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As Formas de Vacância (Capítulo Ii)

No documento GESTÃO DE PESSOAS NO SETOR PÚBLICO (páginas 162-173)

Os cargos públicos podem ficar vagos em decorrência de uma das seguintes situações de afastamento ou desligamento do ocupante:

exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, A reversão e a sido demitido e sua demissão ser

Da mesma maneira que fizemos em relação às diferentes formas de provimento, também faremos aqui alguns esclarecimentos sobre o instituto da vacância.

Assim, começando pelas duas primeiras formas de vacância, isto é, exoneração e demissão, é importante esclarecer que a exoneração é uma movimentação que ocorre, por exemplo, quando o servidor é promovido de cargo de uma classe de determinada carreira para a classe imediatamente superior da mesma; nesse caso, diz-se que a exoneração é “de ofício”. Mas, ela também pode ocorrer, a pedido do servidor por motivo pessoal. Tanto numa como noutra hipótese, a exoneração não acarreta qualquer prejuízo penal para o servidor exonerado. Já a demissão, que pode acontecer sempre que se configura uma situação delituosa em relação ao servidor, tem sempre caráter punitivo.

As situações passíveis de aplicação da pena de demissão estão previstas no Capítulo V, da Lei 8112, de 1990, que trata do Processo Administrativo Disciplinar.

A promoção é ao mesmo tempo forma de provimento e de vacância, isto por que ela só pode ocorrer para vaga em cargos de classes intermediárias de uma carreira. Tomemos como exemplo, uma carreira de Administrador, constituída por 4 (quatro) classes, na qual existem vagas na primeira e na terceira classes.

As vagas da primeira classe, inicial da carreira, serão providas por candidatos aprovados em concurso público, mas as vagas da terceira classe, deverão ser providas mediante promoção e independem de posse.

É importante ter em vista também, que a posse em cargo que permite a acumulação não gera vaga e, por consequência, não pode ser ocupada por qualquer uma das formas de provimento.

No tocante às demais formas de vacância propriamente ditas, (readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável e falecimento) ou são autoexplicáveis ou estão claras na lei aqui examinada, nada havendo a ser comentado.

Embora não constituam formas de provimento nem de vacância, estão incluídas no Título II, Cap. III, a remoção e a redistribuição, Seções I e II, respectivamente, e a substituição, que também não é provimento nem vacância, no Cap. IV do referido Título II. Tanto na remoção quanto na redistribuição não há mudança ou desligamento do ocupante do cargo. de cargo ou carreira

e é sempre dentro do mesmo quadro.

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isto é, no interesse da Administração, o servidor não muda de cargo ou carreira e é sempre dentro do mesmo quadro. Um quadro, na linguagem da Gestão de Pessoas do Serviço Público, é o conjunto de cargos e carreiras de um órgão deste Serviço, como um ministério, uma autarquia ou uma fundação pública.

A remoção a pedido depende da concordância da Administração e pode ser solicitada pelo servidor num dos seguintes casos:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

Como na remoção, a redistribuição implica sempre no deslocamento de um cargo de provimento efetivo, mas neste caso, o cargo redistribuído pode estar ocupado ou vago e a redistribuição pode se fazer dentro do mesmo quadro ou para o quadro de outro órgão da mesma esfera de Poder. Em outras palavras, não pode haver redistribuição de um cargo do Poder Executivo da União para o Poder Executivo de um Estado ou de um Município, mas pode, por exemplo, haver a redistribuição de um cargo de uma Secretaria de Fazenda do Município X para a Secretaria de Administração do mesmo Município.

As normas que disciplinam a redistribuição estão contidas nos itens e parágrafos do Art. 37 da Lei 8112, de 1990.

Quanto à substituição, embora não seja forma de provimento ou vacância em sentido estrito, pode ser considerada como um mecanismo destinado a garantir a continuidade das ações de gestão das unidades que compõem as organizações públicas, sejam elas departamentos, divisões ou outras unidades de menor hierarquia. A substituição só é aplicável aos cargos de provimento em comissão e aos cargos de natureza especial, cujo provimento também é comissionado.

