e doentes de todo o tipo. Outros saíam pelo mundo em peregrinação ensinando aos homens o valor do amor, da paz e da bondade. O mesmo diremos dos diversos grupos religiosos. Jamais, em tempo algum, uma religião original, que caracteriza pela auto-doação sacrifical e pelo ensinamentos éticos e prático do amor, da verdade e da bondade entre os homens, foi criada por interesses políticos ou econômicos. (A Igreja Anglicana foi mera distorção do Cristianismo). Moises e Buda são exemplos claros dessa afirmação*. O homem é um ser místico e espiritual. As religiões prestam-lhe a assistência e fornecem-lhe os elementos transmateriais para satisfazer a sua natureza mística espiritual. Assim, milhões de homens por todo o mundo fizeram grandes doações matérias às religiões. Que construíram belíssimas catedrais, templos, conventos, seminários e igreja. São inúmeros casos em que uma pequena igreja, construída em um certo lugar, deu origem a uma grande cidade. Esses locais, destinados à vida mística, tornaram-se fontes de alegria e realização para milhões de seres humanos em todos os lugares no passado e no presente. As religiões nascem de pessoas simples e crescem com apoio de populações inteiras. A afirmação marxista de que as religiões são engendradas pela classe dominante para oprimir e explorar a população, é um ataque infundado à verdade. É uma afirmação tão infeliz e perniciosa

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que somente poderia ser concebida por uma mente e um coração pervertidos. Os verdadeiros religiosos não são criminosos ou parasitas inúteis, são homens que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus e à dimensão espiritual da humanidade. Em diversos lugares, as religiões tomaram corpo de acordo com os costumes e as tradições dos povos. Mas, em essência, os seus ensinamentos são sempre os mesmos: fé, moral e ética. Quem poderá negar tal afirmação. Simplesmente apontando os erros daqueles que não tiveram nem dignidade para viver a religião?

Já abordamos anteriormente a questão relativa às causas e efeitos e aos autores e suas obras. Vimos que nada há no efeito que seja proveniente as causa. Essa lei da Causalidade é um dos princípios mais difundidos e utilizados pela ciência atual*. A psicologia é o estudo do comportamento humano e animal, i. e., o estudo do efeito, do comportamento, para se conhecer a causa ― a mente. Analogamente, pelas obras de um homem (seu comportamento e atitudes) pode-se compreender sua personalidade e sua mente. As obras dos grandes líderes religiosos, dos grandes filósofos e dos grandes cientista, deixam os frutos de seus estudos na Terra. O somatório e complementariedade de tais frutos, deram origem à alta tecnologia e ao alto grau de conforto e comodidade de que dispõe a humanidade hoje. Mais uma vez, quero lembrar que a expansão desse grau de conforto para toda a humanidade não depende das descobertas cientificas ou da própria tecnologia em si. Mas do homem. Razão por que faz-se necessária uma revolução no homem; um novo sistema de educação e novas ideias que possuam a força para conduzi-lo do egoísmo ao altruísmo. Sem dúvida, o marxismo não é esse sistema de ideias, nem de educação. O marxismo aplicado engendra homens cruéis, em proporções ao tempo de prática. É obvio que não se pode criar homens pacíficos e bondosos ensinando-lhes o ódio e a violência.

Os frutos do Marxismo

Quais os frutos das religiões na Terra? Especificamente, quais os frutos de Jesus na Terra? Todos nos sabemos e podemos ver ainda hoje que o Cristianismo deu origem à toda uma rede de instituições de educação moral, ética e cultura por toda a Terra; bem como a uma rede de ordens religiosas femininas e masculinas voltada para o serviço assistencial no plano material e, de modo específico, no plano espiritual. Deu origem aos mais elevados

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O marxismo, ao afirmar que o Universo surgiu por mero acaso, nega o princípio fundamental da ciência – a lei da causalidade – caindo em flagrante anticientificamente.

