• Nenhum resultado encontrado

AS ESCRITURAS “SAGRADAS”

No documento A Natureza Mística do Marxismo (páginas 180-184)

PARTE I: MARX O HOMEM E O MÍSTICO /

Capítulo 16. AS ESCRITURAS “SAGRADAS”

A

S

E

SCRITURAS

“S

AGRADAS

M

ARXISTAS

Todas as religiões da história possuem um Livro Sagrado, no qual se acham registrados os princípios éticos e morais que norteiam a sua prática e estimulam a fé em seu deus. O comunismo, como uma pseudo-religião — o anticristianismo —, também possui um Messias e a sua revelação — su “Escrituras Sagradas. Esta são os escritos de Marx, Engels e Lênin, os quais representam, respectivamente, Jesus, João Batista e Paulo. Os três primeiros são as figuras centrais “sagradas” do santuário comunista e os seus escritos, a verdade ultima acerca da natureza, do homem e da história. Dentre as muitas obras escritas por Marx, Engels e Lênin, gostaríamos de citar que, pelo tema enfocado, merecem maior importância.

1. Manuscritos Econômicos e Filosóficos — Karl Marx

Neta obra, Marx afirma ter descoberto a raiz do problema humano — a alienação engendrada pela propriedade privada — e, a única e final solução: a destruição da propriedade privada através da revolução “proletária violenta.”

2. O Capital (3 volumes) — Karl Marx

Nesta obra Marx procurou provar suas conclusões acerca da relação da miséria humana com a propriedade, apontar os responsáveis — os capitalistas, os religiosos e os soberanos -, bem como convencer os intelectuais e proletários da absoluta inevitabilidade da vitória comunista.

Marx procurou demonstrar que o comunismo é o destino final da humanidade independentemente de quaisquer outros fatores.

3. A Dialética da Natureza — F. Engels

Este livro foi escrito por Engels após a morte de Marx. Mas ele representa tão somente uma ampliação e um aperfeiçoamento dos manuscritos deixados pelo próprio Marx sobre o tema. Através da Dialética, Engels procurou demonstrar a inexistência de Deus, a origem do movimento e do desenvolvimento do Universo.

4. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado — F. Engels

Quando ainda vivia, Marx leu um livro de um antropólogo materialista chamado Lewis H. Morgan. O livro chamava-se A Sociedade Antiga, ou

Pesquisa do Rumo, do Progresso Humano da Selvageria através do Barbarismo para a Civilização. Morgan relacionou nesse livro a origem da

família primitiva com a origem da propriedade privada, dentro de uma perspectiva materialista. Marx interessou-se porque encontrou nele os fundamentos teóricos para engendrar sua teoria ateísta quanto à origem da família.

Marx leu o livro e rabiscou-o por inteiro. Mas morreu pouco tempo depois. Engels, de posse do livro de Morgan rabiscado por Marx, resolveu concluir o desejo de Marx e, com base nas anotações do mesmo, escreveu A

Origem da Família, Da Propriedade Privada e do Estado, no qual

declarou:...“de certo modo, o livro é a execução de um testamento.”

Neste livro Engels nega a origem divina da família, nega os valores morais absolutos, a espiritualidade humana e aponta a civilização como responsável pela miséria humana, negando-a em defesa do barbarismo.

Acusa a família monogâmica de ser a causa da prostituição e do heterismo, defendendo a sua destruição e a volta do sexo grupal da idade primitiva. Tudo isso, sob uma grossa camada de dados aparentemente científicos do séc. XVIII.

5. Que Fazer? — V. Lênin

Neste livro, Lênin cria o partido comunista e defende a formação de uma vanguarda de intelectual revolucionário — o terrorismo.

6. O Estado e a Revolução. V. Lênin

Neta ocasião, Lênin defende a clandestinidade e a sabotagem. Nega toda moralidade que não contribua com a causa comunista.

Este livro é uma defesa e um enaltecimento disfarçado do crime, em todas as suas expressões.

7. Imperialismo.O Estágio mais Avançado do Capitalismo. V. Lênin

Este livro é uma defesa de Marx e suas ideias básicas, expostas em O

Capital. Marx e Engels criaram as ideias. Lênin elaborou as táticas para a sua aplicabilidade. O Marxismo é a causa, a teoria. O Leninismo é efeito, a prática.

