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OS AMIGOS DE MARX

No documento A Natureza Mística do Marxismo (páginas 42-52)

PARTE I: MARX O HOMEM E O MÍSTICO /

Capítulo 3. OS AMIGOS DE MARX

O

S

A

MIGOS DE

M

ARX

Friedrich Engels

Marx não falou muito publicamente sobre religião. Mas poderemos compreender o seu caráter e o seu ponto de vista sobre essa questão,estudando e analisando os homens que seus amigos. O primeiro deles é Engels.

Engels nasceu a 28 de setembro de 1820, filho de um próspero fabricante de tecido de algodão. Era uma família cristã. Nos seus tempos de juventude, Engels escreveu belíssimos poemas de índole puramente cristã, como podemos observar no poema que se segue:

1. “Senhor Jesus Cristo, Unigênito filho de Deus,

Desça do Teu trono Celestial e salve minha alma para mim.Desça em toda Tua bem-aventurança, luz da

Santidade de Teu Pai, Conceda que eu possa escolher-te. Adorável, esplêndido, sem magoas

É a alegria com que elevamos a Ti, Salvador, nosso louvor.

2. E quando eu der meu ultimo suspiro,

E tiver de suportar a angustia da morte, Que eu possa estar seguro de ti;

Para que quando meus olhos de trevas se encherem E quando meu palpitante coração dor silenciado, Em ti eu possa morrer.

Lá nos céus irá meu espírito louvor teu nome eternamente,

Desde que em ti permaneça seguro.

3. Oh, quisera eu que se aproximasse

aquele tempo feliz;

Quando no teu seio de ternura Possa receber o frescor da nova vida, E com gratidão a Ti, ó Deus,

Abraçar aqueles que me são queridos, Sim,vivendo para sempre,

Contemplando a ti, face a face, Numa vida nova e florescente.

4. Tu vieste para libertar a raça humana

da morte e infelicidade

para que pudesse haver bênção e ventura em toda parte E então, na tua próxima vinda, tudo será diferente; E a cada homem darás a sua parte.”**

Após ter lido um livro do teólogo liberal Bruno Bauer, Engels passou a duvidar da fé cristã. Nesse tempo, escreveu vários trechos que nos dão hoje uma clara visão do drama que se travou em seu intimo e que o conduziu gradualmente ao ateísmo. Vejamos alguns trechos:

Trecho I “Oro todos os dias pela verdade. Na realidade, quase o dia

inteiro. E tenho feito isso desde que comecei a duvidar, mas ainda assim, não consigo voltar atrás. As lagrimas estão jorrando dos meus olhos nesse momento em que escrevo.”

(Citando em Franz Mehring, Karl Marx, G. Allen E Unwin Ltda. Londres, 1936).**

Trecho II “Está escrito: ‘Pedi e dar-se-vos-á’. Eu busco a verdade onde

quer tenha esperança de encontrar menos uma sombra dela. Entretanto, não posso reconhecer Sua verdade como a verdade eterna. E contudo, está escrito: ‘Buscai e achareis’. Ou dentre vos é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Quanto mais vosso Pai que está nos céus. Lágrimas me vêm aos olhos enquanto escrevo.

Sou jogado de um lado para outro mas sinto que não ficarei perdido. Eu irei a Deus, por quem toda a minha alma anseia. Este também é um testemunho do Espírito Santo. Com isto eu vivo, e com isto eu morro... O Espírito de Deus me dá testemunho de que sou filho de Deus.”

