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A função autor e o comentário como princípios de rarefação dos

5 A NECESSIDADE FORMATIVA DOCENTE NA ORDEM DO

5.4 A função autor e o comentário como princípios de rarefação dos

‘valorização’ usadas como estratégias de governamento docente.

Nesta seção discutirei como a função autor e o comentário são regras que colaboram com as formações discursivas nas quais o enunciado necessidade formativa docente apoiou-se para constituir-se como objeto e, assim, entrar na ordem do discurso da atual política nacional de formação de professores, no Brasil.

Operar com a noção de autor na análise dos discursos implica entender que essa noção não se refere a um indivíduo-autor, mas a uma posição-autor que é uma posição estratégica dentro do jogo de exercício do poder e de produção de saber. Como explica Foucault (1987a, p. 109),

descrever uma formulação enquanto enunciado não consiste em analisar as relações entre um autor e aquilo que ele disse (ou quis dizer ou disse sem querer); mas em determinar qual é a posição que pode e deve ocupar todo indivíduo para nela ser o sujeito.

Textos como referenciais e documentos emitidos por comissões, grupos e instituições, bem como textos da legislação em torno da educação fazem parte da educação escolar que é um dos “sistemas administrativos e burocráticos de organização social e [de] regulação” (DEACON e PARKER, 2000, p. 98). Sendo assim, os textos aqui analisados são um dos conjuntos nos quais circulam e se constituem os discursos educacionais, pois são um dos mecanismos de transmissão de conhecimento de uma autoridade, e que não deixam, portanto, de criar “condições de possibilidade de sujeição, mascarada por alegações de favorecimento do progresso intelectual, da mobilidade socioeconômica e do progresso social” (DEACON e PARKER, 2000, p. 102).

Embora os textos aqui analisados por si só não determinem mudanças logo que um decreto, lei, parecer ou resolução sejam sancionados ou que algum documento de referência seja publicado, eles provocam efeitos reguladores, porque apoiados neles surgem as ações, os programas, os levantamentos de dados, todo

um arsenal técnico-burocrático que separa o que pode ser feito e ser dito daquilo que não pode ser feito e dito.

Desse modo, a legislação educacional juntamente com os referenciais curriculares nacionais e outros documentos produzidos por entidades influentes nas instituições e políticas educacionais são importantes procedimentos de sujeição, pois são

‘grandes edifícios que asseguram a distribuição de sujeitos falantes pelos diferentes tipos de discurso e a apropriação dos discursos a certas categorias de sujeito’ [FOUCAULT, in: A ordem do discurso], e que têm o ‘poder de constituir domínios de objetos’ [idem, ibidem]; eles são mecanismos pelos quais uma ordem ou um significado são violentamente impostos sobre as coisas [...]. (DEACON e PARKER, 2000, p. 102).

Nesse sentido, os discursos analisados aqui lançam regularidades na produção de outras práticas discursivas, funcionando como sistemas de dispersão e de exclusão discursiva que traçam limites ao discursivo. Assim, o discurso presente no corpus aqui selecionado assume a posição-autor, porque estão numa posição estratégica de definição dos objetos, temas, assuntos etc. do que pode ou não ser aceitável na ordem do discurso educacional.

Quanto à noção de comentário, fiz a leitura da LDB/1996, da legislação e de textos publicados depois dela, porque toda a legislação e textos produzidos a partir dela fazem-na operar, ora reforçando o que já fora dito, ora criando novos discursos daquilo que já havia sido dito nessa lei; produzindo o efeito da identidade na ordem do discurso educacional, separando o que está previsto em lei do que não está; fabricando o efeito do que é verdadeiro e do que não é, do que é possível e do que não é.

