• Nenhum resultado encontrado

DOMICILIARES EM DOIS BAIRROS NA CIDADE DE PAULO AFONSO-BA: ESTUDO DE CASO

Capítulo 4. Gestão Estadual

3. ANÁLISE E RESULTADOS

3.4. Análise e Considerações Finais

Essas práticas de descarte inadequado dos resíduos provocam consequências para todos os frequentadores, ficando sujeitos aos impactos ambientais que diminuem a qualidade de vida; como a poluição do solo, do ar e visual, alagamento das ruas, proliferação de insetos e animais vetores de doenças.

A problemática dos resíduos sólidos transcende as soluções técnicas (coletar, transportar, tratar e destinar o resíduo), pois requer atitudes que permeiam os aspectos sociais (catadores), ambientais (proteção do meio ambiente), educacionais (mobilização da população), estéticos (paisagem), econômico, de saúde pública e também de integração com os outros sistemas de saneamento. Mas despertar a consciência da população com relação às consequências do descarte inadequado do lixo não é tarefa fácil, uma vez que para a educação ambiental não há distinções de idade, função, profissão, classe social ou nível de escolaridade, pois o acesso ao conhecimento é um direito de todos, como também, é dever de todos zelar pelo meio ambiente, contribuindo com a limpeza urbana da cidade e consequentemente garantindo uma melhor qualidade de vida.

Em comparação ao trabalho científico de gestão dos resíduos sólidos gerados pelos bares e restaurantes na orla da passarela do caranguejo em Aracajú/SE, segundo Omena e Koerber, (2007 p. 12) informam que a na cidade de Aracajú existe a ausência de aterro sanitário sendo assim um dos motivos para se encontrar alguns resíduos descartados a céu aberto na orla da passarela do caranguejo, com relação aos visitantes que chegam de outros Estados é importante salientar que estão somente de passagem e por essa razão ele tem um potencial para interferir tanto positivamente quanto negativamente nos locais onde passam.

190

E considerando que a orla da passarela do caranguejo representa um equipamento de importância turística para o Estado de Sergipe, urge que o Poder Público através dos órgãos competentes desenvolva ações conjuntas para viabilizar o gerenciamento de resíduos do local incluindo a educação ambiental como meio para sensibilizar todos os envolvidos a qual muitos têm o comportamento de incorreta disposição de resíduos como sinal de sua passagem. Neste sentido a orla da praia do Frances/AL, também se encontra em situação distinta com a realidade da orla da passarela do caranguejo de Aracaju/SE, podendo visualizar o descarte inadequado dos resíduos gerados por todos os envolvidos e frequentadores da praia. Entretanto sugere-se o desenvolvimento de atividades diferenciadas e adequadas a realidade de cada público alvo, envolvendo realizações de palestras nos estabelecimentos comerciais, publicidades em rádios e TV’s que estimulem a “cidadania plena”, distribuição de folders e cartilhas e ainda a apresentação de teatro (marionetes e palco) nas áreas de laser de ambas as orlas aqui mencionadas neste estudo.

Além disso, o cuidado com o ambiente pode ser associado a uma estratégia de marketing, caso os empreendedores e moradores residentes na área da orla, distribuam aos frequentadores brindes como camisetas, bolsas retornáveis, bonés, chaveiros, jogos americanos e saquinhos de lixos para carros contendo mensagens voltadas à gestão dos resíduos e a educação ambiental. Também a realização de atividade física coletiva, baseada na ideia de que a saúde do homem depende da saúde do planeta, e a exibição de vídeos (curta metragem) e propagandas que tratem da questão ambiental nos empreendimentos que apresentam clips musicais são ideias que podem agregar aos estabelecimentos responsabilidade socioambiental.

Contudo, se realizada de forma isolada e descontínua a educação ambiental não será capaz de dar conta dos problemas locais, cabendo aos órgãos públicos o desenvolvimento de ações para uma melhor gestão de resíduos da Orla, a exemplo da instalação de lixeiras na frente dos estabelecimentos e na orla de modo geral, da ampliação do número de contêineres (PEV’s) e do deslocamento dos equipamentos de coleta já existentes para um local apropriado, que atenda às necessidades dos usuários. Ressalte-se que é imprescindível à implementação dos diversos instrumentos de controle ambiental da Cidade, através dos quais se almeja atingir uma melhor qualidade do meio, não só da orla da Praia do Francês, mas das cidades como um todo, sendo assim, a problemática dos resíduos gerados na orla uma situação que pode ser fácil de reverter, neste caso com a implantação de todas as sugestões citadas acima neste estudo com o apoio dos órgãos públicos, empreendedores, comerciantes, ambulantes, moradores residentes e turistas que frequentam a praia do Francês.