(Carta a amigo)**

Trecho III “Desde a terrível Revolução Francesa, um espírito inteiramente novo

e demoníaco entrou em grande parte da humanidade, e o ateísmo levanta sua audaciosa cabeça de um modo tão desavergonhado e insidioso que se poderia pensar que as profecias das estão agora cumpridas. Vejamos primeiramente o que as escrituras dizem quanto ao ateísmo dos últimos tempos. O Senhor Jesus diz em Mt. 24:11-13: ‘Levantar-se-ão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará se quase todos. Aquele porem, que perseverar até o fim, esse será salvo... E São Paulo diz, em II Tess. 2:3: “Será revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou objeto de culto... E segundo eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios da mentira... Não há mais indiferença ou frieza em relação ao Senhor. Não, é uma inimizade aberta, declarada, e no lugar de todos as seitas e partidos, temos agora apenas dois: cristão e anticristãos... Vemos os falsos profetas entre nós... Eles circulam pela Alemanha, e querem introduzir-se em toda parte; divulgam seus ensinamentos satânicos nas praças e carregam a bandeira do Diabo de uma cidade para outra, seduzindo a pobre juventude, a fim de lançá-la no mais profundo abismo de inferno e morte... Venho sem demora. Conserva o que Tens, para que ninguém tome e tua coroa. Amém.”

Esses três trechos dos escritos de Engels, antes de conhecer Marx, revelam um cristão dedicado e um exemplar conhecedor das escrituras. Por outro lado, apresenta a árdua luta de um homem de fé para manter-se fiel às crenças e a impossibilidade que encontrou face a “forças estranhas” e às lógicas do teólogo liberal Bruno Bauer e o que ensinava ele? Vejamos um trecho de seus escritos para termos uma ideia do papel que ele representou na vida de Engels.

“Faço conferência aqui na universidade ante uma grande audiência.

Não reconheço a mim mesmo, quando pronuncio minhas blasfêmias do púlpito. Elas são tão grandes que esta as crianças, a quem ninguém deveria escandalizar, ficam com os cabelos em pé. Enquanto profiro blasfêmias, lembro-me de como trabalho impiedosamente em casa, escrevendo uma apologia das Sagradas Escrituras e do Apocalipse. De qualquer modo,é um demônio muito cruel que se apossa de mim, sempre que subo ao púlpito, e eu sou forcado a render-me a ele ... Meu espírito de blasfêmia somente será saciado se estiver autorizado a pregar abertamente como professor do sistema ateísta.”

Moses Hess, que havia convertido Marx para o comunismo, teve também contado com Engels e, de igual modo, o influenciou. Em uma das suas correspondências, Hess escreveu sobre Engels: “Ele separou-se de mim

como um comunista superzeloso. É assim que produzo devastação.”(Moses

Hess, Obras Selecionadas, Prublishing House Joseph Melzeer, Cologne, 1962).**

Vimos assim, como, de uma forma estranha, Marx pôde contar com a extraordinária ajuda de Engels durante a sua vida e, como após a sua morte, Engels encarregou-se de publicar o que Marx não havia publicado em vida. em livros como A Dialética da Natureza, A Origem da Família, do Estado e

da Propriedade, Engels forneceu grandes contribuições ao pensamento

marxista como hoje é visto. Devemos notar também que Engels sempre manteve uma posição de respeito e veneração por Marx; isto, em virtude do estranho domínio que Marx parecia ter sobre ele, como podemos ler nos trechos que se seguem. Após encontrar-se com Marx, Engels escreveu:

“A quem esta perseguindo com esforço selvagem? Um homem negro de Trier, um monstro notável. Não anda, nem corre, salta sobre os calcanhares e se enfurece, cheio de ira como se quisesse

agarrar a tenda do céu e lançá-la sobre a Terra. Estende os braços no ar; o punho perverso

está cerrado, ele se enfurece sem cessar, como se dez mil demônios fossem agarra-lo pelos cabelos.”

(Marx e Engels, Obras Selecionadas, em alemão. Volume II suplementar, p. 301)**.

“Não posso negar que antes e durante minha colaboração de quarenta anos com Marx, tive um papel independente na exposição, e especialmente, no desenvolvimento da teoria. Mas a maior parte de seus princípios básicos, especialmente os econômicos e históricos, e sobretudo sua formação penetrante, pertencem a Marx. O que eu contribuí, com exceção desse meu trabalho em algumas matérias, Marx facilmente poderia havê-lo feito sem mim. O que Marx conseguiu, eu nunca poderia havê-lo conseguido”**.

