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Análise compreensiva das vivências dos profissionais de saúde

D. Unidade da pessoa humana

7.4 Análise compreensiva das vivências dos profissionais de saúde

A análise fenomenológica das vivências dos profissionais de saúde também foi estruturada e seguindo os três aspectos que Stein (2000b) refere como essenciais para o conhecimento da pessoa humana e sua constituição estrutural: corpo, psique e espírito. Procuraremos descrever, neste momento, dentro de cada um destes momentos, os pontos que foram para nós fundamentais mencionar no que se refere às experiências vividas por esses profissionais (capítulo 6.3).

Nos discursos de todos os profissionais de saúde (dentistas, médicos residentes e contratados, enfermeira, auxiliar de enfermagem, psicóloga), eles retomam como iniciaram suas trajetórias no Serviço de Oncologia. A maioria dos profissionais expressa a escolha da Oncologia pelo fato de que, nesta área, o paciente necessita do médico e se trata de uma doença grave e séria. Os médicos relatam se sentirem gratificados nesta área, principalmente quando ocorrem resultados positivos no paciente. Relatam situações vividas no início da profissão, decorrentes da falta de experiência em alguns tipos de casos. Por exemplo Dr. João

fala que há 25 anos era raridade câncer de mama em mulheres jovens como ocorre hoje. Já Dr. Paulo relata que atualmente, quando tem dúvidas sobre o tratamento oncológico, consulta a Internet para ser esclarecido.

No geral, os médicos além de retomarem a história de recordar as razões pelas quais escolheram trabalhar na Oncologia, eles também refletem o que aprenderam com a experiência vivida com o passar dos anos e com o seu crescimento profissional e pessoal. A maioria dos profissionais de saúde verbaliza sentir que mesmo com o passar dos anos, é sempre difícil informar o diagnóstico de câncer, quando vem uma recidiva (a volta da doença durante o tratamento ou depois de concluída a terapêutica), metástase e, quando não há mais nada o que fazer com o enfermo, apenas o tratamento paliativo. Os médicos percebem que estes pacientes nestes momentos se mostram mais vulneráveis e sensíveis.

Um ponto positivo geral, nos discursos dos médicos, é poder caminhar junto com o mesmo paciente, durante todo o seu percurso de tratamento. Todos os profissionais de saúde manifestam suas percepções e sentimentos, ao lidar com os seus pacientes com câncer e com a sua família. Expressam sentimentos contraditórios que os acompanham durante toda a evolução do tratamento do enfermo: ora sentem tristeza, medo e preocupação e outra ora alegria, otimismo e esperança, quando o enfermo reage bem. Frente a isso, a maioria dos profissionais de saúde percebe a particularidade do que é trabalhar na Oncologia, pois além da doença, tem suas complexidades. Emília (psico-oncologista) diz que cada paciente tem sua necessidade particular, mesmo que utilize o mesmo protocolo de um diagnóstico comum, não será o mesmo tratamento. No geral, os médicos expressam consciência de que precisam de uma equipe multidisciplinar preparada e especializada para saber e atender à solicitação tanto do paciente como da família.

Geralmente o médico não fala sobre o diagnóstico e/ou prognóstico, quando a família não deseja que o paciente saiba. Os médicos falam que geralmente a família está digerindo a situação do diagnóstico, e esta prefere “poupar” o parente estimado do sofrimento. Ele (o médico) procura ter cuidado e prudência em como transmitir estas informações ao paciente e a sua família, o que contar, como contar da melhor maneira possível e o que estes desejam de fato saber. Eles mencionam também que a família normalmente vem durante o tratamento ou depois para agradecer toda a equipe de Oncologia aos serviços prestados.

A maioria dos profissionais procura, dentro de suas possibilidades, estabelecer empatia com seus pacientes, ou seja, eles experimentam a codivisão de sentimentos e emoções dos enfermos e dos familiares. Dr. Rafael, Dr. João, Dr.