ideais através das missões e aos mais elevados valores morais e éticos (como a honestidade, pureza, fidelidade, obediência, respeito, caridade, etc), e ainda, aos mais belos sistemas de ideias como o Agostiniano, Tomista, Kantiano, Hegeliano, etc. Semeou tais valores por rodo o mundo bárbaro e selvagem, por meio de homens bondosos e dedicados, que ofereceram toda sua existência à moralização e aculturação dos povos; que enfrentou as maiores e mais cruéis perseguições nas quais milhares de cristãos foram massacrados, das arenas romanas a cidade de São Bartolomeu. Mesmo assim, eles prosseguiram sua marcha em direção ao que consideravam o seu grande ideal: a preparação de homens de amor e verdade para viverem ao serviço de outros aqui na Terra, alegrando a Deus ao mundo espiritual. O Cristianismo inspirou e produziu milhares de livros em todas as línguas do mundo, nos quais (pelo menos naqueles escritos por cristãos anteriores ao escândalo da “teologia” da revolução ― ou libertação) jamais se encontraram ensinamentos voltados para a destruição da vida humana ou da ordem da sociedade. Assim, a humanidade viu surgir figuras como São Paulo, Agostinho, Tomas de Aquino, Kant Hegel, Wiclyjj, Lutero, Wesley, Luther King e tantos outros grandes pensadores e benfeitores da humanidade... Estes foram os frutos das ideias de Jesus. Todos aqueles que praticaram suas ideias, seguindo o seu exemplo de vida, tornaram-se grandes exemplos de sabedoria e bondade e foram considerados Santos de Deus. No seio no Cristianismo também surgiram homens injustos e até cruéis. Mas será que poderemos dizer que esses homens comportaram-se segundo o exemplo e as ideias de Jesus? Evidentemente que não. Os grandes mentirosos e malfeitores do Cristianismo tornaram-se assim, exatamente porque desprezaram as ideias e o ideal prático do Cristianismo. Por outro lado, com quem Clara e Francisco de Assis aprenderam a se comportar? Naturalmente, não foi alguns falsos religiosos de seu tempo, mas com o próprio Jesus. A figura de Francisco de Assis e da jovem Clara representam a voz-imagem do ideal cristão do homem. Ainda hoje, pode-se encontrar vestígios da forma de viver que caracterizou o Cristianismo na maioria dos anos de sua existência. Eis os frutos de Jesus na Terra. O Cristianismo acha-se hoje enfraquecido e agredido. Seus dogmas antigos e medievais foram solados pelas descobertas cientificas modernas, e completamente distorcidas pelas ideias sofisticadas do marxismo, que atualmente colhe os louros da vitória ideológica contra o Cristianismo, em sua forma atualmente conhecida. Ocorre, porém, que já existe na Terra um Novo Cristianismo. A teoria cristã foi repensada e apoiada na filosofia idealista-teísta e nas descobertas da ciência do século XX. Essa nova visão do Cristianismo tem sido chamada Deusismo. Trata-se de nova expressão do

pensamento teísta e já está semeada em todo o mundo, e o marxismo se encontra agora na defensiva ideológica. Pela primeira vez na história do marxismo, ele tem sido confrontado e derrotado por uma outra ideologia. Queria Deus que os governos do mundo livre, muito rapidamente, se dêem conta da existência dessa nova esperança; dessa nova “arma ideológica” que definitivamente desmascarará e derrotará o marxismo onde quer que o que confrontar.

Vejamos agora os frutos de Marx. Quais os frutos do marxismo na Terra?*

Primeiramente, sintetizaremos alguns das suas ideias essências e alguns dos seus frutos mais aberrantes. O marxismo afirma que não existe Deus. Conseqüentemente, o Universo é a origem criativa de si mesmo (essa afirmação nos dias atuais é um disparate!); Afirma que o homem é um mero animal e que não possui corpo espiritual (outro disparate!); que a base existência do Universo é a luta e o conflito entre elementos contrários intrínsecos a todos os seres (imagine-se o próton e o elétron em luta?! Existiria alguma coisa?) ; afirma que a causa do progresso humano em geral nasce da luta violenta; da guerra em todos as suas formas e independentemente da vontade do homem ― tal afirmação equivalente a dizer que as grandes invenções tecnológicas “inventaram-se a si mesmas”, ou ainda dizer que “a associação e a cooperação nada valem” (gostaria de

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Os frutos do marxismo-comunismo-socialismo foram amplamente pesquisados e

publicados na obra O Livro Negro do Comunismo . Crimes, Terror e Repressão.(Editora Bertrand Brasil, 2005) da autoria de Stephane Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panné,Andrsej Paccz kowiski, Carel Bartosek e Jean-Louis Margolin. O Livro Negro do

