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A tevê brasileira e seus modelos: público, estatal e privado

No documento PUC-SP VILMA SILVA LIMA (páginas 95-104)

A constituição federal brasileira faz referência, em seu artigo 223, a três distintos modelos de televisão: o estatal, o público e o privado. Ainda segundo a Constituição, esses modelos, apesar de diferentes, são complementares.

Art. 223 - Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.

As redes de televisão privadas, no Brasil, já existem há pelo menos 60 anos. Estão muito bem estruturadas e fornecem uma programação que segue o modelo comercial, definindo-se exatamente por seu vínculo com o mercado, com a audiência e com o sistema publicitário. As redes estatais ou governamentais (TV Senado, TV Câmara, TV Justiça, etc) são aquelas utilizadas pelos governos, nos âmbitos federal, estadual e municipal, para prestação de contas à população. Já a rede pública saiu do

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papel a partir de 2007 com a chegada da tevê digital. Há, neste campo, formulações, como a de Orlando Senna38 (2006), que contribuem para aprofundar equívocos acerca da caracterização de tevê pública e estatal, já que, segundo ele, existem centenas de canais públicos de tevês, entre os quais estão as tevês educativas e culturais abertas e, por cabo, as universitárias, as comunitárias e as institucionais dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Como se pode observar, o público e o estatal são relacionados como semelhantes.

Outra formulação é a de Lemos, Carlos e Barros (2008), para os quais a tevê pública é um serviço que deve funcionar independente do Estado, tanto do ponto de vista burocrático, quanto de produção e emissão de conteúdos. Cruvinel (2008) diz que, diferentemente da tevê comercial, a tevê pública deve oferecer uma programação com ênfase na informação artística, cultural, científica e educacional. Deve ainda espelhar a diversidade territorial, abrir espaço para o debate de questões de interesse público, incorporar informações sobre as realidades regionais e valorizar a produção das tevês públicas associadas. Ela tem que representar os brasis dentro do Brasil.

Em um artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo, em 2007, Jorge da Cunha Lima39, numa tentativa de diferenciar as três modalidades de tevê, diz que o produto da televisão pública é a programação, tendo como ponto de referência a formação crítica do telespectador; em relação à televisão comercial, diz que a regra é a audiência, baseada no entretenimento; e finaliza dizendo que na televisão estatal, o produto é a divulgação de ações e atos do Poder Executivo.

Porém um estudo mais aprofundado sobre o assunto demonstra que os modelos estatal e público, na maioria das vezes, podem se confundir. Por exemplo, segundo Rangel (2007)40, a TVE do Rio, a TV Cultura e a TV Nacional são consideradas, ao mesmo tempo, públicas e estatais. Em função disso, muitos pesquisadores têm dito que no Brasil não há um modelo de tevê pública e, sim, algumas tevês de caráter público. Essa dificuldade de se distinguir claramente as diferenças de ambos os modelos reside principalmente na questão do financiamento e da autonomia. É

38 Orlando Senna foi Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura no período de 2003 a

2007 e, a partir de dezembro de 2007, tornou-se diretor geral da TV Brasil

39 FSP de São Paulo, Tendências e Debates. TV estatal não é TV pública. 05/04/2007

40 Diretor Presidente da Agência Nacional do Audiovisual (Ancine), Manoel Rangel. Durante o I

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importante destacar que, mesmo não fazendo parte do modelo de tevê estatal, aquele que, segundo Cunha (2007), tem como produto as ações e atos dos três poderes, as tevês públicas são dotadas de verbas governamentais.

Segundo Miola (2008:72):

No Brasil, a estrutura do sistema de radiodifusão é extremamente verticalizado, concedendo pouca autonomia às empresas públicas, que dependem das políticas de comunicação federais e as estratégias estaduais de investimento e controle. Em qualquer situação, evidencia-se a importância de mecanismos independentes do Estado de regulação e fiscalização atividades de radiodifusão.

