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Clariane do Nascimento de Freitasa,

Fabiane Adela Tonetto Costasb

a Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação/Universidade Federal de Santa

Maria,tutoraclariane@gmail.com

b Profª Associada/Dpto de Fundamentos da Educação/UniversidadeFederal de Santa Maria,fabicostas@gmail.com

RESUMO

O trabalho aqui apresentado é o recorte de uma pesquisa de dissertação realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria. A pesquisa investigou as consequências da interação entre crianças com deficiência e crianças com desenvolvimento típico para a constituição dessas últimas como sujeito sob a ótica da Teoria Histórico-Cultural. O estudo verificou que tal interação tornou as crianças com desenvolvimento típico mais sensíveis/suscetíveis à inclusão. Neste texto, evidencia-se a adaptação do material intitulado “Index para a inclusão” elaborado por Booth e Ainscow (2011) para auxiliar as instituições educacionais a tornarem seu sistema inclusivo. Tal adaptação surgiu da necessidade da pesquisadora em afirmar que a instituição de educação infantil escolhida como lócus da investigação de fato tinha um caráter inclusivo. O material foi adaptado no formato de questionário para três públicos distintos: os professores da instituição, as crianças participantes da pesquisa e seus respectivos pais. Apresenta-se aqui o material adaptado bem como a análise das respostas obtidas pelos sujeitos que participaram da pesquisa evidenciando a relevância das diferentes etapas, procedimentos investigativos e utilização do formulário Google e seus recursos digitais para qualificar a pesquisa.

Palavras chave: pesquisa em educação; adaptação de material investigativo; formulário Google.

ABSTRACT

The paper presented here is the cut of a dissertation research carried out with the Graduate Program in Education of the Federal University of Santa Maria. The research investigated the consequences of the interaction between children with disabilities and children with typical development for the constitution of the latter as subject from the perspective of Historical-Cultural Theory. The study found that such interaction made children with typical development more susceptible / susceptible to inclusion. In this text, we highlight the adaptation of the material entitled "Index for Inclusion" developed by Booth and Ainscow (2011) to help educational institutions to make their system inclusive. This adaptation arose from the researcher's need to affirm that the child education institution chosen as the locus of the research was indeed inclusive. The material was adapted in the form of a questionnaire for three different audiences: the teachers of the institution, the children participating in the research and their respective parents. We present the adapted material as well as the analysis of the answers obtained by the subjects who participated in the research, highlighting the relevance of the different steps, investigative procedures and use of the Google form and its digital resources to qualify the research.

Este artigo tem como origem a dissertação de mestrado intitulada "Indicadores de inclusão na educação infantil e suas implicações na constituição do sujeito". Tal pesquisa investigou as implicações das interações entre crianças com deficiência e crianças com desenvolvimento típico para a constituição destas como sujeito.

Para isso, a investigação procurou identificar elementos que revelassem uma postura inclusiva; identificou as concepções que as crianças entrevistadas têm sobre deficiência e apontou indicadores que denotam atitudes inclusivas dessas crianças.

A pesquisa foi realizada através do estudo de caso com crianças com desenvolvimento típico que tiveram contato/conviveram com crianças com deficiência durante a Educação Infantil num contexto inclusivo, sendo escolhida a Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo22 da Universidade Federal de Santa Maria. Tal escolha se deu pelo fato da pesquisadora considerar esta instituição com tal perfil.

Entretanto, na banca de defesa do projeto de dissertação, foi apontada a necessidade de validação/certificação do caráter inclusivo daquele espaço.

Para isso, foi sugerida a utilização do “Index para a inclusão: desenvolvendo a aprendizagem e participação nas escolas”, elaborado por Booth e Ainscow. Tal documento tem um caráter bastante prático que convida a todos para a reflexão sobre os vários aspectos da inclusão na escola.

Ele encoraja todos os funcionários,

pais/responsáveis e crianças a contribuírem com um plano de desenvolvimento inclusivo e a colocá-lo em prática (BOOTH; AINSCOW, 2011, p.9).

