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Planejar ações futuras e tomar decisões presentes nas organizações, no cenário atual, a Tecnologia da Informação é fundamental. Os sistemas de informação e o uso da tecnologia tornaram-se vitais para aquelas empresas ou organizações que desejam alcançar o sucesso, argumenta O’Brien (2007). Na última década, a evolução tecnológica, mais precisamente a tecnologia da informação, possibilitou que as organizações passassem a utilizar ferramentas de automação para suportar suas operações e controlar os processos através de sistemas de informação.

Muitos pesquisadores realizaram estudos e elaboraram modelos para identificar e avaliar o alinhamento estratégico da Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação aos objetivos de negócios. Ferreira et al. (2012), realizou um estudo bibliométrico da produção científica em administração sobre alinhamento estratégico e TI, buscando compreender os componentes metodológicos, autores que mais produziram e mapeamento das fontes de referência que os autores utilizaram em suas pesquisas. Nesta pesquisa os autores descaram que os estudos sobre o tema têm como base os estudos de Henderson e Vankatraman (1993).

Brodback (2012) afirma que o modelo de Henderson e Venkatraman (1993), apóia-se no principio que o desenvolvimento econômico da organização está diretamente relacionamento com a habilidade de gestão para criar uma adequação estratégica.

Henderson e Venkatraman (1993), sugerem um modelo de alinhamento estratégico, baseado em quatro domínios estratégicos: Estratégias de negócio; estratégias de tecnologia da informação; infraestrutura empresarial e processos; e infraestrutura de TI e processos, cada uma com suas respectivas perspectivas.

No elemento Estratégias do Negócio, pode ser observado o escopo de negócio, caracterizado pelas forças competitivas, como fornecedores, clientes, substitutos e potencias entrantes. Competências distintas são caracterizadas pelas estratégias de promoção de produtos e serviços, através da qualidade e outros fatores que alavancam diferenciais competitivos. Dentro deste modelo, a Governança Corporativa se caracteriza pelos impactos das regulamentações

governamentais sobre a empresa e também o relacionamento da mesma com os envolvidos no negócio.

No elemento Estratégias de Tecnologia da Informação, pode ser observado o Escopo de TI, que é caracterizado pelas iniciativas que dão suporte as estratégias de negócios. Competências Sistêmicas são caracterizadas por aspectos da TI que favorecem seu apoio aos negócios. Governança de TI é caracterizada por garantir o correto direcionamento dos recursos para atender as estratégias.

No elemento Infraestrutura e Processos de Negócio, pode ser observada a estrutura administrativa, processos de negócio, e habilidades dos indivíduos que irão desempenhar as estratégias. No elemento Infraestrutura e Processos de Tecnologia da Informação, pode ser observada arquitetura, caracterizada pelas ferramentas disponibilizadas para as áreas de negócio, Processos de TI, caracterizados pela operação das Centrais de Serviços, Desenvolvimento de Sistemas, e implantação de equipamentos. Habilidades são caracterizadas pelo conhecimento e experiência dos membros da equipe de Tecnologia da Informação. (HENDERSON e VENKATRAMAN,1993).

No entanto, vários estudos foram estendidos deste modelo, tais como Luftman et al. (1993) apud Ferreira et al. (2012), que propuseram quatro perspectivas de direcionamento de alinhamento estratégico. Boar (1994) apud Ferreira et al. (2012), apresentou um modelo variante de alinhamento estratégico com duas perspectivas – a funcional e a de processos e dois estágios de ocorrência: primário e secundário. No entanto, criticas mais fortes ao modelo de alinhamento propostos por Henderson e Veankatraman (1993), foram apresentadas por Ciborra (1997) apud Ferreira et al. (2012), que interpretou os modelos de alinhamento estratégico através de uma abordagem subjetiva, explicando que o alinhamento não pode ser tratado tão objetivamente. Esta abordagem critica é compartilhada por Chan (2002) apud Ferreira et al. (2012), quando aborda os estudos já realizados em alinhamento estratégico.

Mais recentemente, Chan e Reich (2007) apud Ferreira et al. (2012), revisitam os principais estudos sobre alinhamento estratégico, e abordam questões sobre a evolução do tema e novos desafios, como: examinar o processo de alinhamento, observá-lo através de uma perspectiva contingencial da orientação de

sua promoção e promover ajustes aos modelos de medição examinando-se os pontos fracos dos modelos anteriores.

