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Analisar a riqueza conjuntamente com a renda e o consumo

2. INDICADORES: UM POUCO DE HISTÓRIA E A SITUAÇÃO DO PIB NO

2.4 Medindo o bem-estar econômico

2.4.4 Analisar a riqueza conjuntamente com a renda e o consumo

A riqueza precisa ser considerada na avaliação de padrão de vida. Aqueles que gastam sua riqueza consumindo produtos podem aumentar seu bem-estar atual às custas de uma redução no bem-estar futuro. Analisando o balanço contábil das famílias é possível capturar este tipo de comportamento. Além disso, pessoas ou famílias que possuem o mesmo nível de consumo, mas apresentam níveis de riqueza material muito diferentes, certamente devem ser consideradas como possuindo padrões de vida diferentes.

Assim como é importante analisar a riqueza das famílias, é vital analisar a riqueza da economia como um todo. Porém, o relatório da Comissão admite que há um problema fundamental em valorizar os estoques, relacionado à definição do preço utilizado para valorizá-los. Normalmente, quando há preço de mercado, este preço é utilizado para valorizar o estoque como um todo. No entanto, há certos ativos que podem não ter mercado, ou não ter operações de troca no mercado, como o caso recente de alguns ativos financeiros. Mesmo quando existe o preço de mercado, valorizar todo o estoque por ele é questionável, porque tal preço reflete uma pequena fração de todo o estoque e, como se sabe, em diversos casos há uma volatilidade que nos faz questionar tal metodologia. O relatório exemplifica questionando se

[...] o verdadeiro valor da escassez do petróleo mudou repentinamente de $147 para $36 o barril em três meses? Se os preços realmente refletem a escassez futura de um recurso, então a alta volatilidade do preço desses ativos realmente reflete a volatilidade no bem-estar da sociedade. Mas há boas razões para acreditar que o bem-estar da sociedade não é tão volátil (STIGLITZ, SEN e FITOUSSI, 2009, p.108).

Como pode ser difícil analisar a riqueza total, há maneiras mais viáveis de se analisar as mudanças na riqueza. Essas alterações são observadas pelos investimentos brutos (em capital físico, natural, humano e social) menos as depreciações e extração destes ativos. Segundo o relatório da Comissão, vários autores sugerem, por exemplo, que os ganhos e perdas de capital sejam considerados nas medidas de bem-estar, uma vez que estes movimentos influenciam o comportamento dos indivíduos e seu bem-estar econômico. No SNA, isto é visto como reavaliação de ativos, e não parte da renda. Esta consideração é importante também porque as variações de ganho e perda de capital afetariam de forma diferente os vários grupos de renda.

Mais adiante, veremos que a medição destes fluxos é fundamental para uma das propostas de indicadores de sustentabilidade. Veremos também que mesmo o cálculo destes fluxos é passível de debate em torno da concepção e metodologia utilizadas. Para a Comissão, “há um link direto entre estoques e fluxos e informação sobre ambos são necessárias para avaliar o padrão de vida das pessoas” (STIGLITZ, SEN e FITOUSSI, 2009, p.106). No entanto, a conclusão do relatório é que as medidas de riqueza são tanto importantes como incertas.

2.4.5. Considerar atividades não previstas nas contas nacionais e reconsiderar atividades já existentes

As recomendações a seguir visam sugerir medidas que respondam, pelo menos parcialmente, a algumas das principais críticas aqui mencionadas:

a) Um dos desafios mencionados é o da medição dos serviços oferecidos pelo governo. Tradicionalmente, estes serviços são medidos pelos insumos, como por exemplo, número de enfermeiras-hora utilizadas. Neste caso, a produtividade da combinação de vários “insumos” é ignorada, e os produtos se alteram na mesma

medida em que se alteram os insumos. Assim como os outros serviços não transacionados no mercado, é difícil medir as mudanças na qualidade.