Ao acessar tal material para estudo e posterior aplicação na pesquisa entendeu-se que haveria a necessidade de adaptação dos questionários considerando dois aspectos: o

22 A pesquisa foi autorizada pela direção da instituição.

questionários para os professores e para os pais/responsáveis pelas crianças. O segundo foi o entendimento de que determinadas questões respondidas apenas na Escala Likert poderiam não atender a demanda da pesquisa. Desse modo, o presente texto configura-se como um relato de experiência em que se apresenta o contexto a ser investigado, se faz uma síntese do que é o Index para a inclusão, sinaliza-se as adaptações realizadas e por fim apresenta-se os resultados obtidos a partir dos questionários adaptados.

Conhecendo a instituição a ser avaliada Embora o foco do relato seja a adaptação dos questionários do Index para a inclusão, considera-se importante num primeiro momento apresentar a instituição que será avaliada.

A Ipê foi inaugurada em 24 abril de 1989 com a denominação de “Creche e pré-escola Ipê Amarelo” e ficou vinculada à PRAE - Pró- Reitoria de Assuntos Estudantis na Coordenadoria de Assuntos Estudantis e Comunitários. Em 1994, passou a ser denominado “Núcleo de Educação Infantil Ipê Amarelo”.

Com as mudanças referentes à educação infantil ocorridas nessa época, alterou-se o entendimento de que esta etapa da educação é um direito da mãe para ser um direito da criança, e tais mudanças coincidiram com os esforços dos profissionais que trabalhavam na instituição para vinculá-la ao Centro de Educação.

Em 2002, o artigo 1º da Resolução número 012/2002 (Brasil, 2002) do Gabinete do Reitor da Universidade Federal de Santa Maria extingue o Núcleo de Educação Infantil Ipê Amarelo da estrutura organizacional da Coordenadoria de Qualidade de Vida do Servidor da Pró-Reitoria de Recursos Humanos e transfere a sua infraestrutura para o Centro de Educação. Desse modo, suas atividades passam a ser desenvolvidas na

extensão.

A partir de então, o Núcleo de Educação Infantil Ipê Amarelo vinculou-se ao Centro de Educação através do Núcleo de Desenvolvimento Infantil, sob a forma de Projeto de Ensino, Pesquisa e Extensão intitulado “PROJETO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: uma interlocução entre pesquisadores, professores, acadêmicos e o processo educacional vivido no Núcleo de Educação Infantil Ipê Amarelo” e coordenado por algumas professoras do Centro de Educação.

Após muitos anos de mobilização, e reivindicação por parte das famílias e profissionais atuantes neste espaço, em dezembro de 2011, a Resolução nº 044/2011, em seu artigo 1º, resolve:

Aprovar a criação, na estrutura organizacional da UFSM, da Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo, com a supervisão administrativa da Coordenadoria de Educação Básica, Técnica e

Tecnológica/CEBTT e com vinculação

pedagógica ao Centro de Educação (BRASIL, MEC/UFSM, 2011).

A instituição então passa a ocupar um lugar na estrutura organizacional da Universidade Federal de Santa Maria. Independentemente de sua configuração na estrutura da universidade, sua preocupação foi oferecer educação de qualidade às crianças, e por esta razão, está em constante processo formativo.

Todos os professores, estagiários e bolsistas participam de momentos de formação continuada onde são discutidos temas atuais, as necessidades da instituição e são feitas reflexões sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido no intuito de qualificar cada vez mais a educação oferecida.

Nesse sentido, regularmente, participam desses encontros os demais profissionais da instituição com o objetivo de que todos possam refletir sobre o trabalho desenvolvido na instituição, estejam cientes das ações realizadas e possam ter clareza de que forma a criança é compreendida nesse espaço o que, certamente, influencia na organização e

da instituição.

A adaptação do Index para a inclusão O Index para a inclusão: desenvolvendo a aprendizagem e a participação nas escolas foi publicado pela primeira vez na Inglaterra no ano de 2000. Este material foi produzido com o objetivo de desenvolver de forma abrangente um sistema inclusivo nas escolas.

De acordo com os autores deste documento (BOOTH; AINSCOW, 2011), não é possível definir em um conceito o que é a inclusão, pois, por ser um termo tão complexo, cada pessoa interpreta à sua maneira.

