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O COMPORTAMENTO OCULTISTA

No documento A Natureza Mística do Marxismo (páginas 176-180)

PARTE I: MARX O HOMEM E O MÍSTICO /

Capítulo 15. O COMPORTAMENTO OCULTISTA

OC

OMPORTAMENTO

O

CULTISTA

Para o Cristianismo a palavra “Luz” e a palavra “Trevas” simbolizam, respectivamente, Verdade e Ignorância. Estar na Luz é estar em unidade com Deus e no caminho. Para todas as religiões, o caminho de Deus é o da verdade, do amor, da paz e do bem. Naturalmente, o caminho oposto é a o da mentira, do ódio, da luta e do mal. Curiosamente, a Bíblia afirma que há um antideus e que ele é o pai da mentira, do ódio, da violência e do mal (João 8:44). Em todas as religiões o antideus possui estes mesmos atributos. Vimos anteriormente que a possibilidade da existência real de um antideus é tão provável quanto a de Deus, pala presença real na Terra de obras opostas, as quais não correspondem às humanas, haja vista a sua grandeza e bondade por um lado, e sua baixeza e maldade por outro. Vemos, entretanto, que o homem tem sido o instrumento dessa extrema bondade — atualizada na figura do líder comunista. As fontes de inspiração desses comportamentos opostos são Jesus e Marx. Ou seja: a afirmação e a negação de Deus.

Deusistas e antideusistas

A história registra que quando se pretendeu praticar um ato de maldade, procurou-se ocultá-lo da luz dos olhos de outras pessoas. Toda traição e conspiração são planejadas ocultamente, o roubo, o crime e o adultério são

sempre cometidos ocultamente. A traição de Judas, de Silvério do Reis, o assassinato de Júlio César, a invasão de Tróia, a traição de Dalila... Enfim, o mal, ou os atos para a destruição, são sempre executados nas trevas. O antídoto para a picada de uma cobra venenosa é preparado a partir do seu próprio veneno. Do mesmo modo, a destruição do mal através da história, também tem sido efetuada ocultamente; em segurança, longe dos “olhos” do próprio mal. Assim foi a conspiração que derrubou Nero e elegeu o general de Galba; assim foi planejada a Inconfidência Mineira, a Revolução de 31 de Março... Dentro dessa visão, tais conspirações, longe de serem atos de maldade — uma vez que lutavam contra o mal — foram atos de bondade. Mas convém lembrar que o bem, mesmo atuando ocultamente, não planeja o mal, mas busca, simplesmente, proteção contra ele. Exemplo claro desse fato foi a derrubada de Napoleão e a revolução gloriosa da Inglaterra, que ocorreu sem violência. Bem contrária a esta foi a Revolução Francesa, que apesar de falar em paz degenerou-se, após a vitória, em um reino de terror, conforme Restif de la Bretone. O mesmo sucedeu à Revolução Russa e a Chinesa. Por que isto aconteceu? Porque tais atos estavam inseridos nos ensinamentos que os inspiravam, e os levaram a efeito.

Porque antevi um contra-argumento para essa questão é que transcrevi algumas linhas. Mas o que distingue e separa completamente o bem e o mal são as motivações básicas dos atos. Um ataque e uma defesa são duas formas semelhantes de combate. Porém, uma das partes é a agressora; a outra, está combatendo para tentar sobreviver. Aparentemente, ambas estão guerreando. Mas de fato, uma delas está tão somente tentando sobreviver. Por isso, embora pareça um ataque, não o é. De modo semelhante, é a utilização do comportamento ocultista por parte do Bem e do Mal.

Como representantes mundiais do Bem e do Mal, atualmente, podemos apontar os deusistas e os antideusistas. Ou seja, aqueles que acreditam na existência de Deus, em Sua ética e moralidade, e os que negam juntamente com a Sua ética e moralidade. Poderíamos ainda separar o mundo atual em dois: o mundo Deusista e o mundo Comunista, a partir de uma análise de comportamentos de ambos. Concluiremos, então, que o mundo comunista é o representante do lado mal. Lênin disse:

“Um comunista deve estar preparado... para dirigir toda sorte de estratagemas, empregar métodos ilegítimos, ocultar a verdade... para conduzir o trabalho revolucionário...” (Lênin — Obras Escolhidas, vol. 17

— pág. 142-145).

“Em qual sentido nós repudiamos a ética e a moralidade? No sentido em que ela foi pregada pela burguesia, que declarou que a ética e a moralidade eram mandamentos de Deus... não acreditamos em Deus e sabemos perfeitamente que o clero, o proprietários e os burgueses falavam em nome de Deus para preservar seus próprios interesses de exploração. Nós repudiamos toda e qualquer moralidade que seja tomada fora dos conceitos de luta de classe... isso é uma decepção, uma fraude... Nós afirmamos que nossa moralidade é inteiramente subordinada aos interesses de classe do proletariado.”