O problema é colocado por Dowbor:

A diferença entre os meios e os fins na contabilidade aparece claramente nas opções de saúde. A Pastoral da Criança, por exemplo, desenvolve um amplo programa de saúde preventiva, atingindo milhões de crianças até 6 anos de idade através de uma rede de cerca de 450 mil voluntárias. São responsáveis, nas regiões onde trabalham, por 50% da redução da mortalidade infantil, e 80% da redução das hospitalizações. Com isto, menos crianças ficam doentes, o que significa que se consome menos medicamentos, que se usa menos serviços hospitalares, e que as famílias vivem mais felizes. Mas o resultado do ponto de vista das contas econômicas é completamente diferente: ao cair o consumo de medicamentos, o uso de ambulâncias, de hospitais e de horas de médicos, reduz-se também o PIB. Mas o objetivo é aumentar o PIB ou melhorar a saúde (e o bem-estar) das famílias? (DOWBOR, 2009, p.2).

Mesmo quando se tenta medir pelo produto, a tarefa não é fácil. Por exemplo, o maior objetivo de cuidados médicos seria aumentar o nível de saúde da população. No entanto, mudanças neste nível não podem ser desagregadas a ponto de ser possível atribuir um valor à contribuição realizado pelo sistema de saúde.

O relatório da Comissão Stiglitz conclui que apenas quando forem capturadas informações precisas dos insumos e dos produtos, especialmente no nível micro, é que poderemos inferir com confiabilidade a produtividade e qualidade dos serviços prestados pelo governo;

b) Outra crítica se refere ao fato de que o PIB não inclui várias produções que não são trocadas no mercado, como por exemplo, serviços realizados entre pessoas da mesma família. Assim, aumentos no PIB podem enganosamente indicar aumento da atividade econômica, quando na verdade pode ser que tenha havida simplesmente uma mudança na forma como um determinado serviço ou produto foi produzido. Uma consequência mencionada pelo relatório da Comissão é que as taxas de crescimento do produto nos países em desenvolvimento são superestimadas, dada a importância deste tipo de produção.

Apesar das medidas nas contas nacionais considerarem todos os produtos produzidos pelas famílias, e também o valor de aluguel pago aos proprietários que moram em casa própria (por meio das imputações), nenhum outro serviço

gerado nos domicílios é considerado. Para a Comissão, é possível ter uma visão melhor da produção domiciliar através do desenvolvimento de uma contabilidade completa do domicílio. Além dos serviços não incluídos nas contas nacionais mencionadas acima, esta contabilidade incluiria educação, como forma de investimento em capital humano. Além de trazer à tona um cenário mais realista, a contabilidade completa do domicílio atende aos princípios da invariância, evitando, por exemplo, aumentos no PIB por conta de mudanças no padrão de produção e consumo de determinado produto.

Assim como no caso dos serviços prestados pelo governo, a valorização da produção domiciliar começaria pela soma dos insumos, incluindo o valor do trabalho e do serviço do capital dos bens duráveis. Também como no caso do governo, a medição por meio dos insumos implica em não considerar alterações na produtividade dos serviços do lar. No entanto, mesmo medindo a produção de serviços domésticos por meio dos insumos e não pela produção em si, há alguns desafios quanto à valorização. A medição de atividades não realizadas no mercado apresenta dificuldades adicionais. Um dos desafios é que, se a qualidade do produto ou serviço prestado já apresenta as dificuldades de medição comentadas anteriormente, no caso de serviços e produtos que não são pagos há uma complexidade ainda maior para se determinar um valor que reflita a utilidade marginal deste serviço ou produto. Pode até haver produtos similares no mercado, mas a definição do valor exato é passível de discussão. Por exemplo, cuidar dos próprios filhos pode ser valorizado pelo mesmo valor de uma babá?