Vejamos agora algumas palavras sobre a esposa de Marx. Jenny Von Westphalem (1814-1881) filha de um aristocrata prussiano. Aqui cabe a observação de que, apesar de defender os pobres e oprimidos e de aparentemente demonstrar profunda e sincera preocupação e amor pelos proletários, Marx quando decidiu casar-se não escolheu um deles. Muitos pelo contrario, casou com a filha de um rico aristocrata prussiano.

Quanto à senhora Marx, vejamos algumas das palavras ao seu marido datadas de agosto de 1844, numa correspondência:

“A sua última carta pastoral, sumo sacerdote e bispo das almas,

novamente transmitiu paz e tranqüilidade às suas pobres ovelhas.

(Marx e Engels, Obras Completas, Berlim Oriental ― 1967).** Estas estranhas palavras dirigidas ao seu marido ateu, revelam algo como uma veneração, que podemos observar em quase todos os discípulos e amigos de Marx e também, o seu carisma que tão forte influencia sobre todos eles.

Bakhunim

Para conhecermos um pouco da personalidade de Bakhunin, basta analisar alguns trechos de sua obra e saber que ele é considerado o Pai do Anarquismo ― uma corrente de pensamento que nega toda e qualquer ordem, ideia, instituição ou sistema, e propõe o retorno da humanidade ao

estágio anterior a qualquer ordem. Crêem os anarquistas que as ideias complicaram por demais a vida do homem. Portanto, é necessário abolir todas as ideias sobre todos os assuntos e recomeçar tudo outra vez, de uma forma completamente livre de quaisquer restrições. Sem Deus, sem família sem Estado... Sem absolutamente nada! Noutros termos, Bakhunin propõe a destruição da própria sociedade humana e volta do ser humano ao barbarismo selvagem das cavernas das matas! Vejamos alguns trechos de seu pensamento. Numa obra intitulada Deus e o Estado, citações dos

anarquistas (editada por Paul Berman, Prager Publishers. New York ―

1972), Bakhunin escreveu:

“Satã é o primeiro livre-pensador e Salvador do mundo. Ele liberta Adão, imprimindo o selo

de humanidade e liberdade em sua fronte, Quando o torna desobediente.”

Em outro trecho Bakhunin escreveu:

“Nesta revolução, teremos que despertar o demônio nas pessoas, incitar as paixões mais vis.”

(Citado em Dzerjinskii, de R. Gul, “Most” Publishing House, New York ― em russo).**

Marx era amigo de Bakhunin e foi justamente com ele que fundou a

International, que apoiou os planos de Bakhunin para levar a efeito a

revolução comunista. Posteriormente, Bakhunin e os anarquistas foram expulsos do movimento comunista porque negavam tudo, inclusive o comunismo.

Posteriormente, Bakhunin definiu Marx como:

“o perverso, rixento, vaidosos, tão intolerante e aristocrático com Jeová, o Deus de seu país, e, como ele, insanamente vingativo.”*

Proudhon

*

SOUZA, Nelson Mello , A Dialética do Irracionalismo, Ed. Nova Fronteira, SP, 1985, p. 77.

Vejamos agora alguns trechos de Proudhon:

“Nós alcançamos o conhecimento apesar Dele, alcançamos a sociedade apesar Dele. cada passo à frente é uma vitória na qual derrotamos o Divino.”

(Proudhon, Sobre a Justiça de Revolução e da Igreja).

“Deus é estupidez e covardia; Deus é hipocrisia e falsidade; Deus é tirania e pobreza; Deus é o mal. Nos lugares em que inclina-se ante um altar, humanidade, escreva de reis e sacerdotes, será condenada. Eu juro. Deus, com a mão estendida para os céus. Que não és nada mais do que o algoz da minha razão, o espectro da minha consciência ... Deus é essencialmente anticivilizado, antiliberal, anti-humano.”**

Quando mais tarde Marx se desentendeu com Proudhon e criticou sua obra do livro Filosofia da Miséria. Marx não criticou seus pensamentos e pontos de vista sobre Deus . sequer o mencionou uma única vez.