O alinhamento estratégico de TI e negócios, sob a perspectiva de processos é estudado por Broadbeck (2012), ao analisar os elementos do alinhamento estratégico no processo de desenvolvimento de produtos (PDP) em indústrias do sul do país. A promoção do alinhamento estratégico possibilita que a organização ajuste seus processos utilizando a TI de forma a obter o melhor desempenho de cada um deles, e uma maior flexibilização frente à demanda de mercado, gerando valor e vantagem competitiva aos negócios.

As TI, nos dias de hoje, deixaram de fazer o plano de fundo nas organizações e passaram a ser uma ferramenta estratégica. O conceito de alinhamento estratégico dos autores é baseado em dois fundamentos:

1. O desempenho econômico está diretamente relacionado à capacidade do gerente em criar estratégias, entre posicionar uma organização num mercado competitivo, e criar uma estrutura administrativa capaz de suportar a sua concepção.

2. Que a estratégia seja dinâmica, em um processo capaz de se adaptar a mudanças. Com relação à TI é necessário que ela seja integrada as estratégias de negócio, conforme sugere o modelo trabalhado pelos autores.

Fernandes (2006), ainda ressalta que o alinhamento estratégico de Sistemas de Informação e negócios pode se dar de duas maneiras. Alinhamento estático, quando o planejamento estratégico de TI é baseado no planejamento estratégico da empresa, ou alinhamento dinâmico, quando o alinhamento é decorrente da dinâmica de negócios da empresa, ou seja, de uma necessidade emergente. O autor também ressalta a importância de fazer uma identificação detalhada dos requisitos de negócio que devem ser implementados pela TI.

Rezende (2002), afirma que as organizações necessitam de informações oportunas e conhecimentos personalizados, para auxílio nos processos decisórios e na gestão empresarial. Desta forma, o relacionamento e as implicações entre o Planejamento Estratégico Empresarial (PEN) e o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) devem ser alinhados, integrados e com sinergia

entre si. O autor afirma que esta sinergia pode ser sustentada por alguns elementos como: A TI, os Sistemas de Informações, as pessoas e o contexto organizacional.

Affeldt e Vanti (2009), afirmam que da mesma forma que o PEN é formulado para o negócio, o PETI relaciona-se com a estratégia de tecnologia da informação. Desta forma, os autores ressaltam a importância de identificar elementos da área de TI que possibilitem apoiar os negócios empresariais e o desenvolvimento de arquiteturas de informação, objetivos, estratégias e aplicações estratégicas.

Rezende (2002), define o Planejamento Estratégico Empresarial, ou Plano de Negócios, como um estudo detalhado dos pontos fortes e fracos, e das ameaças e oportunidades relacionadas à organização que possibilitem aos gestores aperfeiçoar o relacionamento entre empresa, ambiente e mercado. E define o Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação, como um processo dinâmico e interativo para estruturar estratégica, tática e operacionalmente as informações da organização, a Tecnologia da Informação, os Sistemas de Informações, os profissionais envolvidos e a infraestrutura necessária para a gestão empresarial. O Alinhamento, por sua vez se constitui pela relação dinâmica e sinergética das funções empresariais que promovem o ajuste, ou a adequação estratégica das tecnologias disponíveis em toda a organização. Visentini (2007) qualifica e utiliza o modelo de alinhamento estratégico proposto por Henderson e Venkatraman (1993), para verificar a maturidade e os fatores críticos de sucesso que favorecem o alinhamento estratégico entre negócios e tecnologia da informação. Para avaliar a maturidade, Visentini (2007), se baseia num modelo direcionado por Luftman (1996), apud Visentini (2007), que propõe que a maturidade do alinhamento é garantida pelo relacionamento entre a TI e as outras áreas de negócio, elaborando as estratégias em conjunto. Luftman (1996), apud Visentini (2007), descreve seis critérios de maturidade que devem ser avaliados: comunicação; mensuração de competências; governança; alianças; tecnologia e recursos humanos.

