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Agiu deliberada, livre e conscientemente, bem sabendo que a sua descrita conduta era proibida e punida por lei.

VI. Instrumentos hierárquicos:

7. Agiu deliberada, livre e conscientemente, bem sabendo que a sua descrita conduta era proibida e punida por lei.

Incorreu o arguido na prática, em autoria material, de um crime de resistência e coacção sobre funcionário, p. e p., à data dos factos, pelo artigo 347.º do C. Penal e, actualmente, pelo nº1 do mesmo preceito legal.

Prova: Testemunhal:

xxx, agente da PSP, melhor id. a fls.xxx; xxx, agente da PSP, melhor id. a fls. xxx. Pericial:

fls. 22 a 25, 68 a 71, 110 a 113 e 148 a 151. Documental:

fls. 28 a 29, 32 a 35 e 141. Medidas de coacção:

Não se verificando, por ora, a ocorrência de qualquer alteração dos pressupostos de facto e de direito que determinaram a pretérita aplicação de TIR, promovo que o arguido continue a aguardar os ulteriores termos do processo sujeito às obrigações decorrentes daquela medida de coacção (cfr. artigo 196º do C. P. Penal).

Como defensor do arguido mantém-se a Dra. xxx, melhor id. a fls. xxx (cfr. artigo 66.º, n.º 4, do C. P. Penal).

Notifique o arguido nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 64.º, n.º 4, do C. P. Penal.

Cumprindo o disposto no artigo 283.º, n.ºs 5 e 6, do C. P. Penal, notifique:

O arguido e os ofendidos, por via postal simples;

O defensor nomeado, por via postal registada.

Notifique o Hospital xxx, na pessoa do seu Director, para, no prazo de 20 dias e em requerimento articulado, deduzir, querendo, ao abrigo do disposto no artigo 6.º, n.ºs 1 e 2, do Decreto- Lei nº 218/99, de 15 de Junho, pedido de pagamento de despesas com a prestação de cuidados de saúde a xxx.

CRIME DE RESISTÊNCIA E COACÇÃO SOBRE FUNCIONÁRIO

3. Enquadramento jurídico, prática e gestão processual

III.

Pedido de indemnização civil

O Ministério Público, em representação do Estado Português e ao abrigo das disposições conjugadas dos artigo 20.º, n.º 1, do C. P. Civil, 76.º, n.º 3 e 77.º, n.º 1, do C. P. Penal, 1.º, 3.º, n.º 1, al. a) e 5.º, n.º 1, al. a), do Estatuto do Ministério Público e artigo 219.º da C. R. P., vem deduzir pedido de indemnização cível contra o arguido xxx,

Nos termos e pelos fundamentos seguintes: 1.º

Por virtude do comportamento descrito em 3. e das lesões referidas em 4. supra, o Estado português despendeu, com assistência e tratamentos médicos prestados ao agente xxx, a quantia global de € 21,56 (vinte e um euros e cinquenta e seis cêntimos).

2.º

Durante os sete dias em que esteve incapacitado para o trabalho (período compreendido entre xxx e xxx), o agente xxx não prestou quaisquer dos serviços compreendidos no exercício das respectivas funções.

3.º

Contudo, e relativamente a esse período, foi-lhe abonada pelo Estado Português a quantia global de € 323,75 (trezentos e vinte e três euros e setenta e cinco cêntimos), assim discriminada:

€ 183,82 – Remuneração base;

€ 33,32 – Suplemento de serviço das forças de segurança;

€ 56,28 – Suplemento de patrulha;

€ 28,91 – Suplemento de turno;

€ 21,42 – Subsídio de alimentação. (cfr. fls. 49).

4.º

Nos termos do artigo 483.º, n.º 1, do C. Civil, Aquele que com dolo ou mera culpa, violar

ilicitamente o direito de outrem ou qualquer disposição legal destinada a proteger interesses alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultantes da violação.