As normas sobre substituição estão contidas nos arts. 38 e 39 da Lei no 8112.

Os Direitos e as Vantagens

Os direitos do servidor e as vantagens que lhe são concedidas em razão de ocupar cargo efetivo da administração pública constituem a matéria tratada no Título III da Lei 8112, de 1990. O referido título é o mais longo da lei citada, contendo as normas que regulam os seguintes assuntos:

• Vencimentos e remuneração.

• Vantagens. diferença entre direito e vantagem. Em sentido amplo, um direito pressupõe sempre obrigatoriedade de atos e ações entre, no mínimo, duas pessoas. Uma vantagem é um ato ou ação de vontade, uma concessão que, a rigor, pode ser retirada ou negada. Tomemos, como exemplo a locação de um imóvel, mediante contrato, no qual consta uma cláusula que estabelece o valor que o locatário deve pagar mensalmente. O pagamento contratado constitui um direito do locador. Com o mesmo exemplo, suponhamos que o locatário fez diversas melhorias (benfeitorias úteis e voluntárias) no imóvel e que o contrato nada dizia sobre qualquer forma de reembolso e não houve a anuência do proprietário. Na verdade, o locatário ou inquilino concedeu uma vantagem ao dono do imóvel, pela qual não

pode exigir pagamento. Transferindo o exemplo para a relação existente entre um ocupante de cargo público (locatário) e a administração pública (locadora), conclui-se que o pagamento a ele devido em decorrência dos serviços prestados é um direito. Já, alguns tipos de afastamento constituem uma vantagem, que lhe pode ser concedida ou negada.

Vencimento e Remuneração

Tanto o vencimento como a remuneração constituem modalidades de salário

Em sentido amplo, pode ser retirada ou

negada.

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praticadas no serviço público e as normas que as disciplinam estão contidas nos artigos 40 a 48 do Cap. I, do Título III, da Lei 8112, inclusive as referentes a

descontos cabíveis. O valor de ambos é fixado por lei, mas, no caso da remuneração, o vencimento atribuído ao cargo “é acrescido das

vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei”.

A maioria dos cargos públicos é retribuída mediante vencimento, sendo os cargos vinculados à administração de tributos os mais representativos dos que são retribuídos por remuneração, como os cargos de Auditor Fiscal da Receita Federal.

Vantagens

As vantagens conferidas ao servidor público são de duas naturezas: pecuniárias e não pecuniárias. As pecuniárias consistem nas indenizações, gratificações e adicionais, normatizados no Cap.

II e Seções, e Subseções do mencionado Título III. “As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento”. (Art. 50, § 2º da Lei 8112)

Indenizações

Constituem indenizações: ajudas de custo, diárias e despesas de transporte.

a) A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passa a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. (Seção I, Subseção I, arts. 53 a 57, do Cap. II, da Lei 8112).

b) As diárias destinam-se a indenizar o servidor pelo afastamento da sede, nas circunstâncias previstas no Art. 58, da Seção I, Subseção II, do Cap. II, da lei que está sendo aqui examinada, “O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento”.

c) Das despesas de Transporte. Conforme dispõe o art. 60, da Lei 8112 (Subseção III, Seção I, Cap.II): “Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção As vantagens

cargo, conforme se dispuser em regulamento”.

Posteriormente, a Lei nº 11.355, de 2006, introduziu outra subseção – Subseção IV, criando uma nova forma de indenização, denominada Auxílio Moradia, cujas normas para sua concessão integram os arts. 60-A, 60-B parágrafo único, 60-D e 60-E; o artigo 60-C foi revogado.

Das Gratificações

Embora gratificações e adicionais estejam incluídas numa mesma seção, no caso a Seção II, do Cap. II, da Lei 8112, de 1990, gratificações e adicionais possuem naturezas distintas e atendem a objetivos diferentes. As gratificações podem constituir uma retribuição pela prestação de encargos específicos, como os de chefia de todos os níveis e assessoramento; já os adicionais não importam na

prestação de quaisquer outros encargos, senão os relacionados às atribuições e responsabilidades do cargo ocupado, seja ele efetivo ou em comissão.