Paulo, Maria e Sueli, percebem estabelecer maior empatia com alguns pacientes do que com outros. Eles observam que precisam lidar com suas limitações, enquanto pessoa humana, reconhecê-las e lidar com elas. Dr. João relata a sua experiência de orientação com seu paciente, e como foi que utilizou sua psicologia com este, para fazê-lo pensar e refletir sobre suas atitudes. Fez este compreender as razões do por que é preciso deixar de fumar e beber, o que vai beneficiá-lo com isso. Explica ao paciente que se continuar com o mesmo estilo de vida, a doença pode voltar, e reduzir a vida. Disse ainda que é preciso um sacrifício e depois vem a recompensa de viver mais, ao abandonar o vício. Dr João fala ao seu paciente “acredito em você, sei que é capaz”. Esta conduta é fundamental, o Dr. João tem razão ao mostrar que a relação com seu paciente cresce através da confiança e incentivo, pois este sente que tem alguém que se preocupa e caminha junto com ele nessa situação dramática. Desse modo, o paciente compreende o verdadeiro sentido de por que deixar o vício, e a escolha final depende da consciência do paciente.

Alguns profissionais de saúde relatam quando sentem necessidade, como foi neste caso de um paciente com problema de álcool encaminhá-lo para o Serviço de Psicologia do hospital.

A maioria dos profissionais relata dificuldade de lidar com pacientes com câncer e suas famílias. Dr. Paulo informa que a sua limitação é trabalhar na Oncologia Pediátrica, não suportaria prescrever um procedimento terapêutico a uma criança e depois ter de tratá-la por um período longo. Já Dr. Rafael coloca que é mais difícil lidar com paciente jovem e sem possibilidade de cura. Mas, há casos em que ocorrem progressos e adesão ao tratamento, quando este evolui bem. É citada a experiência benéfica de recuperação e sem explicação científica para a cura de alguns destes pacientes. Dr. Rafael e Dr. Paulo relatam que quando iniciaram a trabalhar na Oncologia mantinham um atitude fria com seus pacientes, mas, no momento, procuram se envolver, com certa precaução. Já para Dr. João foi o contrário: no início mantinha uma postura aberta com o paciente, e hoje diz que é necessário ter um distanciamento para fazer as coisas que têm de fazer, sem ficar indiferente ao paciente, para que seja possível fazer o tratamento adequadamente, sem tanta emoção para poder ter atenção. Seria difícil tratar o paciente organicamente e ao mesmo tempo dar conta das questões existenciais deste.

Uma outra dificuldade geral apresentada pelos profissionais de saúde é ter de lidar com a morte do paciente, contar para família e ter de enfrentá-los no cotidiano, o que remete a equipe a refletir sobre a palavra “morte”. Dra Izabel e Emília atribuem a questão do pensamento ocidental que não se pode falar a palavra

câncer no ambulatório. A morte é ainda atualmente vista como tabu, por isso influencia o pensamento das pessoas que vivem ali naquela cultura, e se torna mais difícil “encarar” a morte, o que é diferente das culturas orientais. Mesmo depois, com o desenvolvimento biotecnológico, em que vem crescendo a possibilidade de cura dos pacientes com câncer quando diagnosticado em tempo, mas mesmo assim o estigma é tão forte que ainda permeia as mentes das pessoas onde o câncer é sinônimo de morte e não se pode conversar sobre isso, e, sim, na cultura ocidental é passado que se deve manter o silêncio dentro dos ambientes hospitalares e dentro das próprias famílias. Não existe mais aquela preocupação que existia antigamente, que antes de morrer a pessoa deveria reavaliar a vida, e estar em paz com todas as pessoas e não terem nenhum inimigo.

