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5.3 A SEXUALIDADE NOS DISCURSOS ADOLESCENTES

5.3.3 Acerca das relações sexuais

A primeira experiência sexual se configura, tradicionalmente, como um momento importante dessa etapa de vida dos garotos, sendo possível observar sua relevância em seus discursos. Nesse sentido, a fala de Lucas é elucidativa:

- Você perde a inocência [depois da primeira vez], o mundo se abre,

sabe… você não vê tanta possibilidade de fazer algumas coisas antes, depois você vê mais as indireta… Todo mundo sabe que você não é

mais virgem… menina, isso é verdade, tenho certeza. Existe uma mina

antes, uma menina quando ela é virgem e outra menina quando ela não

é mais virgem. Ela muda o jeito dela […] O menino eu não acho tanto,

já quer pagar de experiente, antes de ser […] as mina, não é que elas

mudam, ficam diferente no jeito delas, são as mesmas meninas, mas, o jeito de conversar é diferente, o jeito que elas pensam são diferente […] A mudança não é tanta, assim, que os pais percebam, mas os amigos que conversam, mesmo, com a pessoa, sabe o íntimo, assim, percebe. (Lucas, 17 anos, 2º. EM, Integral)

Em seu discurso, Lucas refere uma percepção sobre as mudanças ocorridas em garotos e garotas após a vivência da primeira relação sexual, que podem proporcionar aos jovens transformações em seus comportamentos impulsionadas pela chamada “perda da inocência”. Para Lucas, tais transformações podem ser mais facilmente observadas em garotas que em garotos, visto que para elas, a experiência lhes confere certa maturidade, alterando, inclusive seus comportamentos, enquanto que para os garotos, o evento representa o começo de um novo ciclo, de forma que os mesmos tendem a afirmar aos outros que já possuem experiências, muito embora não as tenham vivido.

Tal observação vai ao encontro do que discutem Leal e Knauth (2006) quando afirmam que a primeira relação sexual masculina é pensada pelos rapazes como um “momento de aquisição de conhecimento, domínio de uma técnica corporal, passagem à vida adulta e um momento crucial de instauração do ser homem” (p. 1382). Segundo as autoras, não se trata, portanto, de um evento isolado, mas constitui parte de um processo através do qual, fundamentalmente, o jovem ingressa na fase adulta da vida.

Tal fato pode estar relacionado às expectativas colocadas, ainda, aos garotos, em nossa sociedade, no sentido de afirmação de masculinidade a partir de uma iniciação sexual precoce, o que pode configurar um conflito, como ilustram as falas de Leandro e Agenor, descritas abaixo:

Conforme a mudança de idade, […] conforme você vai crescendo, você

vai tendo outras ideias, ainda mais, quando, hoje em dia, que, todo mundo quer perder a virgindade logo. Que nem, meu irmão tem 15 anos, direto ele fica me perguntando, como que é, como vai ser, que

que ele deve fazer… eu falo, calma mano, deixa rolar lá (risos) […] eu

aconselharia, assim, todo mundo a arrumar a namorada, sabe, esperar um tempo, não ir muito assim direto como diz meu pai, com muita sede

ao pote… sei lá, conversar bastante, pra ter certeza do que tá fazendo.

Eu acho que seria melhor se todo mundo fizesse isso, sabe […] porque

é uma coisa assim, que você, tipo, vai perder uma vez só. Então, tem que ser direito…

(Leandro, 18 anos, estagiário, EM completo)

- É que eu… não andava com gente da minha idade, andava mais com

meus tios […] mas, aí, quando eles, saía pra pegar as mulher, sabe,

pegar e fazer sexo, assim, eu… não ia não, porque eu tinha meio medo.

- […] Mas eles sabiam, seus tios sabiam que você não tinham feito?