Duas (2) são as gratificações inicialmente previstas no capítulo acima mencionado, as quais foram acrescidas de uma terceira, pela Lei nº 11.314, de 2006, denominada de Gratificação por encargo de curso ou concurso. As situações e condições de concessão da nova gratificação estão contidas no art.

76-A, Subseção VIII.

a) Exercício de Função de Direção, Chefia e Assessoramento. De acordo como art.62, inserto na Seção II, Subseção I, essa gratificação constitui uma retribuição a ser paga ao servidor efetivo quando investido em função de direção, chefia ou assessoramento, isto é, função de confiança

(função a que se refere o item V do Art. 37 da CF, 1988), de cargo de provimento em comissão ou de natureza especial.

b) Gratificação natalina. Esta gratificação funciona como um 13º salário para o servidor público, não sendo considerada para o cálculo de qualquer vantagem (Caps. 63 a 66 da Subseção II, Seção I, do Cap. II, da Lei 8112).

Adicionais

Os adicionais são retribuições em dinheiro, pagas aos servidores,

As gratificações

já os adicionais não importam na seja ele efetivo ou

em comissão. es-peciais sob as quais

ele realiza suas atribuições, exceto no caso do adicional por tempo de serviço e o adicional de fé-rias que se baseiam

em outros fatores.

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suas atribuições, exceto no caso do adicional por tempo de serviço e o adicional de férias que se baseiam em outros fatores.

De acordo com o disposto no Art. 61 da Lei 8112, são os seguintes os adicionais atualmente considerados:

a) Adicional por tempo de serviço, revogado pela Medida Provisória nº 2225, de 4/9/2001, mas resguardando as situações constituídas até 8/3/99.

Arriscaríamos dizer, que este adicional, representava uma espécie de reconhecimento que a Administração Pública demonstrava ao servidor por sua perseverança e fidelidade. Era pago em dinheiro, por períodos acumulativos de (5 cinco) anos – os chamados quinquênios – até o total de 7 (sete) período, que equivalem a 35% (trinta e cinco por cento) do vencimento do servidor.

b) Adicional de insalubridade, periculosidade ou atividades penosas.

As atividades e condições que caracterizam e justificam o adicional a ser pago, em espécie, ao servidor estão contidas nos arts. 68 a 72, inseridos na Subseção IV, Seção II, Cap. II do título e lei já mencionados.

c) Adicional por serviço extraordinário. As situações que demandam e justificam o pagamento desse adicional, explicável por sua própria denominação, estão regulados nos Arts. 73 e 74, Subseção V, Seção II, dos capítulo e título já citados.

d) Adicional noturno. A situação que justifica o pagamento por serviço prestado à noite é objeto do Art. 75 e seu parágrafo único, da Subseção VI, da referida Seção II, que trata de todas as formas de adicional previstos na Lei 8112, de 1990.

e) Adicional de férias. Trata-se de um adicional também pago ao servidor em moeda corrente, correspondente a 1/3 (um terço) do sua remuneração.

Entendemos, constituir uma importante medida de alcance social, seja tal adiantamento utilizado para o servidor iniciar seu lazer de férias, seja para atender as necessidades particulares que requerem pronto atendimento. Este adicional é objeto do Art. 76 e seu parágrafo único, da já citada Seção II, em sua Subseção VII.

Das férias

Anualmente, o servidor público, ocupante de cargo efetivo ou em comissão, faz jus a um período de 30 dias de férias, conforme dispõem os artigos 77 a 80 do Cap. III, Título III. A clareza dos dispositivos citados dispensa qualquer esclarecimento.