Brodbeck (2007), afirma que a indústria brasileira está se adaptando a governança corporativa e a boas práticas de gestão estratégica, e que um dos elementos utilizados é o Alinhamento Estratégico (AE) entre o negócio e a Tecnologia da Informação, buscando-se níveis de maturidade elevados. A autora cita que o alinhamento estratégico é pouco compreendido e aplicado na prática,

principalmente pela dificuldade de encontrar instrumentos de fácil utilização para realizar sua mensuração, bem como construtos de fácil entendimento que possam auxiliar na elaboração de planos de ação. Brodbeck (2007), utiliza 5 níveis de maturidade, defendidos por Luftman (2000), apud Brodbeck (2007), que podem ser descritos abaixo:

1. Nível inicial, processo improvisado. Momento em que é improvável que as organizações consigam ter suas estratégias de Negócios e TI alinhadas.

2. Processo comprometido. As organizações passam a reconhecer oportunidades potenciais, mas ainda existem dificuldades de alinhamento, onde os departamentos divergem sua opinião sobre o uso da TI relacionada ao negócio.

3. Processo estabilizado e focado. Processo de maturidade, a TI passa estar inserida nos negócios, e os aplicativos são focados a gestão, ao contrário de sistemas voltados ao suporte às operações.

4. Processo Gerenciado e Melhorado. Demonstra efetiva governança, e a TI é considerada um centro de valor para o negócio da organização. A TI contribui com a estratégia e gera vantagens competitivas.

5. Processo Otimizado. Demonstrada pela governança efetiva, a TI participa das estratégias. Os aplicativos são utilizados ao longo da cadeia de valor (clientes, fornecedores, parceiros.).

Brodbeck (2008), enfatiza que as mudanças do meio, ou também, de mercado, fazem com que as organizações adaptem seus planos de negócio sob o risco de se tornarem não competitivas. Portanto, estas empresas são forçadas a constantes mudanças, o que demanda agilidade e flexibilidade na adaptação de seus processos de negócio. Neste sentido, a TI deve permitir mudanças e ajustes ao longo dos processos ao qual está inserida.

Brodbeck (2008), também salienta que o alinhamento estratégico está posto nas organizações em dois níveis principais. No nível de integração operacional é caracterizado por Sistemas de Informação que comportam requisitos necessários para as organizações desempenhar suas operações. No nível integração gerencial, os Sistemas de Informação devem comportar características que permitam mapear

as estratégias de negócio, auxiliando na identificação de novas oportunidades e na geração de vantagem competitiva.

2.4.1 O Modelo Integrado de Análise de Sistemas de Informação e Tecnologia da Informação (MASITI).

O Modelo MASITI, é um modelo de análise do alinhamento estratégico de sistemas de informação e tecnologia da informação. O modelo foi proposto por Senger (2005) e aperfeiçoado por Muller (2007), com o objetivo de oferecer uma ferramenta capaz de auxiliar na mensuração no grau de alinhamento estratégico de sistemas de informação e tecnologia da informação, em relação aos objetivos de negócios das organizações. O modelo, em seu estágio atual, consiste em questionários pré-formatados, procedimentos de análise estatística e níveis de interpretação dos dados através de perspectivas e dimensões (Figura 12).

O modelo de alinhamento inicialmente proposto por Senger (2005), realiza a análise através de quatro perspectivas organizacionais vinculadas a inserção dos Sistemas de Informação, a saber: suporte às operações, controle, alinhamento e competitividade, sendo que cada uma delas realiza um papel determinante nas funções organizacionais.

Para Senger (2005), a perspectiva suporte às operações refere-se ao emprego de sistemas de informação e tecnologia de informação para atender às necessidades de nível operacional nas organizações, tendo como função executar e cumprir os planos elaborados por todos os outros sistemas, pois serve como base na entrada de dados. Na perspectiva controle, os Sistemas de Tecnologia da Informação são utilizados para atender às necessidades de informações relacionadas com a avaliação de desempenho passado, presente e futuro da organização, buscando atender às necessidades de nível gerencial da organização, provendo relatórios com acesso imediato às ocorrências de desempenho e a dados históricos. Na perspectiva alinhamento ou comunicação, destaca-se a importância dos Sistemas de Informação como recurso para integrar os objetivos organizacionais com os objetivos de tecnologia da informação. A perspectiva competitividade refere- se ao emprego de Tecnologia e Sistemas de Informação na obtenção de vantagem competitiva das organizações, portanto, o papel dos sistemas de informação nessa

perspectiva envolve a utilização de tecnologia da informação para desenvolver produtos, e melhorar o desempenho de uma empresa, gerando vantagem competitiva.