- É, eles zuavam. Eles ficavam tirando sarro […] eu não queria. Queria

mãe falava pra mim […] que o dia que eu fosse perder, sabe, a

virgindade, pra perder com uma pessoa que eu lembrasse. (Agenor, 16 anos, autônomo, 1º. EM, matutino)

Em seus discursos, Leandro e Agenor referem, de modo geral, alguma ansiedade que envolve a expectativa da primeira relação sexual, bem como a existência de alguma pressão exercida pelo grupo de pares no sentido de uma cobrança para seu início precoce. Leandro menciona a busca de seu irmão, enquanto Agenor relata a atitude dos tios que, a partir de brincadeiras e piadas, cobram-lhe sua iniciação sexual, inscrevendo a emergência da experiência, enquanto afirmação da masculinidade, num horizonte das tradições herdadas do patriarcado.

Porém, também é possível observar, em seus discursos, que os próprios adolescentes parecem identificar a precocidade com que ocorrem algumas dessas experiências, o que aponta para uma atitude de resistência a tais pressões sociais. Para os rapazes, a primeira experiência pode ganhar um significado especial no sentido da necessidade, que expressam, de adiar a experiência de modo que seja possível ponderar a partir de alguns critérios que possibilitem o delineamento de uma primeira experiência mais prazerosa e agradável. O que, novamente, nos leva a observar que as ressignificações das experiências vividas pelos jovens rapazes, hoje em dia, os aproxima em termos de gênero, de valores mais alinhados aos valores mais tradicionalmente atribuídos à esfera feminina.

Nesse sentido, vale ressaltar a importância que parece adquirir o papel dos mais velhos, enquanto mais experientes, como é o caso de Leandro, com 18 anos, enquanto referência de experiência para seu irmão de 15 anos e de Agenor que, a despeito da cobrança exercida pelos tios, tem por referência a mãe, que o orienta em relação em busca de uma experiência mais significativa e menos mecânica, aproximando-se a uma ideia de consciência e respeito para com o próprio corpo, com a própria saúde e também para com a parceira.

Sobre a iniciação sexual

A respeito das primeiras experiências sexuais dos entrevistados, podemos notar que podem ocorrer em contextos diversos, bem como com parceiras com as

quais se se estabelece diferentes níveis de envolvimento. Acerca da iniciação sexual num contexto de relacionamento afetivo já estabelecido como o namoro, as falas de Leandro, Alexandre e Agenor são exemplares:

- Eu perdi minha virgindade o ano passado, com minha namorada. […]

Foi num motel, meu pai emprestou o carro pra mim, mesmo sendo de

menor… aí chegou lá, a gente foi deixando rolar, não foi assim, sabe,

tipo, cai na cama e já era… foi indo…

- então, você já tinha meio que planejado, então…?

- É. Já… a gente foi conversando. Eu e ela conversamos bastante, aí a gente marcou, tipo, vamos tentar, né. Ela também era virgem […] Aí

chegou lá… Aconteceu naturalmente. [estavam juntos há] Cinco meses.

(Leandro, 18 anos, estagiário, EM completo)

[a primeira vez] Foi bom, hein! Nossa! Meu Deus, não tem coisa melhor! Sério! Eu pensei que ia ser muito rápido, mas, demorou um pouco, deu pra curti muito! Até no outro dia, ficava parando o

momento, ficava relembrando […] Eu tinha 16… foi com o tempo, né…

Cansamos de só ficar se beijando, um tocando o outro […]hoje ela tem

18… Ela ficava pesando na minha [enchendo o saco] perguntando se

eu era virgem mesmo, e se eu não fosse virgem ela não ia perder a virgindade dela comigo. Daí, na hora, eu falei assim pra ela, não, você

vai ver que eu sou virgem, eu não sei fazê o baguio [bagulho] direito…

Você também vai tê que fazê, mano. É!

(Alexandre, 18 anos, autônomo, EM incompleto)

- [a primeira vez] Ah! Foi bom! (risos)… foi o ano passado, com minha

namorada […] eu não esperava né, porque a gente foi com um mês […]

a gente nem tinha conversado nada. Ela também era virgem. - Mas você sabia que ela era virgem?