Comunismo é uma obra histórica com fotografias e 917 páginas que narram a história de

crimes e terrorismo dos marxistas-comunistas-socialistas nos 35 países que invadiram. O Livro Negro do Comunismo prova documentalmente que os crimes do comunismo foram 5 vezes piores do que os crimes do nazismo. Quando o domunismo implodiu na União Soviética em 1990 deveria ter sido instaurado o Tribunal de Moscou, uma corte internacional para julgar os crimes dos comunistas contra a humanidade e punir os culpados, assim como o Tribunal de Nurenberg julgou e opuniu os crimes dos nazistas. Por que o Tribunal de Moscou não aconteceu, e em vez disso, a Rússia foi incluída no grupo G7 + Rússia? Porque. Embora seu Exército Vermelho estivesse sucateado e faminto, a ex- União Soviética tinha em seu poder mais de 2000 bombas nuccleares, não hesitariam e usá- las contra a humanidade. Por isso, o mundo ocidental optou por apaziguar os comunistas, uma vez que eles já estavam falidos e desmoralizados. E em vez de instaurar o Tribunal de Moscou incluiu a Rússia no grupo G7+Rússia. Na verdade, em vez de punir o menino malvado, puseram um docinho em sua boca para amansá-lo. Alguim dia, com certeza, os comunistas serãojulgados e punidos pelos horrorosos crimes que cometeram contra Deus e contra a humanidade. Quem viver verá.

lembrar que a antropologia, a sociologia e a psicologia afirmam o contrário); que a família monogâmica deu à prostituição e a infidelidade e que, portanto, deverá ser destruída (Engels ― A origem da Família, da

Propriedade Privada e do Estado livro escrito sob a orientação das

anotações de Marx); que o Estado deverá ser destruído, pois é mero instrumento de exploração (imagine-se ausência das lei de trânsito, das estradas pavimentadas, das praças e parques públicos e das forças armadas com Hítleres, Mussulines, Fidéis e Brejneves soltos por aí). Imagine-se uma sociedade onde não haja legislação (poder legislativo) nem justiça (poder judiciário) nem garantia dos deveres e direitos dos cidadãos (poder executivo)? O que quer que o leitor imagine, sem um centro será certamente a instituição das desordens do caos absoluto. O marxismo também afirma que a fábrica e o lugar onde se aprendem as relações básicas da sociedade humana*; que não há necessidade de Deus, nem da ética e nem de amor entre os homens; que a violência é a lei natural mais fundamental... Enfim, que civilizações humana não deu em nada e que, portanto, deverá retornar ao barbarismo selvagem ateu e amoral.

Tudo isso, para um leitor “moderado”, parece conter uma certa parcialidade. Quanto a mim, dispenso silogismo ou circunlóquios semânticos, e prefiro chamar de azul o azul, e de vermelho o vermelho. O que estou dizendo é que as coisas, do modo como as descrevo aqui são ainda dóceis e incapazes de transmitir com reais e verossímeis o barbarismo, o cinismo e a malicia intelectual do marxismo. Creio mesmo que somente com uma visão religiosa e possível desvendar os mistérios que envolvem o marxismo e sua expansão mundial.

Marx não apenas falou. Ele inspirou e orientou todo o movimento comunista internacional (talvez o esteja fazendo ainda até os nossos dias). Todos as atrocidades e barbaridades cometidas pelos comunistas na União Soviética (e tão bem contadas por alguém é russo, viveu dezenas de anos entre os comunistas, e foi comunista, como Soljenítsin) e no resto do mundo, tiveram origem nas ideias e nos ideais de Karl Marx. Engels, como ele próprio afirmou, não teve lá tanta importância. Lênin e Stálin foram meros seguidores. Porém, seguidores ortodoxos, fiéis o seu mestre. Engels foi o João Batista de Marx. Lênin, o seu Paulo de Tarso. Se Jesus, que recebeu inspiração e revelação mística, deu origem ao Cristianismo em plena consciência do que se tratava, resta saber se o falso messias, Karl Marx, recebeu inspiração e revelação de alguém, e se sabia ou não do que se

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Alvin Toffler em seu livro A Terceira Onda (Editora Record) demonstra que o lar será o

tratava. Ou seja, se antevia os efeitos de sua obra, criada, parece-me, de uma forma perfeitamente coerente com as conclusões a priori que tirou de suas observações e com um propósito claramente definido! O que o leitor pensa

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