FIGURA 12 – Modelo Integrado de Análise de SI e TI

Fonte: Muller, 2007, p. 89.

Muller (2007), afirma que o modelo utilizado por Senger (2005), possui características ímpares, o que favorece a análise do alinhamento da Tecnologia da Informação com a estratégia das organizações, mas que para torná-lo mais consistente deveriam ser consideradas algumas mudanças, como uma segmentação mais detalhada das perspectivas. Desta forma Muller (2007), propõe a inclusão de quatro dimensões atreladas às perspectivas propostas por Senger (2005), sendo elas: estratégia, pessoas, clientes e processos, conforme o modelo de

alinhamento organizacional de Labovitz e Rosansky (1997), possibilitando um maior detalhamento dos resultados.

Para Labovitz e Rosansky (1997), o alinhamento é a resposta para a nova realidade organizacional, onde as necessidades dos clientes estão em fluxo constante, forças competitivas estão turbulentas e o vinculo de lealdade entre organizações e pessoas estão enfraquecidas. Organizações alinhadas capturam o melhor da especialização e são capazes de reagir rapidamente a mudanças. Pessoas em organizações alinhadas têm a capacidade de sentir as mudanças quando elas acontecem e a habilidade de se adaptar rapidamente com a mínima interferência da hierarquia.

Labovitz e Rosansky (1997) propõe o alinhamento vertical e horizontal. O alinhamento vertical envolve as dimensões estratégias e pessoas, no qual, as estratégias devem ser conhecidas pelas pessoas e estas possam contribuir e colaborar com a mesma. O alinhamento horizontal envolve as dimensões clientes e processos, no qual, os processos devem ser elaborados de acordo com as necessidades dos clientes, pois, nem uma grande estratégia nem um grande comprometimento entre gerentes e funcionários terá resultado, se os processos da companhia para criação e entrega de valor está destinado aos clientes errados, ou, se eles estão destinados para os clientes certos com produtos errados.

A mudança agregada na interpretação dos resultados pode permitir que, além de mensurar o grau de alinhamento entre os SI e a TI nas quatro perspectivas, consiga-se identificar a situação da organização em cada uma das dimensões. “Com a aplicação de técnicas estatísticas busca-se identificar o perfil dos colaboradores da organização e a homogeneidade existente entre as respostas fornecidas por eles” (MULLER, 2007).

A primeira etapa para sistematização do modelo MASITI, é a coleta de dados através de questionários. Cada perspectiva analisada é composta de um questionário específico, portanto quatro questionários. Os questionários apresentam 15 variáveis fechadas, onde o entrevistado pode manifestar sua concordância/discordância através de uma escala de Likert, e pode representar sua opinião através de duas ou três questões abertas.

Após a coleta dos dados, o modelo propõe a análise de dados, necessária para a etapa de interpretação, esta etapa consiste em organizar os dados utilizando técnicas estatísticas. Explana-se o detalhamento das etapas do modelo, bem como a sistematização do mesmo neste estudo, na etapa de coleta, análise e interpretação de dados do capítulo três, durante o delineamento da pesquisa.

O presente capítulo descreve como o estudo foi realizado, expondo a classificação da pesquisa, identificação dos sujeitos e definição da coleta, análise e interpretação dos dados.

Para Gil (2002), a pesquisa é um procedimento racional e sistemático, que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. As pesquisas podem ser elaboradas por razões de ordem intelectual e ou de ordem prática. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.

Como toda atividade racional e sistemática, a pesquisa exige que as ações desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efetivamente planejadas.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

3.1.1 Natureza

O presente estudo está classificado como pesquisa aplicada no que tange sua natureza. Para Gil (2009), a pesquisa aplicada visa gerar conhecimento para aplicação prática, voltado à solução de problemas específicos da realidade. Envolve verdades e interesses locais. A fonte das questões de pesquisa é centrada em problemas e preocupações das pessoas e o propósito é gerar soluções potenciais para os problemas humanos. A pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área do saber, e à apresentação de soluções alternativas.