- Eu nunca tinha perguntado. - E como você descobriu?

- No papel higiênico, né. Tava vermelho […] Aí depois gente

conversou, ela falou que era, no outro dia. A gente começou a

conversar né, que e era uma coisa nova pra nóis…

(Agenor, 16 anos, autônomo, 1º. EM, matutino)

Podemos observar, nos discursos acima apresentados, que a iniciação sexual ou primeira vez embora seja esperada quando num contexto de namoro, nem sempre ocorre de forma planejada. Assim, enquanto no discurso de Leandro há uma manifestação de uma preocupação especial com a primeira vez, sua e da companheira, o discurso de Alexandre refere certa progressão em termos de tempo de relacionamento e experiências vividas, a partir de beijos e toques, que levam naturalmente para a ocasião da primeira vez. Já o discurso de Agenor remete a um contexto de casualidade, embora previsível, sendo que ambos nem mesmo haviam conversado sobre o tema, até porque o relacionamento era recente.

Vale ressaltar o fato de que esses rapazes tiveram suas primeiras experiências com parceiras igualmente virgens, o que parece adquirir um significado para eles, juntamente com a importância atribuída ao diálogo e confidências íntimas que alicerçam a relação e o significado da primeira vez. Alexandre, em seu discurso, menciona ainda a postura da namorada em cobrar-lhe a virgindade, uma atitude mais tradicionalmente usual entre os homens, enquanto exercício de controle sobre a sexualidade da mulher.

Outros rapazes, como Wagner, Lucas e Jorge apresentam relatos de primeiras experiências sexuais com companheiras com quem possuíam algum nível de envolvimento, mas que não configurava uma situação de namoro, conforme podemos observar nos trechos a seguir:

- Você pode me contar um pouco como foi sua primeira relação sexual?

- Foi num banheiro. (risos) nojento, né… mas tava limpo, pelo menos.

Era escuro, [banheiro] da casa da prima dela […] Foi com uma amiga.

[…] Eu tinha 14… ela, 14.

- Também. Foi a primeira dela? - Não, que ela tinha namorado. (risos)

(Wagner, 16 anos, aprendiz, 1º. EM, noturno)

- Ah, nossa… eu tive duas primeiras vez… (risos) Não, é que, tipo, teve a primeira, que eu não considerei tanto que eu perdi a virgindade, entendeu, que eu não cheguei a acabar a relação, tipo...

- Não foi até o fim?

- Isso aí. Ela, minha amiga, né (risos). […] a gente chegou a começar,

mas… e ela não era mais [virgem] também, então, foi mais de boa, se ela fosse virgem ia ser mais tenso… Meu pai ia chegar lá, aí a gente não chegou a terminar. Depois de um tempo eu comecei a ficar com outra menina, que eu considerei que foi a segunda vez que eu perdi a virgindade, que ela eu cheguei a terminar, cheguei a fazer de novo. (Lucas, 17 anos, 2º. EM, Integral)

Eu tinha 14 […] Ah, ela já não era [virgem], acho que tinha 15. Ah,

mas sabia, era bem rodadinha! Fazer o que, eu não podia ir com alguém que nem eu, eu não ia saber muita coisa, nem por onde começar, né.

(Jorge, 17 anos, estagiário, 3º. EM, noturno)

Podemos observar, nos discursos de Wagner e de Lucas, surgimento da figura da amiga, não apenas como parceira sexual, mas como a pessoa mais experiente, – embora não mais velha em idade – que propicia ao garoto a iniciação no mundo das experiências sexuais. Tal observação vai ao encontro do que discutem Santos et. al. (2002), de que a iniciação sexual masculina costuma ocorrer com uma mulher mais

velha, porém, ganha relevância não a idade em si, mas a experiência sexual prévia que pode proporcionar ao jovem a aquisição das habilidades sexuais e o aprendizado do sexo.