Para que esta contabilidade domiciliar completa seja possível, é importante examinar como as pessoas utilizam seu tempo, a fim de sentir o quão relevante é a produção domiciliar. Estimativas da Comissão apontam que a produção domiciliar chega a 35% do PIB na França (utilizando-se a medida convencional) e em torno de 40% na Finlândia (médias do período 1995-2006).

c) Ao pensarmos na renda que não vem do mercado, temos também que considerar o lazer, uma vez que obviamente o tempo disponível para este afeta diretamente o bem-estar (o que não necessariamente ocorre com o tempo de trabalho). Para o relatório da Comissão, analisar o tempo de lazer e sua alteração ao longo do tempo é fundamental para a comparação de padrões de vida. Um exemplo interessante citado é considerar uma menor motivação para consumo e produção

a partir de medidas que visam controlar o impacto ambiental (aumento de impostos, por exemplo). Para a Comissão, “seria um engano se, como resultado destas medidas (de produção), nós concluíssemos que o padrão de vida tenha caído enquanto que o tempo de lazer (e a qualidade do meio ambiente) aumentou” (STIGLITZ, SEN e FITOUSSI, 2009, p.37). Se uma sociedade prefere maior tempo de lazer a consumir mais, não se pode enviesar o julgamento de sucesso e de maior padrão de vida por conta dessa preferência. Comparações ao longo do tempo e entre nações que não consideram o lazer podem gerar resultados enviesados em relação ao padrão de vida.

No entanto, é difícil colocar um valor monetário no lazer. Alguns economistas lidam com o desafio adotando o valor do lazer como se fosse um produto com preço igual ao valor da renda do trabalho abandonado, mas há várias questões em aberto. Por exemplo, como diferenciar o lazer de uma pessoa que não pode trabalhar mais (por conta de horas limite) em relação àquela que não tem este limite? E o que dizer em relação a algumas atividades com podem ser consideradas também como cuidado pessoal? Para algumas pessoas, cozinhar é um grande prazer, e para outras, uma atividade apenas necessária, substituta de um produto transacionado no mercado. Há ainda muitas outras questões, como o tratamento à produtividade e qualidade do lazer.

Um comentário interessante feito pelo relatório da Comissão Stiglitz é que no mercado não é feita diferenciação entre trabalhos prazerosos (que geram benefícios não monetários) e aqueles que não são. Assim, se “uma mudança nas condições de trabalho que fez com que um trabalho se tornasse menos prazeroso fosse refletido num salário menor, a renda nacional baixaria” (STIGLITZ, SEN e FITOUSSI, 2009, p.135).

Medidas de tempo de lazer começam com a análise dos dados de uso do tempo. Dowbor coloca que, “trata-se do nosso bem mais precioso, o tempo da nossa vida. Entender como o utilizamos, e o custo do seu desperdício, é essencial para começarmos a organizar as nossas atividades em torno à qualidade de vida, e atualizarmos as nossas contas” (DOWBOR, 2010, p.6). Pode-se pensar no tempo como um estoque de riqueza. Gadrey e Jany-Catrice afirmam que “o PIB não leva em conta que o aumento do tempo livre é uma riqueza digna de ser contabilizada” (GADREY e JANY-CATRICE, 2006, 39). Dowbor reforça a ideia com um exemplo:

O essencial, é que o tempo é por excelência o nosso recurso não renovável. Quando uma empresa nos obriga a esperarmos na fila, faz um cálculo: a fila é custo do cliente, não se pode abusar demais. Mas o funcionário é custo da empresa, e portanto vale a pena abusar um pouco. Isto se chama externalização de custos. Imaginemos que o valor do tempo livre da população economicamente ativa seja fixado em 5 reais. Ainda que a produção de automóveis represente um aumento do PIB, as horas perdidas no trânsito pelo encalacramento do trânsito poderiam ser contabilizadas, para os 5 milhões de pessoas que se deslocam diariamente para o trabalho em São Paulo, em 25 milhões de reais, isto calculando modestos 60 minutos por dia (DOWBOR, 2009, p.4).