5.º

Encontrando-se, no caso, verificados todos os pressupostos da responsabilidade civil extracontratual, impende sobre o demandado a obrigação de ressarcir o Estado Português pelas quantias que este despendeu, no montante global de € 323,75, cujo reembolso ora se reclama, nos termos do disposto nos arts. 483.º, 562.º, 563.º, 564.º do C. Civil.

Nestes termos e nos melhores de direito, deve o presente pedido ser julgado procedente, por provado, e, por via dele, ser o ora demandado

CRIME DE RESISTÊNCIA E COACÇÃO SOBRE FUNCIONÁRIO

3. Enquadramento jurídico, prática e gestão processual

xxx condenado no pagamento ao Estado Português da quantia global de € 323,75 (trezentos e vinte e três euros e setenta e cinco cêntimos), acrescida de juros, à taxa legal, contados da notificação e até integral pagamento.

Requer-se, assim, seja o demandado notificado para contestar, querendo, o presente pedido, nos termos e prazo legais, seguindo-se os ulteriores termos processuais até final.

Valor: € 323,75 (trezentos e vinte e três euros e setenta e cinco cêntimos). Prova: a da acusação e, ainda, docs. de fls. 48 a 50, 53 e 54.

Local, data ____________________

(despacho elaborado pelo formador, Exmo. Sr. Dr. João Paulo Amaro) 3.1. Modelo de acusação em situação de concurso efectivo

I.

Na acusação infra (cfr. II.) é imputada ao arguido xxx a prática, em co-autoria material e em concurso efectivo, de um crime de resistência e coacção sobre funcionário, p. e p. pelo artigo 347.º, n.º 1, do C. Penal, e de um crime de injúria agravada, p. e p. pelas disposições conjugadas dos arts. 181º, n.º 1, e 184º, ambos do C. Penal, por referência à al. l) do n.º 2 do artigo 132.º do mesmo diploma legal.

Atendendo à soma das molduras das penas máximas abstractamente aplicáveis, e de harmonia com o disposto na al. b) do n.º 2 do artigo 14.º do C. P. Penal, deveria o arguido ser julgado perante tribunal colectivo.

No entanto, ponderadas as circunstâncias que, não fazendo parte do tipo dos crimes imputados, depõem a favor do arguido, entendemos que se impõe, in casu, ao MP a faculdade consagrada no artigo 16.º, n.º 3, do C. P. Penal.

Senão vejamos.

Sendo certo que a culpa documentada na prática dos factos é elevada e que o arguido tem averbada uma condenação no respectivo registo criminal, não menos certo é que as consequências finais dos crimes não revestiram especial gravidade.

Por outro lado, o crime mais grave imputado é punível, apenas, com pena de prisão até 5 anos. Os elementos facultados pelos autos permitem-nos, pois, desde já, aferir que, em concreto, não deverá ser aplicada pena de prisão superior a cinco anos.

CRIME DE RESISTÊNCIA E COACÇÃO SOBRE FUNCIONÁRIO

3. Enquadramento jurídico, prática e gestão processual

Encontra-se, assim, materialmente fundada a opção pelo julgamento perante tribunal singular. Termos em que, preenchidos que estão os requisitos legais e objectivos de que a lei faz depender o recurso ao mecanismo previsto no artigo 16.º, n.º 3, do C. P. Penal, se defere ao tribunal singular a competência material para o julgamento dos presentes autos.

Comunique hierarquicamente (cfr. Ponto VI, n.º 3, da Circular nº6/2002, da Procuradoria-Geral da República).

II.

O Ministério Público, para julgamento em processo comum e com intervenção do tribunal singular, acusa:

xxx, solteiro, xxx, nascido aos xxx, natural do xxx, filho de xxx Fernandes e de xxx, residente na xxx, porquanto:

1. No dia xxx, cerca das xxx, os guardas xxx e xxx, ambos efectivos do Posto Territorial da GNR