Para Leal Filho (2007)41, o sistema estatal é formado pela NBR, que é a tevê do executivo, representada pela Voz do Brasil, que tem seu espaço diário para informar a sociedade sobre os poderes executivo, legislativo e judiciário, e pela Agência Brasil, que funciona como uma agência de notícias da União, além das emissoras do legislativo e do judiciário, cuja programação é, geralmente, transmitida pelas tevês por assinatura.

Na tentativa de diferenciar esses modelos, entendeu-se, para fins deste estudo, a tevê pública como uma emissora sem fins lucrativos, de gestão subordinada à sociedade civil organizada e independente de governos; e a tevê estatal como aquela diretamente vinculada ao Estado, ou seja, diretamente subordinada ao governo, configurando-se também como uma ―possibilidade‖ de tevê pública. Assim, como afirma Bucci (2007), a tevê estatal deve ser uma modalidade da tevê pública, ou seja, deve ser independente de qualquer partido que esteja no governo. Para Orlando Senna, a tevê pública se constitui como:

[...] uma janela de acesso estratégico para o contato da população com a mais vasta gama de bens e serviços culturais, constituindo um canal privilegiado para a valorização e a universalização do patrimônio simbólico nacional. A rede de emissoras públicas é uma opção de grande potencial como veículo difusor da produção audiovisual oriunda dos distintos agentes culturais da sociedade, assegurando a expressão de nossa rica diversidade cultural, assegurando a prática da democracia (Senna, 2006:10).

41 Laurindo Lalo Leal Filho, professor e pesquisador - Durante o I Fórum Nacional de TVs

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Segundo Leal Filho (2007), diferentemente do que ocorreu na Europa, no Brasil, as tímidas iniciativas para implantar serviços públicos de radiodifusão foram continuamente vinculadas ao modelo comercial, atuando, sempre, de forma complementar a ele (o que, aliás, está previsto na Constituição Federal) ou, ainda, ocupando os espaços que não atraíam os interesses da iniciativa privada. Com isso pode-se afirmar que a história da radiodifusão, desde seu início, teve, como característica, a prevalência dos interesses do mercado em detrimento do interesse público; essa particularidade pode ser percebida nos processos de consolidação do rádio e, posteriormente, na formação da televisão.

O rádio, que em sua fase inicial – entre 1920 e 1935 – teve financiamento significativo por parte de seus ouvintes, foi paulatinamente assumindo um caráter mais comercial. A introdução, na década de 1930, de aparelhos mais baratos possibilitou a ampliação do público ouvinte e, em consequência disso, a mídia tornou-se mais atraente para os negócios. Esse processo, evidentemente, foi se consolidando a partir de alterações na legislação que permitiram o aumento do percentual de tempo destinado à publicidade durante a programação: em 1932, o espaço permitido era de 10%; em 1952, 20%; e, posteriormente, com a aprovação do Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT), em 1962, 25% (Ortiz, 2006:39-40).

O Governo de Vargas, ainda que tivesse uma visão centralizadora e uma expectativa de utilização da radiodifusão como instrumento ―na promoção da educação e transmissão da palavra oficial‖ (Ortiz, 2006:51), mostrou-se hesitante no momento de implantar um sistema de radiodifusão sob controle do Estado. Segundo Ortiz, a contribuição do Estado naquele período foi decisiva para consolidar a desordem histórica entre interesse público e interesse privado:

Apesar de sua tendência centralizadora, tinha que compor com as forças sociais existentes (neste caso o capital privado, que possuía interesses concretos no setor de radiodifusão). Não deixa de ser sugestivo observar que a própria Rádio Nacional, encampada pelo governo Vargas, praticamente funcionava nos moldes de uma empresa privada. Seus programas (música popular, radioteatro, programas de auditório) em nada diferem dos outros levados ao ar pelas emissoras privadas. [...] quando se olha a porcentagem da programação dedicada aos chamados ―programas culturais‖, observa-se que eles não ultrapassam 4,5%. Por outro lado, entre

84 1940 e 1946, o faturamento da emissora, graças à publicidade, é multiplicado por sete. Ao que tudo indica, a acomodação dos interesses privados e estatais se realiza no seio de uma mesma instituição sem maiores problemas (Ortiz, 2006:53).