Este fato nos sugere que Marx compartilhava dos mesmos pontos de vista de Proudhon, pelo menos nessa questão. Um fato que pode observar em todos os amigos de Marx da época em questão ele se definia como comunista, é que nenhum deles parece negar a existência de Deus. Todos admitem Deus e a vida eterna, mas combatem-no e o ultrajam desdenhosamente.

Com uma infância traumática, uma adolescência e juventude frustrada no seu sonho de poeta e de professor universitário, humilhado pela origem judia, rejeitado no meio cristão que tanto parecia amar, possuidor de uma natureza acentuadamente humanista, perseguindo pelo governo, desiludido pelo comportamento de clero face às injustiças que presenciava, revoltado com os que se diziam cristãos e salvos, e com amigos como Hess, Bakhunin e Proudhon, Marx não poderia ter tido outra direção senão a de cair na revolta e na vingança. Por outro lado, devemos convir que havia nele mesmo, já desde a sua adolescência, uma clara definição para a sua postura antideus. Se tal miséria se abateu sobre ele, naturalmente, tal sucedeu por ele apresentar alguma propensão em sua personalidade para tanto. Se Marx tivesse tido uma familiar regular e se as circunstâncias históricas da época fossem outras, não existindo exploração, miséria ou hipocrisia religiosa, nem a sua alma tivesse sofrido as amargas frustrações que sofreu, talvez a marxismo nunca tivesse vindo a existir. Se, porem, o marxismo, mais que um movimento circunstancial, representar o aparecimento natural da facção que se tem oposto a Deus desde o início da história humana (por exemplo, o

Maquiavel e o Luteranismo), ele é então uma conseqüência histórica dos fracassos do homem em cumprir os desígnios de Deus; e pelo contrario, se posicionando contra eles, blasfemando e ultrajando a Deus e a tudo quanto a Ele se refere, o marxismo nada mais representa que efeito conseqüente, que o próprio homem teria atraído sobre si, sendo por ele o único responsável.

O psicólogo austríaco Wilhelm Reich escreveu um livro chamado O

Assassinato de Cristo* (Ed. Martins Fontes ― 1984), onde desenvolveu analisa a tese de que há a humanidade ― algo como uma epidemia ― à rejeição e destruição de tudo que é sagrado. Nessa obra o leitor verá com detalhes o “espírito de ateísmo desavergonhado que se levantou no mundo”, conforme as palavras de Engels após a Revolução Francesa.

Moses Hess

Hess foi o mem mais importante na contraconversão de Marx e especialmente, na sua iniciação no comunismo. Quem foi Moses Hess? Pelas palavras e obras podemos conhecer alguma coisa sobre sua personalidade. Vejamos como Hess via Marx e qual a sua opinião sobre a religião, a política e naturalmente, sobre toda a estrutura social da Idade Média:

“Dr. Marx ― meu ídolo, que dará o chute final na religião e na política medievais.”**

Hess também teve contado com Engels e, após conhecê-lo escreveu as seguintes palavras, que nos ajudam também a revelar as suas estranhas intenções:

“Ele afastou-se de mim Como um comunista superzeloso. É assim que eu produzo devastação”

(Moses Hess, obra Selecionadas, Publishing House, Joseph Melzer, Cologne, 1962).**

Como podemos ver por essas palavras, há alguma coisa verdadeiramente estranha e mística por trás de todos os pensadores,que contractaram com Marx antes da formulação do Marxismo. Como chamar de simples intelectuais homens com ideias tão incomuns?

* Uma obra excepcionalmente estranha na bibliografia de Reich, sabendo-se que ele é

considerado o pai da revolução sexual, tendo escrito livros como A Função do Organismo e a Revolução Sexual, entre outros.

Analisando detalhadamente as palavras dos amigos de Marx, descobrimos as suas opiniões gerais sobre a sociedade humana, sobre Deus e sobre a religião, naturalmente, também estenderemos essa análise para compreendermos o tipo de caráter desses homens como suas opiniões sobre a ética e a moralidade cristãs.

Hess disse: “é assim que eu produzo devastação.” Pode-se esperar sentimentos de amor e bondade de um homem, que de modo tão sério e real, pronuncia semelhante frase? Noutra frase Hess diz “meu ídolo, que dará o

chute final na religião e na política medievais.”