Não se trata aqui de procurar a origem do enunciado necessidade formativa docente, mas de considerar os elementos que lhes são antecedentes e que mantêm relação com ele, tornando-o possível; esses elementos são chamados de “fenômenos de recorrência” e Foucault (1987a, p. 143) os explica da seguinte forma:

todo enunciado compreende um campo de elementos antecedentes em relação aos quais se situa, mas que tem o poder de reorganizar e de redistribuir segundo relações novas. Ele constitui seu passado, define, naquilo que o precede, sua própria filiação, redesenha o que o torna possível ou necessário, exclui o que não pode ser compatível com ele. Além disso, coloca o passado enunciativo como verdade adquirida, como um acontecimento que se produzia, como uma

forma que se pode modificar, como matéria a transformar, ou, ainda, como objeto de que se pode falar.

Foucault (1987a, p. 121) explica que “o enunciado tem a particularidade de ser repetido: mas sempre em condições estritas”, e, por isso, o enunciado “entra em redes, se coloca em campos de utilização, se oferece a transferências e a modificações possíveis, se integra em operações e em estratégias onde sua identidade se mantém ou se apaga” (idem, ibidem). Visualizar essa rede na qual se formou o enunciado necessidade formativa docente é o que pretendo com esta análise.

Apresentarei logo adiante alguns enunciados aos quais acredito entrar em rede com o enunciado necessidade formativa docente, tal como é apresentado no Decreto 6755/2009 e na Portaria MEC 09/2009, ou seja, como um tema a ser discutido nos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente e um objeto a ser investigado, já que deve ser identificado e diagnosticado. Essa discussão e diagnóstico devem ser pautados nos dados do censo da educação básica e devem servir de parâmetros para discriminar os cursos de formação continuada, como versam os artigos 1º e 5º do decreto acima mencionado:

E como estabelecem os artigos 1º e 2º da Portaria citada anteriormente:

Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, com a finalidade de organizar, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas da educação básica (Decreto 6755/2009, p.1, grifo meu).

Art. 5º o plano estratégico a que se refere o § 1º do art. 4º deverá contemplar: I – diagnóstico e identificação das necessidades de formação de profissionais do magistério e da capacidade de atendimento das instituições públicas de educação superior envolvidas;

[...]

§ 1º O diagnóstico das necessidades de profissionais do magistério basear-se-á nos dados do censo da educação básica, de que trata o art. 2º do Decreto nº 6.425, de 4 de abril de 2008, e discriminará:

I – os cursos de formação inicial; II – os cursos de formação continuada;

III – a quantidade, o regime de trabalho, o campo ou a área de atuação dos profissionais do magistério a serem atendidos;

IV – outros dados relevantes que contemplem a demanda formulada (Decreto 6755/2009, p. 3, grifo meu).

A formação continuada é um dos enunciados com os quais necessidade formativa docente mantém relação de coexistência, pois emerge com a necessidade do planejamento das ações formativas docentes que ao mesmo tempo legitima a existência das práticas tanto discursivas quanto não discursivas de formação continuada de professores, auxiliando a constituir a formação continuada como uma prática imprescindível para a melhoria da qualidade do professor e da educação básica.

O discurso a respeito das necessidades de formação dos professores produz um efeito de legitimação política que sustenta o planejamento das práticas de formação continuada dos professores como uma necessidade do sistema educacional e um direito do professor. Da mesma forma, a necessidade da formação continuada legitima, por sua vez, a discussão sobre as necessidades formativas dos professores que emerge no contexto em que se buscam meios de melhor planejar a formação dos professores, sendo o levantamento e a coleta de dados sobre a formação um componente importante nas estratégias de planejamento das ações formativas. O levantamento e a análise de informações sobre a formação do professor e as ações formativas são descritas como meios para melhor atender as dificuldades práticas e cotidianas dos docentes, como que favorecendo o docente

Art. 1º Fica instituído o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica, uma ação conjunta do MEC, por intermédio da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, em colaboração com as Secretarias de Educação dos Estados, Distrito Federal e Municípios e as Instituições Públicas de Educação Superior (IPES), nos termos do Decreto 6755, de 29 de janeiro de 2009, que institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, com a finalidade de atender à demanda por formação inicial e continuada dos professores das redes públicas de educação básica (Portaria MEC 09/2009, p. 1, grifo meu).