O tempo médio de lazer por dia é multiplicado pela população economicamente ativa e então pelo salário médio na economia (STIGLITZ, SEN e FITOUSSI, 2009). Para a Comissão, há várias imprecisões neste cálculo além de várias premissas passíveis de discussão. A ideia é apenas dar uma ordem de magnitude, sem ir além disso. Há diversas metodologias e discussões sobre a melhor forma de avaliar o tempo de lazer, mas é certo que reconhecer e entender melhor esta atividade afeta as medidas de bem-estar.

d) Finalmente, outra atividade que seria importante reconsiderar são as já comentadas despesas defensivas, aquelas necessárias para manter o nível de consumo ou de funcionamento da sociedade, mas que não trazem bem-estar adicional diretamente. Estas despesas poderiam ser encaradas como insumos intermediários, uma vez que não conferem benefício direto (STIGLITZ, SEN e FITOUSSI, 2009, p.102). Segundo o relatório da Comissão, muitos autores recomendam que estas despesas sejam excluídas do cálculo do PIB, por não serem produtos finais.

Uma das principais dificuldades recai em definir quais são as despesas que se encaixam em “defensivas”. Uma das sugestões do relatório da Comissão é que, se focarmos no consumo das famílias, as despesas do governo com prisões, despesas militares, ou com limpeza de vazamento de petróleo são excluídas da conta de consumo final. Neste caso, apenas as despesas do governo em que há benefício direto seriam consideradas, e os dispêndios de tempo (insumo de trabalho) e carro (capital físico) para ir e voltar do trabalho (despesa privada) seriam considerados insumos intermediários pagos pelos indivíduos para as

empresas. Esta seria uma forma de adquirir informações mais precisas do valor adicionado por cada setor.

Outra solução seria tratar parte destas despesas como investimento. Por exemplo, as despesas com segurança podem ser consideradas um investimento no capital social, assim como despesas com saúde seriam investimentos no capital humano. O mesmo poderia ser aplicado em relação às despesas para melhoria ou manutenção da qualidade do meio ambiente.

Para o relatório da Comissão Stiglitz, tratar algumas atividades defensivas como investimento traria algumas vantagens:

• Seria possível perceber interações entre produtos econômicos e o nível destes ativos. Por exemplo, a contribuição do capital “saúde” para o produto poderia ser estimada. Ou então considerar que o capital saúde pode ser afetado pelas condições de produção (por exemplo, pelo poluição industrial); • É possível também considerar que as despesas defensivas realmente tenham

um impacto positivo no bem-estar, visto que elas seriam um investimento necessário para evitar a deterioração, por exemplo, do estado de segurança; • Apesar da mudança em considerar as despesas defensivas como investimento

de reposição ao invés de consumo não afetar o valor do PIB, traz efeitos para o PIL e para as medidas de renda líquida, uma vez que tais despesas são irrelevantes para a questão do padrão de vida. Além disso, estes ajustes que impactam no balanço contábil facilitam a visão de sustentabilidade baseada em estoques.

2.5. Conclusão

A Comissão entende que as inclusões e alterações nas contas nacionais das atividades produtivas são viáveis, visto que várias alterações no tratamento estatístico das contas nacionais ocorreram ao longo do tempo. Por exemplo, a atividade de pesquisa e desenvolvimento era considerada um insumo intermediário e passou a ser tratado como investimento (STIGLITZ, SEN e FITOUSSI, 2009, p.104). A conclusão do relatório da Comissão é que são necessárias mais pesquisas em torno do assunto, a fim de ser possível implementar novas abordagens a respeito destas despesas.