Vimos anteriormente que o marxismo, à medida que a análise avança, parece ser uma antítese do Cristianismo: o Cristianismo às avessas. Assim sendo, podemos ver no comportamento ocultista do comunismo através da infiltração, subversão, espionagem, destruição e expansão, todo o conjunto de atividades que parecem caracterizar os atos de maldade ao longo da história. Pelos efeitos do marxismo no mundo atual, não precisaremos nos deter para avaliar se os seus frutos são de bondade ou de maldade. Quando o presidente Ronald Reagan declarou certa vez — e isto com todo o considerável montante de informação de que dispõe —, que a União Soviética é o “Império do Mal”, apesar de ser ridicularizado por “todo o mundo” parece estar afinal, com alguma razão.

Prosseguimos na análise do aspecto ocultista do marxismo, podemos constatar que o satanismo, ou os chamados “cultos de magia negra”, também são caracterizados por um comportamento ocultista, ou seja, tudo é feito às escondidas; todas as suas motivações são más, e igualmente os seus resultados. Nikita Khurschev disse certa vez à John Kennedey:

“Esta é uma grande nação, mas nós os destruímos com uma arma que vocês desconhecem: as nossas ideias. Nós os enterramos debaixo da imoralidade, das drogas e da corrupção.”

Diversos psicólogos e fisiologistas ilustram a emoção “medo” mais ou menos como se segue:

“Medo é um estado mental episódico; uma conscientização

desagradável, perturbadora e prevalecente, conhecida em primeira mão por seu possuidor. É despertado por certos objetos, eventos ou ideias; e é expressado pelas diversas modificações “voluntárias” e “involuntárias” no comportamento... Na sua forma extrema: o terror, sua expressão é altamente dramática. Os olhos e a boca se arregalam; a pele empalidece,

esfria a sua, há falta de ar e o coração bate de encontro com as costelas; a saliva pára de fluir e a boca se torna seca e pegajosa; a voz fica rouca e indistinta, quando não se perde, as pupilas dos olhos se dilatam e os cabelos ficam de pé na cabeça e na superfície do corpo. As funções digestivas normais se interrompem e o controle dos intestinos e da bexiga pode perder-se; pode haver fuga, tremores e paralisação no mesmo lugar, como se o indivíduo estivesse petrificado.”

Como é possível alguém sentir-se bem criando situações em que os seus semelhantes são postos em estado de tão alto pavor e humilhação*? O leitor há de convir, em sue bom senso, que alguém que apresente tal comportamento e se divirta com ele, é, no mínimo, psiquicamente desequilibrado. Tal comportamento se distancia demasiadamente dos padrões de normalidade. Marx declarou em seu desejo de derrubar a sociedade ocidental pela violência (também revelou tais intenções em seus poemas místicos); Lênin afirmou que nada lograriam os comunistas, a menos que estabelecessem o terror na União Soviética após a Revolução; Stálin criou um clima de insegurança e terror por volta de 1936, o qual levou 20 milhões de cidadãos russos à morte; Mao-Tsé-Tung na sua chamada “Revolução Cultural” também engendrou esse mesmo clima por toda a China. Enfim, o medo, e a sua expressão máxima — o terror - têm sido a tática marxista mais constante. O terrorismo internacional de hoje é o fruto da expansão mundial do marxismo.

Procurando compreender o coração comunista, não posso deixar de me perguntar: o que foi feito dos sentimentos desses homens? O que os deixou tão cegos e embrutecidos e de forma tão cruel? Como é possível um ser humano fazer da dor e da destruição de seres humanos motivos de honra e prazer? Posso apenas responder para mim mesmo que, seguramente, não foi a fé em Deus de amor! Teria então sido os próprios homens? Ora, eles lutam desesperadamente para escaparem uns dos outros! Não. Também não foram os próprios homens. Quem então os teria conduzido, conclusão de que os próprios comunistas precisam ser libertados do cativeiro e inferno em que estão, quase um século e meio. A batalha contra o marxismo é religiosa; uma batalha do amor contra o ódio, da verdade contra a mentira; do perdão contra o ressentimento... De Deus contra alguma coisa ou alguém que se opõe a Ele e os homens.

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Repetindo Robespierre e sua hipótese do terror-virtude (a virtude nasce do terror), Lênin expressou: “Nada lograremos a menos que estabeleçamos o máximo terror.”

No documento A Natureza Mística do Marxismo (páginas 176-180)