Em todos os discursos acima apresentados, podemos observar a referência ao espaço da casa como um local bastante comum para a ocorrência das experiências sexuais entre os jovens, bem como a informalidade das situações em que acontecem tais experiências, o que pode ilustrar a iniciação sexual ocorrendo mais pela oportunidade, do que por um planejamento.

E ainda, há a narrativa de Gabriel, que ilustra uma prática tradicional de iniciação sexual para os garotos, ainda vigente em nossa sociedade:

- Ah, perdi [a virgindade] na zona [cita o nome do lugar]. Tinha… eu

ia fazer 13 anos, no dia do meu aniversário. - Foi presente de aniversário?

- Foi. Os moleque juntou um dinheiro. Aí, nóis foi de fuscão. Só de menor dentro do fusca! Ninguém tinha carta! Fuscão caindo aos pedaço, mas foi. [...] Nóis tinha entrado dentro duma goma [casa], e pegamo muito ouro de dentro da goma [referência à prática de furto]. Várias correntinha. Nóis vendeu tudo e nóis foi pra zona. Gastamo tudinho lá [...] Ah, foi dahora. Sensação estranha. Primeira vez é estranho pra caraio, você nem curte. Ainda mais menina de zona. Fui

uma vez só e me arrependo… não queria ir não. Nada como você catá

uma menina, assim, que você tá namorando, você dá uns beijo, você sentir prazer junto com ela, e não a menina que você tá pagando pra você ter prazer. Não vira.

(Gabriel, 15 anos, 1º. EM, Manhã)

Gabriel relata uma primeira experiência sexual com uma profissional do sexo, porém, em seu discurso refere não considerar como positiva tal experiência, expressando arrependimento e mencionando a preferência por experiências com envolvimento de afeto, semelhantes às descritas anteriormente por Alexandre, Agenor e Leandro.

Portanto, a partir do discurso de Gabriel podemos observar que experiências de iniciação sexual com profissionais, como práticas tradicionais no mundo da masculinidade ainda ocorrem, notadamente no Brasil, assim como apresentado por Leal e Knauth (2006). Porém, este padrão de relacionamento entre homens e mulheres, embasado num modelo de masculinidade hegemônica, vem perdendo espaço entre os jovens, especialmente em função de uma valorização de experiências vivenciadas com companheiras de idades mais próximas, mesmo que mais

experientes, parecendo haver uma busca, por parte dos garotos para experiências sexuais mais dotadas de significado e de envolvimento afetivo, como parece ser o caso de Gabriel.

Sobre as vivências

A respeito das vivências posteriores à primeira relação sexual, podemos observar que para alguns garotos, como Wagner e Lucas, houve a recorrência da mesma parceira, apesar de não haver um relacionamento estabelecido:

- E depois dela [a garota da primeira vez], Tiveram outras?

- Tiveram outras, também. Daí, teve uma vez, que ela [mesma garota], recentemente, que ela tá grávida agora, 16 anos, mas é do namorado

dela! Não tive culpa! (risos) Mesmo dois meses grávida, aconteceu…

(Wagner, 16 anos, aprendiz, 1º. EM, noturno)

- Ah, depois das duas [garotas com quem teve a primeira vez], deixa eu ver, ah, depende do que é sexo, entendeu, tipo, tem coisa que é chamada de sexo, mas não é como sexo, tipo, sei lá, oral por exemplo, é considerado sexo?

- Que que você acha?

- Ah, tipo, é considerado sexo, mas, eu não falaria que, a mina fez isso

comigo, eu não falaria, tipo, nossa, fiz sexo com ela, entendeu… Porque

se for, assim, acho que eu já fiz com umas sete. Mas, normal mesmo,

Foram quatro, três… eu tenho que pensar se é sexo mesmo, entendeu.