As recomendações da Comissão visam aproximar a medida de atividade econômica da realidade das pessoas. Por isso considerar outras atividades que não estão presentes no mercado, assim como analisar a riqueza juntamente com a renda e o consumo (preferencialmente sob a ótica das famílias) faz todo o sentido, assim como ampliar a análise da distribuição destas dimensões, a fim de entender quais grupos tiveram alterações, e em qual direção. No entanto, é preciso entender a viabilidade e o tempo necessário para implementar as recomendações sugeridas. De forma geral, os desafios se concentram em:

• Conseguir dados em nível micro. Estes dados são fundamentais para a análise de distribuição, tão importantes no contexto de desigualdades importantes;

• Obter alguma concordância no que se refere à metodologia. Diversas atividades passam por debates em relação à metodologia mais apropriada. São incluídos neste desafio as medições de qualidade, a formação dos índices de preço, a determinação do valor do produto do governo, produção caseira e tempo livre. Paralelamente a estes desafios, é preciso entender os limites da valorização monetária de atividades e objetos que não estão no mercado. Este assunto será desenvolvido com maior profundidade na seção sobre indicadores de sustentabilidade, mas é preciso lembrar que tanto a valorização dos estoques dos chamados capital humano, social e natural, bem como a valorização do tempo livre e o lazer são passíveis de discussão.

Ademais, é preciso ir além disso. Como explica Dowbor:

[...] a mudança nos indicadores caracteriza-se principalmente por passar a “diferenciar a contabilização da produção (outputs), dos resultados efetivos em termos de valores sociais (outcomes); os indicadores econômicos, sociais e ambientais; os indicadores objetivos (taxa de mortalidade infantil, por exemplo) e os subjetivos (satisfação obtida); os resultados monetários e não monetários (DOWBOR, 2010, p.18).

Ou seja, o bem-estar material deve ser entendido como um meio para um fim maior, que deve ser também avaliado por meio de outros tipos de indicadores. Esta visão é reforçada por Gadrey e Jany-Catrice:

[...] o PIB mede apenas outputs, isto é, quantidades produzidas. Indiferente aos outcomes (os resultados em termos de satisfação e bem-estar pelo consumo desses bens), que são mais importantes para avaliar o progresso, esse medida indica o “muito-ter” e o “muito- produzir” de uma sociedade, e não seu bem-estar (GADREY e JANY- CATRICE, 2006, p. 32).

Complementar a esta ideia, há uma questão fundamental trazida pelo relatório da Comissão, porém deixada em aberto: “concentrar-se na questão sobre como desenvolvimentos em uma dimensão da qualidade de vida afeta outras dimensões, assim como os desenvolvimentos nos vários campos estão relacionados com a renda, é crítico” (STIGLITZ, SEN e FITOUSSI, 2009, p.15).

É sobre as outras dimensões e formas alternativas de se medir a qualidade de vida e o bem-estar que trata a próxima seção. Finalizamos com um depoimento de Robert Kennedy, feito em 1968, bastante elucidativo:

Durante um tempo demasiadamente longo, parece que reduzimos a nossa excelência pessoal e os valores da comunidade à mera acumulação de coisas materiais. O nosso Produto Interno Bruto, agora, já supera os US$800 bilhões por ano, mas este PIB, – se julgarmos os Estados Unidos da América por este critério – este PIB contabiliza a poluição do ar e a publicidade de cigarros, e as ambulâncias para limpar a carnificina nas nossas autoestradas. Soma as fechaduras especiais para as nossas portas e as prisões para as pessoas que as rompem. Soma a destruição florestal e a perda da nossa maravilha natural na expansão caótica urbana...E os programas de televisão que glorificam a violência para vender brinquedos para as nossas crianças. No entanto, o produto nacional bruto não conta a saúde das nossas crianças, a qualidade da sua educação ou a alegria das suas brincadeiras. Não inclui a beleza da nossa poesia ou a solidez dos nossos casamentos, a inteligência do nosso debate público ou a integridade dos nossos funcionários públicos. Não mede nem o nosso humor nem a nossa coragem, nem nossa sabedoria nem a nossa aprendizagem, nem a nossa compaixão nem a nossa devoção ao nosso país. Resumindo, mede tudo, exceto aquilo que faz a vida valer a pena (KENNEDY, apud DOWBOR, 2009, p.5).