Vimos até aqui uma breve citação de 7 obras comunistas que contêm os seus princípios essenciais e que, sem dúvida, constituem as “Escrituras Sagradas” dos comunistas, às quais eles rendem fiel obediência e dão a vida em sua defesa. Estas 7 obras já inspiraram a prodição de mais de 40.000 (quarenta mil) novos títulos em todas as línguas da Terra. Este fatonos dá uma ideia aproximada do alcança do poder do ocultismo. Conforme citação do livro de Richard Wurmbrand Cristo em Cadeias Comunistas, um professor marxista ensinava nas suas aulas, que

“Deus deu três revelações: a primeira a Moisés. A segunda a Jesus. E

a terceira a Marx.”

Tal atitude e muitas outras nos revelaram o valor “sagrado” que as obras de Marx possuem para os marxistas. Para finalizar, gostaria de dedicar especial atenção a uma obra publicada em Moscou no ano de 1961 — O

Manual do Ateísta — fartamente estudada e criticada por Richard

Wurmbrand, em se livro intitulado Resposta à Bíblia de Moscou, inteiramente escrito sobre o tema.

O Manual do Ateísta

O manual do Ateísta foi editado pala Academia de Ciências de Moscou com aproximadamente 600 páginas, em 1961 (Casa Publicadora do Estado para a Ciência Política). O Manual contém um resumo das crenças ateístas. Foi produzida por uma equipe de especialistas, composta pelos historiadores Beliaiev e Belinova e pelos filósofos Tchanishev, Elshina e Emeliah. Seu atual redator é o professor universitário S. Kovalek. Foi editado em muitas línguas várias vezes, e distribuído em massa em todos os países comunistas.

As ideias contidas no Manual do Ateísta são propagadas nas escolas, universidades, rádio e televisão; em filmes, comícios, etc. Até mesmo o discurso fúnebre de um ateísta é baseado no seu manual. Diz-se à família entristecida que:

Não há conforto para os tristes;

Uma vez separados, nunca mais estarão juntos; Não existe Deus; Não há vida eterna.”

Na mesma linha de pensamento, Feuerbach escreveu:

'É claro como o sol, e evidente como o dia, que não existe Deus.” Para os comunistas a inexistência de Deus é algo mais que evidente. Entretanto, quando o óbvio seria ignorá-lo, eles gastam anos e fortunas, elaborando, publicando e distribuindo livros contra Deus — algo que, mais

que certo, não existe! Ora, essa atitude ao invés de fortalecer a negação de

Deus, afirma-o espetacularmente e desmascara a guerra serrada que os comunistas (ou alguma coisa, através deles) travam contra Deus.

O mesmo fenômeno pode ser notado também nas palavras de Nietzsche, o autor de O Anticristo.

“Até nós, devotos do conhecimento sem Deus e antimetafísicos,

ainda hoje recebemos também o calor de um chama que, uma fé, há milhares de anos acendeu: essa fé cristã que foi também a fé de Platão, de que Deus é a verdade, que essa Verdade é divina...”

Outro caso é o Barão Holbach, um renomado ateísta do século XVIII, que considerou Deus seu inimigo pessoal. Para ele só a natureza existia e era criadora. A exaltação que Holbach faz à natureza, é semelhante a uma fé e uma adoração. Assim, o seu ateísmo era mais ódio e aversão do que propriamente uma negação.

Outra estranha curiosidade é o esforço dos “especialistas” que, por meses a fio, põem-se a estudar a origem das religiões do mundo, bem como seus livros sagrados, especialmente a Bíblia. Em diversas citações bíblicas, afirmam ter descoberto “falhas e contradições.”

Mais importante do que as citadas “contradições” por ele descobertas, é fato de terem as dado ao esforço de estudar detalhadamente a Bíblia. Tais estudos nos indagar o porquê da importância que os comunistas dispensam à tentativa de desacreditar um livro tão antigo(?). Poderíamos avançar em tal averiguação, e sem dúvida descobriríamos inúmeros casos semelhantes. Não obstante, o que convém ressaltar e analisar aqui é exatamente essa atitude obsessiva de combater e negar algo “inexistente” — Deus!

Ainda que inconscientemente, os comunistas revelam a natureza mística do marxismo, com uma atitude obsessiva e sádica. Eles não se dão conta de que estão combatendo o que afirmam inexistir e assim procedendo, caem na contradição de afirmar a realidade de Deus, pela necessidade de

combatê-lo. Tal fato vem corroborar a tese de que o comunismo não representa meramente um movimento humanista-ateísta. Mas sim, um movimento equipado com ideias e armas para combater a Deus e as religiões, sendo portanto, um movimento sob o disfarce do mero ateísmo.

No documento A Natureza Mística do Marxismo (páginas 180-184)