Correia (2013) afirma que a inclusão se baseia nas necessidades da criança e que uma escola inclusiva é “uma escola onde toda a criança é respeitada e encorajada a aprender até o limite das suas capacidades” (CORREIA, 2013, p. 7).

Desse modo, o Index apresenta-se, através de suas inúmeras indagações como uma ferramenta importante no processo reflexivo acerca da inclusão por apresentar diversos indicadores. Não é a ideia dos referidos autores esgotar o assunto, mas considera-se que sua obra consegue contemplar de modo significativo a temática.

Embora o Index tenha sido produzido para escolas inglesas, ele tem sido adaptado para uso em outros países e já foi traduzido para trinta e sete línguas.

Uma equipe internacional apoiada pela UNESCO procurou ver como que versões do Index poderiam ser desenvolvidas para áreas economicamente pobres de países do hemisfério sul (BOOTH; AINSCOW, 2011, p. 6).

Na referida pesquisa, utilizou-se como referência a terceira versão deste material, a qual, após revisão de um de seus autores (Booth), adquiriu um caráter mais flexível e adaptável a diferentes contextos a partir das contribuições de pessoas de outros países que tiveram acesso a esse material.

Ele proporciona uma oportunidade para desenvolver a sua escola em colaboração com outros e de acordo com seus próprios princípios.

ajudar a clarear o pensamento e a preparar a ação individual e coletiva, bem como a estruturar o desenvolvimento da escola inteira e da comunidade educacional. Ele pode ser usado

individualmente por professores, por

profissionais não docentes e por

pais/responsáveis. Ele pode incitar novos diálogos sobre o que as crianças podem aprender na escola. (BOOTH; AINSCOW, 2011, p.10).

De forma sucinta, pode-se dizer que o Index para a inclusão é um material com indicadores de inclusão elaborado no intuito de auxiliar a escola, professores, enfim, comunidade escolar a pensar/repensar sua escola de modo que seja possível a inclusão.

Neste material os autores levam o leitor a refletir sobre valores inclusivos e de forma bastante didática orienta como deve ser o desenvolvimento das ações para que a comunidade/escola se torne inclusiva.

O Index está dividido em cinco partes. Na parte 1 os autores trazem um panorama geral sobre o que é tal documento. Nas partes dois e três, abordam as questões de inclusão sob uma perspectiva mais teórica, trazendo reflexões sobre o processo de inclusão, questões relacionadas ao currículo e a forma como organizar um plano em conjunto em prol da inclusão.

Na parte 4, apresentam os indicadores e questões para a inclusão. Esta parte está estruturada a partir de três dimensões: culturas, políticas e práticas inclusivas, sendo que cada uma delas se divide em duas seções conforme figura 1.

Figura 1:Booth; Ainscow, 2011, p.14.

complexidade e extensão desse material observem o seguinte: apenas na primeira dimensão (Dimensão A: Criando culturas inclusivas), há dois indicadores; sendo que cada indicador, subdivide-se em 10 e 11 outros indicadores, respectivamente, e cada item tem em torno de vinte questões. Logo, em cada dimensão têm-se em média quatrocentas questões para orientar as reflexões. Obviamente, seria praticamente inviável que os participantes respondessem a um volume tão grande de questões.

A Parte 5 traz a estrutura de planejamento e os questionários. São quatro questionários utilizando a Escala de Likert (Gil, 2010) sendo um questionário para os professores, gestão, funcionários, equipe diretiva (70 questões), um questionário destinado aos pais e/ou responsáveis pelas crianças (56 questões), um questionário para as crianças e jovens denominado ‘Minha escola’ (63 questões) e o quarto questionário, uma adaptação deste último para ser respondido por crianças pequenas (24 questões).

Tais questionários foram elaborados em Escala Likert (Gil, 2010) de três níveis (concordo, concordo parcialmente, discordo) e cada um deles apresenta frases afirmativas voltadas à vivência e valores inclusivos de acordo com as três dimensões mencionadas anteriormente.

Conforme mencionado, considerou-se que esses questionários não atenderiam a demanda da pesquisa se aplicados da maneira como estão propostos no Index. Assim, nos questionários para os professores e para os pais/responsáveis elencaram-se as questões consideradas mais representativas dos valores inclusivos.