4. CONCLUSÕES

Ao realizar o referido estudo sobre a análise do gerenciamento dos resíduos gerados na Orla da Praia do Frances, na cidade de Marechal Deodoro/AL, pode-se concluir que apesar do sistema de coleta de resíduos de Marechal Deodoro, atender a totalidade do Povoado Francês é possível encontrar alguns pontos de acúmulo inadequado de resíduos, onde alguns desses se tornam-se lixões temporários a céu aberto.Com base no estudo e nas entrevistas realizadas, ficou claro que independente de posição socioeconômica, a principal causa do descarte inadequado de resíduo é a falta consciência ambiental da população. Mas é necessário ressaltar que no bairro do Frances, os pontos de resíduos foram formados, em sua maioria, por descarte de lixo domiciliar e entulhos lançados devido à obra de reforma do calçadão e também despejados inadequadamente pela população.Sendo assim, a educação ambiental se destaca como principal ferramenta para mitigar ou eliminar o descarte de resíduo inadequado, pois através dela é possível formar valores sociais que se baseie na conservação do meio ambiente, princípio esse de fundamental importância para melhoria da qualidade de vida e consequentemente da saúde.

REFERÊNCIAS

191

Disponível em: http://www.ecoltec.com.br/tratamento-de-residuos-solidos.html. Acesso em: 16 de novembro de 2015.

BRASIL. Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA Lei 6.938 de 31 de agosto de 1881. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm

Acesso em: 12/10/2015

BRASIL. CONSENHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA 308. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res03/res33803.pdf . Acesso em: 28 de dezembro de 2015. CALDERONI S. Os bilhões perdidos no lixo. 2 ed. São Paulo: Humanistas FFLCHUSP, 1998.

CASCINO, F. Educação Ambiental: princípios, história, formação de professores. 2 ed. São Paulo: SENAC, 2000. DIAS, G. F. Educação Ambiental: Princípios e Praticas, São Paulo, Editora Gaia, 6.ed. Revisada e Ampliada, 2002. OMENA, M. L. R.A.; Koerber, R. A Educação Ambiental como Instrumento de Gestão dos Resíduos Sólidos dos Bares e Restaurantes da Passarela do Caranguejo em Aracajú –SE- 2007. IV colóquio Internacional de Educação e Contemporaneidade ISSN 1982-3657. Disponível em:

http://www.academia.edu/3363116/A_EDUCA%C3%87%C3%83O_AMBIENTAL_COMO_INSTRUMENTO_DE_GE ST%C3%83O_DOS_RES%C3%8DDUOS_S%C3%93LIDOS_DOS_BARES_E_RESTAURANTES_DA_PASSARELA_DO_ Acesso em: 24 de novembro de 2015.

ROSA, Josianne Cláudia Sales; et al. O Acúmulo De Lixo no Aglomerado da Serra: Uma Visão de Comunidades do Entorno do Parque Municipal das Mangabeira. Revista Sinapse Ambiental, vol.7, n.2, dezembro, 2010. REIGOTA, M. O que é educação ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2006. Coleção primeiros passos. 62p. SCHALCH, V.; CABRAL, N. R. A. J. (organização). Curso de gerenciamento de resíduos sólidos. Fortaleza: Centro Federal de Educação Tecnológica – dpo - Ceará-CEFET-CE/CAPES, 2003.

SANCHES, Sérgio M. et al. Importância da Compostagem para a Educação Ambiental nas Escolas. Química Nova na Escola. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química. N° 23. Maio de 2006. p. 10-13

SEIDEL, J. M. Um Problema Urbano - Gerenciamento de Resíduos Sólidos e as Mudanças Ambientais Globais. Florianópolis/SC, 2010.

Disponível em: http://www.anppas.org.br/encontro5/cd/artigos/GT11-294-209-20100830220743.pdf Acesso em: 04.08.2015.

TENÓRIO, J. A. S.; ESPINOSA, Denise C. R. Controle ambiental de resíduos. In: PHILIPPI Jr. A. et al. (Orgs.). Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP: Manole, 2004.

VALENTE, J.P.S. e GROSSI, M.G.L. Educação ambiental: “lixo domiciliar”. Brasília, DF: Ministério do Trabalho Fundacentro e UNESP, 1999.

Visão panorâmica da praia do Francês. Marechal Deodoro-AL. Disponível em: www.google.com.br/intl/pt- BR/earth/ Acesso em: 24 de novembro de 2015.

192

4.3. GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS: A BUSCA POR SOLUÇÕES