Ainda outra vantagem concedida aos servidores públicos são as licenças, em número de 7 (sete), citadas nos itens I a VII da Seção I, arts. 81 e 82 do Cap. IV, também do Título III. Tais licenças, que entendemos estarem muito bem explicitadas e dispensarem esclarecimentos complementares, são as seguintes:

a) Licença por motivo de saúde em pessoa da família. As condições, períodos e exigências específicas referentes a esta licença constam do art. 83, Seção II do capítulo acima mencionado.

b) Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro. A licença aqui mencionada consta do art. 84 e respectivos parágrafos da Seção III, dentro do Cap. IV.

c) Licença para o serviço militar. É tratada também no Cap. IV, no art. 85 e parágrafo, Seção IV.

d) Licença para atividade política. É objeto do art. 86 e parágrafos, que integram a Seção V do Cap. IV, ainda do Título III.

e) Licença para capacitação. As condições para sua concessão constam do art. 87 e respectivo parágrafo, na Seção VI do Cap. IV.

f) Licença para tratar de interesses particulares. Esta licença, sempre concedida a critério da Administração e sem vencimento ou remuneração, pode ser até de 3 (três) anos consecutivos, podendo ser interrompida a qualquer tempo. Consta do art. 91 e parágrafo, da Seção VII, Cap. IV.

g) Licença para o desempenho de mandato classista. Prevista no Art. 92, Seção VIII, do já mencionado Cap. IV. É uma licença sem vencimento ou remuneração.

Dos Afastamentos

De modo geral, os afastamentos são concedidos no interesse do servidor, podendo, algumas vezes tal interesse coincidir com o da Administração, mas sempre sem ônus para o erário público. Exigem sempre autorização superior do órgão ou entidade em que o servidor tem exercício. No caso de afastamento para o exterior, a autorização é do Presidente da República. Os afastamentos podem ocorrer em uma das hipóteses seguintes:

Os afastamentos são concedidos no interesse do servidor, podendo,

algumas vezes tal interesse coincidir com o da Adminis-tração, mas sempre

sem ônus para o erário público.

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a) Afastamento para servir em outro órgão ou entidade. As condições em que pode haver este afastamento são as constantes do Cap. V, Seção I, art.

93.

b) Afastamento para o exercício de mandato eletivo. Regulado pelo art. 94, Seção II do Cap. V.

c) Afastamento para estudo ou missão no exterior, disciplinado no art. 95 e 96. Seção III do capítulo aqui citado.

d) Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país. Este tipo de afastamento foi acrescido à Lei 8112 pela Lei nº 11.907, de 2009, e normatizado no art. 96-A, Seção IV, do Cap. V.

Das Concessões

As concessões são vantagens que a Administração proporciona ao servidor, sem nenhum prejuízo para ele, inclusive de ordem montaria ou financeira. Essas concessões se relacionam a determinadas ausências ao trabalho e são as contidas nos arts. 97 a 99 do Capítulo VI, abrangendo situações de várias naturezas, como:

ausência para doar sangue, fazer alistamento militar, casamento, falecimento de parentes, horários especiais para estudantes e outras. Em razão da variedade de situações, deixamos de explicitá-las neste espaço.

Do tempo de serviço

Este tema é um dos mais discutidos pelos diversos setores jurídicos da Administração, inclusive pelos Tribunais, que nem sempre têm o mesmo entendimento sobre o controvertido assunto, o qual se reveste da maior importância para vários atos da vida funcional dos servidores, entre os quais ressalta a aposentadoria por tempo de serviço. No Capítulo VII, os arts. 100 a 103 consignam as normas que regem o assunto.

Do direito de petição

Na esfera administrativa, o direito de petição constitui um dos mais valiosos instrumentos de proteção aos direitos do servidor público. Ele é objeto do Capítulo VIII, último do Título III. Possui 9 (nove) artigos (104 a 112) desdobrados em incisos e alíneas, nos O direito de petição

constitui um dos mais valiosos instrumentos de proteção aos direitos

do servidor público.

que tratam dos pedidos de reconsideração e de recursos, bem como indica as autoridades às quais esses pedidos devem ser dirigidos.

Passemos, agora, ao Título IV - Do Regime Disciplinar, constituído por 5 (cinco) capítulos. O Capítulo I - Dos deveres - tem um só artigo, de nº 113, com 12 (doze) incisos, ao longo dos quais estão indicados os deveres dos servidores públicos. O Capítulo II - Das Proibições – dispõe sobre o que é proibido ao servidor fazer no exercício do cargo público. Contém apenas o artigo 117, com 19 (dezenove) incisos. O Capítulo III, com os artigos 118, 119 e 120, contém as normas que disciplinam o instituto da Acumulação. O Capítulo IV, integrado pelos artigos 121 a 125, dispõe sobre as responsabilidades do servidor.