Art. 2º O atendimento às necessidades de formação inicial e continuada dos professores pelas Instituições Públicas de Educação Superior (IPES) e Secretarias de Educação dos Estados, conforme quantitativos discriminados nos planos estratégicos elaborados pelos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente, de que trata o art. 4º do Decreto 6755/2009, dar-se-á por meio de:

[...]

II – fomento às IPES para apoio à oferta de cursos de licenciatura e programas especiais emergenciais destinados aos docentes em exercício na rede pública de educação básica e à oferta de formação continuada [...] (Portaria MEC 09/2009, p. 2, grifo meu).

para que se desenvolva profissionalmente, valorizando-o, portanto; e como estratégias que agregam qualidade à educação básica.

Então a formação continuada de professores constitui-se nos textos aqui analisados como um elemento que promove a valorização do docente e como um elemento que melhor qualifica a educação básica, junto a outros temas como condições salariais e de trabalho. A recorrência da formação continuada como um elemento de valorização profissional e de direito do docente, como sendo uma prática essencial ao desenvolvimento da profissionalidade docente, como um dos elementos responsáveis pela qualidade da educação básica e como algo que deve ser planejada e oferecida pelo Estado, é também utilizada como estratégia de governamentalidade do docente. Isso porque o exercício do poder biopolítico age na emergência da prática da formação continuada naturalizando-a como necessária e a emergência do objeto necessidade formativa docente contribui para legitimar a necessidade da formação continuada como uma prática que agrega qualidade ao professor e ao sistema educacional. A formação continuada, então, pode ser considerada uma possibilidade, uma necessidade e um direito ‘quase obrigatório’ para que o professor se mantenha ativo e apto à função docente no sistema educacional.

A necessidade formativa docente coexiste com a formação continuada dos professores, pois comprova, legitima a necessidade da existência e do planejamento da formação continuada que precisa da necessidade formativa docente para existir e para ser planejada ou controlada, ou seja, governamentalizada. Para entender essa estratégia de governamentalização da formação dos professores brasileiros, trago alguns enunciados mais adiante que mostram a rede discursiva na qual o enunciado necessidade formativa docente se tece e emerge.

Nesse sentido, o objeto necessidade formativa docente está em correlação com a formação continuada, interagindo no mesmo campo discursivo da formação de professores e das políticas de formação desses profissionais. Ambos os enunciados foram construídos historicamente apoiando-se em outros temas e objetos que vão compondo conjuntamente esses campos discursivos, tornando-os reais e possíveis nas práticas não discursivas e discursivas como aparecem no Decreto 6755/2009 e na Portaria MEC 09/2009 anteriormente mencionados. O percurso de coexistência entre os enunciados na constituição do objeto necessidade

formativa docente é o que pretendo apresentar a seguir, na intenção de melhor visualizar a rede discursiva na qual emergiu tal enunciado.

A análise seguinte mostra que tal rede discursiva, na qual o enunciado necessidade formativa docente é coexistente, apresenta a formação continuada como uma possibilidade a ser oferecida em várias modalidades diferentes, como uma possibilidade para a materialização da ampliação da escolaridade/formação/atualização docente; como uma necessidade porque permite a ampliação da escolaridade para além da formação inicial; como um elemento que agrega qualidade ao sistema escolar e ao professor ao valorizá-lo; como uma prática que deve ser planejada conforme as necessidades educativas das redes de ensino e dos professores. Essa é a rede discursiva na qual o enunciado necessidade formativa docente emerge e a qual descreverei na tentativa de capturar ou mapear a rarefação dos enunciados coexistentes à necessidade formativa docente. Mais adiante, após essa descrição, analiso os efeitos dessa rede de saber (enunciados coexistentes) na governamentalização do processo de formação dos docentes pelas atuais políticas e o quanto essas políticas estão comprometidas com a subjetivação de um professor empresário de si mesmo.