Esta pesquisa classifica-se como aplicada, pois produz conhecimento para resolver problemas práticos na organização em que foi desenvolvida. Desta forma, o resultado do presente estudo envolveu a análise do grau de alinhamento entre as Estratégias de Negócios e a Tecnologia da Informação, que são utilizadas para orientar a organização na elaboração de planos de ações necessários para a resolução de seu problema específico.

3.1.2 Abordagem

Silva (2001), define que a pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o emprego de recursos e de técnicas estatísticas.

A pesquisa qualitativa, para Silva (2001), considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são requisitos básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

Para analisar o grau de alinhamento das Estratégias de Tecnologia da Informação às Estratégias de Negócios da organização estudada, é necessário buscar identificar a percepção dos profissionais atuantes na empresa que utilizam os sistemas de informação, portanto a presente pesquisa terá uma abordagem qualitativa em sua essência. A abordagem qualitativa presente neste estudo se baseia principalmente nas entrevistas com os colaboradores da empresa, que irá buscar a opinião de uma amostra de profissionais envolvidos nos processos em níveis operacionais e gerenciais em torno do tema alinhamento estratégico de TI e Negócios, nas perspectivas: suporte às operações, controle, alinhamento e competitividade. Entretanto, para complementar o estudo, se utilizaram alguns instrumentos quantitativos, baseados em técnicas estatísticas com o objetivo de identificar padrões nas respostas dos entrevistados, viabilizando a análise de dados de um número elevado de entrevistados.

3.1.3 Objetivos

O presente estudo é classificado quanto aos objetivos, como pesquisa exploratória. A pesquisa exploratória é definida por Gil (2009), como a pesquisa que tem por objetivo investigar mais profundamente uma situação para propiciar aproximação e familiaridade com o assunto, fato ou fenômeno e com isto gerar

maior compreensão a respeito do mesmo. Gil (2002), argumenta que o planejamento para o delineamento de uma pesquisa exploratória é flexível, possibilitando considerar aspectos valiosos do objeto de estudo.

Por sua natureza de sondagem é especialmente útil em áreas nas quais ainda há poucos conhecimentos acumulados e sistematizados, o que de certo modo permite o aprimoramento de ideias que levem o pesquisador a explicitar de forma mais precisa o problema.

Santos (1999), salienta a importância de o pesquisador buscar por materiais que lhe possam fornecer a real importância do problema, e a situação atual dos materiais encontrados em relação ao estágio das informações já disponíveis a respeito do assunto.

Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar uma visão geral, do tipo aproximativo, acerca de determinado fato, afirma Gil (2009). Este tipo de pesquisa é realizada especialmente quando o tema escolhido não é muito explorado.

Os procedimentos técnicos para sua realização geralmente se operacionalizam mediante pesquisas bibliográficas e estudos de caso, e como técnicas de coleta dos dados são empregadas: levantamento bibliográfico; entrevistas com profissionais que tiveram experiências práticas com o problema de pesquisa, estudam ou atuam na área.

3.1.4 Procedimentos Técnicos

Gil (2002), afirma que o estudo de caso é amplamente utilizado nas ciências biomédicas e sociais, pois consistem em um estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, permitindo amplo e detalhado conhecimento, o que seria pouco provável, utilizando outras técnicas.

Algumas ciências o classificam como um procedimento pouco rigoroso, afirma Gil (2002), servindo apenas para objetivos exploratórios. Yin (2001), afirma que hoje, no entanto, é encarado como o mais adequado para investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, onde os limites entre o fenômeno e contexto não são claramente percebidos. O presente estudo aborda o alinhamento estratégico entre a Tecnologia da Informação e os negócios da COTRIMAIO como objeto de estudo.

A pesquisa estatística é empregada no presente estudo para realização de coleta, tratamento e análise de dados relativos ao estudo de caso. A pesquisa estatística é definida por Lakatos e Marconi (2001), como um método de procedimento caracterizado por ações que permitem obter, a partir de conjuntos complexos de dados, representações de simples interpretação e constatação de