Na sequência, apresenta-se a listagem das frases apresentadas no questionário destinado aos profissionais da instituição. Para que o texto não se torne cansativo ao leitor, optou-se por apresentar as frases de apenas um dos questionários a fim de ilustrar o trabalho que foi desenvolvido pela pesquisadora.

Listagem das frases utilizadas no questionário adaptado para os profissionais da instituição (Freitas, 2015)

2.Todo funcionário novato é/era auxiliado a se adaptar à escola.

3.Os funcionários cooperam/cooperavam. 4.Os professores planejam, ensinam e revisam juntos.

5. As crianças se ajudam/ajudavam mutuamente.

6. Funcionários e crianças se respeitam/ respeitavam.

7. Funcionários e pais/responsáveis colaboram/colaboravam.

8. Os professores, funcionários e gestores, funcionários e gestores trabalham/ trabalhavam bem, juntos.

9. Os funcionários relacionam/relacionavam o que acontece/acontecia na escola com as vidas das crianças em casa.

10. A escola desenvolve/desenvolvia valores inclusivos que são compartilhados. Se você concordou com a última frase, quais seriam esse valores?

11. A escola encoraja/encorajava o respeito a todos os direitos humanos e o respeito à integridade do planeta Terra.

12. A Inclusão é/era entendida como a ampliação da participação de todos.

13. Existem/existiam altas expectativas para todas as crianças.

14. As realizações das crianças são/eram valorizadas em si mesmas em vez de em comparação com o outro.

15. A escola combate/combatia todas as formas de discriminação.

Por favor, comente as respostas dadas a essas últimas questões.

16. A escola promove/promovia interações não violentas e resolução de desavenças.

17. A escola encoraja/encorajava crianças e adultos a sentirem-se bem a respeito de si mesmos.

18. A escola tem/tinha um processo de desenvolvimento participativo.

19. A escola adota/adotava uma abordagem inclusiva na liderança da direção.

20. A experiência dos funcionários é/era conhecida e aproveitada.

21. Todas as crianças recém-matriculadas são/eram ajudadas a se adaptarem na escola. 22. As crianças são/eram bem preparadas para se transferirem para outros ambientes.

as pessoas. Em caso negativo, quais são as adaptações necessárias?

24. As atividades de desenvolvimento profissional ajudam/ajudavam os profissionais a responderem à diversidade.

25. As atividades de aprendizagem são/eram planejadas tendo em mente todas as crianças. 26. As atividades de aprendizagem encorajam/encorajavam a participação de todas as crianças.

27. Todas as crianças são/eram estimuladas a serem pensadores críticos e confiantes.

28. Todas as crianças são/eram ativamente envolvidas em sua própria aprendizagem. 29. As crianças aprendem/aprendiam umas com as outras.

30. As lições desenvolvem/desenvolviam a compreensão entre as semelhanças e diferenças entre as pessoas.

31. Os professores assistentes (volantes, estagiários, auxiliares) apoiam/apoiavam a aprendizagem e participação de todas as crianças.

Se você concordou com as últimas afirmativas, por favor, comente sua resposta.

32. As atividades extraclasse envolvem/ envolviam todas as crianças.

33. Os recursos do entorno escolar são/eram conhecidos e utilizados.

Ressalta-se que essas afirmativas faziam parte do questionário organizado utilizando-se a Escala Likert (Gil, 2010) de três níveis. Desse modo, ao lado de cada frase havia campos de múltipla escolha com as opções: concordo, concordo parcialmente e discordo. Este questionário constituiu-se de 33 questões objetivas.

Entretanto, como pode ser observado, em algumas questões solicitou-se que os participantes complementassem suas respostas. Além disso, foram inseridos campos para a identificação da função do participante respondente e do período em que atuou na instituição.

Os questionários foram elaborados na plataforma online do Google Drive sendo enviados os links de acesso via correio eletrônico. Abaixo, a figura 2 demonstra o layout do questionário enviado para os profissionais que atuavam na instituição.

Figura 2: Layout questionário para os profissionais da

instituição

Já o questionário para os pais/responsáveis continha 45 questões e seguiu a mesma característica do questionário apresentado acima. A figura 3 apresenta o layout do questionário enviado para os pais/familiares.