Finalmente, o Capítulo V- Das penalidades, constituído pelos artigos 126 a 142;

como o próprio título do capítulo indica, nele estão abrangidos os vários tipos de conduta passíveis de punições, sejam administrativas, cíveis ou penais. Tendo em vista que a matéria tratada no capítulo é essencialmente de teor jurídico, seria temerário discuti-la no contexto deste texto, cuja natureza intrínseca é de Administração.

O Título V é todo ele dedicado ao Processo Administrativo Disciplinar.

É composto por 41 artigos, distribuídos em 3 (três) capítulos e 3 (três) seções no terceiro capítulo. O Capítulo I – Disposições Gerais abrange os dispositivos introdutórios à matéria contida no Título; o Capítulo II- Afastamento Preventivo visa a afastar o servidor, como medida acauteladora, impeditiva de quaisquer influências na apuração e no julgamento dos fatos. O Capítulo III – Do Processo Disciplinar dispõe sobre o processo propriamente dito, inclusive sobre a composição da Comissão de Inquérito. As 3 (três) seções do Cap. III dispõem respectivamente sobre o Inquérito (Seção I), o Julgamento (Seção II) e a Revisão (Seção III).

O Título VI, denominado Da Seguridade Social do Servidor, é estruturado em 4 (quatro) capítulos e 9 (nove) seções, contando ao todo com 49 (quarenta e nove) artigos. É, talvez, o que abriga os mais importantes dispositivos assecuratórios de segurança ao servidor e sua família. O Capítulo I estabelece as Disposições Gerais sobre a matéria do Título. O Capítulo II – Benefícios - está dividido em 9 (nove) seções que dispõem sobre:

a) Aposentadoria.

b) Auxílio-natalidade.

c) Salário-família.

d) Licença para tratamento de saúde.

e) Licença à gestante, adotante e licença da paternidade.

Gestão de Pessoas no Setor Público f) Licença por acidente em serviço.

g) Pensão

h) Auxílio- funeral.

i) Auxílio-reclusão.

O Capítulo III disciplina a Assistência à Saúde e o Capítulo IV trata Do Custeio.

O Título VII tem apenas Capítulo Único que trata Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público. A matéria objeto deste capítulo está prevista no inciso X, do Art. 37, da Constituição Federal.

Também com Capítulo Único, denominado Das Disposições Gerais, é o Título VIII, com 7 (sete) artigos (236 a 242). A matéria contida neste título objetiva assegurar plena liberdade de escolha aos servidores públicos, em termos de crenças religiosas, convicções filosóficas ou políticas, bem como o direito de criarem associações, sociedades recreativas e esportivas. Cogita, ainda, da possibilidade de premiação por inventos e outras formas de trabalho que aumentem a produtividade e a redução de custos operacionais das organizações públicas.

Por fim, o Título IX, último da Lei nº 8112, de 1990, com Capítulo Único, contém As Disposições Transitórias e Finais, com 9 (nove) artigos, já que 1 (um), o de número 251 foi revogado.

Algumas Considerações

Ao final da elaboração deste capitulo, concluímos que seria impossível deixar de reconhecer que possuímos uma das melhores e mais completas legislações sociais que regem as relações de trabalho dos servidores públicos e a Administração pública do país, instrumento de atuação do Brasil, como um Estado Nacional.

Nessa legislação merece atenção especial seus aspectos relacionados com a proteção social que é assegurada aos servidores públicos, circunstância que, evidentemente, ameniza o medo da insegurança, essa emoção primária que levou o homem a construir os alicerces da cultura humana em seus primórdios neste planeta

Nessa legislação merece atenção especial seus aspectos relacionados com a proteção social que é assegurada aos servidores públicos, circunstância que, evidentemente, ameniza o medo da insegurança, essa emoção primária que levou o homem a construir os alicerces da cultura humana em seus primórdios neste planeta

No documento GESTÃO DE PESSOAS NO SETOR PÚBLICO (páginas 162-173)