No geral, os profissionais de saúde não se permitem tomar contato direto com essa realidade. Geralmente o médico trata o paciente baseado apenas nos parâmetros oficiais, quer dizer, lida apenas com a parte orgânica, que seja compreensível e viável se proteger de algum modo. Eles (profissionais) sentem mais desgastes emocionais, quando lidam com pacientes nestas fases de recidiva/ metástase, pois a maioria deles (profissionais) mostra dificuldades de controlar os próprios sentimentos. É normal nesta área, os profissionais terem estes sentimentos de angústia e preocupação, pois, ao vivenciarem a intersubjetividade com o outro que é semelhante a si, eles mostram reconhecer os seus limites humanos. Isso já manifesta um gesto de humildade e humanidade, ao se observar e atribuir sentido às próprias vivências.

Nessa equipe multiprofissional, pudemos observar que a Psico-Oncologista expressa sua experiência diante da iminência da morte e mostra certa distância para se proteger também da dor e do sofrimento do paciente. Mesmo que seja o psicólogo, ele está ali como profissional e não como parente ou amigo. Certo que é necessário respeitar o tempo do profissional estar de novo junto de seu paciente, e deve sentir o momento justo em que já digeriu os sentimentos e consegue estar bem junto deste e de seus familiares.

No geral, mesmo diante destas situações difíceis, os profissionais de saúde relatam sentirem motivação com o trabalho. Procuram fazer o máximo que podem, para estabelecer uma boa relação com os seus pacientes e seus familiares, mesmo mantendo uma certa distância com eles. Todos eles mostram também bom vínculo e cuidado com o bem-estar dos enfermos.

Alguns profissionais de saúde falam que às vezes o apoio dos familiares é importante no tratamento do paciente, mas, para outros profissionais, a família

pode atrapalhar o paciente em lidar melhor com o tratamento e seus efeitos colaterais. Destacamos que a maioria dos profissionais de saúde (Dr. Pedro, Dr. João e Dra. Izabel, Sueli) relata que procura oferecer apoio, solidariedade e acolhimento à dor e sofrimento do enfermo e sua família. Eles procuram transmitir suas condutas com certo otimismo, coragem e esperança com o tratamento. Apenas Dr. Rafael mostra importante passar seus conhecimentos culturais e experiências positivas aos pacientes e seus cônjuges, podendo contribuir também de outras formas para além dos conhecimentos médicos. Um exemplo de Rafael, que estabeleceu um diálogo com o cônjuge de sua paciente através de um livro de história da Aviação que este lia, e a partir daí começaram a conversar com eles numa linguagem tranquila e espontânea sobre o tratamento. Isso é importante para os pacientes com câncer e para os familiares sentirem a conduta aberta do médico.

A maioria dos profissionais de saúde relata o que dá maior sentido à vida é fazer um trabalho que goste, mesmo que a Oncologia é árdua e lida com sofrimento, mas por outro lado se sente bem ali e está cada dia aprendendo coisas novas com o paciente e o serviço. Outro valor apresentado por Dra. Maria e Dra. Izabel e Sueli é estar com a família, já para Dr. Rafael e Dra. Izabel é ter uma qualidade de vida, fazer as coisas de que gostam, como ler bons livros, viagens, assim como praticar certos hobbys.

Pudemos perceber que a maioria dos profissionais de saúde mostra discursos intelectualizados sobre a religião e a fé. No geral, foram apenas Sueli (enfermeira) e Maria (dentista) são as católicas praticantes. Três deles não frequentam nenhuma religião, outros três dizem “espiritualistas”, um médico se diz budista e um outro médico é espírita. Estes últimos mencionam serem céticos (ateus). Vem circulando por diversas religiões, mas ainda não encontraram uma que lhes correspondessem de fato as suas exigências internas.