Segundo Leal Filho (2007), esse destaque de Ortiz é a referência histórica mais significativa para entender a absoluta falta de limites entre o público e o privado na radiodifusão brasileira.

Hoje ela (radiodifusão) se dá com o financiamento do Estado às empresas concessionárias dos serviços de televisão sob as formas de publicidade, patrocínios, renúncias fiscais, isenções alfandegárias, entre outras (Leal Filho, 2007:04).

A análise do Decreto 24.655/34 evidencia a política do governo Vargas para o serviço de radiodifusão, com a formação de uma Rede Nacional de Radiodifusão, o controle das outorgas pelo governo e a exploração econômica do setor. Ainda nesse decreto, estabelecem-se as exigências técnicas para a exploração da radiodifusão. Na opinião de Jambeiro (2002:16), ―este foi certamente um fator importante na introdução e consolidação do poder econômico na mídia eletrônica‖, pois

[...] a exigência de obrigações técnicas que só poderiam ser cumpridas mediante vultosos recursos financeiros não só reduziu drasticamente o número de concorrentes como favoreceu a concentração de emissoras nas mãos de poucos. Foi graças a isto que Assis Chateaubriand conseguiu organizar a primeira rede brasileira privada de emissoras, a partir de 1938. Em 1945, ele contava com 15 emissoras de rádio, além de jornais, revistas, editora de livros e agências de notícias (Jambeiro, 2002:15).

O nascimento da televisão na década de 1950 teve, como referência econômica, cultural e política, o rádio; porém, diferentemente deste, a televisão no Brasil nasceu como empreendimento comercial (modelo que segue hegemônico até os dias de hoje), ainda que considerada, desde seu início, como um serviço público, como descrito por diversos autores que analisam a história da tevê no país, alguns citados neste item do texto.

Segundo Leal Filho (2007)42, as iniciativas em torno da implantação de um serviço público podem ser consideradas marginais, diante da desproporção da abrangência de acesso existente entre ela e o sistema comercial. O mesmo autor

42 Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho ―Economia Política e Políticas de Comunicação‖,

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destaca, ainda, que a história da radiodifusão pública é reduzida; para ele, é possível destacar, dessa história, apenas cinco momentos significativos: a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923; a implantação da Fundação Padre Anchieta, em São Paulo, em 1969; a promulgação da nova Constituição da República, em 1988; a aprovação da lei número 8.977, Lei do Cabo, em 1995; e o lançamento pelo Ministério da Cultura do 1º. Fórum Nacional de TVs Públicas, em 2006.

A primeira tevê pública de cunho educativo/cultural de que se tem notícia é a TV Universitária do Recife,43 que nasceu na Universidade Federal de Pernambuco, em 1968, como um dos veículos do Núcleo de TV e Rádios Universitárias daquela universidade. Seu objetivo primordial era o de ampliar os horizontes da informação, da cultura e da educação.

Numa tentativa de buscar traçar o campo da tevê pública no Brasil, buscou-se, a partir de uma pesquisa secundária, identificar, em primeiro lugar, quantas e, posteriormente, quais são essas tevês e onde estão localizadas. Observou-se, no entanto, que as informações acerca deste segmento são absolutamente conflitantes. Em um trabalho realizado em 2005, a convite do Governo Federal, publicado em 2006, um grupo de pesquisadores ligados à linha teórica da Economia Política da Comunicação e dos Estudos Culturais Críticos realizou uma pesquisa com essa finalidade. Nesse trabalho, publicado como ―Cartografia Audiovisual Brasileira de 2005‖, organizado por Castro (2006), encontra-se a seguinte informação acerca deste segmento de tevê: ―[...] elas (TVs Públicas) começaram no Brasil no final dos anos 1960 com uma programação institucional, com programas dirigidos às escolas como se fossem aulas, para ajudar a escola e o professor‖ (p.112). Como se pode ver, nesse trabalho, tevê pública e tevê educativa são sinônimos; ora fala-se de tevê educativa, ora de tevê pública. Ainda no mesmo trabalho, segundo Beth Carmona, ex-presidente da TVE/RJ:

[...] há mil emissoras educativas espalhadas pelo Brasil de maior ou menor alcance entre as geradoras e retransmissoras. ―1.500 municípios brasileiros estão perto das TVs educativas e representam 27% dos municípios e dos domicílios com TV. Atingimos 15 milhões, sendo esse um número que pode ser maior‖. Isso significa quase 38% da população e dos domicílios com TV são atingidos pela

43 Atualmente, a TV Universitária integra a Rede Pública de Televisão e atinge 98 milhões de

telespectadores em todo Brasil. A rede, formada a partir da criação da Abepec - Associação Brasileira das Emissoras Públicas Educativas e Culturais - possui 22 emissoras afiliadas e transmite sua programação para Pernambuco e parte dos estados que, com esse, fazem divisa.

86 programação das TVs educativas no momento de transmissão simultânea (Carmona apud Castro, 2006;113).

Durante palestra no Senado Federal, em 2006, Beth Carmona44 apresentou as seguintes emissoras como de caráter público:

TVs Educativas e Culturais ligadas ao SINRED e à ABEPEC TVs Universitárias ligadas à ABTU

TVs Escola ligadas ao SEED MEC STV ligada ao SESC

Futura ligada à Fundação Roberto Marinho TV Câmara ligada às câmaras dos deputados TV Senado ligada ao Senado Federal

TV Justiça ligada ao Ministério da Justiça NBR ligada à Radiobrás

TVs Comunitárias

Em 2009, a TV Brasil mapeou as tevês públicas de todo o mundo. No Brasil, segundo esse mapeamento, existem 25 tevês públicas45:

Aperipê TV - Fundação Aperipê de Sergipe

TV Aldeia Rio Branco - Fundação Televisão e Rádio Cultura do Amazonas TV Antares - Fundação Universidade Estadual do Piauí

TV Brasil _ TV Brasil

TV Brasil Central - TV Brasil Central

TV Ceará - Fundação de Teleducação do Ceará – FUNTELC

TV Cultura Belém - Fundação de Telecomunicações do Pará – FUNTELPA TV Cultura Manaus - Fundação Televisão e Rádio Cultura do Amazonas

44 Beth Carmona, em 2006, em palestra no Senado Federal, afirmou que as tevês públicas de maior

destaque no mundo são a BBC (Inglaterra), PBS (EUA), ARD e ZDF (Alemanha), visto que todas elas têm tradição, independência, credibilidade e, principalmente, continuidade de gestão e propostas relevantes. Já, na America Latina, segundo Carmona, esta modalidade de tevê nunca se configurou por inteiro.

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TV Cultura SC - Fundação Catarinense de Difusão Educativa e Cultural Jerônimo Coelho

TV Cultura SP - Fundação Padre Anchieta

TVE Bahia - Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia – IRDEB TVE Maceió - Instituto Zumbi dos Palmares

TV Brasil Pantanal - Fundação Jornalista Luiz Chagas de Rádio e Televisão TVE Paraná - Rádio e Televisão Educativa do Paraná

TVE Vitória - Rádio e Televisão Espírito Santo - Centro Cultural Carmélia N. Souza

TVE RS - Fundação Cultural Piratini - Rádio e Televisão TV Miramar - Fundação Virginius da Gama e Melo