Figura 3: Layout questionário famílias

Em relação ao questionário destinado às crianças, a última frase foi suprimida por entender que não fazia parte do contexto que as crianças vivenciaram naquela instituição. O questionário continha 23 frases afirmativas além das seguintes frases que deveriam ser completadas: “O que eu não gostava:” e “O que eu mudaria na Ipê é:” (Freitas, 2015).

Seguindo o modelo do Index para responder ao questionário, as crianças deveriam ler as frases e pintar a figura que representava sua opinião (concordo, concordo parcialmente, não concordo) conforme figura 4.

Este questionário foi adaptado de modo que o verbo foi conjugado no passado e a palavra ‘escola’ foi substituída pelo nome da

23 Este recorte temporal justifica-se por ser este o

período em que haviam mais crianças incluídas.

num dos encontros durante a pesquisa.

Figura 4: representação da Escala Likert utilizada no

questionário para as crianças

Importante ressaltar a atenção e o cuidado dos autores do Index com as crianças. Para que todos os membros da comunidade escolar pudessem participar, o questionário destinado a esse público é apresentado em duas versões: a primeira para as crianças e jovens e a segunda, mais simplificada no que se refere ao número de assertivas e também com a proposição do uso de imagens para a resposta conforme apontado acima.

Antes dos resultados, entende-se ser importante apresentar algumas informações acerca da pesquisa em que foi utilizada tal adaptação. Foram realizadas as seguintes etapas:

a) contatou-se a instituição de Educação Infantil solicitando sua colaboração à pesquisa disponibilizando o acesso aos dados de contato das crianças que lá estiveram entre 2008 e 201223;

b) foram contatados via correio eletrônico os pais/responsáveis de 44 crianças. Junto à carta de apresentação da pesquisa para os pais ou responsáveis, enviou-se também uma segunda carta endereçada às crianças para que elas também fossem ouvidas em relação ao seu interesse em participar da pesquisa, pois entendeu-se que seria fundamental a criança sentir-se parte daquele processo e participasse de forma espontânea;

c) após o aceite foi combinado um encontro para que fosse entregue o Termo de Confidencialidade e que fosse assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com os trâmites de pesquisa de UFSM.

sequência foram agendadas as entrevistas. Concomitantemente, foram elaborados e enviados os questionários adaptados via correio eletrônico para os professores, equipe diretiva, bolsistas e estágiários e para os pais/responsáveis.

Dos sete links enviados aos pais/responsáveis, seis responderam ao questionário, o que perfaz 87% dos pais contatados. Apenas um responsável de cada criança participou respondendo a pesquisa.

O link do questionário destinado aos profissionais da equipe diretiva, professores, bolsistas e estagiários foi enviado para 106 endereços eletrônicos sendo que apenas treze retornaram, ou seja, não chegaram aos destinatários. Dos 93 links efetivamente enviados, 23 foram respondidos perfazendo um total de 21,39%.

Consideram-se as informações coletadas a partir desses questionários como uma amostragem por conveniência. Segundo Gil (2010), este é o tipo menos rigoroso de amostragem e desprovido de precisão.

O pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que estes possam de alguma forma, representar o universo (GIL, 2010, p. 95).

Acreditou-se que para o fim pretendido este tipo de amostra foi aceitável/suficiente. Ao final das coletas dos dados via entrevista e questionários, os mesmos foram analisados, categorizados e discutidos pela pesquisadora. Entretanto, neste trabalho será evidenciada apenas a análise realizada a partir da adaptação do Index.

O uso da ferramenta formulário Google Docs

Conforme mencionado no início deste texto, apenas a percepção da pesquisadora não foi suficiente para dar um respaldo consistente sobre a afirmação de que a instituição escolhida para a pesquisa adotava uma abordagem inclusiva.

Desse modo, com base nos indicadores para a inclusão elaborados por Booth e Ainscow

com vistas a verificar a existência desses indicadores na instituição escolhida a partir do ponto de vista das crianças, de seus pais e/ou responsáveis e da equipe de gestores, professores e bolsistas.

Os questionários enviados às famílias e à