Nem tudo o que começa, é. (Lucas, 17 anos, 2º. EM, Integral

Em seus discursos, Wagner e Lucas referem a continuidade das experiências sexuais com as mesmas parceiras com quem vivenciaram a chamada primeira vez. Porém, não há o estabelecimento de um relacionamento e tampouco de fidelidade, visto que ambos referem outras experiências. Lucas demonstra dúvida ao tentar afirmar o número de parceiras com quem experimentou o sexo devido à dificuldade em definir o próprio conceito de sexo, o que descortina uma variedade de práticas possíveis nesse âmbito, nem sempre reconhecidas como tal.

Outros entrevistados como Marcelo, Pedro Paulo e Wagner, trazem à tona em suas narrativas, circunstâncias em que a prática sexual ocorre de modo mais casual:

- Então, hoje eu tô casado… quase. Mas antes, né, ah, eu gostava de

sair, assim, uma noite, né. Gostava de fazer sexo casual assim, sem sentimento nenhum. Já namorei bastante. Mas [...] uma vez que eu

namorei eu fui traído, não funcionou, então não quis mais namorar, só saía com as meninas, só por sair, só. Sem compromisso. Sexo casual. (Marcelo, 19 anos, 2º. EM, supletivo à distância)

- Nossa! [antes de casar] Eu era perdido… vou falar pra você (risos)

[…] eu saía na sexta, voltava no domingo. Ia pra festa, ia curtir, mano,

ia pra chácara, ficava dois dia na chácara, curtindo lá, churrasco […]

Minha mãe ficava doida (risos). Três dias na rua! Agora não, tô

tranquilo, trabalho, suave, agora não faço mais isso não […]

- Mas, namoradas, mesmo, de ficar mais de tempo, você teve mais? - Não essa foi a única, só […] Ah, [as outras], era meninas aí, sabe, que você sai, assim, fica e depois já era. Era isso só, eu não era de namorar, não, só ficava, no rolê, só.

- E aí, se rolava de transar, rolava...?

- Ah, sempre! Sempre rolava […] Nossa, eu vou falar a verdade,

quando eu saia, era muita bagunça! É, putaria… esses negócio aí, tudo.

- […] Tipo o que, você chama de putaria, o que que rolava?

- Nossa… Ah, tudo! Tudo, mina sem ropa, é… teve uma chácara que

teve que as menina ficou nadando tudo pelada, lá…

(Pedro Paulo, 19 anos, autônomo, EF incompleto)

- uma vez a gente foi pra uma festa numa chácara… muitos não levam,

[camisinha] né, daí agente acabou pegando bastante, deixou lá: ó, se precisar, tem!

- [...] e essa festa em chácara, como é que acontece, o que que rola? - Ah, normalmente bebida. Sempre tem algum amigo que usa droga, é inevitável, tipo, acho a pessoa legal, mas o cara tá no mundo da droga.

Maconha, cocaína, lança perfume, essas daí [ mais comuns] […] Tipo,

as vezes é aniversário dum cara, ah, vamo fazê na chácara. Às vezes alguém tem, às vezes aluga. Daí, a gente reúne todo mundo, junta dinheiro, compra, às vezes cada um leva. Fala assim, leva carne e bebida. Ninguém come! Não vô levar carne, véio! Daí vai tudo pra bebida. Às vezes conhece pessoas lá, fica conversando, acaba rolando. (Wagner, 16 anos, aprendiz, 1º. EM, noturno)

Marcelo refere, em seu discurso, a prática de sexo casual e esporádico, enquanto Pedro Paulo traça um cenário de um ambiente em que é facilitada a prática do sexo casual livre e espontaneamente, complementado pelo discurso de Wagner que também refere tais elementos. Em seus discursos, podemos observar que a chácara figura como espaço em que ocorrem festas, em que é possível conhecer pessoas para um eventual intercurso sexual. Wagner relata o uso de bebida alcoólica e drogas, ilustrando a fala anterior de Pedro Paulo, acerca de “muita bagunça”

5.4 O LUGAR DA SAÚDE SEXUAL E DA SAÚDE REPRODUTIVA