TV Palmas - Fundação Universidade do Tocantins - Instituto de Radiodifusão Educativa

TV Pernambuco - TV Pernambuco TVU João Pessoa – UFPB

TV Universidade Cuiabá- UFMT

TV Universitária Natal / RN - Superintendência de Comunicação Universitária TV Universitária Recife - Núcleo de TV e Rádio – UFPE

TV Universitária de Roraima - Fundação Universidade Federal de Roraima – Núcleo de Rádio e TV Universitário

Rede Minas - TV Minas Cultural e Educativa - Belo Horizonte/MG

A tevê pública brasileira é compreendida, para o escopo desta pesquisa, como aquela que possibilita a diversidade de pontos de vista, a partir de expressão das diferentes vozes que compõem a sociedade, de forma a abranger uma maior gama de conteúdos e experimentações, visando tratar temas de interesse dos cidadãos do conjunto das localidades que formam o país. Trata-se de um campo complexo e estimulante. E, ainda que tenha em comum essa aura pública, inclui emissoras com especificidades bastante distintas e processos próprios. Talvez em função dessas

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características, somadas, evidentemente, à novidade que trata essa modalidade de tevê, seja tão difícil se encontrar, na literatura e em pesquisas de dados secundários, definições consolidadas a respeito desta questão. Para se ter uma ideia, somente em 03 de maio de 2010, ou seja, quase três anos após a efetivação da primeira televisão de cunho propriamente público do país – a TV Brasil data de 02/12/2007 –, a Rede Nacional de Comunicação Pública - RNCP, formada pelos quatro canais da Empresa Brasil de Comunicação – EBC, por sete emissoras universitárias46 e por 15 emissoras públicas estaduais, entrou no ar.

A breve apresentação da trajetória da tevê pública no Brasil realizada neste item buscou identificar as principais características desta modalidade de tevê, uma vez que o Canal Universitário de São Paulo, objeto de estudo deste trabalho, é compreendido como parte do campo público de televisão e, como tal, deve ser analisado.

2.6.1 Os modelos públicos no contexto da digitalização

A chegada da tecnologia digital permite colocar em pauta, mais uma vez, o papel da tevê pública no Brasil. É preciso, segundo Carmona (2006), construir um projeto único de tevê pública para o país, visando fomentar a produção nacional e garantir conteúdo de qualidade por todo o território nacional, contribuindo, assim, para a inclusão social e a democratização da comunicação.

A formação da primeira televisão de cunho público, a TV Brasil, bem como da Rede Nacional de Comunicação Pública, deu-se, entre outros fatores, em função do espaço criado pela digitalização dos sinais de tevê. Com a digitalização, novos agentes passaram a reivindicar acesso ao espectro digital.

Ainda que haja esse espaço garantido pela tecnologia, vários pesquisadores veem com desconfiança essa possibilidade ―mesmo com a garantia de um espaço para

46 Tevês operadas pelas Universidades Federais (Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso,

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as TVs públicas no espectro digital, o perigo da complementaridade permanece (Leal Filho, 2007). Ou seja, se houver apenas a disponibilização de espaços, sem uma política efetiva que defina com clareza os direitos e os deveres das tevês públicas, esta modalidade de tevê tende a continuar, simplesmente, complementando o papel e a missão das tevês comerciais.

Outra possibilidade seria a tecnologia digital configurar-se para essa modalidade de tevê como uma oportunidade para potencializar novas outorgas, novos espaços para exposição, na medida em que há espaços ociosos no espectro; a produção nacional, regional e de utilidade pública pode ser incentivada e racionalizada, possibilitando interação imediata entre os conteúdos. Além disso, a inclusão digital a partir das escolas poderia ser efetivada com a TV Educativa Digital, haja vista que o governo federal criou um canal específico para tratar de questões educativas, denominado ―Canal da Educação‖.

No documento PUC-SP VILMA SILVA LIMA (páginas 95-104)