A maioria dos profissionais, não crentes em Deus ou em alguma religião, respeita e questiona como ocorre o recurso da religião e da fé na vida do enfermo para o enfrentamento de uma doença grave e crônica. Dr. Rafael disse: “tenho muita fé no ser humano”. Dra Izabel diz que procura passar para seus alunos residentes a sua espiritualidade, seus valores humanos, de olhar para os pacientes como seres humanos, que tem uma história de vida. Os profissionais mostram não conhecer bem o que seus pacientes pensam e vivem a respeito de suas religiões. Mostram-se sem interesse em saber sobre a religião e a fé deles. Apenas os escutam e os apoiam, mas não o encorajam para isso. Dr. Rafael disse algumas experiências inexplicáveis com seus pacientes. Um exemplo: um paciente em fase terminal

terapêutica que não respondia mais a nenhum tratamento e sobreviveu. Os médicos falam que ainda não encontram nenhuma explicação médica e racional em que possam realmente acreditar como um “milagre”, mas parecem atribuir a um plano superior tal acontecimento: “Deus quem operou?” “Nossa Senhora fez tal milagre?” Parecem crer que existe Algo Superior no universo que guia a sua vida na terra.

Apenas Sueli (enfermeira) e Maria (dentista) relatam experiências de fé e de conforto no trabalho, visto como um momento intenso espiritualmente e de grande crescimento profissional. Mostram acreditar na proteção divina. Apresentam uma vida de fé e de oração. Sueli fala que cada dia quando chega no trabalho pede a força de Deus e de Nossa Senhora e, também nas horas pessoais para enfrentar determinadas situações que sozinha não consegue fazer, por isso busca a força do espírito em Algo.

Os médicos consideram ser importante para o paciente ter fé, buscar religião, seguir ritos (missa, culto), fazer orações junto à comunidade ou em casa (seguindo a televisão ou o rádio), por um lado, mas também não deixar de fazer o tratamento, obedecendo às indicações médicas.

A formação dos médicos mostra um pensamento biomédico idealista. Desse modo, talvez seja a influência da cultura médico-científica absolutizar apenas como aceitável o que é comprovado cientificamente. Entretanto, os médicos do presente estudo parecem mostrar certa abertura e compreensão, ao “aceitarem” a opinião dos pacientes e de seus familiares de procurarem outras possibilidades de apoio e sustentação psicológica e espiritual.

Em suma, os profissionais de saúde significam que a religião e a fé de seus pacientes e familiares chegam como um sustento e proteção para eles superarem a situação dramática em cada dia vivido com uma doença grave, mas isso não retira o tratamento médico nem o abandono deste (por causa do pastor). No geral, os médicos percebem quando seus pacientes não têm capacidade de discernir o que é melhor para si e os ajudam a refletir na escolha do que é viável, na situação, com sensatez e prudência. Os profissionais, a partir do diálogo com o pesquisador, ressignificam a sua fé, olham para dentro de si, para seus valores, o que buscam de verdade na vida. A maioria deles referiu que a religião deve servir para recuperar o sentido mais amplo da vida; trazer o equílibrio à pessoa, mesmo que outros apoios sejam oferecidos pelo psicólogo, pelo médico ou pela secretária do serviço de Oncologia. Eles questionam também a falta de determinados valores humanos que estão se perdendo a cada dia no cotidiano.

Pensamos também que, quando o profissional de saúde passa por uma situação de sofrimento na vida, torna-se mais humano consigo mesmo e com os outros. Demonstra atitude humilde e maior abertura ao outro ser humano. Isso quando o profissional consegue lidar com sua dor dentro de si e, assim, está preparado para ajudar outra pessoa. Pode, também, se tiver uma abertura interior aprender a exercitar a fé em Deus, ou em Algo Superior ou em Nossa Senhora Aparecida ou em outro santo de sua devoção.

8 ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE OS DISCURSOS DOS PACIENTES COM

CÂNCER E DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE À LUZ DO PENSAMENTO DE

STEIN

Com base no pensamento de Edith Stein (1999a, 2000b) que consideramos importante para aprofundar o conhecimento das vivências próprias do ser humano, pretendemos compreender os discursos dos pacientes com câncer, tendo em vista as estruturas essenciais da pessoa humana adotadas pela filósofa. Como ela, utilizamos a análise fenomenológica voltada para o sentido, o significado atribuído às experiências vividas pelos colaboradores da pesquisa.