Daí, pode-se inferir que tais expressões de Hess são os sinais de sua indignação ante as injustiças a corrupção do clero, da burguesia e dos monarcas medievais. Por outro lado, isso é bem verdade. Mas a influencia de Hess sobre Marx e Engels, tornando-os ateus, revelam-nos uma outra face das suas intenções. Por quê? Porque a religião é a essência da unidade da sociedade humana, e Deus já é uma realidade do século XX. Negar a religião, semear devastação negado a ética e moralidade (e creio que Hess o sabia muito bem), não podem ser um sincero humanista. Por outro lado, pelos poemas de Marx, vê-se que ele não formulou o marxismo simplesmente por amor à humanidade, Marx disse nutrir ódio e um profundo desejo de vingança em seu coração, não apenas contra Deus, mas também contra a humanidade! Esse é o grande paradoxo da sua obra. A realidade dos fatos históricos contudo, revelam que os efeitos do marxismo somente trouxeram dor e destruição para a humanidade. Lembremo-nos de que Marx foi um aprendiz de Hess e foi através dele que conheceu o socialismo e se tornou comunista.

A corrupção de alguns homens praticantes, ou ex-praticantes de uma religião, não invalida os seus ensinamentos básicos. Devemos observar que foi numa época em que a igreja estava mais corrompida (entre os séculos XII e XVI, surgiram Francisco de Assis, Tomás de Aquino e tantos outros exemplos cristãos).

Ainda que em sua mente Hess pensasse estar fazendo algum bem para a humanidade, incitando o ódio a Deus e à religião, poderia estar enganado e servia como um instrumento utilizado contra Deus e o Homem.

Cremos que o leitor poderá por si mesmo deduzir que tipo de sentimentos motivavam os amigos de Marx, e questionar se tais sentimentos poderiam originar as ideias que trarão a paz e a alegria mundiais.

Albert A. Harrison, professor do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia, USA, na sua obra A Psicologia como Ciência

Social (Editora Cultix/Universidade de São Paulo ― 1975), ao abordar o

Frustação-Agressão.” Vejamos algumas das palavras do professor

Harrison, compiladas da sua leitura e análise dos vários pontos de vista dos maiores autores da psicologia atual sobre o assunto.

“Grande parte do comportamento humano visa à obtenção de um

objetivo ou metas... Os obstáculos que impedem uma pessoa de alcançar uma determinada meta, chamam-se ‘frustrações’. Segundo Freud e numerosos psicólogos experimentais (por exemplo, Dollard, Doob, Miller, Mowrer, Sears, 1939), a frustração é a causa da agressão. Quanto maior a frustração, maior a agressão. É de se esperar que a agressão seja dirigida contra a pessoa ou objeto frustrador...”

Num outro trecho de sua obra, as páginas 412 e 413, Harrison apresenta outro tópico chamado Aprendizagem e Agressão. Vejamos alguns pontos a ser ponderados:

“Os atuais teóricos da aprendizagem social moderna, como

Bandura (Bandura e Walter, 1939; Bandura, 1969), sugerem que a maior parte das agressões podem ser entendidas em termos de aprendizagem. Assim, a agressão será encorajada quando existem modelos agressivos a imitar e quando as respostas agressivas são recompensadas. Através da imitação e do reforço social (estimulo) aprendemos quando agredir e como agredir.”

Albert A. Harrison, professor do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia, USA.

A Psicologia como Ciência Social (A Hipótese da Frustação-Agressão. Pg 410) Cultix/Universidade de São Paulo, 1975.

Relacionando esses trechos da obra do professor Harrison com o marxismo, perceberemos que Marx foi uma criatura frustrada, desde a infância até a maioridade. Por outro lado, pela análise que realizamos a seus amigos (Seus modelos sociais), em sua maioria materialista ateus e revoltosos contra a nobreza, Estado, a Igreja, Marx não poderia apresentar um comportamento social manso e amigável.

No documento A Natureza Mística do Marxismo (páginas 42-52)