Nesse sentido, no artigo 67, item II, da LDB/1996, a formação continuada é apresentada como um elemento de valorização profissional:

Os outros textos ou repetem o já dito ou a partir desse já dito criam outros discursos redimensionando o já dito, e criando condições para a materialização de outros enunciados a partir do já pronunciado, como é o caso dos enunciados a seguir que coexistem na formulação da formação continuada como um elemento de valorização profissional, de direito do docente e de qualidade da educação básica:

1. Enunciados que criam a possibilidade do oferecimento da formação continuada, inclusive a distância:

Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério:

[...]

II. aperfeiçoamento profissional continuado [...] (LDB, art. 67, item II, p.30, grifo meu).

Os institutos superiores de educação manterão: [...]

III. Programas de educação continuada para os profissionais da educação dos diversos níveis (LDB, p. 30, item III do art. 63, grifo meu).

[...]considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:

I. remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação; (LDB, p. 32, item I do art. 70).

O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada (LDB, p. 36, art. 80, grifo meu).

Cada Município e, supletivamente, o Estado e a União, deverá: [...]

III - realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância (LDB, p. 38 - 39, art. 87, §3º, item III, grifo meu).

Art. 1º Os institutos superiores de educação, de caráter profissional, visam à formação inicial, continuada e complementar para o magistério da educação básica, podendo incluir os seguintes cursos e programas:

[...]

III - programas de formação continuada, destinados à atualização de profissionais da educação básica nos diversos níveis (Resolução CP 01/1999, p.1, grifo meu).

Art. 14 Os programas de formação continuada ficam dispensados de autorização de funcionamento e de reconhecimento periódico (Resolução CP 01/1999, p. 5, grifo meu).

A formação continuada dos profissionais da educação pública deverá ser garantida pelas secretarias estaduais e municipais de educação, cuja atuação incluirá a coordenação, o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente e a busca de parceria com universidades e instituições de ensino superior. Aquela relativa aos professores que atuam na esfera privada será de responsabilidade das respectivas instituições (PNE 2000-2010, p.79, grifo meu).

[Entre os objetivos e metas apresentadas pelo PNE está:]

22. Garantir, já no primeiro ano de vigência deste plano, que os sistemas estaduais e municipais de ensino mantenham programas de formação continuada de professores alfabetizadores, contando com a parceria das instituições de ensino superior sediadas nas respectivas áreas geográficas (PNE 2000-2010, p. 81, grifo meu).

No prazo máximo de três anos a contar do início deste plano, colocar em execução programa de formação em serviço, em cada município ou por grupos de Município, preferencialmente em articulação com instituições de ensino superior, com a cooperação técnica e financeira da União e dos Estados, para a atualização permanente e o aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais que atuam na educação infantil, bem como para a formação do pessoal auxiliar (PNE 2000-2010, p.17, grifo meu).

É preciso reconhecer que a formação inicial e continuada dos próprios índios, enquanto professores de suas comunidades, deve ocorrer em serviço e concomitantemente à sua própria escolarização. (PNE 2000-2010, p.71, grifo meu).

Estabelecer e assegurar a qualidade de programas contínuos de formação sistemática do professorado indígena, especialmente no que diz respeito aos conhecimentos relativos aos processos escolares de ensino-aprendizagem, à alfabetização, à construção coletiva de conhecimentos na escola e à valorização do patrimônio cultural da população atendida (PNE 2000-2010, p.72-73, grifo meu).

Estabelecer, em todos os Estados, com a colaboração dos Municípios e das universidades, programas diversificados de formação continuada e atualização visando a melhoria do desempenho no exercício da função ou cargo de diretores de escolas (PNE 2000-2010, p.96, grifo meu).

No caso da UAB, estados e municípios, de um lado, e universidades públicas, de outro, estabelecem acordos de cooperação. Por meio deles, os entes federados mantêm polos de apoio presencial para acolher professores sem curso superior ou garantir formação continuada aos já graduados. As universidades públicas, da sua parte, oferecem cursos de licenciatura e especialização, especialmente onde não exista oferta de cursos presenciais. Quando instalados os polos previstos, todos os professores poderão se associar a um centro de formação nas proximidades do trabalho. A UAB dialoga, assim, com objetivos do PNE: “Ampliar, a partir da colaboração da União, dos estados e dos municípios, os programas de formação em serviço que assegurem a todos os professores a possibilidade de adquirir a qualificação mínima exigida pela LDB, observando as diretrizes e os parâmetros curriculares” e “Desenvolver programas de educação a distância que possam ser utilizados também em cursos semipresenciais modulares, de forma a tornar possível o cumprimento da meta anterior” (PDE, 2007, p.16-17, grifo meu).