O método fenomenológico foi escolhido para responder às perguntas que deram origem a esta pesquisa, porque parece ser adequado à reflexão sobre as temáticas envolvendo os sujeitos, a doença e os profissionais em suas vivências em relação à religiosidade e à fé.

Stein (2000b) traz um conceito de pessoa tão atual e necessário nos dias de hoje, tanto no âmbito da saúde como no da educação, ao dizer que a pessoa humana é liberdade acompanhada da sua consciência (ou razão). Essa é a forma mais elevada à qual a pessoa pode chegar sendo protagonista de si mesma, governando a si mesma, ao se escutar interiormente, podendo, assim, à sua essência, ou seja, ao sentido para o qual foi feita.

Lemos, no capítulo 5.1 Fenomenologia e Experiência religiosa, que a religiosidade emerge do discurso dos colaboradores do presente estudo, de base fenomenológica. Ao relatar as suas vivências (Erlebnisse), eles atribuem um sentido ao vivido. A análise fenomenológica se apoia no sentido dessas experiências vividas para chegar à essência dessas vivências, enquanto descrição que não para na fatualidade, mas que quer conhecer intuitiva e imediatamente esse dado essencial (vivências) na etapa em que o método fenomenológico chama de redução eidética. E é pela redução transcendental que, subjetivamente, o pesquisador chega à experiência vivencial do sujeito do estudo, fazendo suas reflexões. Ales Bello (2006a) explica, claramente, em seu livro “Introdução à Fenomenologia” esse processo reflexivo de Husserl, comparando-o com uma escavação: inicialmente é feito em nível da consciência, através da percepção e, também, em nível passivo (aquilo que já havia sido apreendido anteriormente) que pode ser objeto de uma “escavação”.

Para Stein (2000b), só se estuda a pessoa humana29 partindo da sua

interioridade, por meio da condição empática ou intropatia, sendo fundamental uma relação intersubjetiva com o outro para o estabelecimento do eu. Esse eu só acontece no fluxo de experiências, vivências apreendidas do outro na relação que presentifica o seu ser si mesmo, a sua alma, a sua vida anímica, através de uma disponibilidade e atenção.

O centro da alma humana tem uma natureza tridimensional: espiritual, psíquica e física. O ser humano não é somente psicofísico; é também espiritual - esse é o ponto essencial segundo Stein - e é a partir desta dimensão que se mostram as outras partes da pessoa, pois a alma tem apenas um núcleo (é o centro do eu). Ao colocar entre parênteses a afirmação habitual de que o homem é corpo e alma, não se parte disso, uma vez que se inicia a análise pelos atos perceptivos (sensíveis, motores), e depois pelos atos transcendentais (reflexivos e tomadas de posição voluntária, por exemplo). Pensamos que esta seja uma possibilidade de se fazer pesquisa fenomenológica com pacientes com câncer, abrangendo a totalidade do ser humano, realizando uma análise da dimensão espiritual e, desse modo, chegar à estrutura do ser humano em sofrimento, e do profissional que cuida do outro nessa condição de doença.

Neste estudo são descritos separadamente esses elementos estruturais da pessoa humana. Assim, analisa os sujeitos do estudo na sua constituição estrutural e essencial de pessoa. Num esforço interpretativo desta filosofia antropológica, como “instrumento” de compreensão clínica a respeito das estruturas da pessoa humana (pacientes com câncer e profissionais de saúde), descrevemos os três momentos tridimensionais, sendo que, às vezes, se mostram juntos para melhor compreensão de sua unidade, pois já foram descritos separadamente (capítulo 4 e 7), mas eles podem ser “ativados” simultaneamente em cada instante vivido.