A CAPES passa a fomentar não apenas a formação de pessoal para o nível superior, mas a formação de pessoal de nível superior para todos os níveis da educação. Faz toda a diferença o que dispõe a LDB – “O Distrito Federal, cada estado e município e, supletivamente, a União, devem realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também, para isso, os recursos da educação a distância” – e o que propõe o PDE: “A União, o Distrito Federal, os estados e os municípios, inclusive em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, continuada, e a capacitação dos profissionais de magistério”. Para dar consequência a essas responsabilidades, a União necessita de uma agência de fomento para a formação de professores da educação básica, inclusive para dar escala a ações já em andamento (PDE, 2007, p. 17, grifo meu).

Quanto à relação entre educação e ciência, o IFET deve constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciências, voltado à investigação empírica; qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas escolas públicas; oferecer programas especiais de formação pedagógica inicial e continuada, com vistas à formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de física, química, biologia e matemática, de acordo com as demandas de âmbito local e regional, e oferecer programas de extensão, dando prioridade à divulgação científica. (PDE, 2007, p.32-33, grifo meu).

Art. 2º São princípios da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica:

[..]

IX - a equidade no acesso à formação inicial e continuada, buscando a redução das desigualdades sociais e regionais (Decreto 6755/2009, p.1-2, grifo meu) Art. 3º São objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica:

[...]

II - apoiar a oferta e a expansão de cursos de formação inicial e continuada a profissionais do magistério pelas instituições públicas de educação superior; III - promover a equalização nacional das oportunidades de formação inicial e continuada dos profissionais do magistério em instituições públicas de educação superior (Decreto 6755/2009, p.2, grifo meu).

Art. 9º O Ministério da Educação apoiará as ações de formação inicial e continuada de profissionais do magistério ofertadas ao amparo deste Decreto, mediante:

I - concessão de bolsas de estudo e bolsas de pesquisa para professores, na forma da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, bem como auxílio a projetos relativos às ações referidas no caput; e

II - apoio financeiro aos Estados, Distrito Federal, Municípios e às instituições públicas para implementação de programas, projetos e cursos de formação (Decreto 6755/2009, p.4, grifo meu).

Art. 11. A CAPES fomentará, ainda: [...]

VI - programas de apoio a projetos educacionais e de pesquisa propostos por instituições e por profissionais do magistério das escolas públicas que contribuam para sua formação continuada e para a melhoria da escola; e

VII - programas que promovam a articulação das ações de formação continuada com espaços de educação não-formal e com outras iniciativas educacionais e culturais. (Decreto 6755/2009, p.4-5, grifo nosso).

Art. 4º O Ministério da Educação manterá sistema eletrônico denominado “Plataforma Paulo Freire” como vistas a reunir informações e gerenciar a participação nos cursos de formação inicial e continuada voltados para profissionais do magistério das redes públicas da educação básica no âmbito do Plano Nacional de Formação de Professores.

[...]

§ 2º As Secretaria de Educação dos Municípios, Estados e do Distrito Federal deverão analisar as pré-inscrições efetuadas por meio da “Plataforma Paulo Freire” e validar aquelas que correspondam às necessidades da respectiva rede, de acordo com o planejamento estratégico elaborado. (Portaria MEC 09/2009, p. 2, grifo meu).

2. Enunciados que criam a possibilidade de ampliação da formação docente para além da formação inicial:

3. Enunciados que criam a necessidade de ampliação da formação docente para além da formação inicial:

Art. 2o Os cursos de formação de professores para a educação básica serão